Entrevista Emílio Luís Niebuhr - Luiz Gianesini

De Sala Virtual Brusque
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Nosso entrevistado Dr Emílio Luís Niebuhr
Divulgação.

O entrevistado da semana é o Dr Emílio Luís Niebuhr, filho dos saudosos Otto e Eugênia Albani Niebuh, nascido em Brusque aos 11/11/1938; são em 3 (três) irmãos: Otto Joel, Maria Eugênia e Emílio Luís; casado com Elisa Regina Schlosser Niebuhr, aos 06/05/1967; têm 2 (dois) filhos; Eugênia Regina e Arthur Otto; 05 (cinco) netos: Pedro Emilio, Victôria, Ian, Gabriela e Camila ; torce para Sport Club Brusquense, (ex CACR), Corinthias e Vasco da Gama.

Como foi sua infância e juventude?

Passei em Brusque, onde tivemos o privilégio de morar bem o centro – a Avenida Cônsul Carlos Renaux era denominada de João Pessoa – entre os dois cinemas: Coliseu e Real; joguei futebol com o time do Padre João Stuep; frequentei o Curso primário no Grupo Escolar Santo Antônio (conhecido como Colégio das Freiras), depois fiz o chamado ginasial no Colégio Cônsul Carlos Renaux, aí tive que ir para Blumenau para completar o chamado Científico, cursando também o Técnico em Contabilidade, no Colégio Santo Antônio, registre-se em regime de internado, face a não haver como ir e vir diariamente de Blumenau. Na juventude, ia ao cinema que era a diversão da época e gostava de acompanhar meu saudoso pai nas pescarias.

Como era seus pais? Qual a influência deles na disciplina e na formação?

De acordo com os hábitos da época, a disciplina era mais rígida que atualmente, mas os tinha como companheiros e amigos. Eram austeros, ma não severos. Meus pais dedicavam-se totalmente á formação dos filhos.

Como conheceu Elisa?

Conheci a Elisa quando retornei dos estudos de Medicina para trabalhar em Brusque, naquela época conheci Elisa, vez que as famílias eram todas conhecidas.

Dr Emílio no dia a dia.
Divulgação.

Como aconteceu a opção pela medicina?

Foi por influência materna ter optado por uma faculdade de Medicina, tendo escolhido o Rio de Janeiro para cursá-la. Tive a felicidade de passar no primeiro vestibular a que me submeti e no de 1957, iniciei o curso de Medicina, tendo colado grau em Medicina na data de 15/12/1962, em seguida, mais dois anos de Pós-Graduação, no Hospital dos Servidores do Estado, com especialização em Cirurgia Geral.

Como foi o início de sua trajetória profissional em Brusque?

Na volta á Brusque, retorno este antecipado pelo falecimento de meu pai, em 1965, fomos o 10º médico a instalar-se no Berço da Fiação Catarinense, a saber os Drs.: Humberto Mattiolli, Carlos Moritz, João Antônio Schaefer, popular Dr. Nica, Aluizo Haendchem, José Tridapalli, Germano Hoffmann, Francisco Dal’Igna, Márcio Clóvis Schaefer, Francisco Beduschi e eu.

Qual a influência da globalização na medicina?

Naquele tempo os recursos médicos eram bem menores de que na atualidade. A gente exercia um trabalho interessante, atuávamos, bem mais próximos da comunidade. O que em muito supria á necessidades de exames mais aprofundados, que até então não existia: daí para nossos dias a medicina teve uma grande revolução tecnológica e hoje, aparelhos sofisticados são usados na medicina globalizada com muita eficiência, trazendo reais vantagens no diagnóstico e tratamento das doenças.

A internet e o dia a dia na medicina?

Com a medicina globalizada a Internet também passou a ser instrumento de trabalho dos médicos que têm acesso facilitado ás modernas técnicas utilizadas em todo o mundo, outros sim, hoje em dia, todos os consultórios são informatizados e os pacientes cadastrados eletronicamente.

Como poder-se-ia definir o “genérico” para esclarecer o povão?

Um das evoluções da Medicina foi a implantação do uso de medicamentos “genéricos”. O laboratório que lança um medicamento novo na praça e tem 10 (dez) anos para explorá-lo, passados este prazo, é obrigado a lançar o produto dito “genérico”, ou seja, com o nome do produto químico utilizado no remédio e o preço mais acessível.

O “genérico” é confundido com os “similares”?

Infelizmente confundem-se medicamentos “genéricos” com os “similares” que geralmente são adquiridos pelas farmácias com bonificações. Isto faz com que sejam mais baratos, todavia, muitas vezes de procedência duvidosa e fazendo concorrência com os remédios chamados de “marca” e ou “genéricos”, pelo baixo custo. Desta forma, muitas pessoas são enganadas, acreditando que estão comprando um medicamento “genérico” quando na realidade está adquirindo um produto sem a qualificação técnica do medicamento receitado.

Se não fosse médico?

Provavelmente seria comerciante, haja vista que meu pai tinha um Engenho Descascador de Arroz.

Fale sobre a participação no Rotary Club de Brusque?

Somos filiados ao Rotory Club de Brusque desde 1968, ocupante, de certa forma, lugar deixado pelo meu saudoso pai, que, inclusive, foi um dos fundadores do Rotory Club de Brusque. Inicialmente as reuniões aconteciam na sede do CACR, de cuja janela, assistamos o treino da famosa equipe do CACR (hoje, Sport Club Brusquense).

Qual o melhor livro que já leu?

O melhor livro é o que estou lendo: “Anjos e Demônios”

Costuma ler jornais?

Sim , diariamente leio um jornal local e um regional e semanalmente, leio a VEJA.

O Brasil tem acerto?

Tem acerto sim... apesar das dificuldades o Brasil, está dando e vai dar certo, tanto que se houvesse mais seriedade estaríamos bem mais avançados. Tenho viajado á Europa e constatei que o padrão de vida no Brasil está igual ou melhor do que lá.

Referências

  • Jornal Em Foco. Edição de 30 de outubro de 2012.