Entrevista Hedwiges Stein Valle - Luiz Gianesini
Filha de Alfons e Olívia Stein; natural de Brusque, nascida aos 15.12.43. São em quatro irmãos: Cláudio (in memoriam), Afonso, Terezinha e Hedwiges. Viúva de Joel Geraldo Valle; três filhos: Liliana, Silvana e Dimitri; quatro netos: João Francisco, Álvaro , Maria Victória e Larissa.
Como foi a educação recebida de seus pais?
Meus pais sempre foram muito carinhosos e muito preocupados com nosso bem estar.
Lembrança positiva da infância?
Muito espaço para brincar, andar de bicicleta pelas ruas, sem perigo de trânsito e de ser abordada por estranhos, todos se conheciam.
Como conheceu o Joel?
Conheci o Joel na formatura do Ginásio do Colégio C. Carlos Renaux.
O casamento ainda é válido?
Sempre é válido quando há respeito e entendimento entre os casais.
Como foi a coluna no Jornal Santa Catarina? Vale a pena a gente escrever em jornais?
No Jornal Santa Catarina foi um aprendizado e vale a pena pelo amor à camisa e não pelo dinheiro.
A mulher não está confundindo liberdade responsável com libertinagem, achando que assim são moderninhas?
Eu como mulher nunca me aproveitei da liberdade e sempre me fiz respeitar através de minha postura.
A senhora acha que é assim mesmo, essas mocinhas, com curso superior, ocuparem parte do tempo do trabalho, comentando lances de novelas, BBB e outros lixos da TV brasileira?
Tudo é válido quando não há abusos, desde que se aproveite o que há de melhor nas novelas e os BBB da vida.
A experiência como Professora?
Foi uma experiência rica, cheia de boas recordações e muitas amizades.
Locais e disciplinas em que exerceu o magistério?
Iniciei o magistério, nos idos de 1960, no Colégio Municipal João Hassmannn; e, 63, assumi em Guabiruba do Sul, na Escola de Educação Básica Otília Schlindwein e em 64, fui removida para o Colégio João Boos; em 65, fui trabalhar no Colégio Estadual Ivo Silveira, em Águas Claras, onde permaneci por 17 anos, de primeira a quarta séries; lecionei de quinta a oitava séries, Educação Artística, Educação para o Lar e Educação Religiosa. Em 82, fui convidada para assumir a Coordenação de Educação Religiosa Ecumênica, onde desempenhei a função até o ano de 89, quando requeri o benefício previdenciário.
Lecionar é uma missão espinhosa?
Quando professora não via dessa maneira, mas de forma prazerosa.
O aluno de ontem e o de hoje?
O de ontem era mais fácil de ser trabalhado pela presença da mãe em casa, o de hoje sente a falta da mãe que por motivos financeiros, tem que trabalhar e quase não tem tempo para educar seus filhos, pois a educação sempre começa em casa e tem continuação na Escola.
E o Clube Soroptimista?
Estou completando 21 anos como associada do Clube Soroptimista de Brusque, no qual ingressei sempre voltada pelo lema “quem não vive para servir, não serve para viver” – lema da décadas de 80. Hoje como Presidente desta entidade, levo muito a sério o nosso lema “o melhor para as mulheres e meninas”.
A administração municipal está no caminho certo?
Não sou muito ligada na política, mas vejo que hoje não é fácil ser um administrador que contente a todos.
O Brasil tem acerto?
Creio que tem acerto, desde que cada u ma desempenhe seu papel com responsabilidade e honestidade, visando sempre o bem comum.
Quer acrescentar alguma coisa que deixei de ventilar?
Agradeço ao colunista Luiz Gianesini, a oportunidade que tive de escrever um pouco da minha vida e dar minha opinião sobre os vários assuntos elencados.
Referências
- Entrevista publicada em A VOZ DE BRUSQUE, em 14 de junho de 2008.