Entrevista Onildo Tensini - Luiz Gianesini

De Sala Virtual Brusque
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Filho de João Tensini e Alayde Rudolf Tensini; natural de Brusque, nascido aos 30.01.28; cônjuge: Ingeborg Dittrich Tensini, casados aos 29.06.50; três filhos: Ralf (Patrícia Boos), Remi (Sônia Boos) e Margot (Jorge Paulo Krieger). São em seis irmãos: Onildo (Ingeborg), Mercedes ( George Baruta-grego), Wálter (Francisca), Osmar (Ilde Siemsen), Irlanda ( Jaime Lenze), e Marisa (Ivo Kalfmann). Ingressou nas empresas Renaux aos 01.03.45. Torce pelo Carlos Renaux e Botafogo

Como foi a sua infância e juventude?

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Quanto ao lazer, juntamente  com Valdir e Orlando – Nego – Bianchini, Júlio Hildebrandt, João Piazza e Pilolo, nosso divertimento maior era banhar-se no rio Itajaí-Mirim, proximidades da Ponte Irineu Bornhausen – tinha um trampolim que constituía nossa festa.

Como era a água? O transporte de madeiras passava por ali?

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A  água do rio era muito limpa, tomava-se banho, o peixe era saboroso e até bebia-se daquela água. Registre-se, ainda, que pescávamos frequentemente, valendo registro de que o Pilolo, gostava de pescar Cará, o Valter Olinger, Robalo. Ali também tinha um ponto de parada da madeiras que eram transportadas por balsa pelo rio Itajaí-Mirim.

Havia tarrafeadores?

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Sim, e os três maiores tarrafeadores da época: Theodoro  Gomes, Álvaro de Carvalho e Apolinário Pires (pai do Arno e do Miro Pires). Grandes amigos da época?

João Piazza, Orlando – Nego – Bianchini, Mário Correa, Pilolo, Luiz Schaefer, Aderbal V. Schaefer, Gilberto Schaefer, Érico Zendron, Júlio Hildebrandt, Pedro Felipe Sestrem, Itamar Maurici, Oscar Pinheiro e  Antônio – Néco – Heil.

Um resumo da vida profissional?

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Quando o Evaldo Schaefer adquiriu o Expresso Brusquense de Augusto Moritz e alugou uma sala e um corredor de meu pai para instalar a Agência na Rui Barbosa, aí comecei: engraxava sapatos, cobrava notas para o Expresso Brusquense  e para os motoristas da Praça, auxiliava na confeitaria do Alfredo Kolher. Nos finais de semanas, vendia as famosas empadinhas do Kohler, juntamente com o Antõnio – Nino Kunitz, que vendia pastéis em frente da Matriz, no Hotel Gracher  e nos estádiso, quando tinha jogos e ainda no Bandeirante. Depois, nos finais de semanas auxiliava o primo de meu pai –Paulo Bianchini – no comércio; mais tarde trabalhei, por meio expediente,  no Appel Irmãos –Germano Appel – apreendendo como guarda-livro (contabilidade) e ao terminar os serviços de lançamentos ajudava na venda e na cervejaria , que ficava atrás do comércio. Em março de 45, ingressei na Iresa – registrando-se que naquele ano  a empresa completava 20 anos de sua instalação – iniciando minha vida profissional, propriamente dita. Comecei como auxiliar de expedição; Em novembro de 45, passei a auxiliar de escritório, trabalhando em vários setores, inclusive no faturamento. Em novembro de 49, passei a exercer as funções de auxiliar de desenho na Estamparia e em seguida passei a contramestre.Em junho de 62, voltei a exercer as funções de Auxiliar de Escritório e, novamente em vários setores, inclusive no Departamento de Compras, cargo que ocupo até os dias de hoje.

Lembra dos primeiros diretores da empresa?

 Lembro que os primeiros diretores foram Roland Renax e João Carlos Renaux Bauer, em seguida, Ingo Arlindo Renaux, Karl Linder e Valério Valendowsky e como primeiro mestre, Osvaldo Krause.

É torcedor do Paysandu ou do Carlos Renaux?

Apesar de apreciar o ‘mais querido’, torço pelo Carlos Renaux.

Quais foram os três maiores atletas do Carlos Renaux?

Hélio Olinger, Manoel Pieper e  Dirceu Mendes.

E  do Paysandu?

Waldemar Kohler, Wilimar Ristow e Chico Appel.

Como torcedor do tricolor brusquense lembra de alguma formação da equipe do Carlos Renaux?

Sim, tenho até algumas fotos e aí vai a formação do C.A. Carlos Renaux de 1948 – veja foto

Fatos marcantes?

Ter organizado o almoxarifado e o sistema de custos dos Irmãos Fischer, com Egon Fischer e com o Ademar e Ademir Sapelli – hoje os dois estão na Sancris – e introduzido o sistema computadorizado no almoxarifado da Fiação Renaux S/A. Ser requisitado, algumas vezes, pelo juiz, na época, Alvino de Sá Filho (juiz na Comarca no período de 07 de março de 1928 a 10 de janeiro de 1929 e de 23 de janeiro de 1937 a 30 de junho de 1943), quando estudava no Colégio Santo Antônio, para sortear jurados  - tribunal de júri, lá na Prefeitura velha.

O que faz Onildo Tensini, hoje?

Estou aposentado e continuo trabalhando no setor de compras da Têxtil Renaux S/A.

Referências

  • Entrevista publicada em A VOZ DE BRUSQUE em 25 de janeiro de 2003.