Os mais antigos documentos sobre Azambuja por José Artulino Besen

De Sala Virtual Brusque
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Os mais antigos documentos de Azambuja

  • Pe. José Artulino Besen

Situada a três quilômetros de Brusque, Azambuja é um Vale estreito (de 200 x 100 metros, morros de 100 a 150 metros de altura). O Vale é atravessado por um regato, hoje canalizado subterrâneamente em quase toda a sua extensão.

Inicialmente chamado "Caminho do Ribeirão" ou "Caminho do Meio", a localidade tomou o nome de Azambuja devido ao nome do diretor do Departamento de Terras, Conselheiro Dr. Bernardo Augusto Nascentes d'Azambuja.

Seguindo um estudo realizado pelo Pe. Raulino Reitz, se fôssemos analisar este Vale do ponto de vista geológico, situa-lo-íamos no Algonquiano. As rochas de Azambuja pertencem à "série Brusque", que ocorre ao longo do rio Itajaí-mirim. Essa Série Geológica é formada de quartzitos, filitos (rocha sobre o qual está alicerçado o Seminário Metropolitano) e mármore.

Durante o Mesozóico, imensas florestas de coníferas (pinheiras) cobriram quase todo o Estado de Santa Catarina, também Azambuja. No Museu Arquidiocesano Dom Joaquim pode-se ver um exemplar destes pinheiros, petrificado. No reino animal dominavam os répteis. Entre os últimos 1 a 60 milhões de anos produziram-se grandes movimentos na crosta terrestre, gerando cadeias de montanhas na região andina. Como reflexo deste movimento, a serra do Mar, em Santa Catarina, sofreu um desequilíbrio, fraturando-se e mergulhando, sob as águas oceânicas, extensa parte do leste catarinense, justamente com Azambuja.

No último milhão de anos, terminado este movimento de submersão e, equilibradas as tensões da crosta terrestre, começam a surgir, em Santa Catarina, as terras antes mergulhadas. Assim Azambuja, que passou alguns milhões de anos submersa, emerge no período Quaternário, estando hoje a 35 metros sobre o nível do mar. As pedras encontradas a dez metros de profundidade nas sondagens, para o assentamento das estacas de concreto do Seminário, mostram antigos níveis de água, quando o solo ainda estava mais baixo.

Outro fato curioso é a passagem do rio Itajaí-açu por Azambuja, onde formava um cotovelo, rumando depois para sua foz atual, na cidade de Itajaí. O testemunho deste acontecimento é a enorme massa de cascalho que cobre as colinas com cerca de 50 metros acima da rua Azambuja, que então ocupava a altura do leito do rio. O Itajaí-Açú vinha de Gaspar até Azambuja, onde dobrava, descendo pelo atual leito do Itajaí-Mirim. Só bem nos últimos tempos abriu novo caminho, de Gaspar diretamente até Itajaí.

A fisionomia atual de Azambuja é o resultado de morfogênese recente por erosão dos córregos que banham o estreito Vale.

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