Entrevista Evandro Carlos Gevaerd - Luiz Gianesini
O entrevistado da semana é o Tenente Coronel Bombeiro Militar Evandro Carlos Gevaerd - Diretor Executivo do Observatório Social de Brusque. Nascido em Brusque aos 21.05.64, filho de Carlos Luís Gevaerd e Enah Maria Gevaerd, casado com Adriana Roberta Cava Gevaerd, com a qual tem dois filhos: Martha e Pedro. Tem os títulos de Mestre em Desenvolvimento Regional – Área de Concentração em Desenvolvimento Regional Sustentáve e pela Universidade Regional de Blumenau, FURB, Blumenau, SC. Especialização em Tecnologia de Incêndios – Univ. Federal de Santa Catarina – UFSC - Florianópolis – SC. Especialização em Segurança Pública – UNISUL – Florianópolis – SC. Graduação em Oficial Militar Estadual Bombeiro Militar Academia da Polícia Militar de Santa Catarina - Florianópolis.- Ocupou cargo de Comandante do Corpo de Bombeiros de Mafra, Brusque, Grande Florianópolis e Florianópolis. Atualmente é o Chefe da Seção de Planejamento do Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina. Torce para o Brusque, Palmeiras e Fluminense.
Quais são as memórias do tempo de criança?
Da infância muito bem aproveitada... e das Brincadeiras ao ar livre...
Sonho de criança?
Ser Bombeiro
Como foi sua juventude?
Equilibrada... Com 15 anos saí de casa para estudar no Colégio Agrícola de Camboriú (internato - 3 anos), onde me formei . Depois segui para Florianópolis para ser bancário e fazer curso preparatório de Vestibular, sendo aprovado para o Curso de Oficial pela PM. Fiquei 3 anos na Academia da PM. Após fiz outro curso de especialização na área de Bombeiro (curso realizado pelo Bombeiro e UFSC), e a partir daí trabalhei na corporação.... Durante a minha juventude sempre procurei me divertir com responsabilidade.
Pessoas que influenciaram?
Meus pais (pelas palavras e exemplo) e Joseph Murphy (escritor)
Quais as atribuições da Chefia da Seção de Planejamento do Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina?
Planejamento do Corpo de Bombeiros a nível Estadual e assessoramento ao Comandante Geral da Corporação em assuntos estratégicos.
Quais os pontos positivos no comando em Mafra, Brusque, Grande Florianópolis e Florianópolis?
Em Mafra foi a reestruturação do Bombeiro e inicio das atividades de Ambulância do Bombeiro. Em Brusque implementamos a Lei do FUNREBOM onde conseguimos aumentar a arrecadação em 10 vezes. Estruturamos mais adequadamente os serviços (ampliação e adequação do Quartel e compra de materiais/equipamentos), iniciamos a atividade de atendimento Pré-hospitalar, e alguns projetos sociais, como Bombeiro Comunitário (voluntário) e Bombeiros Mirins.
O que é um Observatório Social?
É uma pessoa jurídica de direito privado, de fins não econômicos regido pelo seu estatuto, pela Lei n. 9.790/99 e pelas disposições legais aplicáveis, podendo se configurar como uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público – OSCIP, com prazo de duração indeterminado.
O que faz?
01. Pesquisar, analisar e divulgar informações sobre o comportamento dos órgãos públicos municipais, com relação à aplicação dos recursos, ao comportamento ético de funcionários e gestores, aos resultados gerados e à qualidade dos serviços prestados, através do acompanhamento de compras e contratação de serviços. 02. Educar e fazer esclarecimentos, no sentido de reverter o quadro de desconhecimento, por parte de indivíduos, empresas e entidades, através de mecanismos capazes de possibilitar o exercício da cidadania fiscal, do controle e da qualidade na aplicação dos recursos públicos no âmbito municipal.
Como surgiu o Observatório Social para Evandro Gevaerd?
A ideia nasceu no meio empresarial de Brusque. Precisavam de uma pessoa que fosse ficha limpa e não tivesse vínculo partidário. Me apresentaram a ideia e achei fantástico. Inicialmente seria contratado, ou seja, receberia um salário para trabalhar, mas hoje quero desenvolver esse trabalho voluntariamente, sem receber nada... pois quero apenas contribuir... vou me sentir melhor sendo voluntário...
Como está formada a equipe do Observatório Social em Brusque?
Hoje somos em quatro. Eu que sou voluntário e trabalhos todos os dias na parte da manhã com mais 3 estagiários. Como não serei mais remunerado, vou propor aos conselheiros do Observatório, que são os representantes das entidades mantenedoras, que sejam contratados mais dois estagiários. para sermos 6 colaboradores diretos. Também estamos recebendo das universidades de Brusque mais estagiários e voluntários. Nosso objetivo é que daqui a seis meses, passarmos ter seis efetivos e pelo menos, 20 voluntários participativos.
Quantos observatórios social já atuam no Brasil?
Em torno de 50. Esse número não é exato, pois alguns existem mas não tem estrutura ainda para funcionar como deveria.
Que cidades catarinenses já contam com o Observatório Social?
Além de Brusque, Itajaí e Florianópolis
Ao acompanhar algumas licitações em Brusque, mormente quanto aos Pregões, acredita que a Comissão de Licitação está primando pela devida legalidade do procedimento licitatório?
Iniciamos o acompanhamento das Licitações nesta semana. Todos os pregões que participamos, ao nosso ver, transcorreram dentro da legalidade.
Como agirá o Observatório Social ao deparar com uma irregularidade?
Quando o Observatório Social verificar alguma irregularidade, encaminhará informação ao Prefeito Municipal, para sanar o problema (medidas cabíveis legais e administrativas). O Prefeito terá 15 dias para responder sobre o questionamento do Observatório Social (Conforme preceitua a Lei 9.051/95). Deixando de responder ou não respondendo a contento (resolvendo definitivamente a irregularidade), o OSBr encaminhará tal informação à Câmara de Vereadores. A Câmara terá mais 15 dias para dar o devido encaminhamento e responder ao OSBr. Se a Câmara não tomar as medidas que o caso requer, ou não responder ao OSBr em 15 dias, o Observatório encaminhará todas as informações ao Ministério Público para as devidas providências. É importante salientar que todas as irregularidades constatadas pelo OSBr serão devidamente documentadas (fotos, depoimentos, documentos, etc.)
Referências
- Jornal Em Foco. Edição de 5 de julho de 2011.
