Mudanças entre as edições de "Silvia Teske"
Linha 14: | Linha 14: | ||
Silvia Teske nasceu em Brusque. Pai operário e mãe professora. Estudou no Colégio São Luiz do jardim de infância até o terceiro colegial. Segundo a artista, ela sempre se sentiu "inadequada" pois o colégio era para uma classe social diferente da dela e teve de se adaptar com a situação. A forma de adaptação, lembra, já seria uma performance. Sempre gostou muito de escrever e ler e desenhar. Era sua forma de desabafo e de encontro consigo mesma. Principalmente a escrita, e os contos. E foi assim até os 18, 20 anos. Seu encontro com a arte era por meio da literatura. E então, entrou para a universidade pensando em eliminar disciplinas para fazer teatro e dança e acabou sendo "abduzida" pelas artes visuais, principalmente a partir de sua professora e grande artista Jandira Lorenz. Depois dela, veio sua grande mestra, Doraci Girrulat, também artista que acentuou seu gosto pela linguagem contemporânea. E foi cursando Arte Educação no CEART\UDESC em Florianópolis que começou a participar de exposições e entrou no mundo da arte. Mas o envolvimento com a pintura aconteceu em Brusque ao trabalhar com alunos em oficina de artes. | Silvia Teske nasceu em Brusque. Pai operário e mãe professora. Estudou no Colégio São Luiz do jardim de infância até o terceiro colegial. Segundo a artista, ela sempre se sentiu "inadequada" pois o colégio era para uma classe social diferente da dela e teve de se adaptar com a situação. A forma de adaptação, lembra, já seria uma performance. Sempre gostou muito de escrever e ler e desenhar. Era sua forma de desabafo e de encontro consigo mesma. Principalmente a escrita, e os contos. E foi assim até os 18, 20 anos. Seu encontro com a arte era por meio da literatura. E então, entrou para a universidade pensando em eliminar disciplinas para fazer teatro e dança e acabou sendo "abduzida" pelas artes visuais, principalmente a partir de sua professora e grande artista Jandira Lorenz. Depois dela, veio sua grande mestra, Doraci Girrulat, também artista que acentuou seu gosto pela linguagem contemporânea. E foi cursando Arte Educação no CEART\UDESC em Florianópolis que começou a participar de exposições e entrou no mundo da arte. Mas o envolvimento com a pintura aconteceu em Brusque ao trabalhar com alunos em oficina de artes. | ||
+ | |||
+ | Filha única, então em sua infância, mesmo com os primos vizinhos, se sentia muito sozinha e sempre foi muito criativa. Então teve a necessidade de brincar sozinha, e das brincadeiras começaram a vir as histórias que inventava. No início conversando com os brinquedos e depois indo para a escrita. A literatura foi seu primeiro contato com as imagens, pois foi através dela que começou a perceber a necessidade de construção de imagens mentais para escrever sobre o que queria. Um dos grandes impactos para a escolha das artes visuais foi com Doraci Girrulat na faculdade, quando ela a colocou diante de um painel de papel pardo de 2mx2m com pincéis largos e com latas de tinta de carro de 1 kg cada, todas metálicas, e disse a ela "TE EXPRESSE COM ISSO!" A partir daí a artista viu a necessidade de ter acesso a linguagem visual para além da verbal, e ambas passaram a fazer parte de sua vida, as vezes juntas, as vezes separadas. Por isso sua produção artística transita entre a palavra e a imagem e o que ambas tem em comum é a necessidade de contar histórias. | ||
A artista começou sua produção artística em um viés moderno. Aos 5 anos de idade não se contentava apenas em pintar ou desenhar objetos ou pessoas realisticamente. Já aí rompia com padrões puristas e criava um híbrido entre pintura, desenho, personagens e criava interfaces entre as áreas, algo que pertence a uma atitude mais contemporânea. As influências vem desde Toulouse Lautrec a Sophie Calle. Ou seja, do desenho quase caricatural ao apelo mais conceitual. No desenho, além de Lautrec, Saul Steinberg são buscas que ainda hoje a inspiram. Na pintura, se inspira em Adriana Varejão, Vânia Mignone e Leda Katunda. A relação com a publicação já vem pontuada com artistas como Sophie Calle, Annette Messager, Cindy Shermann e Nan Goldin. Na literatura, Anaís Nin e Fernanda Young. Na performance o Grupo Guará, Marina Abramovic e Raquel Stolf. | A artista começou sua produção artística em um viés moderno. Aos 5 anos de idade não se contentava apenas em pintar ou desenhar objetos ou pessoas realisticamente. Já aí rompia com padrões puristas e criava um híbrido entre pintura, desenho, personagens e criava interfaces entre as áreas, algo que pertence a uma atitude mais contemporânea. As influências vem desde Toulouse Lautrec a Sophie Calle. Ou seja, do desenho quase caricatural ao apelo mais conceitual. No desenho, além de Lautrec, Saul Steinberg são buscas que ainda hoje a inspiram. Na pintura, se inspira em Adriana Varejão, Vânia Mignone e Leda Katunda. A relação com a publicação já vem pontuada com artistas como Sophie Calle, Annette Messager, Cindy Shermann e Nan Goldin. Na literatura, Anaís Nin e Fernanda Young. Na performance o Grupo Guará, Marina Abramovic e Raquel Stolf. |
