Mudanças entre as edições de "Bairro Santa Terezinha"
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− | Sendo este um dos primeiros apontamentos de habitação fixa na região do Bairro Santa Terezinha, é importante ressaltar que a comunicação com Brusque se fazia por | + | A povoação inicial dá-se, portanto, como no restante da Colônia: por meio de lotes coloniais. Sendo este um dos primeiros apontamentos de habitação fixa na região do Bairro Santa Terezinha, é importante ressaltar que a comunicação com Brusque se fazia pelos rios, o que contribuiu para que logo a localidade tomasse o ribeirão por referência geográfica. |
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Percebendo a demora, Schneeburg encaminhou ao Presidente da Província (Governador do Estado, na época), um abaixo-assinado, subscrito por 182 colonos, onde solicitou a abertura da estrada ligando Brusque a Itajaí<ref>SCHNEEBURG, Maxilian von, 1864 apud CABRAL, 1958. p. 112-113</ref>. | Percebendo a demora, Schneeburg encaminhou ao Presidente da Província (Governador do Estado, na época), um abaixo-assinado, subscrito por 182 colonos, onde solicitou a abertura da estrada ligando Brusque a Itajaí<ref>SCHNEEBURG, Maxilian von, 1864 apud CABRAL, 1958. p. 112-113</ref>. | ||
− | No fim de 1865, Frederico Heeren | + | No fim de 1865, Frederico Heeren concluiu um levantamento topográfico da estrada da barranca do rio, no centro de Brusque, até a praia da Vila de Itajaí. Porém, a estrada só fora finalizada durante a administração de Betim Paes Leme<ref>Ibid, p. 113-114.</ref>, por volta de 1875. Com acesso por terra, logo a localidade ganharia novas referências. |
===Estrada Itajaí=== | ===Estrada Itajaí=== |
Edição das 08h50min de 18 de junho de 2012
- Álisson Sousa Castro[1], Historiador.
O bairro Santa Terezinha é o bairro mais populoso de Brusque, contando com 10.081 moradores, segundo o Censo de 2010[2].
Primórdios
Nos tempos da Colônia
Para pensarmos sobre o atual território do bairro em tempos longínquos, recorreremos ao relado transcrito pelo pesquisador Oswaldo Rodrigues Cabral[3], que nos informa que "à margem direita [do Itajaí-Mirim], de ambos os lados do Ribeirão Limeira [...] está por ora só ocupado por 7 famílias colonas em sete lotes medidos pelo agrimensor da Colônia, e êstes sete lotes limitam com ambas as margens do ribeirão Limeira".
A povoação inicial dá-se, portanto, como no restante da Colônia: por meio de lotes coloniais. Sendo este um dos primeiros apontamentos de habitação fixa na região do Bairro Santa Terezinha, é importante ressaltar que a comunicação com Brusque se fazia pelos rios, o que contribuiu para que logo a localidade tomasse o ribeirão por referência geográfica.
Ainda nos primórdios da colonização, o Barão von Schneeburg, sobre a necessidade de abertura da estrada ligando a Colônia Itajahy-Brusque à Vila de Itajahy, faz "referências ao Tenente João Ricardo Pinto, que se achava incumbido da abertura da picada sôbre o qual seria construida a futura estrada, o que motivou não ter o Diretor tomado qualquer iniciativa no mesmo sentido"[4].
Percebendo a demora, Schneeburg encaminhou ao Presidente da Província (Governador do Estado, na época), um abaixo-assinado, subscrito por 182 colonos, onde solicitou a abertura da estrada ligando Brusque a Itajaí[5].
No fim de 1865, Frederico Heeren concluiu um levantamento topográfico da estrada da barranca do rio, no centro de Brusque, até a praia da Vila de Itajaí. Porém, a estrada só fora finalizada durante a administração de Betim Paes Leme[6], por volta de 1875. Com acesso por terra, logo a localidade ganharia novas referências.
