https://enciclopedia.brusque.sc.gov.br/index.php?title=Giralda_Seyferth_-_De_Bauer_a_Colono&feed=atom&action=historyGiralda Seyferth - De Bauer a Colono - Histórico de revisão2024-03-29T05:42:12ZHistórico de revisões para esta página neste wikiMediaWiki 1.35.4https://enciclopedia.brusque.sc.gov.br/index.php?title=Giralda_Seyferth_-_De_Bauer_a_Colono&diff=16875&oldid=prevAlicas em 17h42min de 15 de janeiro de 20242024-01-15T17:42:39Z<p></p>
<table class="diff diff-contentalign-left diff-editfont-monospace" data-mw="interface">
<col class="diff-marker" />
<col class="diff-content" />
<col class="diff-marker" />
<col class="diff-content" />
<tr class="diff-title" lang="pt-BR">
<td colspan="2" style="background-color: #fff; color: #202122; text-align: center;">← Edição anterior</td>
<td colspan="2" style="background-color: #fff; color: #202122; text-align: center;">Edição das 17h42min de 15 de janeiro de 2024</td>
</tr><tr><td colspan="2" class="diff-lineno" id="mw-diff-left-l18" >Linha 18:</td>
<td colspan="2" class="diff-lineno">Linha 18:</td></tr>
<tr><td class='diff-marker'> </td><td style="background-color: #f8f9fa; color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #eaecf0; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div>A mudança de hábitos alimentares foi radical especialmente naqueles primeiros meses vividos à base de farinha e feijão, e causou muitos problemas de saúde entre os colonos. O relatório de 1862, por exemplo, faz referência à alta frequência de “fortes e renitentes desinterias", atribuindo-as ao novo regime alimentar, e que teriam causado muitas mortes, especialmente entre as crianças. Além das desinterias, o [[Maximilian von Schneeburg|Barão von Schneéburg]] chama a atenção das autoridades provinciais para a grande incidência de doenças entre os colonos, especialmente inflamações dos olhos, infecções, feridas nas pernas do joelho para baixo e febre (possivelmente malária), sempre pedindo verbas para manter um médico residente. As dificuldades para o pagamento de salários fez com que os dois médicos que trabalharam em Brusque nesses primeiros tempos (os drs. Linger e Rufener) fossem embora. Outras doenças - a maioria delas desconhecidas dos imigrantes - também tinham grande incidência, não só em Brusque como em outras regiões de colonização: a insolação, a opilação ou amarelão (chamada de Bleichsucht), o “rothe Hund", piolhos, o Panzerwurm ou bicho-berne (estas três últimas pragas menores e de fácil tratamento), a malária, etc. O [[Maximilian von Schneeburg|Barão von Schneéburg]], sempre preocupado com o bem-estar dos colonos, pede até a construção de um hospital justificando o pedido a partir da alta frequência de doenças graves, especialmente as provocadas por acidentes. Hospital só havia em Desterro (Florianópolis), tornando penoso o deslocamento dos doentes graves. A demora excessiva da viagem (pelo menos 1 semana), além dos gastos muito grandes, causava, quase sempre, a morte dos enfermos. Ferimentos graves, fraturas de ossos, partos perigosos, entre outras coisas, tornavam dificil transportar os doentes a tempo. Havia, também, grande relutância dos colonos em deixar suas famílias para irem fazer tratamento em Desterro. Imigrantes, recém-chegados, enfrentando inúmeros problemas de adaptação a uma terra estranha, hostilizados, às vezes, pelos nacionais, preferiam formar um grupo de vários doentes para juntos irem até Desterro fazer seu tratamento. Muitos desses doentes não conseguiam resistir à espera e à viagem. Todos estes fatos são apresentados pelo [[Maximilian von Schneeburg|Barão]] como justificativas para atender seus pedidos de médico e hospital para Brusque.</div></td><td class='diff-marker'> </td><td style="background-color: #f8f9fa; color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #eaecf0; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div>A mudança de hábitos alimentares foi radical especialmente naqueles primeiros meses vividos à base de farinha e feijão, e causou muitos problemas de saúde entre os colonos. O relatório de 1862, por exemplo, faz referência à alta frequência de “fortes e renitentes desinterias", atribuindo-as ao novo regime alimentar, e que teriam causado muitas mortes, especialmente entre as crianças. Além das desinterias, o [[Maximilian von Schneeburg|Barão von