Mudanças entre as edições de "Entrevista Paulo Gianesini - Luiz Gianesini"

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Namorava uma pessoa  que morava no apartamento de trás. Virei amigo do seu irmão, que morava com a mãe de Alice de Fátima, que estava separada na época. De vez em quando, ela vinha visitar a mãe , e ela começou a flertar comigo. Demorou uns dois meses e começamos a namorar. Depois de um ano noivamos e após seis meses subimos ao altar. Lá se vão 33 anos de vida em comum.
 
Namorava uma pessoa  que morava no apartamento de trás. Virei amigo do seu irmão, que morava com a mãe de Alice de Fátima, que estava separada na época. De vez em quando, ela vinha visitar a mãe , e ela começou a flertar comigo. Demorou uns dois meses e começamos a namorar. Depois de um ano noivamos e após seis meses subimos ao altar. Lá se vão 33 anos de vida em comum.
 
   
 
   
[[Ficheiro:Paulo Gianesini3.jpg|thumb|right|150 px|À esq. Pref. Mariano Mazzuco, centro Senadora Ideli Salvatti, Suplente Dep. Federal Jorge Boeira, Ver. Geraldo Mendes e Paulo Gianesini Diretor CEFET Unidade Araranguá.]]'''Formação escolar?'''
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[[Ficheiro:Paulo Gianesini3.jpg|thumb|right|150 px|À esq. Sec. da Educação Lia, Vice diretora do CEFET Regina, Dir. Geral do CEFET Consuelo, Pref. Mariano Mazzuco, Pres. da Câmara de Vereadores Cabo Loro, Ver. e Sec. da Câmara Geraldo Mendes e DIr. Geral do SAMAE Ernani.]]'''Formação escolar?'''
  
 
Cursei o Primário e o Ginasial no Feliciano Pires, em Brusque. O curso Médio e Técnico em Malharia e Confecção no CETIQT, no Rio de Janeiro. A faculdade de Direito fiz na UNERJ.
 
Cursei o Primário e o Ginasial no Feliciano Pires, em Brusque. O curso Médio e Técnico em Malharia e Confecção no CETIQT, no Rio de Janeiro. A faculdade de Direito fiz na UNERJ.
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Nós dois passeando pela praia de Copacabana, visitando o Corcovado etc. E um problema que enfrentei por ser seu irmão. Você é muito inteligente e concentrado no que faz. Meu estilo é totalmente diferente, sou mais expansivo e brincalhão. As pessoas não entendiam e queriam me sacanear por ser seu irmão. Outro fato importante nas férias de julho pegava a mochila e viajava pelo Brasil. Conheci o Nordeste brasileiro na base da carona. Nas férias de janeiro à março fazia estágio.
 
Nós dois passeando pela praia de Copacabana, visitando o Corcovado etc. E um problema que enfrentei por ser seu irmão. Você é muito inteligente e concentrado no que faz. Meu estilo é totalmente diferente, sou mais expansivo e brincalhão. As pessoas não entendiam e queriam me sacanear por ser seu irmão. Outro fato importante nas férias de julho pegava a mochila e viajava pelo Brasil. Conheci o Nordeste brasileiro na base da carona. Nas férias de janeiro à março fazia estágio.
 
   
 
   
'''Como surgiu o Professor Paulo Gianesini na Escola Técnica, em Jaraguá do Sul?'''
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[[Ficheiro:Paulo Gianesini4.jpg|thumb|right|150 px|À esq. Diretora Geral do CEFET Consuelo S. Santos, primeira dama do município Margarete Mazzuco e Paulo Gianesini.]]'''Como surgiu o Professor Paulo Gianesini na Escola Técnica, em Jaraguá do Sul?'''
  
 
Tinha uma empresa de confecção com 3 lojas e vendia muito para a região da fronteira do Rio Grande do Sul –Livramento e Uruguaiana. Com a entrada do real as coisas começaram a dar errado, foi quando minha filha, a Michelle, falou que a Unidade de Jaraguá do Sul estava precisando de professor. Fui conversar e já fui contratado. Dois anos depois, em 1998, abriu concurso para professor efetivo, fiz e passei e estou até hoje.
 