Estrada Itajaí
Uma das primeiras denominações da localidade foi "Limeira", nome atribuído por levar-se em conta o Rio Limeira como ponto referencial na região. O nome "Limeira" parmaneceu por algum tempo, sendo também citado por alguns documentos até a década de 1940[7]
Após as conclusões das obras da estrada que ligava Brusque à vizinha cidade de Itajaí, a denominação aos poucos fora alterada para "Estrada Itajaí". Muito embora ainda fosse denominada Limeira, a nova forma especificava a localidade com o traçado desta via, evitando assim a confusão por parte dos Correios quanto à entrega de correspondências nas proximidades da atual localidade de Limeira.[8][9][10].
Com o tempo a forma "Rua Itajaí" passou a predominar, o que ocorrera até meados da década de 1930, quando a referência passou a ser a capela de Santa Teresinha[11]. Mas, foi somente em 19 de junho de 1964 que o Prefeito Cyro Gevaerd sancionou uma lei que autorizava o Poder Executivo Municipal a denominar o "Bairro Santa Teresinha" o trecho compreendido entre o Boeiro Niebuhr até o final do perímetro urbano, no final da rua Santos Dumont e ruas adjacentes[12].
Apesar da lei que autorizava a denominação ter sido sancionada, passaram-se mais de 30 anos e em 12 de maio de 1995, o bairro ganha sua atual denominação, grafada com a letra "z". Isto ocorre quando o Prefeito Danilo Moritz sanciona uma nova lei, onde fica denominado o bairro "Santa Terezinha"[13], delimitando também sua nova área. No ano seguinte, o Prefeito Danilo Moritz sanciona a lei[14] que altera os limites do bairro, ampliando-o até a divisa com Itajaí.
Religião e identidade
Chácara e Capela São Roque
Muito embora tenha-se criado uma escola na Estrada Itajaí em fevereiro de 1930[15], fora somente em 1932 que a Professora Augusta Dutra de Souza deu início ao referido educandário[16]. Este acontecimento, somado à aquisição da Chácara do Hospital de Azambuja[17], deram impulso ao povoamento na região. Sobre a aquisição, a jornalista Carina Machado comenta que
“ | Em meados de 1931, por decisão da Mitra Metropolitana de Florianópolis, padre Guilherme Klein, de Azambuja, compra de Leopoldo Fischer um lote de terras na Estrada de Itajaí. Ali, havia a casa da família, que é reformada e alongada para alojar as Irmãs da Divina Providência, que passam a administrar a Fazenda dos Padres, popularmente conhecida como Chácara.[18] | ” |
Nesta chácara havia um casarão que se dividia em três partes: dormitório, sala de refeições e sala de reuniões[19]. Fora havia um pasto que abrigava os animais. Porém, o empreendimento não funcionara a contento, até porque
“ | Devido à inexperiência das Irmãs com o trato de animais e cultivo de hortaliças, a Mitra traz Francisco Kestring e família, de Braço do Norte, Santa Catarina, para tomar conta da criação de gado leiteiro e das plantações que mantêm o Hospital e o Hospício de Azambuja. Algum tempo depois, as Irmãs deixam a Chácara e mudam-se para Florianópolis, deixando, como presente para a comunidade, as imagens de São José e de Santa Terezinha", MACHADO (2009, p. 286)[20] | ” |
Ainda, segundo Machado, "com a ausência das Irmãs, muitos cômodos do casarão ficam vagos". Isto bastou para que o cômodo que servia à sala de reuniões abrigasse a imagem de Santa Teresinha, que havia sido deixada, juntamente com a Imagem de São José, na sala de refeições, quando da partida das Irmãs[21].
O Reitor do Seminário de Azambuja, Dom Jaime de Barros Câmara, autorizara a instalação da capela dedicada a Santa Teresinha da qual era devoto[22], que teve sua benção em 6 de março de 1932[23]. Ficou responsável por assistir os religiosos da localidade o Padre Peters.