Edição das 17h20min de 30 de julho de 2020
Silvia Teske | |
180px | |
---|---|
Nome artístico | Silvia Teske |
Nascimento | 27 de maio de 1960 em Brusque, Santa Catarina, Brasil. |
Falecimento | - |
Formação | Mestrado em Artes Visuais: Processos Artísticos Contemporâneos |
Trabalhos notáveis | São as séries de pinturas: 1) Mulheres em Tirinhas; 2) Tias; 3) Primeiras Capas |
Linguagem artística | Pintura, desenho, colagem, publicação, literatura, performance |
Movimento artístico | Arte Contemporânea |
Biografia
Silvia Teske nasceu em Brusque. Pai operário e mãe professora. Estudou no Colégio São Luiz do jardim de infância até o terceiro colegial. Segundo a artista, ela sempre se sentiu "inadequada" pois o colégio era para uma classe social diferente da dela e teve de se adaptar com a situação. A forma de adaptação, lembra, já seria uma performance. Sempre gostou muito de escrever e ler e desenhar. Era sua forma de desabafo e de encontro consigo mesma. Principalmente a escrita, e os contos. E foi assim até os 18, 20 anos. Seu encontro com a arte era por meio da literatura. E então, entrou para a universidade pensando em eliminar disciplinas para fazer teatro e dança e acabou sendo "abduzida" pelas artes visuais, principalmente a partir de sua professora e grande artista Jandira Lorenz. Depois dela, veio sua grande mestra, Doraci Girrulat, também artista que acentuou seu gosto pela linguagem contemporânea. E foi cursando Arte Educação no CEART\UDESC em Florianópolis que começou a participar de exposições e entrou no mundo da arte. Mas o envolvimento com a pintura aconteceu em Brusque ao trabalhar com alunos em oficina de artes.
Filha única, então em sua infância, mesmo com os primos vizinhos, se sentia muito sozinha e sempre foi muito criativa. Então teve a necessidade de brincar sozinha, e das brincadeiras começaram a vir as histórias que inventava. No início conversando com os brinquedos e depois indo para a escrita. A literatura foi seu primeiro contato com as imagens, pois foi através dela que começou a perceber a necessidade de construção de imagens mentais para escrever sobre o que queria. Um dos grandes impactos para a escolha das artes visuais foi com Doraci Girrulat na faculdade, quando ela a colocou diante de um painel de papel pardo de 2mx2m com pincéis largos e com latas de tinta de carro de 1 kg cada, todas metálicas, e disse a ela "TE EXPRESSE COM ISSO!" A partir daí a artista viu a necessidade de ter acesso a linguagem visual para além da verbal, e ambas passaram a fazer parte de sua vida, as vezes juntas, as vezes separadas. Por isso sua produção artística transita entre a palavra e a imagem e o que ambas tem em comum é a necessidade de contar histórias.
A artista começou sua produção artística em um viés moderno. Aos 5 anos de idade não se contentava apenas em pintar ou desenhar objetos ou pessoas realisticamente. Já aí rompia com padrões puristas e criava um híbrido entre pintura, desenho, personagens e criava interfaces entre as áreas, algo que pertence a uma atitude mais contemporânea. As influências vem desde Toulouse Lautrec a Sophie Calle. Ou seja, do desenho quase caricatural ao apelo mais conceitual. No desenho, além de Lautrec, Saul Steinberg são buscas que ainda hoje a inspiram. Na pintura, se inspira em Adriana Varejão, Vânia Mignone e Leda Katunda. A relação com a publicação já vem pontuada com artistas como Sophie Calle, Annette Messager, Cindy Shermann e Nan Goldin. Na literatura, Anaís Nin e Fernanda Young. Na performance o Grupo Guará, Marina Abramovic e Raquel Stolf.
Obras
Obras em destaque
- Silvia Teske - Obra.jpg
Silvia Teske, s/n, Obra, técnica, dimensão cm, livro de artista.
- Silvia Teske - Obra.jpg
Silvia Teske, s/n, Obra, técnica, dimensão cm, livro de artista.
- Silvia Teske - Obra.jpg
Silvia Teske, s/n, Obra, técnica, dimensão cm, livro de artista.
- Silvia Teske - Obra.jpg
Silvia Teske, s/n, Obra, técnica, dimensão cm, livro de artista.
- Silvia Teske - Obra.jpg
Silvia Teske, s/n, Obra, técnica, dimensão cm, ilustração tátil.
- Silvia Teske - Obra.jpg
Silvia Teske, s/n, Obra, técnica, dimensão cm, ilustração visual.
Exposições
Anos 1970
Anos 1980
Anos 1990
Anos 2000
Anos 2010
Ligações externas