Mudanças entre as edições de "Entrevista Nilo Sérgio Krieger 2 - Luiz Gianesini"

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Na verdade não sou ligado a esportes. Mas, tenho, por influência de amigos, uma simpatia pelo Paysandú (Brusque) e pelo Vasco da Gama (Rio).
 
Na verdade não sou ligado a esportes. Mas, tenho, por influência de amigos, uma simpatia pelo Paysandú (Brusque) e pelo Vasco da Gama (Rio).
 
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*Jornal Em Foco. Edição nº x. 2012.
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*Jornal A VOZ DE BRUSQUE. Edição de 07.06.08.
 
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Edição atual tal como às 11h11min de 29 de abril de 2013

Nilo Sérgio Krieger1.jpg

NILO SÉRGIO KRIEGER: O entrevistado da semana é o Dr Nilo Sérgio Krieger, filho de Nilo e Margarida Flora Krieger, natural de Brusque, nascido aos 03 de junho de 1950. Cônjuge: Miria Cândida Rosa da Silva. Um filho: Nathan Krieger

Sonho de criança?

Tive alguns sonhos. Um deles, por inspiração de um tio, que era aeronauta, era ser aviador. Posteriormente , a carreira militar, mas nunca tive apoio e estímulo da família para ambos os sonhos. Tive que realizar o sonho do meu pai, ficar trabalhando na empresa onde ele era sócio – Krieger S/A Indústria do Vestuário. Não gostava do serviço e nem da empresa. Posteriormente, com o falecimento de um dos sócios, o ambiente começou a ficar bom, mas daí, tempos depois, parti para a advocacia, isso em janeiro de 1980.

Você tem amigos da infância ainda?

Poucos, mas tenho.

Quais são as lembranças que você tem da sua infância?

Da infância, sinto saudade das férias na casa dos avós maternos em Vidal Ramos. Não havia luz elétrica e a noite ficava da janela do quarto olhando o céu, observando o céu estrelado; chegava a ser assustador. Da juventude, os bons tempos da “jovem guarda”, das festinhas, das primeiras saídas à noite e o serviço militar no 1º Batalhão de Polícia do Exército no Rio de Janeiro, que me foi uma verdadeira escola de cidadania.

O que sente falta da infância?

As crianças eletrônicas de hoje jamais recitarão na escola aquele verso de Casimiro de Abreu: “Oh! Que saudades eu tenho/ Da aurora da minha vida/ Da minha infância querida/ Que os anos não trazem mais/ Que amor, que sonhos, que flores/ Naquelas tardes fagueiras/ À sobra das bananeiras/ Debaixo dos laranjais.” Pode parecer melosamente piegas, mas um quintal desperta saudades. Naquela época todas as casas tinham o seu, uma espécie de território livre onde as crianças descalças conviviam com os bichos domésticos – um cachorro, um gato, as galinhas e perto do fim do ano, um peru. Plúmeos e implumes convivendo na mais perfeita harmonia entre canteiros floridos e caminhos de areia grossa. Uma tarde no quintal era uma orgia de areia – ainda bem que a água lavava tudo, embora não lave um passado que insiste em se fazer presente. Dos quintais de antigamente resta apenas uma saudade. Saudades sentimos da nossa casa, dos nossos amigos, da nossa infância, dos dias idos.

Como foi sua juventude?

O que você mais gostava de fazer para se divertir? Foi uma juventude sadia. O meado dos anos 60 com a Beatlemania e a Jovem Guarda são inesquecíveis. O companheirismo ginasial e do segundo grau, que beleza. Nos anos 60 e 70 haviam vários locais onde a gente se reunia: o Bar do Valdemar, na rua Rui Barbosa, com o famoso bife acebolado; o Bar do Coelho ou “fecha nunca”, na av. Lauro Muller, cuja especialidade era pedaços de frango frito; o Zingara, uma espécie de bar dançante, na Cônsul Carlos Renaux; mas tarde o Restaurante Casarão, na rua Felipe Schmidt e o Chalé, na av. C.C. Renaux.

Quais eventos mundiais tiveram o maior impacto em sua vida durante a sua infância e juventude?

Me recordo do momento em que, em 1963 John F. Kennedy foi assassinado. Estava tendo uma aula particular com o Renato Dietrich. Me lembro do final da Copa do Mundo de 1958, do desfile de carros que teve no centro de Brusque. Um evento local também ficou gravado: a noite do dia 3 para o dia 4 de agosto de 1960, dia do Centenário. À meia noite houve queima de fogos, as igrejas bateram os sinos, as fábricas apitaram e a Banda da Polícia desfilou no centro tocando o Hino do Centenário, foi emocionante.