Também, no mesmo dia, fora abençoada a Capela de São Roque, um pouco modesta, que ficava 50 metros adiante, em direção a Itajaí. Moradores contam que esta fora erguida após a peste bovina castigar o gado das fazendas da região, sendo São Roque considerado o protetor do gado contra doenças contagiosas. Eram, portanto, duas devoções: uma a São Roque, por parte dos criadores de bovinos e outra a Santa Teresinha, por conta da devoção de Dom Jaime de Barros Câmara[24].
Passaram-se alguns anos, tendo os fiéis, em meados de 1939, organizado uma festa com a finalidade de angariar recursos para a construção da Igreja dedicada à Santa Teresinha. Segundo Dallago[25], "no dia 06 de Janeiro de 1940, realizou-se a primeira reunião na residência do Senhor Ernesto Cervi, com a presença de 25 pessoas da comunidade". A diretoria ficou composta por Giacomo Cadore, Alberto Pretti, Francisco Kestring e Ernesto Cervi, contando também com João Imianowsky, Prospero Cadore e Alberto Busnardo que ingressaram depois.
Quanto ao São Roque, transcrevemos as recordações da professora Maria Caresia Besel (2004 apud ADAMI, 2004) que tratam da mudança de localização da mesma[26]:
“ | Por que a fazenda tinha gado e porque São Roque é protetor dos animais e os livra os animais da peste [...] Como no terreno [de Santa Terezinha,] que foi vendido havia uma capelinha, as primeiras janelas e o altar que conhecemos no Arraial dos Cunhas vieram tudo de lá. | ” |
A Santa de Lisieux
Marie Françoise Thérèse Martin, conhecida por Teresa do Menino Jesus e da Sagrada Face, Teresa de Lisieux, Santa Teresa do Menino Jesus ou Santa Teresinha. Tendo nascido na cidade francesa de Alençon em 2 de janeiro de 1873, sendo filha do casal também beatificado Louis Martin e Zélie Guérin.
A prematura morte da sua mãe, quando tinha apenas quatro anos fez com que ela se apegasse a sua irmã Pauline, que elegeu para sua "segunda mãe". A repentina entrada dessa irmã no Carmelo, fez a jovem Thérèse, adoecer. Curada pela ‘Virgem do Sorriso’, imagem da Imaculada Conceição por quem seus pais tinham afeição, tomou uma forte resolução de entrar para o Carmelo. Quase ao completar quatorze anos, no Natal de 1886, Teresa passa por uma experiência que chamou de "Noite da minha conversão". Ao voltar da missa e procurar seus presentes, percebe que seu pai se aborrece por ela apresentar comportamento infantil. A menina decide então a renunciar a infância e toma o acontecido como um sinal inspirador de força e coragem para o porvir [27].
Seis meses depois, Teresa decide que quer entrar para o Carmelo (Ordem das Carmelitas Descalças). Como a pouca idade a impede, é levada por familiares, em novembro de 1887, para uma audiência com o Papa, em Roma, para pedir a exceção, a chorar, ao Papa Leão XIII, contra a vontade do então Bispo de Lisieux. Em Abril do ano seguinte é finalmente aceita. Concedida a autorização ingressou em 9 de Abril de 1888 e tomou o nome de Thérèse de l'Enfant Jesus[28].
Logo após seu falecimento em Lisieux no dia 30 de setembro de 1897[29], sua irmã Pauline assume o compromisso de publicar sua biografia tendo compilado os três relatos autobiográficos deixados pela irmã em um volume de 474 páginas, lançando-os um ano após a sua morte com o título de “História de uma Alma”[30]. Várias edições foram lançadas anualmente, inclusive ganhando tradução para vários idiomas, o que contribuiu para o rápido conhecimento a respeito da vida e obra de Teresa[31].
Com a difusão de seus relatos chegam correspondências dirigidas ao Carmelo de Lisieux. As romarias e visitas ao túmulo foram-se somando e notícias de graças alcançadas não tardam a chegar. Em 26 de maio de 1908 cura-se diante do túmulo a menina cega Reine Fauquet, de quatro anos[32].
