Entrevista Nilo Barni - Luiz Gianesini

De Sala Virtual Brusque
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NILO BARNI: Filho de Germano e Luduvina Brogni Barni, natural de Ribeirão do Ouro, Botuverá, nascido aos 15.09.51. São em 11 irmãos: sendo oito com minha mãe Luduvina: Odir, Ivo, Nilo, Jair, Vitória, Elói,Nadir, Terezinha e três com a madastra Valdira: Sandra, Denise e Éder. Cônjuge: Maria de Fátima Assini Barni, casados em 21.08.78; três filhos: Daniela, Eduardo, Nilo Barni Júnior; Prefeito em três gestões em Botuverá: 89/92, 97/00 e 2001/04. Torce pelo Ourífico (Ribeirão do Ouro), em Botuverá e Corinthinas Paulista.

Sempre no PMDB?

Sim, minha filiação partidária foi no MDB, partido hoje, sucedido pelo PMDB.

Qual o segredo do PMDB estar há aproximadamente uma década e meia se revezando na chefia do Executivo Botuveraense?

Não diria que a manutenção do Poder pelo PMDB constituiria um segredo. Acredito que resultou de um trabalho sério e realizado em equipe, sempre voltado – tanto na prestação de serviços, como na realização de obras – ao atendimento com qualidade, voltado às necessidades e aspirações das comunidades que integram o Município, independente da sigla ou da vontade política.

Vice na gestão 89/92, foi o Moacir Merízio, o vice na gestão 97/00, foi o Aguiar Assini e o vice em 2001/04, foi novamente o Moacir Merízio. Algum critério no processo de escolha do vice?

O processo de escolha do Vice-Prefeito sempre resultou na valorização do Diretório Municipal, que conscientemente escolheram e indicaram os candidatos ideais para o processo eleitoral.

Como é administrar um município do porte de Botuverá?

Falo por Botuverá, sempre tive a consciência de que uma vez eleito não poderia contar com muitos recursos. Foi necessário arregaçar as mangas e trabalhar muito e agir sempre com muita cautela na aplicação dos poucos recursos que ingressam no município. Outra alternativa foi a incansável busca de convênios, tanto a nível estadual, como federal, sempre com a consideração das lideranças políticas e representações regionais; Eu meu vice, os vereadores e até pessoas ligadas à Botuverá formamos um elo no sentido que a vinda de recursos se efetivasse.

Dá para traçar um rápido perfil das três administrações?

Na primeira gestão todos os esforços foram concentrados, inicialmente, na moralização das finanças do Município. O Município voltou a ter crédito junto aos fornecedores e as diversas instituições. Também, há que ressaltar-se o empenho quanto a regularização do funcionalismo, no que diz respeito ao recolhimento do INSS e do FGTS, complementamos a implementação de energia elétrica para todos os lares do Município. Sequencialmente, imprimimos acessos no sistema viário a todas as comunidades, iniciativas na área educacional, para que os filhos de nossa gente freqüentasse os bancos escolares. Implantamos o atendimento familiar –PSF, na área da saúde, pavimentações no sentido de contribuir com o desenvolvimento turístico, tanto a nível local, como no contexto geral. Apoiamos e incentivamos a instalação de indústrias. Destaque-se, outrossim, o apoio na área esportiva nas comunidades,entretendo nossa juventude. Enfim, procuramos imprimir um trabalho consciente, dentro daquilo que podemos fazer melhor no exercício de nossos mandatos, outorgados pela população Botuveraense. Criamos a Festa Bergamasca, nos idos de 92, com o intuito primordial de preservar e cultivar o resgate da cultura em nossas crianças, destacar a importância s de nossos ancestrais, permitir o retorno das famílias que se deslocaram daqui, pelo menos, uma vez ao ano ao Município. Mantivemos sempre uma parceria com os Prefeitos dos Municípios vizinhos, na defesa conjunta dos interesses da região do vale, e em especial com Brusque. Nas três gestões as portas estiveram sempre abertas no sentido de lutar, conjuntamente, por Botuverá e Região.

Como foram enfrentadas as dificuldades quanto aos atendimentos de média e alta complexidade na área da saúde?

No primeiro mandato, construímos e concluímos as instalações do Hospital, todavia o atendimento ficou prejudicado, devido a evolução da Medicina nos últimos doze anos, saliente-se importantes para a população. Municípios com o porte do Município, como Botuverá, não têm condições de bancar atendimento de média e alta complexidade. Assim, implantamos o atendimento familiar –PSF: consultas, exames laboratoriais, com plantão pro 24 horas e atendimento médico – se for chamado em casa, enfermeira, dois dentistas. Transporte do doente para onde for preciso: Brusque, Blumenau, Joinville, Florianópolis, Curitiba. Enfim, tudo dentro das condições do Município com nosso porte.

Como foi o relacionamento com o Legislativo nas três administrações Nilo Barni?

Com certeza tivemos um relacionamento ótimo com a casa legislativa, uma, por contarmos com a maioria no Legislativo e, também, pela compreensão de todos os vereadores, que contribuíram, apreciando e aprovando todos os Projetos de Leis, encaminhados pelo Executivo. De outro lado, registre-se, que sempre mantive as portas abertas e um diálago franco, independentemente de qualquer sigla partidária.

Próximo passo: Deputado estadual?

Não. Não estou pensando em disputar eleição, com vistas a uma cadeira no Legislativo estadual. Sempre quis ser útil ao Município; se fosse para voltar um dia como candidato seria a nível de Município de Botuverá.

Uma palhinha da vida profissional?

Perdi minha mãe cedo, ela tinha apenas 37 anos. Ainda, tinha meu avô e um tio deficientes. Fiquei sempre em casa com meus irmãos e com os familiares. Trabalhei na plantação de fumo. Não consegui, nem freqüentar os bancos escolares, além da quarta série, mas sempre lutando pelo melhor. Desde cedo estive ligado a prática esportiva e a Igreja. Ressalte-se, que aprendi com meus avós. Trabalhei em Padaria e no Comércio de meu pai. Depois, juntamente com meu pai abrimos o forno de cal, que resultou na atual Mineração Rio do Ouro, na época, inclusive, meu pai cuidava do forno e eu dirigia o caminhão. Em 77, com a dia de meu pai para Blumenau, então formamos uma sociedade: O Geracir e o Naltair Bambinetti e eu, que hoje, constitui a Mineração Rio do Ouro.- Calcário Botuverá. Disputei uma eleição municipal – antes de 84, quando o Gentil B. Archer foi Deputado, tendo como meu candidato a vice, o saudoso Onório Comandolli, num pleito contra o Sérgio J. Colombi e, ainda contra Ademir Luiz Maestri, sendo vencido no pleito pelo Ademir L. Maestri.

O que fazia o pai, Germano?

Meu pai trabalhou com madeira, Sapateiro, Celeiro, Barbeiro, Comércio, e finalmente a Fábrica de cal.

Ivo Barni, um grande nome em finanças públicas, algum parentesco? Com Germano Barni, vereador 6/70? E como Germano Q. Barni?

O Ivo é meu irmão. O Germano Barni é o meu pai e o Germano Quirino Barni é meu primo; meu pai e o pai do Germano Quirino são irmãos.]

Referências

  • Matéria publicada em A VOZ DE BRUSQUE, em 27 de agosto de 2004.