Entrevista Eudora Maria da Costa Schaadt - Luiz Gianesini

De Sala Virtual Brusque
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EUDORA MARIA DA COSTA SCHAADT: Filha dos saudosos Manoel José da Costa (estivador) e de Olga Lopes da Costa (do lar), natural de São José, Grande Florianópolis, nascida aos 11.09.32; casada com Arlindo Schaadt, aos 13.02.0, tendo o casal um filho: Francisco José.

Como foi a sua infância?

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Éramos em oito irmãos, sendo quatro homens: Flávio, Luiz, Álvaro e Aldo e quatro mulheres: Ivone, Carmen, Célia e eu, A Ivone e a Carmen já são falecidas. Ajudava a mãe nos serviços de casa, buscava carvão, na Ponta Debaixo, na Olaria, onde queimava louça de barro e freqüentava o Colégio Francisco Tolentino, em São José.

Quais as ocupações de seus irmãos?

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Flávio, Juiz de Direito; Luiz é funcionário do Banco do Brasil; Álvaro, na área de saúde e Aldo, no Sesi, sendo que após a aposentadoria foi trabalhar na Universidade Federal de Santa Catarina e eu e as três irmãs, todas seguimos o magistério.

Sonho de criança?

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Ser Professora.

Como foi a sua juventude?

Continuamos ajudando a mãe e freqüentávamos a casa de nosso vizinho, os pais de Luiz Henrique da Silveira: Moacir e Edelcides ou Nelcides - não lembro bem - que além de Luiz Henrique tinham mais dois filhos e, freqüentava o curso Normal.

Primeira Professora?

Ermelinda Barni, em São José.

Melhor Professora? Por quê?

Foi a Professora de Ciências, também em São José, a dona Isabel, ela era companheira e explicava bem.

Em que escolas lecionou?

Iniciei com a idade de 20 anos a lecionar em Ribeirão da Ilha, Grande Florianópolis, no Grupo Dom Jaime de Barros Câmara, depois me submeti ao concurso público e fui lecionar em Ribeirão do Ouro, Botuverá, onde permaneci, por aproximadamente, uma década e meia. Saliente-se que até 1962, Botuverá ainda não era Município, integrava Brusque.

Ocupou outros cargos além de Professora?

Assumi a Direção da Escola Maria Luiza da Silva Dias, por alguns meses, sucedendo Maria Novaes Barni e passando o cargo para Arthur Sedrez.

Quem mais lecionava com a Senhora?

Eram colegas professoras no mesmo estabelecimento de ensino: Maria Novaes Barni e Terezinha Farias, com as quais complementavam o ensino primário, em Ribeirão do Ouro.

Qual era a média de alunos por classe?

Aproximadamente 27 a 28 alunos por classe.

Lembra de alguns alunos?

Lembro bem de Ivo Barni, Dulcídio Arides Barni e Luiza Olenga Werner Barni - sogros do Prefeito Paulo Roberto Eccel - também lembro de Abrão Carlos Colzani e outros.

Bons alunos?

Bons alunos, e os da família Barni sobressaiam.

O Ivo Barni também era um bom aluno?

Sim, um dos destaques.

O que lembra com carinho dos alunos?

Foi o bilhete que recebi de Ivo Barni, nos idos de 1972.

Se fosse recomeçar seria Professora novamente?

Acredito que não... educar hoje ficou muito difícil... os alunos não têm mais respeito aos mestres.

’Se não fosse Professora?

Ocuparia algum cargo na área da educação.

Como conheceu o maridão, o Arlindo?

Duas situ ações nos levaram a subir o altar e, convivermos por 50 anos, o Bar de Alexandre Barni, onde eu pernoitava e ele frequentava o Bar e o Depósito de Cal Francisco Schaadt, nas proximidades do Paysandu, local que íamos, quando vínhamos a Brusque, para ver se tinha condução para retornarmos para Ribeirão do Ouro.

Alegria?

Ah o nascimento do Francisco José!

Tristeza?

A perda dos pais e irmãos.

Uma dificuldade que enfrentou?

Era quando íamos, uma vez por mês e em datas festivas, sobretudo na Páscoa e no Natal, visitar os pais em São José, Tínhamos que ver quando o caminhão do Stoltenberg subia para Tiriva, hoje Leoberto Leal, para pedir que na volta reservasse um lugar na Gabine, para descermos até Brusque e daí irmos para São José.

Quando obteve o benefício previdenciário?

Aos 27 de outubro de 1971.

O que faz hoje?

Participo no “Clube do Bairro”, “Apostolado da Oração”, “Clube das mães” e “Ação”,

Referências

  • Matéria publicada no EM FOCO, em 18 de janeiro de 2011.