Tinha uma empresa de confecção com 3 lojas e vendia muito para a região da fronteira do Rio Grande do Sul –Livramento e Uruguaiana. Com a entrada do real as coisas começaram a dar errado, foi quando minha filha, a Michelle, falou que a Unidade de Jaraguá do Sul estava precisando de professor. Fui conversar e já fui contratado. Dois anos depois, em 1998, abriu concurso para professor efetivo, fiz e passei e estou até hoje.
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*Jornal Em Foco. Entrevista publicada em junho de 2004.
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*Jornal A VOZ DE BRUSQUE. Edição de 26.09.08.
 
[[Categoria:Entrevista Luiz Gianesini|Paulo Gianesini]]
 
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Edição atual tal como às 11h12min de 29 de abril de 2013

Paulo Gianesini.

Diretor do CEFET – Araranguá – Cefet – Centro Federal de Educação Tecnológica de SC

Filho de Evaldo e Ida Maria Gianesini, nascido aos 21 de abril de 1956, casado com Alice de Fátima Lima Gianesini; uma filha: Michelle e um neto: Victor Aires.

Como foi sua infância e juventude? O que lembra com carinho dessa fase da vida?

Muito feliz e trabalhosa. Pela manhã estudava, e a tarde cavar no barranco que ficava atrás de casa, para no outro dia, o pai aterrar o terreno de nossa família. Perto de casa tinha várias área sem construção e ali os ciganos acampavam. Eu tinha medo deles e sempre que eu passava ali, quando retornava da escola, uma cigana me chamava e pedia para pegar água num morro próximo e eu fazia. Esta cigana tinha uma filha e eu comecei a brincar com ela e me apaixonei, então, cheguei e disse para nossa mãe: vou fugir com a cigana. Nossa mãe, calmamente começou a conversar dizendo se era isto que queria – não ter rumo e nem destino, porque a vida de cigano era mudar de lugar a toda hora. Então disse para a mãe – decidido: não vou fugir.

CEFET - Unidade de Araranguá.

O que lembra da juventude?

Vivi minha juventude praticamente no Rio de Janeiro estudando. Como recebia uma bolsa de estudo do Senai, que dava só para custear o alojamento, o jeito que encontrei para sobreviver foi arrumar uma namoradinha para tomar café da manhã, uma para o almoço e uma para o jantar. Quando conseguia as três ao mesmo tempo, a alimentação era excelente. Mas nem sempre acontecia assim, nestes casos, a comida era farinha de mandioca com açúcar.

O que imaginavas ser ao crescer?

Primeiro ser piloto e o segundo, jornalista.

À esq. Pref. Mariano Mazzuco, centro Senadora Ideli Salvatti, Suplente Dep. Federal Jorge Boeira, Ver. Geraldo Mendes e Paulo Gianesini Diretor CEFET Unidade Araranguá.

Como foi a educação recebida de seus pais?

Excelente. Se todos os pais dessem a educação que tivemos, não teria tanto problema de violência. Além disso, nossa mãe tinha o primário e o pai, três meses de escola. A mãe era costureira e o pai operário e conseguiram que todos os filhos estudassem até o segundo grau.

Como descreverias o paizão Evaldo?

Homem sério com pouca cultura, mas muito trabalhador e deu estudo para todos os filhos, ressalte-se, mesmo sendo um operário.

E a mãe?

Uma mulher de visão e comerciante. Tenho a impressão que ela era uma pessoa que viveu muito na frente do seu tempo.

Como conhecestes a Alice de Fátima?

Namorava uma pessoa que morava no apartamento de trás. Virei amigo do seu irmão, que morava com a mãe de Alice de Fátima, que estava separada na época. De vez em quando, ela vinha visitar a mãe , e ela começou a flertar comigo. Demorou uns dois meses e começamos a namorar. Depois de um ano noivamos e após seis meses subimos ao altar. Lá se vão 33 anos de vida em comum.

À esq. Sec. da Educação Lia, Vice diretora do CEFET Regina, Dir. Geral do CEFET Consuelo, Pref. Mariano Mazzuco, Pres. da Câmara de Vereadores Cabo Loro, Ver. e Sec. da Câmara Geraldo Mendes e DIr. Geral do SAMAE Ernani.

Formação escolar?