Sob a responsabilidade de Mons. Lemonnier, bispo de Bayeux, inicia em 1910 o processo de canonização, que fora iniciado pelo Pe. Prévost 4 anos antes. Em 1921 o papa Benedito XV firma o decreto de heroicidade das virtudades e em 29 de abril de 1923 ocorre a beatificação da irmã Teresinha do Menino Jesus e da Santa Face pelo Papa Pio XI, ocorrendo também o traslado de seus restos mortais do cemitério de Lisieux ao Carmelo [33].
Finalmente, no dia 17 de maio de 1925, o papa Pio XI canoniza Teresinha
“ | diante de cinqüenta mil pessoas dentro da Basílica de São Pedro e diante de mais de quinhentas mil pessoas reunidas na Praça de São Pedro, em Roma [...] A cerimônia contou com a presença de 33 cardeais e 250 bispos do mundo inteiro. Dois anos depois o mesmo Pio XI proclama Santa Teresinha “padroeira principal das missões”, pondo-a em pé de igualdade com o grande missionário São Francisco Xavier [34]. | ” |
Em Brusque, o jornal O Progresso noticia um milagre de Santa Teresinha em sua edição de 14 de dezembro de 1929, o que deve ter contribuído para a difusão de sua história entre os fiéis, que dentre eles contava com Dom Jaime de Barros Câmara [35]. Vale ressaltar que somente dois anos depois desta notícia é que apareceriam as imagens da Santa na localidade.
Igreja de Santa Teresinha
O lançamento da pedra fundamental da antiga Igreja de Santa Teresinha ocorreu às 9h da manhã do dia 9 de junho de 1940[36], tendo sua inauguração ocorrido no dia 16 de março de 1941[37].
A Igreja fora ampliada em 1951[38] com a construção de duas torres e ampliação nas laterais.
“ | O Padre Jorge Gelatti disse que a demolição era necessária, diante da falta de espaço para os fiéis durante a celebração das missas, bem como para as atividades funcionais [...] custo da reforma seria de R$ 300 mil, enquanto que a construção de uma nova vai custar R$ 500 mil [...]a estrutura estava podre, havendo perigo para os frequentadores da Igreja. Eu não iria expor os fiéis a este perigo, tanto que saímos daqui em dezembro por causa dos riscos | ” |
Na ocasião da demolição, o morador Bolivar Cervi encontrou dois documentos relativos à construção da Igreja, do início da década de 1940 dentro da "cápsula do tempo", que segundo o morador, foram colocadas por seu pai no interior das paredes da Igreja. No primeiro documento, que inicia com "Anno Domini MCMXL" (Ano do Senhor de 1940), conta-se que era erguida uma Igreja em honra de Santa Terezinha (escrito com "z"), sendo o documento subscrito por Bernardo Peters, Germano Schaefer, João G. Kormann, Ernesto Cervi, Giacomo Cadore e Vicente Schmitz. O segundo documento contém assinatura de vários membros da comunidade que auxiliaram nos trabalhos.
A nova Igreja Santa Teresinha
A nova Igreja foi inaugurada em 2008.
Educação
No início da década de 1930 foram criadas três escolas isoladas em Brusque nas localidades de "Lageado Grande, Pedras Grandes e Limeira (na estrada de Itajahy)"[39] Para a escola da Isolada Estrada Itajahy fora nomeada a professora Augusta Dutra de Souza no início de 1932[40]. A Professsora Augusta Dutra de Souza já havia atuado em outros municípios, tendo atuado em Brusque há pelo menos seis anos antes, na escola do Cedro Baixo.
Sobre a escola iniciada por Augusta Dutra de Souza na Estrada Itajahy, transcrevemos abaixo sua descrição:
“ | A escolinha era bem modesta e desaparelhada de recursos e técnicas pedagógicas. As aulas eram discursivas e os conteúdos copiados do quadro de giz para a lousa de pedra que os alunos utilizavam para registrar os apontamentos, com um lápis também de pedra. As lições tinham que ser decoradas e posteriormente apagadas para o reaproveitamento do rudimentar caderno. Prevalecia uma forma de educação agressiva e punitiva, inclusive com castigos e uso da palmatória, como exigência para os alunos mentalizarem as lições.[41] | ” |
Segundo os moradores[42] esta escola localizava-se nas proximidades do atual Supermercado Amigo, próximo á Igreja Luterana de Santa Terezinha. Na década de 1940, após a transferência da professora Augusta, a escola passou para o outro lado da rua, denominando-se Escola Henriqueta Medeiros até a década de 1950, quando foi instituída no prédio Dom Joaquim o Grupo Escolar Santa Teresinha, que localizava-se próximo à atual capela mortuária, atrás do posto de saúde do bairro.
