Entrevista Antônio Carlos Cruz Corvo - Luiz Gianesini

De Sala Virtual Brusque
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Antônio Carlos Cruz Corvo.

ANTÔNIO CARLOS CRUZ CORVO: O entrevistado da semana é o Psicólogo Antônio Carlos Cruz Corvo, nascido no Rio de Janeiro aos 21 de maio de 1058, filho de Liezio de Oliveira Corvo e Iodercia Cruz Corvo, casado com Mara Regina Bina Corco, com a qual teve duas filhas: Maira e Mariana. É torcedor do Brusque e do Flamengo.

Quais as primeiras memórias de criança?

Os bons momentos vividos no Rio de Janeiro sem bandidos, sem traficantes e sem balas perdidas. Onde podíamos jogar futebol na rua, empinar papagaio. Jogar bola de gude e tomar banho de rio.

Sonho de criança?

O meu sonho sempre foi entender as pessoas, compreender as suas atitudes e principalmente o amor entre as pessoas. Esse sonho se tornou realidade em 1975, quando passei no vestibular de psicologia na Universidade Gama Filho, no Rio de Janeiro.

Pessoas que influenciaram?

O meu pai, meus avós paternos e maternos e uma professora da 4ª série primária, professora Vilma e depois o professor universitário Robson de Souza.

Como surgiu Brusque em sua trajetória?

A princípio fui convidado na época da faculdade para ir tabalhar em Fraiburgo, e vim até Brusque por que uma tia que trabalhava na Junta do Trabalho morava aqui. Vim para conversar com a empresa Usati de São João Batista, para trabalhar em Fraiburgo como Psicólogo e como não deu certo resolvi fixar residência aqui em Brusque, onde iniciei minha carreira como psicólogo, na oportunidade com 22 anos. Iniciei a ministrar aulas na antiga Fepevi, hoje Univali, em Itajai e como Psicólogo do Colégio de Aplicação da Fepevi

Educandários que frequentou?

Escola Pública Municipal Joaquim Nabuco, onde conclui o meu curso primário, em Botafogo, em 1968. Em 1969 comecei o antigo ginásio no Horto Florestal - Colégio Municipal Camilo Castelo Branco. Em 1970 fiz o meu antigo científico no Colégio Estadual Andrei Mourois, no Leblon, . todos na cidade maravilhosa do Rio de Janeiro. A faculdade de Psicologia cursei na Universidade Gama Filho no Rio de Janeiro.

Você acha que as pessoas, em geral, sabem o que é a psicologia?

A grande maioria das pessoas não sabem realmente qual é a função do psicólogo e nem da psicologia. As pessoas só pensam, que se procura o psicólogo quando se é louco. Este é um conceito muito errôneo, pois o psicólogo é o profissional que procura fazer as pessoas se entender e se ajudar. Veja bem ajudar e não decidir os seus problemas.

Quais temas você está trabalhando em sua clínica?

Não trabalho temas, trabalho com situações psicológicas que os indivíduos têm em sua vida, indecisões que têm em sua vida sobre trabalhos e outros temas, ansiedade, depressão, síndrome de pânico, distúrbio de ansiedade, hiperatividade e outros. Além de proferir palestras para pais e mestres nas escolas públicas estaduais em nosso município, em Mafra, Rio Negrinho, São Bento do Sul, onde a Gerência Regional de Mafra solicita e também palestra em Campo Alegre sobre a realidade da escola e pais em relação ao adolescente.

Quais as suas outras áreas de atuação profissional, além da clínica?

Sou psicólogo na SDR cedido à Delegacia da Proteção da Mulher, criança, do adolescente e o idoso, além de proferir palestras nas escolas e para pais em todo estado de Santa Catarina.

Qual é a sua filosofia de trabalho?

Sou seguidor -acho que um dos poucos – da terapia centra no paciente. É uma terapia não diretiva. Essa Terapia mostra os caminhos e o próprio paciente decide qual o melhor caminho, explicamos para ele os prós e os contras dos caminhos que quer seguir. O autor que é meu companheiro de cabeceira é Carl Rogers.

Quais as dificuldades mais comuns para o estabelecimento de um consultório de psicologia?

