Ayres Gevaerd: Personalidades do passado brusquense. Mutter Jonk e Guilherme Wiethorn Filho. Crônica

De Sala Virtual Brusque
Revisão de 16h42min de 30 de maio de 2019 por Alicas (discussão | contribs)
Ir para navegaçãoIr para pesquisar

Personalidades do passado brusquense

Ayres Gevaerd

Mutter Jönk

Das personalidades do passado brusquense, nenhuma foi mais querida e teve designação popular mais carinhosa do que Margarethe Jönk: MUTTER JÖNK.

Duas gerações de brusquenses ela ajudou a trazer ao mundo, o que lhe valeu a amizade, o respeito e a confiança de toda mulher na plenitude da maternidade, além da consideração da comunidade.

Mutter Jönk, ao aceitar a plena execução de sua profissão de parteira, certamente tinha consciência de sua responsabilidade, dos parcos recursos médicos e farmacêuticos, das dificuldades de locomoção, a pé, a cavalo, com carroça ou carro de mola, na vila e na extensa região colonial.

Dedicou-se à profissão confiando em seus conhecimentos e em sua coragem para enfrentar com decisão as deficiências próprias da época.

As cartas que dirigia aos filhos distantes refletem seu caráter, suas preocupações e dedicações maternais. E é no aspecto espiritual desses documentos, nas condições de esposa e mãe, que se avaliam o cuidado e a dedicação com que formou e educou tantas mães na Comunidade brusquense.

-

Margarethe Jönk, nascida Todt, era natural da Alemanha. Cedo emigrou para o Brasil, cuja cidadania abraçou, prestando juramento, no dia 27 de setembro de 1857, na Freguezia de Santa Tereza de Valença, no Rio de Janeiro. Casou com Ferdinando Jönk, natural de Holstein, Alemanha, em Petrópolis, tendo desse matrimônio nascido 5 filhos, 42 netos, 86 bisnetos e 4 tataranetos.

Foi Ferdinando Jönk um dos fundadores da Sociedade de Atiradores, e membro destacado da Comunidade Evangélica.

Mutter Jonk, nos últimos anos de sua vida, já viúva, residia com uma de suas filhas em pequeno prédio, situado nas imediações do Largo 4 de Agosto.

Faleceu no dia 30 de setembro de 1932, com 94 anos. Acha-se sepultada no cemitério evangélico.

Guilherme Wiethorn Filho

Provavelmente poucos brusquenses se recordam do professor Guilherme Wiethorn Filho, exceção feita aos remanescentes dos que frequentaram as Escolas Reunidas e os primórdios do Grupo Escolar Feliciano Pires.

Em 1917 foi diretor das Escolas Reunidas de Brusque, criadas pelo decreto nº 1026 do Govêrno Estadual, em 16 de junho daquele ano. Tinha, como professoras, Georgina de Carvalho da Luz, Corália Gevaerd Olinger, Laura Garcia e Aurora Araujo.

Em principios de 1919 foram encerradas as atividades das Escolas Reunidas e em substituição foi instalado o Grupo Escolar Feliciano Pires.

Guilherme Wiethorn Filho foi nomeado seu diretor em maio do mesmo ano, iniciando atividades com as professoras citadas e mais Maria Etelvina da Luz Mohr, Arminda Haberbeck e o professor Hercílio Zimmermann.

Em 1920 diplomou a primeira turma que terminou o 4º ano, com 18 alunos, sendo paraninfo Carlos Luiz Gevaerd.

Guilherme Wiethorn Filho pertenceu à classe dos Mestres-escola, famosa a seu tempo, não só pelo SABER em tôda a plenitude da


Casa de Brusque