Entrevista Cedenir Alberto Simon - Luiz Gianesini

De Sala Virtual Brusque
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Cedenir Alberto Simon.

O entrevistado da semana é Cedenir Alberto Simon, natural de Seara. Secretário Municipal de Governo e Gestão Pública (nomeado pela Portaria 7432/11): casado com Elizabete. com a qual tem um filho, Arthur - com dois anos e dois meses.

Uma palhinha sobre sua vida profissional e pessoal?

Nasci em Seara. oeste catarinense. Com 11 anos de idade tive que sair de casa para estudar pois onde meus pais residiam não tinha como estudar. Trabalhava de dia como garçom para estudar a noite. Meus pais resi-dem hoje em Chapecó. Em 1992 passei no vestibular da Universidade Federal de Santa Catarina onde me formei em licenciatura e bacharelado em História. De 1995 a 1999 fui o coordenador Estadual da Juventude do PT participando da Executiva Estadual. Em 1999 fui eleito Presidente do PT de Flori-anópolis. Estava com 25 anos sendo o mais jovem presidente cio Partido nas capitais. Fui candidato a Deputado Federal em 2002. candidato a vereador em 2004 e 2008 em Florianópolis. Entre 2003 e 2006 trabalhei no mandato do então Deputado Paulo Roberto Eccel coordenando a Comissão de Educação da Assembleia Legislativa. Entre 2007 e 2008 coordenei a Bancada de Deputados Estaduais do PT na Assembleia Legislativa. Em 2010 conclui o Mestrado cai História na Universi-dade Estadual de Santa Catarina, UDESC. Na prefeitura de Bmsque, trabalhei no gabinete em 2009. na secretaria de Comunicação em 2010 e agora na secretaria de governo.

Quais as memórias de infância?

Da presença permanente dos meus pais. tios e avós: da vida em comunidade dos meus pais e da primeira bicicleta.

Sonho de criança?

Ser professor.

Como foi sua juventude?

Desde os onze anos de idade trabalhava de dia e estudava a noite. Primeiro para ajudar meus pais e depois fui morar fora de casa para melhorar a qualidade de ensino. Sem-pre tive intensa atividade nos colégios que passei. desde os Centros Cívico Escolares e depois os Grémios Livres Estudantis. A vida partidária. sempre no PT iniciou em 1986. Assim. foram poucos os momentos que não estive envolvido em alguma atividade que envolvesse o trabalho, o estudo, a militância (nos grupos de jovens da Igreja ou no partido)

Pessoas que influenciaram?

Dom José Gomes. Lula. Raul Seixas. Tche Guevara. Ghandi.

Ao sair de casa - com 11 anos - para estudar, para que cidade foi?

Fui para Seara trabalhar de dia no hotel e Restaurante em frente ao frigorifico Seara.

Torce para que equipes?

É comum torcer para algum time de maior expressão nacional mais o local mas sou somente Figueirense.

Algo que você apostou e não deu certo?

A candidatura para vereador em 2008.

O que faria se estivesse no inicio da carreira e não teve coragem de fazer?

Não tenho do que reclamar das opções. até porque. nem tudo foi opção aias consequência das posições que estava ou manifestava. Meu objetivo era ser Historiador formado pela Universidade Federal o que implicou em sair de Chapecó e morar em Florianópolis. Mais coragem do que isso, na época. muito difícil pois. sai do emprego, da estabilidade para a capital do estado de carona e sem saber onde ia morar para estudar.

O que você aplica dos grandes educadores, das aprendizagens que teve. no seu dia a dia?

A importância de valorizar as oportunidades para novos conhecimentos e a certeza que sabemos e somos muitos pequenos, por isso a necessidade de manter-se em processo e nunca em estado definitivo nas relações ou ações.

Quais as maiores decepções e alegrias que teve?

Alegrias com o relacionamento com a Elizabete. que já passou de 11 anos. e com o nosso filho Arthur. Ele é uma figura e decepção. de forma mais genérica, com as pessoas que cada vez menos se comportam como seres humanos. cada vez mais tá valendo a -farinha pouca meu pirão primeiro-.

Pensa em candidatar-se novamente?

Candidatura é circunstancia. No momento estou concentrado na contribuição para que o Governo do Paulo e Farinha seja tua marco de gestão pública transparente. honesta. realizadora para que todos que moram em Brusque sintam orgulho de aqui viver.

