Entrevista Joel Vinotti - Luiz Gianesini

De Sala Virtual Brusque
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Nosso entrevistado Joel Vinotti, popular Bujão com as filhas:Larissa Vitória, Thainá e a esposa Rosa.

Joel Vinotti, popular Bujão, nascido em Brusque; filho do saudoso Mário Vinotti e de Dalma Vinotti; casado com Rosa S.Vinotti, com a qual têm duas filhas: Larisa Vitória (6 anos) e Thaína (3 anos). Trabalha há 12 anos na Prefeitura, sendo 8 (oito) anos na FIDEB e 4 (quatro), na Arena Multiuso.. Torce para o Brusque, Flamengo e Santos.

Sonho de criança?

Joel Vinotti ladeado por João e Noé.

Ver o Carlos Renaux campeão e assistir o mengo no Maracanã

Ainda tem algum amigo da infância?

De quando estudava no Feliciano Pires, bem me lembro do Arnaldo Cadore, do Duarte do Cine Foto e mais alguns.

Quando era criança queria ser adulto?

Queria jogar no Flamengo ao lado de Zico, Adílio e Andrade

Como conheceste a Rosa?

Conheci minha esposa no dia 12.06.80, na festa da Igreja Matriz, depois casamos e estamos convivendo por 32 anos s e temos duas filhas que são Larissa Vitória e Thaina. Registre que amo minha esposa.

Que posição atuavas?

Atuava de volante ou lateral

Atuou em que equipes?

Nos idos de 1995 atuei no infantil C.E. Guarani, no qual sagramo-nos vice-campeões Municipal invicto. Em 79, na Mini Copa, atuando pelo juvenil do C.A. Carlos Renaux, tendo como técnico o saudoso Edson Cardoso e como Supervisor Rubens Fachini, também levantamos o vice-campeonato e fui considerado o atleta revelação. Em 1980, já como profissional com a jaqueta do C.A. Carlos Renaux, disputei a Seletiva Catarinense da Taça de Prata, em que participaram Avaí, Figueirense e Joaçaba. O técnico era o Joaquinzinho. Ainda em 80 e em 81 atuei pela Credivappe, tendo sagrado vice-campeão da Associação Futebol Brusquense – AFB, e a final disputamos contra a equipe do Paulico Coelho. Em 88 vesti a jaqueta do Caçador F.C. (Tomaz Coelho). Em 94, fui para o E.C. Cedrense, sendo que ficamos em 3º lugar da Liga Desportiva Brusquense. Em 95, fui para a S. R. E. Santos Dumont , oportunidade em que ficamos com o Vice Campeonato da Liga Brusquense, ainda em 95 retornei a equipe bugrina da General Osório. Também atuei na equipe da Tecelagem Santa Cruz (Havan), presidida pelo Luciano Hang. Nessa equipe atuava o Padre Nestor e mais seis seminaristas. Ficamos em 3º lugar no Municipal da LDB. Atuei ainda nas equipes do E.C.Rezimac, Floresta (Rua Nova Trento), Stoltenberg Madeiras, Guabirubense F.C. e Serrinha (Tomaz Coelho.

Um gol memorável?

Foi um gol anotado no Ginásio da FIDEB, semifinal Unibanco x Schlosser, partida transmitida pela rádio Cidade. Naquela oportunidade, minha esposa Rosa pediu para eu fazer um gol para ela. Não fiz só um e sim fiz quatro gols e fomos para a final.

Uma vitória inesquecível?

Foi numa final de futsal promovida pela A.A. Souza Cruz, campeonato amigos do Maluche. Fiz um golaço e ficamos campeões. A equipe era do Mano Costa e sua formação era: Eder Cavalca, Bujão, Leandro, Clóvis e Jorge

Uma derrota que ficou atravessada?