Schneéburg]] chama a atenção das autoridades provinciais para a grande incidência de doenças entre os colonos, especialmente inflamações dos olhos, infecções, feridas nas pernas do joelho para baixo e febre (possivelmente malária), sempre pedindo verbas para manter um médico residente. As dificuldades para o pagamento de salários fez com que os dois médicos que trabalharam em Brusque nesses primeiros tempos (os drs. Linger e Rufener) fossem embora. Outras doenças - a maioria delas desconhecidas dos imigrantes - também tinham grande incidência, não só em Brusque como em outras regiões de colonização: a insolação, a opilação ou amarelão (chamada de Bleichsucht), o “rothe Hund", piolhos, o Panzerwurm ou bicho-berne (estas três últimas pragas menores e de fácil tratamento), a malária, etc. O [[Maximilian von Schneeburg|Barão von Schneéburg]], sempre preocupado com o bem-estar dos colonos, pede até a construção de um hospital justificando o pedido a partir da alta frequência de doenças graves, especialmente as provocadas por acidentes. Hospital só havia em Desterro (Florianópolis), tornando penoso o deslocamento dos doentes graves. A demora excessiva da viagem (pelo menos 1 semana), além dos gastos muito grandes, causava, quase sempre, a morte dos enfermos. Ferimentos graves, fraturas de ossos, partos perigosos, entre outras coisas, tornavam dificil transportar os doentes a tempo. Havia, também, grande relutância dos colonos em deixar suas famílias para irem fazer tratamento em Desterro. Imigrantes, recém-chegados, enfrentando inúmeros problemas de adaptação a uma terra estranha, hostilizados, às vezes, pelos nacionais, preferiam formar um grupo de vários doentes para juntos irem até Desterro fazer seu tratamento. Muitos desses doentes não conseguiam resistir à espera e à viagem. Todos estes fatos são apresentados pelo [[Maximilian von Schneeburg|Barão]] como justificativas para atender seus pedidos de médico e hospital para Brusque.</div></td></tr>
<tr><td class='diff-marker'> </td><td style="background-color: #f8f9fa; color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #eaecf0; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"></td><td class='diff-marker'> </td><td style="background-color: #f8f9fa; color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #eaecf0; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"></td></tr>
<tr><td class='diff-marker'>−</td><td style="color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #ffe49c; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div>Estes são apenas alguns dos aspectos mais dramáticos do início da colonização de Brusque, testemunhados nos relatórios que mencionamos. Para a maioria dos imigrantes, a prática se encarregou de destruir a imagem da romântica Schlaraffenleben<ref>"Vida de leite e mel" (terra da fartura infinita ou país da cocanha.</ref> descrita na propaganda oficial. A adaptação foi difícil e a colonização só teve êxito graças ao trabalho árduo e desgastante dos colonos e não exclusivamente por causa da natureza exuberante e da boa qualidade das terras.</div></td><td class='diff-marker'>+</td><td style="color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #a3d3ff; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div>Estes são apenas alguns dos aspectos mais dramáticos do início da colonização de Brusque, testemunhados nos relatórios que mencionamos. Para a maioria dos imigrantes, a prática se encarregou de destruir a imagem da romântica Schlaraffenleben<ref>"Vida de leite e mel" (<ins class="diffchange diffchange-inline">"</ins>terra da fartura infinita<ins class="diffchange diffchange-inline">" </ins>ou <ins class="diffchange diffchange-inline">"</ins>país da cocanha<ins class="diffchange diffchange-inline">")</ins>.</ref> descrita na propaganda oficial. A adaptação foi difícil e a colonização só teve êxito graças ao trabalho árduo e desgastante dos colonos e não exclusivamente por causa da natureza exuberante e da boa qualidade das terras.</div></td></tr>
<tr><td class='diff-marker'> </td><td style="background-color: #f8f9fa; color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #eaecf0; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"></td><td class='diff-marker'> </td><td style="background-color: #f8f9fa; color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #eaecf0; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"></td></tr>