Cursei o Primário e o Ginasial no Feliciano Pires, em Brusque. O curso Médio e Técnico em Malharia e Confecção no CETIQT, no Rio de Janeiro. A faculdade de Direito fiz na UNERJ.

Como surgiu o curso Técnico Têxtil no Rio de Janeiro?

Li no jornal que estava aberto a inscrição para a prova no CETIQT, conversei com a mãe a respeito e ela disse “se este era meu desejo deveria fazer”. 42 pessoas fizeram as provas para 6 vagas. Fiquei em segundo lugar.

O que relembra com saudades do Rio de Janeiro?

Nós dois passeando pela praia de Copacabana, visitando o Corcovado etc. E um problema que enfrentei por ser seu irmão. Você é muito inteligente e concentrado no que faz. Meu estilo é totalmente diferente, sou mais expansivo e brincalhão. As pessoas não entendiam e queriam me sacanear por ser seu irmão. Outro fato importante nas férias de julho pegava a mochila e viajava pelo Brasil. Conheci o Nordeste brasileiro na base da carona. Nas férias de janeiro à março fazia estágio.

À esq. Diretora Geral do CEFET Consuelo S. Santos, primeira dama do município Margarete Mazzuco e Paulo Gianesini.

Como surgiu o Professor Paulo Gianesini na Escola Técnica, em Jaraguá do Sul?

Tinha uma empresa de confecção com 3 lojas e vendia muito para a região da fronteira do Rio Grande do Sul –Livramento e Uruguaiana. Com a entrada do real as coisas começaram a dar errado, foi quando minha filha, a Michelle, falou que a Unidade de Jaraguá do Sul estava precisando de professor. Fui conversar e já fui contratado. Dois anos depois, em 1998, abriu concurso para professor efetivo, fiz e passei e estou até hoje.

Lecionou que matéria? Lecionava Tempos e Métodos, Controle de Qualidade da Confecção, Planejamento, Programação e Controle de Produção e Projeto.


E a Direção em Araranguá?

Em 2006 fui convidado para montar cursos de qualificação em Araranguá – costura e modelagem industrial, Existia uma disputa entre Criciúma e Araranguá para ter uma Unidade do Centro Federal de Educação Tecnológica de Santa Catarina. Como Araranguá fez uma oferta maior, ou seja, comprou 30 máquinas de costura, paga 3 professores para esses cursos, doou um terreno de 50 000,00 m2, ganhou a Unidade. No dia 13 de fevereiro de 2008, começaram as aulas de três cursos técnicos: Moda e Estilismo, Malharia e Confecção, Eletromecânica. Já está programado para início de setembro o Curso de Licenciatura de Física e para o ano vindouro inicia o curso de Engenharia. Além de Araranguá, estamos na fase de implantação da Unidade de Caçador e Içara.

Costuma ler jornais diariamente?

Sim. Durante a semana jornais locais e a Notícia. Final de Semana o Estado de São Paulo.

Quais as melhores obras que já leu?

Várias. O Morro dos ventos Uivantes. O livro que mata a morte. E várias biografias.

O que está lendo?

A ciência é masculina de Attico Chassot; Educação consciência do mesmo autor

Lembra de algum artigo que gostou?

Lembro de uma crônica sua sobre uma moça cheia de malícia. Não lembro o nome mais gosto quando escreves mais solto.

O que é uma sexta feira perfeita?

Um dia leve, rever a família e conversar com os amigos.

Tem lido a Coluna Dez- Vale a pena?

Tenho. Gosto muito das entrevistas porque lembra a minha juventude. Também do escreves sobre Botuverá.

O Brasil tem acerto?

Tem. O povo tem que fazer a sua parte. O que existe hoje são muitas críticas infundadas. O povo só quer ter vantagem, não quer fazer esforço.

Você que nasceu no berço da fiação catarinense e viveu grande parte de sua vida profissional em Jaraguá do Sul dá para traçar um comparativo entre as duas cidades?

As duas cidades são muito parecidas. São colonizadas pelos alemães e italianos, são empreendedoras e gostam muito de desafios. Tenho a impressão que as duas cidades, dentro de poucos anos, serão as maiores.

Referências

  • Jornal A VOZ DE BRUSQUE. Edição de 26.09.08.