Pessoas que influenciaram ?

Várias, a começar pelo meu pai.

Como era a escola quando você era criança? Quais eram suas melhores e piores matérias? De que atividades escolares e esportes você participava?

Estudei no antigo Grupo Escolar Alberto Torres, hoje é tudo Colégio C. C. Renaux. A escola era rígida e assustadora; os professores(as) idem. Havia, porém, uma pessoa que era bondosa e se destacava das demais, a secretária do estabelecimento, Maria Lúcia Mayworne. Para ser sincero, para mim não havia “melhor” matéria. Todas eram piores.... No esporte, era uma verdadeira negação. Fazia educação física por obrigação. Ainda bem que o professor - Vertolino Schütz – era uma pessoa boa e igualmente se destacava dos (as) demais professores(as).

Primeira professora?

Yete Zinck.

Grandes professores?

Todos dentro a linha mediana.

Quais medos você tem ou teve? maior medo é o de envelhecer ou o de entristecer?

Realmente, o maior medo é o de envelhecer e discordo totalmente de que a velhice “é a melhor idade”.

Você se arrependeu de alguma coisa que disse ou que fez ?

Não tive. Não me arrependo de nada.

O que você acha da programação da televisão de hoje?

Ainda bem que tenho TV por assinatura. Raramente assisto a TV aberta e a Rede Globo deve fazer alguns anos que não assisto.

Qual foi o maior desafio até agora?

A de me aposentar (no sentido mais amplo da palavra) e não fazer mais absolutamente nada. Me aposentei em 1995 e me programei para parar definitivamente em 2010.

Você tem algum ressentimento?

Não guardo esse sentimento.

Fale um pouco de sua trajetória profissional e da sua história de vida?

Dos 14 aos 29 anos trabalhei na Krieger S/A Indústria do Vestuário. De 1980 à 2010 como advogado privado e durante um certo período como advogado público, contratado da Prefeitura no tempo da gestão do prefeito Danilo Moritz. Devo uma parcela de gratidão a esse prefeito bem como ao seu Procurador Geral, Dr. Luiz Gianesini, o que ora me entrevista.

Algo que você apostou e não deu certo?.

Não.

Teve problema com algum cliente face o resulta de uma ação ?

Infelizmente, após quase 30 anos de advocacia, me incomodei com um. O cidadão, por sinal pessoa correta, foi influenciado por um mau colega advogado e me representou na Ordem. Felizmente consegui provar que eu estava certo e o referido cidadão recebeu corretamente o que de direito. Mas, isso me deu muita dor de cabeça.

Aproximadamente quantos processos ingressou no judiciário e quais os 5 tipos de ações em que seus serviços profissionais foram procurados?

Representando clientes ingressei com algumas centenas de ações. Nos últimos tempos era mais procurado por questões familiares.

Entre tantas causas que acompanhou, poderia citar a causa mais simples e a mais complexa?

As mais simples eram as chamadas “conversões da separação judicial em divórcio”. A mais complicada foi uma envolvendo um imóvel aqui em Brusque e as partes (autores e ré) residindo na Europa. A Ré foi citada na Suíça e teve testemunhas ouvidas por carta rogatória na Suíça e Alemanha. Deu tudo certo e tive sucesso da procedência da ação;

Dos advogados mais antigos para quem você tiraria o chapéu?

Dr. Euclides Cardeal e Dr Ivo Szpoganicz,.

Uma curiosidade que aconteceu durante sua carreira?

Foi ter sido advogado de uma jovem, numa separação judicial, quando já havia sido advogado da mãe dela na sua separação.

Como vê a questão do Exame da Ordem?

Entendo que é necessário ante a má formação universitária dos nossos bacharéis.

A sabatina no Senado para a aprovação de nomes ao STJ e STF é para inglês ver?

Entendo que é para “inglês ver”, sim; mera formalidade.

Torce para que equipes?

Na verdade não sou ligado a esportes. Mas, tenho, por influência de amigos, uma simpatia pelo Paysandú (Brusque) e pelo Vasco da Gama (Rio).

Referências

  • Jornal A VOZ DE BRUSQUE. Edição de 07.06.08.