Logo após a escola muda-se para o local onde encontra-se atualmente a Polícia Militar e depois para o prédio do CIP, permanecendo lá até os dias atuais, tendo sido inaugurado o prédio atual da Escola de Educação Básica Santa Terezinha em 17 de dezembro de 2010.
Infra-estrutura
Em campanha eleitoral, Antônio Heil havia prometido que iria calçar todo o traçado do caminho que ia do final da rua Barão do Rio Branco (entroncamento com a rua do Centenário), no Centro, até o final do bairro Santa Terezinha (Rio Limeira). A obra era enorme e sua finalização, para os padrões da época, gerava dúvidas, tendo deixado apreensivos até mesmo seus correligionários[43].
No seu primeiro dia de trabalho de Antônio Heil como Prefeito, em 1º de fevereiro de 1966, iniciaram-se os trabalhos de calçamento que transformariam a paisagem dos bairros Santa Rita e Santa Terezinha. A ação previa ainda obras de serviço de água, esgoto, luz e a construção de 4 mini-praças, sendo uma no atual bairro Santa Rita.
Em agosto de 1969 são finalizadas as obras de calçamento da via que ligava o Bairro Santa Terezinha ao Centro.
As praças
Praça Pe. João da Cruz Stuepp
A Praça Pe. João da Cruz Stuepp foi assim denominada em 14 de julho de 1969, durante o governo do Prefeito Antônio Heil[44].
Padre João faleceu em 20 de maio de 1996. No ano seguinte, a Associação de Moradores do Bairro Santa Terezinha prestou-lhe uma importante homenagem ao inaugurar um busto em sua homenagem na praça que levara seu nome, no dia 24 de agosto de 1997[45].
Ele desempenhou importante liderança religiosa e comunitária no bairro, tendo contribuído para a ampliação da Igreja, a Construção do Grupo Escolar Santa Terezinha e a fundação da Sociedade Santos Dumont. Foi fundador das escolas SENAC, CTC, Ginásio e Escola Normal São Luiz[46].
Praça Marcelino Pereira
A Praça ganhou sua denominação em 14 de julho de 1969[47], durante o governo do Prefeito Antônio Heil. Localiza-se no entroncamento das ruas Santos Dumont e Guilherme Strecker.
Em novembro de 2012 a praça passou por reformas e também passou a contar com uma escultura do "Roteiro das Esculturas", trata-se da obra "Deusa floresta", do artista tcheco Emil Adamec, do acervo do 3º Simpósio Internacional de Escultura do Brasil.
Praça João Indaya Schaefer - João Bugre
João Indaya Schaefer, o João Bugre - foi um operário, artista e esportista brusquense de origem indígena.
João fora homenageado com uma praça no local onde residia com a família, na esquina das ruas Santos Dumont e Jacob Knihs. Na ocasião, a Prefeitura, sob a administração do Prefeito Antônio Heil, adquire o terreno da viúva Antônia Maria Benatti Schaefer[48].
Do terreno, que media 979,60m², foram utilizados 383,17m² para o alargamento da travessa da rua Jacob Knihs com a rua Santos Dumont e o restante, 596,43m², foram empregados na construção de um jardim público, que ganhou a denominação de João em julho de 1969, quando a praça ficou pronta[49].
Em 2012 a praça passa por reformas[50] e é revitalizada, abrigando a escultura "Gratidão", do artista brusquense Fridel Steiner.
Praça Sady Ramos
A Praça Sady Ramos localiza-se a 50 metros após o entroncamento das ruas Dorval Luz com Alberto Muller e ganhou sua nomenclatura em 1988, durante o governo do Prefeito José Celso Bonatelli[51].