<tr><td class='diff-marker'> </td><td style="background-color: #f8f9fa; color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #eaecf0; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div>*Publicado originalmente na [[Revista Notícias de Vicente Só - número 006|Revista Notícias de Vicente Só n. 06]] páginas 38 a 42. Acervo da [[Sociedade Amigos de Brusque|Casa de Brusque]]</div></td><td class='diff-marker'> </td><td style="background-color: #f8f9fa; color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #eaecf0; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div>*Publicado originalmente na [[Revista Notícias de Vicente Só - número 006|Revista Notícias de Vicente Só n. 06]] páginas 38 a 42. Acervo da [[Sociedade Amigos de Brusque|Casa de Brusque]]</div></td></tr>
</table>Alicashttps://enciclopedia.brusque.sc.gov.br/index.php?title=Giralda_Seyferth_-_De_Bauer_a_Colono&diff=16874&oldid=prevAlicas em 17h42min de 15 de janeiro de 20242024-01-15T17:42:11Z<p></p>
<table class="diff diff-contentalign-left diff-editfont-monospace" data-mw="interface">
<col class="diff-marker" />
<col class="diff-content" />
<col class="diff-marker" />
<col class="diff-content" />
<tr class="diff-title" lang="pt-BR">
<td colspan="2" style="background-color: #fff; color: #202122; text-align: center;">← Edição anterior</td>
<td colspan="2" style="background-color: #fff; color: #202122; text-align: center;">Edição das 17h42min de 15 de janeiro de 2024</td>
</tr><tr><td colspan="2" class="diff-lineno" id="mw-diff-left-l1" >Linha 1:</td>
<td colspan="2" class="diff-lineno">Linha 1:</td></tr>
<tr><td class='diff-marker'>−</td><td style="color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #ffe49c; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div>*Giralda Seyferth</div></td><td class='diff-marker'>+</td><td style="color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #a3d3ff; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div>*<ins class="diffchange diffchange-inline">[[</ins>Giralda Seyferth<ins class="diffchange diffchange-inline">]]</ins></div></td></tr>
<tr><td class='diff-marker'> </td><td style="background-color: #f8f9fa; color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #eaecf0; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"></td><td class='diff-marker'> </td><td style="background-color: #f8f9fa; color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #eaecf0; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"></td></tr>
<tr><td class='diff-marker'>−</td><td style="color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #ffe49c; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div>Os imigrantes alemães que chegaram ao vale do Itajai-mirim a partir de meados do século passado para, como colonos, povoarem esta região, precisaram se adaptar às novas condições impostas por um meio ambiente inteiramente diferente do seu país de origem. Estes imigrantes, na sua grande maioria, eram camponeses, o que significava que continuariam no Brasil a realizar o mesmo tipo de atividade que haviam exercido na Alemanha o cultivo da terra. Não puderam, contudo, utilizar aqui os seus métodos tradicionais de cultivo, nem os cereais que habitualmente plantavam na sua terra natal, ou mesmo sua alimentação cotidiana<del class="diffchange diffchange-inline">. </del>enfim, precisaram modificar profundamente o seu modo de vida. As circunstâncias que transformaram o camponês (Bauer) alemão em colono foram diversas, e muitas as dificuldades enfrentadas na sua adaptação a uma região despovoada, de clima sub-tropical e ainda coberta de floresta virgem. Pelo menos quatro aspectos devem ser apontados como os mais significativos:</div></td><td class='diff-marker'>+</td><td style="color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #a3d3ff; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div>Os imigrantes alemães que chegaram ao vale do Itajai-mirim a partir de meados do século passado para, como colonos, povoarem esta região, precisaram se adaptar às novas condições impostas por um meio ambiente inteiramente diferente do seu país de origem. Estes imigrantes, na sua grande maioria, eram camponeses, o que significava que continuariam no Brasil