Entrevista Marlene B Ribeiro Leite - Luiz Gianesini

De Sala Virtual Brusque
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MARLENE B. RIBEIRO LEITE: Filha de Luiz Frederico Augusto Leite (in memoriam); natural de Florianópolis, nascida aos 14.07.41; seis filhos: Izabel Cristina, Luiz Frederico Jr, Elisamara, Elisabeth Regina, Max Antônio e Diego Tadeu. Quinze netos: Rafael, Rafaela e Daniel (Izabel Cristina); Renan, Jéssica e Ismael (Luiz Frederico Jr e Lúcia Pereira); Tiago, Mariana e Veridiana (Regina Elisabth e Jonas Tadeu Demarchi); Ana Carolina , João Carlos Jr e Fernanda (Elisamara e João Carlos Jr), Maximiliano e Gabriela ( Max Antônio e Fabrícia Motter) e Heloísa (Diego Tadeu e Suzini Knihs; três bisnetos: Maria Eduarda e Nicolas (Tiago) e Sofia ( Mariana).

Como foi a sua infância e juventude?

Foi muito boa, maravilhosa, muitas brincadeiras, muito carinho e amor, inclusive, trouxe tais afetos para meus netos e bisnetos. Frequentei o Colégio Sagrado Coração de Jesus, em Florianópolis, até o equivalente ao ginasial.

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Como conheceu o Luiz Frederico?

Conheci no ônibus, quando ia para o Colégio, namoramos por uns dois a três anos e casamos.

Como surgiu Brusque em sua trajetória?

Tinha problemas de saúde e em tratamento com o Dr Paulo Ferreira Lima, aconselhou a mudar de clima; como tinha um irmão aqui, vim, inicialmente morei com ele e, depois,consegui morada no loteamento da Cohab, em Águas Claras.

O casamento ainda é válido?

Olha o meu casamento não foi bom... foi até doloroso.

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A educação dos filhos atualmente?

É muito difícil, porque não acompanham nossa mentalidade. Os primeiros filhos até seguiram um pouco, depois acabou-se. Particularmente tive mais dificuldades, porquanto, fui mãe e pai ao mesmo tempo, haja vista ter perdido o marido ainda cedo.

A programação na TV, dificulta na criação dos filhos, principalmente uma filha?

Influi muito, sem dúvida nenhuma.

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Como ingressou na atividade de saúde?

Comecei a fazer um curso de atendente de enfermagem, em Azambuja, quando estava quase terminando surgiu uma vaga no Centro Cirúrgico.

Como surgiu o Posto de Saúde em Águas Claras e quem merece ser destacado?

O pessoal, veladamente, achava que deveria ter um Posto de Saúde em Águas Claras, na época eu presidia a Associação de Moradores, o Octacílio Campos era o Tesoureiro e, juntamente com o Policial Nilton Moraes, então iniciamos a implantação.

Como foi o início?

Conversando, ora com um, ora com outro, arrumamos uma casinha da Cohab, na transversal da rua Adelina Debatin e assim o Dr Ismar Luiz Morelli e eu esboçamos os primeiros passos... o atendimento. Todo procedimento do Posto era comigo: curativos, tirar pontos, vacinação...isso foi até a implantação do PSF; como eu não tinha auxiliar de enfermagem passei a ser auxiliar administrativa. Dois anos após o surgimento do primeiro Postinho entraram Beatriz Furlaneto Ricardo e a Maria Zanita.

O sonho de dispor de um Posto de Saúde era de uma andorinha só?

Em seguida, a instalação do Postinho, fui à Florianópolis por semanas e semanas apreender sobre vacinação e burocracia, foi quando descobri que o sonho de dispor de um Postinho na comunidade não era só meu, muitas das colegas de aprendizagem de outras cidades também alimentavam o mesmo sonho.

Houve padronização dos Postinhos e municipalização da saúde?

Mais tarde surge o Projeto de Posto de Saúde em toda Santa Catarina, saliente-se todos padronizados. Com isso o Postinho foi deslocado para onde hoje é a Creche Águas Claras, também na rua Adelina Debatin, depois veio a municipalização da saúde; hoje o Posto fica junto ao CAIC, na rua Paulo Decker.

Com o crescimento dos usuários do Posto, como está estruturado o Posto de Saúde de Águas Claras para atender a comunidade?

Posteriormente entraram a Pediatra, Dra Marília e o Ginecologista /Obstreticia, Dr Márcio Clóvis Schaefer, mais tarde o Odontólogo, Dr Dagomar e a Pediatra, Dra. Angela, em substituição a Dra Marília e, atualmente, mais precisamente desde dezembro, estamos sem Pediatra. Registre-se, que o Posto dispõe de 11 Agentes de Saúde.

Qual o perfil adequado para uma agente de saúde?

A Agente não ser fofoqueira, não pode entrar em detalhes com moradores de sua área de atuação... a intimidade prejudica sensivelmente a profissional de saúde... e acima de tudo deve ser extremamente ética.

E para uma chefe de Posto?

A chefe de Posto deveria inteirar e cobrar do Secretário Municipal, sobre a necessidade de medicamentos, a falta de profissional de saúde, problemas com o patrimônio do Posto, ações de vândalos contra o patrimônio etc.

O pessoal não está mal acostumado, quer que a agente pegue a receita médica, que leve medicamento em casa?

A população confunde um pouco as coisas, eles acham que o Agente tem que resolver todos os problemas deles; acredito ser resultado de mudanças de chefias, oportunidade em que uma acabam permitindo, outras no sentido de agradar permitem que se deixe receita e acaba sendo anexado no número do cartão, a ficha para o médico fazer a receita e ainda, ser levado pela Agente de Saúde.

Grandes nomes?

Entre outros, destacaria: Solange Boing, Danilo Moritz, Luizinho Fantini, Dagomar A. Carneiro; o Dr Dagomar é dedicado, alegre, atende muito bem; o Luizinho é muito querido, tenho como um filho!

Como vê a administração Ciro/Dagomar em Águas Claras?

A administração municipal dispensa comentários, é só observar as obras construídas e em andamento, todavia o Prefeito Ciro poderia estar melhor assessorado, em alguns pontos nevrálgicos da administração...saúde, educação, manutenção...

O Brasil tem acerto?

Frente ao que estamos acompanhando diariamente no noticiário...não tenho expectativa de que nosso país tenha acerto.

Referências

  • Matéria publicada em A VOZ DE BRUSQUE, na semana de 10 a 24 de junho de 2006.