No ano de 2012 ela foi reformada e passou a abrigar uma peça de arte integrante do Roteiro das Esculturas, sendo também pavimentada com paver e piso podotátil.
O processo de retificação do Itajaí-Mirim
Após a enchente de 1961 iniciaram-se os trabalhos de retificação do Rio Itajaí-Mirim do Centro de Brusque até a Barra do Rio, em Itajaí. Neste processo a paisagem dos bairros Centro, Santa Rita e Santa Terezinha sofreram uma considerável mudança.
O antigo traçado do rio, em relação ao bairro saia das proximidades do atual traçado do Itajaí-Mirim, adentrando o bairro Santa Rita paralelo a rua Maria Raulino Coelho até chegar ao posto de combustíveis, defronte ao Supermercado O Barateiro, para então seguir paralelo à rua 7 de Setembro até o atual Ribeirão Moritz, de onde seguia para um local mais afastado da rua Santos Dumont [52]. Mais a frente, o Itajaí-Mirim voltava a aproximar-se da rua Santos Dumont, nas proximidades da Indústria Bilu, seguindo paralelo a esta rua até passar a Igreja. O rio distanciava-se novamente do bairro nas proximidades da rótula defronte à Unifebe e aproximando-se próximo a atual rua Lm Cinco.
Referências
- ↑ Este artigo foi elaborado com informações fornecidas por Bolivar Cervi, Nilce Benvenutti Dallago, Aurelino de Souza, Raul Amorim, Aurelino de Souza e Ifigenia Contesini Vinotti
- ↑ Populacional: Sta Terezinha é o maior bairro com 10.081 habitantes. Rádio Cidade AM. Disponível em: <http://www.radiocidadeam.com.br/web/noticia.php?cod_noticia=16305>. Acesso em: 05 junho 2012.
- ↑ CABRAL, Oswaldo Rodrigues. Brusque: Subsídios para a história de uma colônia nos tempos do Império. SAB: Brusque, 1958. p. 259
- ↑ Ibid, p. 110
- ↑ SCHNEEBURG, Maxilian von, 1864 apud CABRAL, 1958. p. 112-113
- ↑ Ibid, p. 113-114.
- ↑ Anno Domini MCMXL. In: ADAMI, Saulo. Histórias e lendas da Cidade Schneeburg. Itajaí: S&T Editores, 2009. p.282. Autor desconhecido. Nota: este documento foi recuperado por Bolivar Cervi quando da demolição da Igreja em 2003.
- ↑ Informação colhida com moradores.
- ↑ O Rebate, Brusque, 4 de novembro de 1939. Disponível na Casa de Brusque.
- ↑ Correio Brusquense, Brusque, 8 de junho de 1940. Disponível na Casa de Brusque.
- ↑ Informação colhida com os moradores.
- ↑ Brusque, Lei Nº 139 de 19/06/1964. Ressalta-se que na época não existia a Rodovia Antônio Heil e o perímetro urbano alcançava o Rio Limeira. Não encontramos ato normativo do Executivo Municipal em forma de decreto denominando o bairro.
- ↑ Brusque, Lei Nº 1.999 de 12/05/1995.
- ↑ Brusque. Lei Nº 2.086, de 19/06/1996
- ↑ O Progresso, Brusque, 13 de fevereiro de 1930.
- ↑ O Progresso, Brusque, 13 de janeiro de 1932.
- ↑ DALLAGO, Nilce Benvenutti. Informações coletadas no livro tombo da Igreja de Santa Teresinha.
- ↑ MACHADO, Carina. Chuva de Rosas: a história da Igreja de Santa Teresinha. In: ADAMI, Saulo. Histórias e lendas da Cidade Schneeburg. Itajaí: S&T Editores, 2009. p.285-286.
- ↑ Informação fornecida pelo Sr. Quico Souza, no dia 14/06/2012 em conversa com o autor.
- ↑ Ibid.