a realizar o mesmo tipo de atividade que haviam exercido na Alemanha o cultivo da terra. Não puderam, contudo, utilizar aqui os seus métodos tradicionais de cultivo, nem os cereais que habitualmente plantavam na sua terra natal, ou mesmo sua alimentação cotidiana<ins class="diffchange diffchange-inline">, </ins>enfim, precisaram modificar profundamente o seu modo de vida. As circunstâncias que transformaram o camponês (Bauer) alemão em colono foram diversas, e muitas as dificuldades enfrentadas na sua adaptação a uma região despovoada, de clima sub-tropical e ainda coberta de floresta virgem. Pelo menos quatro aspectos devem ser apontados como os mais significativos:</div></td></tr>
<tr><td class='diff-marker'> </td><td style="background-color: #f8f9fa; color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #eaecf0; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div>1) os problemas gerados pela desorganização do sistema de colonização; 2) a adaptação aos novos métodos de cultivar a terra; 3) a adaptação a um novo tipo de alimentação e 4) os problemas provocados pelas doenças, algumas delas desconhecidas pelos imigrantes. Os relatórios dos diretores da antiga colônia Brusque - especialmente os do [[Maximilian von Schneeburg|Barão von Scneéburg]], prolixos e minuciosos - além de alguns depoimentos prestados por velhos colonos, são as melhores fontes de informação acerca do assunto aqui abordado.</div></td><td class='diff-marker'> </td><td style="background-color: #f8f9fa; color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #eaecf0; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div>1) os problemas gerados pela desorganização do sistema de colonização; 2) a adaptação aos novos métodos de cultivar a terra; 3) a adaptação a um novo tipo de alimentação e 4) os problemas provocados pelas doenças, algumas delas desconhecidas pelos imigrantes. Os relatórios dos diretores da antiga colônia Brusque - especialmente os do [[Maximilian von Schneeburg|Barão von Scneéburg]], prolixos e minuciosos - além de alguns depoimentos prestados por velhos colonos, são as melhores fontes de informação acerca do assunto aqui abordado.</div></td></tr>
<tr><td class='diff-marker'> </td><td style="background-color: #f8f9fa; color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #eaecf0; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"></td><td class='diff-marker'> </td><td style="background-color: #f8f9fa; color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #eaecf0; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"></td></tr>
<tr><td class='diff-marker'>−</td><td style="color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #ffe49c; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div>O primeiro aspecto está diretamente ligado à administração da colônia: Brusque era uma colônia oficial, portanto subordinada ao governo provincial de Santa Catarina. Os problemas mais sérios que os imigrantes recém <del class="diffchange diffchange-inline">estabe1ecidos </del>enfrentaram, dependiam de soluções que não podiam ser dadas pela administração local e cuja responsabilidade cabia a uma politica de colonização improvisada e com falta de verbas crônica. Sob este prisma, os sucessivos relatórios dos diretores são significativos especialmente nas partes em que solicitam providências para solucionar as dificuldades. Eis algumas delas, enfrentadas em conjunto pelos imigrantes e a administração:</div></td><td class='diff-marker'>+</td><td style="color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #a3d3ff; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div>O primeiro aspecto está diretamente ligado à administração da colônia: Brusque era uma colônia oficial, portanto subordinada ao governo provincial de Santa Catarina. Os problemas mais sérios que os imigrantes recém <ins class="diffchange diffchange-inline">estabelecidos </ins>enfrentaram, dependiam de soluções que não podiam ser dadas pela administração local e cuja responsabilidade cabia a uma politica de colonização improvisada e com falta de verbas crônica. Sob este prisma, os sucessivos relatórios dos diretores são significativos especialmente nas partes em que solicitam providências para solucionar as dificuldades. Eis algumas delas, enfrentadas em conjunto pelos imigrantes e a administração:</div></td></tr>
