Entrevista José Odovino Zirke - Luiz Gianesini

De Sala Virtual Brusque
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Vino e Zélia.

JOSÉ ODOVINO ZIRKE, popular Sr Vino: Filho de Henrique e Eva Schork Zirke, natural de Brusque, nascido aos 22.03.39. São em cinco irmãos: Tereza, Odo Lordes, Luiz (in memoriam) e José Odovino. Cônuge: Zélia Voss Zirke, casados em 12.12.64. Uma filha: Rosélis. Torce para o C.E. Paysandu, Palmeiras e Vasco da Gama.

Como foi sua infância e juventude?

Minha infância foi como a da maioria das crianças de minha idade: caçava, pescava, jogava futebol e ia à escola; na juventude participava de festinhas, namorava, às vezes, um cineminha e atuava pelos Boêmios F.C.

Que posição atuava?

Ponta direita.

Por que não continuou atuando?

Só tinha futebol como hobby.

Quais escolas frequentou?

O Cônsul e o Feliciano Pires.

Como conheceu a Zélia?

Ela trabalhava na casa do Arthur Olinger, e ao passarmos um pelo outro, entreolhávamos até que namoramos por um período mais ou menos longo – uns sete anos – e casamos.

O casamento ainda é válido?

Ainda é válido ... é a base da família.

Qual a origem da família Zirke?

Meus avôs paternos, Germano e Rosa vieram da Alemanha.

Como surgiu a vida de sapateiro?

Meu pai era sapateiro, ali na Alberto Torres, fui aprendendo com ele, aos catorze anos já era sapateiro. Nos idos de 70, com o falecimento de meu pai, continuei a atender sozinho. Permaneci ali no Centro – próximo ao conserto de TVs do Venceslau – por três décadas e agora atendo aqui em casa – próximo da lombada eletrônica, imediações da fábrica e gelo – há uns três anos.

Um sapato novo, andando diariamente a pé, dura apenas dois meses? Como traçaria um perfil da fabricação do sapato antigo com o de agora?

Antigamente o sapato era fabricado à mão, outros em torno de madeira, as costuras eram à mão. A durabilidade era de 20 a 30 anos. Hoje, os fabricantes, estipulam a duração de 2 a 5 anos, valendo registrar que a sola deterioriza - se com facilidade.

Por que em Brusque, quase não há mais sapateiros?

Brusque partiu para outras atividades, como a do tecido, os calçados concentraram-se mais em São João Batista. Inclusive, ressalte-se, nem existem lojas de material para calçados.

Faria tudo novamente?

Sim, faria tudo novamente.

Administração Ciro Marcial Roza?

A atual gestão está razoável... deveria olhar com um pouco mais de carinho para os bairros.

O Brasil tem acerto?

Não acredito não... eu acho que não!

Quais eram os moradores da redondeza- aqui nas proximidades da lombada eletrônica - há três ou quatro décadas?

Bom, tinha o Gercino Brandes, Evaldo Gianesini, Ernesto Teske, Rudi Furbringer, Salviti, Crispim, os Steffen: Valdemar, Evaldo, Roland, Frederico, Cristiano, Adolfo e Rodolfo, Erich Morsch, Euclides Luz e o Carlos Todt

Lazer?

Gosto de bocha, pescaria, ouvir e assistir noticiário no rádio e na TV e de esportes em geral na TV.

Lê Jornal?

Leio, mas pouco.

Referências

  • Jornal A Voz de Brusque. Entrevista publicada em 27 de outubro de 2007.