- ↑ Informação fornecida pelo Sr. Quico Souza, no dia 14/06/2012 em conversa com o autor.
- ↑ Informação fornecida pelo Sr. Quico Souza, no dia 14/06/2012 em conversa com o autor.
- ↑ O Rebate, Brusque, 4 de março de 1932
- ↑ Segundo informações coletadas com os moradores, a imagem de São Roque foi transferida para a Igreja de Arraial dos Cunha, no vizinho município de Itajaí.
- ↑ Ibid., p.1.
- ↑ BESEL, , Maria Caresia. Capela São Roque. 2004. apud ADAMI, Luiz Saulo. História Secreta do Arrayal dos Cunhas. Itajaí: S&T, 2004. Entrevista concedida ao autor.
- ↑ Paróquia Santa Teresinha. Disponível em <http://www.psantateresinha.org.br/detalhe_00500.php?cod_select=26&cod_002=7>, acesso em 12/06/2006.
- ↑ Paróquia Santa Teresinha. Disponível em <http://www.psantateresinha.org.br/detalhe_00500.php?cod_select=26&cod_002=7>, acesso em 12/06/2006.
- ↑ Catholique.fr. Disponível em <http://www.therese-de-lisieux.catholique.fr/Las-grandes-fechas-de-su-vida-y-de-su-glorificacion.html>, acesso em 12/06/2012.
- ↑ Manuscritos autobiográficos disponíveis em <http://teresinha.com/default.asp?pag=p000096>.
- ↑ Paróquia Santa Teresinha do Menino Jesus da Santa Face. Disponível em <http://teresinha.com/default.asp?pag=p000096>, acesso em 12/06/2006.
- ↑ Catholique.fr. Disponível em <http://www.therese-de-lisieux.catholique.fr/Las-grandes-fechas-de-su-vida-y-de-su-glorificacion.html>, acesso em 12/06/2012.
- ↑ Catholique.fr. Disponível em <http://www.therese-de-lisieux.catholique.fr/Las-grandes-fechas-de-su-vida-y-de-su-glorificacion.html>, acesso em 12/06/2012.
- ↑ Paróquia Santa Teresinha do Menino Jesus, de Campo Grande (RJ). Disponível em <http://www.pstmj.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=46&Itemid=2>, acesso em 12/06/2006.
- ↑ DALLAGO, Ibid. p.1
- ↑ Correio Brusquense, Brusque, 8 de junho de 1940. Disponível na Casa de Brusque.
- ↑ O Rebate, Brusque, 15 de março de 1941. Disponível na Casa de Brusque.
- ↑ O Rebate, Brusque, 10 de março de 1951.
- ↑ O Progresso, Brusque, 13 de fevereiro de 1930. Disponível na Casa de Brusque.
- ↑ O Progresso, Brusque, 13 de janeiro de 1932.
- ↑ ACON'AD. Staack: Raízes e Memórias. ACON'AD, Brusque, 2003. p. 50
- ↑ Informação coletada com os moradores em 2012.
- ↑ Jornal O Município, nº 698, p. 1, de 8 de agosto de 1969. Acervo SAB.
- ↑ Brusque. Lei nº 403 de 14 de julho de 1969.
- ↑ Data empregada no busto.
- ↑ KOCH< Pe. Eloy Dorvalino, SCJ. Catolicismo em Brusque: Recordação do Centenário. SAB: Brusque, 1956. p. 39
- ↑ Brusque. Lei nº 404 de 14 de julho de 1969.
- ↑ Brusque. Lei nº 276 de 12 de junho de 1967
- ↑ Brusque. Lei nº 1999 de 12/05/1995.
- ↑ Brusque. Revitalização de mais duas praças garante o bem estar dos moradores. Disponível em: <http://www.brusque.sc.gov.br/web/noticia.php?noticia=5960:Revitalizacao_de_mais_duas_pracas_garante_o_bem_estar_dos_moradores>, acesso em 13/06/2012.
- ↑ Brusque. Lei nº 1.408 de 17 de maio de 1988.
- ↑ Continuação da 7 de Setembro, no bairro Santa Terezinha