Foi a final do campeonato da Associação dos Clubes Amadores de Brusque, no estádio do CACR, nossa equipe invicta – Credivappe – melhor campanha e na final contra a equipe do Paulico Coelho após o empate sem gols no tempo normal e nas penalidades máximas eu e o Marinho Vieira, sendo os melhores batedores de pênaltis da equipe da Credivappe, perdemos as cobranças e ficamos como vice-campeões. Na oportunidade saiu comentários de que tinha me vendido ao Paulico Coelho.

Por quê?

É que o Paulico foi padrinho de meu casamento e eu atuava no futsal defendendo as cores da equipe do Paulico e, naquela semana na FIDEB fiz cinco gols contra a Credivappe. Até hoje não esqueço daquela final. Atuavam pela Credivappe: Kelinha, Betinho Delantônia, Arnaldo Tórmena, popular Tito, Afonsinho e Dalago.

Grandes atletas da épóca?

No infantil do Guarani: Pilo, Niltinho, Délvio, Toninho e Elias. No juvenil do C.A.C.R.: Cezinha Hoffmann, Nica Barni, Urbano Maestri, Rubens Boetger, Lalau. No Profissional do C.A.C.R.: Brandão, Jurandir, Toto, Moura, Dirceu, Reinaldo e Almir Coutinho. No futsal: Clóvis Oliveira, Sid Oliveira, Carlito Fantini, Beto Batista, Beto Bruns, Messias, Jonas Demarchi, Peninha e Márcio Delantõnia.

Grandes dirigentes?

Entre outros destacaria, no futebol de campo: Adilson Martins (Credivappe), Jorge Bianchini (Guarani), Paulico Coelho (Santos Dumont), Chico Wehnuth (Brusque F.C.), Juca Loos (C.A.C.R.). No Futsal: Chico Simas, Domício Souza, Claiton F. Costa, Vinício Botamedi (Sesi) e o grande Rubens Fachini – o mestre do JASC. E outros que posso ter esquecido no momento.

Grandes árbitros?

No futsal: Ideraldo (Joinville), Pepe (Floripa) e meu irmão Arlindo Vieira (LDB), João Dalago (FCFC), Dalmo Bozzano (BF), Márcio Resende de Freitas e Oscar Ruy (Fifa)

Por que o futebol amador perdeu a graça?

Por que os clubes começaram a pagar jogadores, não fizeram mais campeonatos das categorias menores. Os clubes fecharam os campos para ser Sociedades . Para jogar os menores têm que pagar, tem os computadores, as motos, as namoradas. Nas Escolas não permitem e aonde tem Ginásio aberto para os alunos jogar futsal? Também falta interesse dos jovens para prática do futebol.

A iniciativa do Prefeito e Vice em retomar o futebol amador foi elogiável?

Este trabalho que a Prefeitura está fazendo era o papel que a LDB fazia antigamente. Tinha duas divisões: a UCAB e AFAB. Também, deve-se ser ressaltado o campeonato “moleque bom de bola” , aproveitando-se o ano letivo para que os alunos- atletas não fiquem na ociosidade, ou seja, tenham o que fazer

Tem participado de outras modalidades esportivas?

Sim, no futebol de salão, fui árbitro e técnico.

Na modalidade de futebol de salão, em que equipes atuou?

Atuei na A.A. Bomasi, A.D.R. Iresa, Tapeçaria Maicon (Hoje L.C. Malhas), Unibanco, Comissão Municipal de Esportes de Brusque -JASC 1985, Estofaria Lana, A.A. Wisbeck (Dom Joaquim), Real E.C.(zéquinha Leoni), Rosin Malhas, Correios, Samae, Ceridó Malhas, Ouro Negro, Tecelagem Martins e Canto Nosso.

Fale sobre o período de arbitragem?

