Entrevista Heinz Appel - Luiz Gianesini
HEINZ APPEL: Filho de Gustavo W. e Joana Orthmann Appel, natural de Brusque, nascido aos 13.06.27; cônjuge: Maria Carmen de Souza Appel; cinco irmãos: Gerda, Herbert, Bruno (China), Oswaldo e Gerhard Nelson; quatro filhos: Vilma, Jane, Gerson e Evandro; quatro netos: Marcela, Rômulo, Ryan e Ivy; dois bisnetos: Pedro e Isabela. Torce para o Botafogo, Palmeiras e Paysandu.
Esteve ligado aos esportes por muito tempo?
Estive ligado aos esportes na prática de voleibol, basquetebol, handebol, atletismo, bolão, bocha e futebol, saliente-se que quando ingressei no futebol tive que abandonar os outros esportes devido recomendação e por sobrecarga.
Como foi sua passagem no futebol?
Atuei de 45 até 58/59, registre-se sempre no “mais querido da Pedro Werner”, e como meia esquerda, àquele meia que caia para a ponta esquerda.
Grandes dirigentes do Paysandu?
Gerhard Nelson Appel, Polaco, Carlos Cid Renaux e Toni Handchen.
Grandes treinadores?
Nilton, Osmar Monguilhotti e o Leléco
Grandes jogadores do mais querido?
Tivemos grandes jogadores, entre eles destacaria: Julinho Hildebrand, Mima, Nilo e Godoberto.
Grandes jogadores do tricolor brusquense?
Tivemos grandes atletas, citaria entre outros: Pilolo, Orival Bolognini, Isnel, Ivo Willrich e Teixeirinha.
Os grandes goleiros de sua época?
Arno Mosimann e o mano Osvaldo Appel também fez época.
O Chiquinho tem parentesco com você?
Sim. É meu sobrinho, filho do saudoso Herbert.
Miro Pires foi um bom jogador?
Sim, foi um bom jogador e acima de tudo um especialista em bater penalidades.
Os manos – seus irmãos - também atuaram?
O Osvaldo foi goleiro titular do Paysandu, o Herbert, foi o que hoje denominamos de líbero, Bruno, lateral esquerdo e Gerhard, goleiro dos aspirantes do Paysandu.
Além de jogador o que fez Heinz Appel?
Iniciei minha vida profissional na Renaux, como carregador de espulas, chegando a Gerente da Fiação Sede. Integrei o Legislativo Brusquense - fui vereador - por duas legislaturas: 66 a 69 e 69 a72.
Valeu a experiência política?
Valeu a experiência... é sem dúvida uma passagem boa da vida.
Fatos marcantes em sua vida?
Foram alguns: 1) Quanto me aposentei o Calim Renaux disse: “O senhor vestiu a camisa da empresa!.
2)- Campeão Catarinense de 56, uma decisão com o América de Joinville, vencemos por 2 x 1, lá em Joinville, sendo que lembro bem de um dos gols foi anotado pelo grande Julinho; 3) Um clássico no Estádio Augusto Bauer, em que vencemos o tricolor por 2 x 0, sendo que fiz o primeiro gol e de cabeça. Nesse jogo, senti-me mal, quando vencíamos por 1 x 0, lembro que sentei no lado do campo e escutei que o Julinho marcou o segundo gol e depois só dei por mim em casa.
Alem do “mais querido”, atuou em combinados e/ou na seleção catarinense?
Lembro de duas participações: Uma no jogo da Seleção Catarinense x Seleção do Espírito Santo, mesmo ficando na suplência e a segunda no jogo do Carlos Renaux com a Seleção Gaúcha, lá nos pampas, jogamos eu e o Julinho pela equipe tricolor, vencemos por 2 x 0.
O que acontece com o campeonato de 56, que pelos registros da Federação Catarinense o campeão foi o Operário de Joinville?
Até hoje não consigo entender o que realmente aconteceu no campeonato de 56. Inventaram uma final com o Operário (Joinville), quando os jogadores há haviam sido dispensados. Resultado tivemos que montar uma equipe às pressas e perdemos o título.
O que faz Heinz Appel, hoje?
Estou aposentado.
Palavra final?
Lembra o Ruy Queluz para não esmorecer na reconquista do nosso patrimônio.
Referências
- Jornal A Voz de Brusque. Entrevista publicada em 20 de dezembro de 2002.