Entrevista Vilson Luiz Fachini - Luiz Gianesini

De Sala Virtual Brusque
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VILSON LUIZ FACHINI: Filho de João Fachini e Maria Fachini, natural de Botuverá, nascido aos 30.08.55. São em sete irmãos: Lourdes, Juraci, Ilzer, Adélia, Nelson, Carmem e Vilson. Cônjuge: Marlete P. Fachini, casados aos 30.10.93; dois filhos Leisli (20 anos) e Milena (08 anos). Foi Chefe de Gabinete e, atualmente é Secretário Municipal de Saúde em Botuverá.

Você foi Seminarista, como surgiu o encaminhamento religioso? Como foi sua formação escolar?

Iniciei meus estudos na Escola Básica Padre João Stolte, em 1964, em Botuverá. Ressalte-se, que neste período, a comunidade botuveraense atravessava por dos melhores momentos no seu contexto educacional e espiritual, pois, só pelo fato de as Irmãs Franciscanas e o Padre Vigário, participarem do processo educacional e espiritual com suas presenças marcantes na Escola e na Igreja, isto foi o suficiente para que brotassem desta bendita terra muitas vocações. Assim a vontade de ira para o Seminário surgiu no ambiente escolar, quando a Irmão Olga foi Diretora da Escola e bem lembro que ao terminar a quarta série do primário em 1969, foram para o Seminário, aproximadamente 12 adolescentes e eu fui para o Seminário de Corupá em 1970, permanecendo até 1973, quando completei o primeiro grau. Em seguida, segui para Curitiba, idos de 1974, onde permaneci até 1977, concluindo ali o segundo grau. Em 1978, fui para Jaraguá do Sul, no Bairro de Rio Cerro, onde fiz o Noviciado. Em 1979, fui à Brusque, no Convento dos Padres do SCJ, onde conclui o Curso Superior de Filosofia e Estudos Sociais.

Atuou no magistério?

Sim, atuei como professor na Escola Santa Terezinha, em Brusque e na Escola Básica Padre João Stolte, em Botuverá, durante sete anos.

De Chefe de Gabinete a Secretário Municipal de Saúde?

Sim, em 1991, fui convidado pelo Prefeito Nilo Barni, para ocupar a função de Chefia de Gabinete do Prefeito – cargo de confiança e, ali comecei a fazer os atendimentos do dia a dia e, como, na época, todos os problemas de saúde mais críticos eram resolvidos através da Prefeitura , comecei a me identificar com este setor e passei a me dedicar mais à Saúde e aos poucos foi discernindo minhas atividades e ao longo destas quatros gestões, confesso que muito empenho, muita dedicação e muita vontade de poder oferecer qualidade de vida à população aconteceu nestes 16 anos com os Prefeitos. Nilo e Moacir, â frente da Administração Municipal. Foi a melhor oportunidade de minha vida poder estar trabalhando ao lado destas duas pessoas , que brotaram de uma família simples e humilde e que por isso conseguiram mudar os rumos de nosso Município, governando com transparência e sensibilidade, conquistando respeito e sobretudo a credibilidade da coisa pública.

Além das atividades inerentes ao cargo de Secretário Municipal, participa da comunidade Botuveraense?

Além de estar diretamente ligado à administração de Botuverá, como Secretario Municipal de Saúde, sou uma pessoa bastante entrosada na comunidade, participando da Pastoral, especificamente na área do canto: animando Celebrações como: Ordenações, Festas, Crianças d e primeira Eucaristia, Crisma, Formaturas , Funerais e outros eventos. Atualmente, presido a Associação Coral Giuseppe Verdi e dirijo o Coral, valendo registrar , que acabamos de gravar dois CD’s - em maio de 2004. Além do Coral, integro a Banda Talentu’s Musical, com repertório dançante, animando festas e eventos da região.

Música cura o corpo e a alma?

A música é o melhor remédio, pois ela além de fazer bem para o corpo, faz bem para a alma. Música é vida interior, e quem tem vida interior, nunca padecerá de solidão. Já sofri uma cirurgia cardíaca delicada, mas, revelo que se não tivesse esta intimidade com a música não teria suportado tamanha situação.

Alguma receita?

Vai aí uma dica, ou melhor, uma receita de uma pessoa amante da música, pois, a pessoa que canta ela deve fazer um controle de respiração e automaticamente o coração recebe uma massagem especial.

A sensibilidade?

Todas as pessoas com tendência musical, geralmente são pessoas sensíveis e eu sou uma pessoa que fica muito angustiada, quando não consigo ajudar alguém. Sou uma pessoa bastante compreensiva, pouco falante e gosto mais é de ficar ouvindo e talvez, seja por isso, que as pessoas me procuram muito na minha Secretaria. Esta é uma das qualidades que tenho, é justamente a de saber ouvir. O mundo hoje carece de pessoas que saibam ouvir e respeitar a posição dos outros. Nas repartições públicas, assim como outros locais de trabalho, precisamos de pessoas equilibradas, bem preparadas que saibam fazer o atendimento com qualidade, pois, geralmente, as pessoas que procuram auxílio, já vem preocupadas e quando chegam a certos setores e ainda não são bem atendidos, aí o problema se torna ainda maior.

Acredita que o município proporcionará qualidade de vida?

Gosto de me colocar à disposição da Comunidade, participando de tudo dentro de suas possibilidades e limitações e sempre acreditando que num futuro não tão distante, esta cidade poderá se destacar pela sua qualidade de vida.

Qual o alicerce para o desenvolvimento do Município?

Aprendi nestes 16 anos de caminhada que: imaginar o desenvolvimento sem o alicerce da Saúde-Educação, continua sendo falso e impróprio. Saúde e Educação, somadas, se constituem na essência do progresso, da inclusão, da ascensão social, da sobrevivência humana com qualidade, bem estar e felicidade. A Saúde, condição determinante da felicidade humana, é sustentáculo de qualquer desenvolvimento.

E as administrações Nilo e Moacir contribuíram e contribuem para firmar a sustentação ao binômio saúde/educação?

E neste sentido, confesso, que nas administrações de Nilo/Moacir, nestes últimos tempos, a prioridade sempre foi visando o bem estar social.

Quando um Prefeito começa realmente a governar?

Somente quando tivermos um povo saudável e, uma povo educado é que um governo poderá começar a governar sem medo de errar.

Referências

  • Jornal A Voz de Brusque. Entrevista publicada na semana de 03 a 10 de dezembro de 2004.