Bem para quem entra nesse campo e que as pessoas sempre olham com um pouco de desconfiança, pensando que só conversando, ela vai melhorar. Percebem, entretanto, que aos poucos podem confiar no profissional.

Como vê a atuação do Conselho Regional de Psicologia e/ou Conselho Federal de Psicologia ?

Tanto o Conselho Regional como o Federal buscam a valorização da profissão de Psicólogo. Portanto só posso ver como uma coisa positiva e necessária para que o psicólogo tenha o seu respaldo quando profissional, pois ambos brigam por espaço que são nossos direitos profissionais.

E com relação à carreira do psicólogo, hoje em dia há mais possibilidades além da clínica?

Sim, tem sim, nas escolas, as avaliações psicológicas nas autos escolas, nas indústrias, nas consultorias para empregos.

Se não fosse psicólogo?

Bem se não fosse psicólogo, não saberia o que fazer, porque amo muito o que faço. Continuaria sendo professor do magistério público estadual que amo muito. Também sou funcionário público estadual há 26 anos.

Com tanta libertinagem, o casamento pode sobreviver?

Bem essa pergunta perpassa por uma questão de fidelidade, valores que hoje em dia em nossa sociedade, está muito difícil de acontecer. A promiscuidade está em todos os lugares na TV Aberta, na de assinatura e ela entra por todos os lugares. E com a minha vivência na DPCAMI de Brusque, vejo que está cada vez mais difícil por que as pessoas pensam em sexo e não em sentimentos entre as pessoas.

Como você escolhe o tema para escrever seus artigos?

Os temas para minhas crônicas, minhas poesias são tiradas do dia a dia, no real dos sentimentos das pessoas. Penso que todo psicólogo tem um pouco de poeta. Por isso tento de uma maneira bem clara, singela expor sentimentos que vejo pelo mundo e nas pessoas com as quais convivo.

Qual dos artigos que escreveu que causou maior impacto?

O que recebi muitos comentários foi o que escrevi sobre a saúde mental e o ser humano. Porque pude observar que muitas pessoas me paravam na rua e faziam muitos questionamentos sobre o assunto.

Lembra de um artigo que escreveu e que mais gostou depois de relê-lo com o passar dos tempos?

Os meus cinquenta anos, esse artigo foi o retrospecto de minha vida com o pai, profissional, homem e também fez lembrar as coisas boas que tive nessa cidade tão maravilhosa que resolvi adotar como a minha segunda cidade de coração a minha Brusque maravilhosa

Teve algum artigo que preferia não ter escrito?

Graças a Deus do que escrevo nunca me arrependo ou não gosto, porque saem todos do fundo do meu coração. São sentimentos que coloco que faço, que amo. O que quero é mais escrever porque posso colocar para fora o amor e falar do amor entre os seres humanos.

Costuma ler EM FOCO? Está trilhando no caminho certo?

Sim, leio sim, e gosto de ler e saber das novidades de nossa Brusque..

Um resumo de sua trajetória profissional e pessoal?

Sou Psicólogo clínico formado pela Universidade Gama Filho do Rio de Janeiro há 30 anos com experiência em saúde mental. Tenho especialização em Psicoterapia de criança, adolescente e adulto e especialização em Psicologia Social. Fui Professor da Universidade Regional de Blumenau de 1993 a 2004, ministrando aulas para vários cursos, inclusive para o de Psicologia. Fui Coordenador do Fórum Catarinense de Saúde Mental nos anos de 2003 a 2007, além disso fizemos como Diretor de Saúde Mental dois Fóruns Catarinense de Saúde Mental nos anos de 2003 e 2007, quando aconteceu a Conferência Estadual de Saúde Mental., que definiu as ações que seriam sugeridas à Coordenação Estadual de Saúde Mental. Professor da rede pública estadual há 26 anos. Profiro palestras nas redes pública municipal e estadual sobre temas ligados à Saúde Mental, Hiperatividade, problemas de aprendizagem e supervisão ao CAPS de nosso estado. Fui Diretor de Saúde Mental de 2001 a 2008 na gestão Ciro/Dagomar.

Referências

  • Jornal Em Foco. Edição de 11 de outubro de 2011.