Qual é o ponto alto da administração Paulo R. Eccel/Evandro de Farias?

O cuidado com a cidade e com gestão pública. É emocionante ver como o Paulo dedica todo seu tempo para ver o planejamento de governo ser executado. Não tenho dúvidas de que. no momento que for feito o balanço do governo (estamos com dois anos e quatro meses de governo apenas). a cidade vai reconhecer que estará muito melhor atendida e cuidada pela governo municipal, inclusive com ações que. além de atuar no presente. também planeja. organiza e atua pensando no futuro.

Fale sobre a coordenação da Comissão de Educação na Assembleia Legislativa durante o mandado do então Deputado Paulo Roberto Eccel.

Sobre a coordenação da Comissão de educação: o Deputado Paulo R. Eccel foi Presidente da Comissão da Educação. Cultura e Esporte da Alesc nos anos de 2003 e 2004. Nesse período fui coordenador da Comissão com a tarefa de organizar os trabalhos. além de contribuir na articulação da agenda da Comissão. Destaco três ações encaminhadas: a CPI da Universidade Estadual (UDESC) que garantiu novos e melhores rumos para a única Universidade Estadual: a ampla discussão dentro do setor universitário so-bre as bolsas do artigo 170 da constituição estadual onde foi garantido a ampliação dos beneficiados e a campanha sobre a qualidade dos programas veiculados na 'ilidia onde combateu-se aqueles programas que afrontam os direitos humanos.

Lembra de alguns projetos de cunho social propostos pelo Deputado Paulo Roberto Eccel?

Sobre projetos de cunho social: além da ampliação das bolsas para universitários. destaco o projeto que envolveu milhares de catarinenses contra a cobrança da tarifa do telefone fixo: projeto foi aprovado e só não está em vigor porque o governo do estado entrou, e ainda está. na justiça contra a apli-cação da lei. Teve ainda muitas entidades que acessaram recursos por intermédio do Deputado Paulo Eccel.

Uma palhinha sobre sua Monografia no Mestrado em História.

Narrativas e memórias de sindicalistas: tensões e repercussões na implantação do Sistema Integrado de Transporte em Florianópolis/SC — (Décadas 1980 - 2000). 2010. Dissertação (Mestrado em História — Área: História do Tempo Presente). Universidade do Estado de Santa Catarina. Programa de Pós-Graduação em História. Florianópolis, 2010. O estudo objetiva discutir e historicizar os embates envolvidos entre sindicalistas e dentais trabalhadores do transporte coletivo na Região Metropolitana de Florianópolis e o poder público. quando da implantação do Sistema Integrado de Transporte Coletivo na cidade. Embate esse que não pode ser desvinculado da própria reorganização sindical na região. que. não por coincidência. deu-se no mesmo momento. O período histórico que envolve a estruturação e desenvolvimento do Sindicato dos Trabalhadores no Transporte Coletivo. denominado atualmente conto Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Urbano. Rodoviário. Turismo. Fretamento e Escolar de Passageiros da Região Metropolitana de Florianópolis — SINTRATURB - e do Sistema Integrado de Transportes de Florianópolis começaram no início da década de 1980. Desse modo. para efeitos de corte e definição de foco. abordaremos as décadas de 1980 a 2000. O trabalho, portanto. inscreve-se sob o domínio da História do Tempo Presente. O desafio foi historicizar ou seja. inscrever o trabalho na duração, considerando tanto acontecimentos específicos que se articulam: reorganização sindical e implantação do Sistema Integrado de Transporte Coletivo em Florianópolis quanto o campo de forças em que se disputavam visões de mundo distintas sobre trabalhadores urbanos, transportes coletivos e outros espaços e dimensões de poder entre a Prefeitura de Florianópolis e sindicalistas. A discussão proposta foi realizada a partir de análises de documentos produzidos pelo Sindicato, tais conto relatórios. mas também. e. sobretudo. materiais de divulgação como jornais. panfletos etc. Além disso. foram alvo de problematização também artigos e noticias sobre o assunto. publicados na imprensa local. A análise dos documentos foi articulada a metodologia da História Oral.

Referências

  • Jornal Em Foco. Edição de 14 de junho de 2011.