Em 1977 – campeonato do Renaux, tendo recebido duas medalhas como melhor árbitro; 1989 – Iniciei na LDB, quando a entidade era presidida pelo saudoso Nelson Klabunde, depois, por Adilson Schmidt. Na gestão de Nelson Klabunde recebi a medalha de árbitro revelação do campeonato Municipal e apitei duas finais. .A primeira final foi entre o América (Steffen) x Santos Dumont e a segunda final, foi entre as equipes América (Steffen) e Tecelagem Santa Cruz.No mandado de Adilson Schmidt fiz a final entre Cedrense e a Bilu. Delfim Peixoto, Presidente da Federação Catarinense fez o sorteio para escolher o árbitro do jogo, ressalte-se a partida teve um público de aproximadamente três mil pessoas. Na UCAB – União dos Clubes Amadores de Brusque (Dom Joaquim), apitei três finais: Dom Joaquim x Serrinha no estádio do Dom Joaquim (Travessa Dom Joaquim), no estádio Zinca Mafra (Cachoeira); Estrela x Rainha (Amazonas) e nesse mesmo estádio Operário e Caçador.

Qual foi a partida mais complicada para apitar?

Foi em 1982, a final do Municipal da 1ª divisão da Liga de campo, quando Adilson Schmidt presidia a entidade. A partida terminou empatada em 1 x 1 , entre Cedrense e Bilu, nas penalidades máximas o Cedrense venceu. Nesse jogo quem fez o sorteio do árbitro para apitar a final foi o Delfim, presidente da Federação Catarinense de Futebol. Vale registrar que a partida foi assistida por aproximadamente 3 mil torcedores.

E a mais fácil?

Não lembro de ter apitado jogo fácil.

Joel Vinotti, ladeado por João Dalago e Noé de Souza.

O que é preciso para apitar bem?

Para a arbitragem correr bem dever entre o árbitro e os jogadores prevalecer uma relação de respeito e o árbitro apitar focado na partida, estar preparado fisicamente e dedica-se à partida.

O que sentiste que fizeste melhor: jogar futebol de campo, de salão ou apitar?

Árbitro de futsal, pois conheci o Estado de Santa Catarina. Devo ao Chico Muller (Fesporte). Foi ele que nos idos de 1992 me levou para apitar. Vale registrar, que o futebol de campo e o futsal, também me fez bem, tanto que construí inúmeras amizades que perduram até hoje.

Teve algum incômodo em virtude de alguma atitude sua ao apitar?

Tive sim. Foi numa final de campeonato no Município de Nova Trento. Jogo Mafia 03 e Neotrentino 0, aos 30 minutos do segundo o atleta da equipe Neotrentina foi reclamar com o bandeira – Natal Válter – de que a bola tinha saído no terceiro gol e empurrou o bandeira, nesse momento eu mostrei o Cartão Vermelho – expulsão, automaticamente o atleta veio ao meu encontro para me agredir, nisso eu corri para o vestiário do Juiz. Nesse instante todos os atletas e torcida da equipe neotrentina correram atrás de mim para me agredir. Não conseguiram mais dera com vara de bambu nas pessoas que foram me defender. Com esse acontecimento dei por encerrado o jogo e a equipe do Neotrentino pegou 02 anos de suspensão. Os dirigentes da CME de Nova Trento me contrataram para apitar mais vezes.

Continua apitando?

Apito na Fesporte desde 92 com o Professor Chico Mueller. Apito a competição Moleque bom de bola há 20 anos. Já atuei nos municipais de Nova Trento, Botuverá e Guabiruba apitando o futebol de campo e Futsal e apitei em Ibirama os Jogos Abertos Brasileiros.

Havia segurança para o árbitro apitar?

Esses campos era sem alambrados e não havia policiamento e o árbitro não tinha auxiliares. O público aproxima-se de 1000 torcedores. A Rádio Cidade transmitia os jogos com o Dirlei Silva e Marco Aurélio.

Como técnico, em que equipes esteve?

Estive como técnico na A.D.R. Iresa e na A.A . Carlos Zen.

Quem presida essas agremiações na época?

A ADR Iresa era presidida pelo Rogério Lana e a A.A. Carlos Zen, por Mário Campos.

Referências

  • Jornal Em Foco. Edição de 23 de outubro de 2012.