<tr><td class='diff-marker'> </td><td style="background-color: #f8f9fa; color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #eaecf0; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"></td><td class='diff-marker'> </td><td style="background-color: #f8f9fa; color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #eaecf0; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"></td></tr>
<tr><td class='diff-marker'>−</td><td style="color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #ffe49c; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div>A demarcação dos lotes não havia sido realizada adequadamente e com antecedência. Muitos imigrantes tiveram de esperar pelas suas terras durante muitos meses no galpão a eles destinado na sede da colônia. O Relatório de 1864, por exemplo, assinala as dificuldades na demarcação dos lotes e linhas coloniais dentro da floresta - pela segunda vez - já que os marcos deixados pelo agrimensor na primeira medição não foram mais encontrados. Isto, pelo menos, sugere a existência de mais de uma demarcação de terras, possivelmente motivada pela desorganização do serviço. Ainda neste mesmo <del class="diffchange diffchange-inline">re1atório</del>, o diretor reclama do transporte dos pertences dos imigrantes até suas terras: como a administração não tinha animais de carga suficientes, os novos colonos ficavam muito tempo esperando ou dependiam de aproveitadores que alugavam animais a preços exorbitantes.</div></td><td class='diff-marker'>+</td><td style="color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #a3d3ff; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div>A demarcação dos lotes não havia sido realizada adequadamente e com antecedência. Muitos imigrantes tiveram de esperar pelas suas terras durante muitos meses no galpão a eles destinado na sede da colônia. O Relatório de 1864, por exemplo, assinala as dificuldades na demarcação dos lotes e linhas coloniais dentro da floresta - pela segunda vez - já que os marcos deixados pelo agrimensor na primeira medição não foram mais encontrados. Isto, pelo menos, sugere a existência de mais de uma demarcação de terras, possivelmente motivada pela desorganização do serviço. Ainda neste mesmo <ins class="diffchange diffchange-inline">relatório</ins>, o diretor reclama do transporte dos pertences dos imigrantes até suas terras: como a administração não tinha animais de carga suficientes, os novos colonos ficavam muito tempo esperando ou dependiam de aproveitadores que alugavam animais a preços exorbitantes.</div></td></tr>
<tr><td class='diff-marker'> </td><td style="background-color: #f8f9fa; color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #eaecf0; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"></td><td class='diff-marker'> </td><td style="background-color: #f8f9fa; color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #eaecf0; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"></td></tr>
<tr><td class='diff-marker'>−</td><td style="color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #ffe49c; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div>Outros problemas, que parecem ter sido crônicos, são constantemente assinalados: a falta de recursos para abertura e conservação de picadas, pontes e caminhos coloniais, para a instalação de escolas,</div></td><td class='diff-marker'>+</td><td style="color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #a3d3ff; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div>Outros problemas, que parecem ter sido crônicos, são constantemente assinalados: a falta de recursos para abertura e conservação de picadas<ins class="diffchange diffchange-inline"><ref>Caminhos ou estradas.</ref></ins>, pontes e caminhos coloniais, para a instalação de escolas, de uma farmácia, de capelas, para pagamento de professores, médicos e auxiliares da administração. Além disso, os subsidios para pagar os colonos até que pudessem viver apenas do seu trabalho agrícola eram insuficientes, a remuneração pelos serviços públicos prestados pelos colonos era precária e não havia recursos para fazer frente aos estragos causados pelas constantes enchentes do rio Itajaí-mirim. E, entre outras reinvindicações menores, tanto os relatórios como um abaixo-assinado (contendo 182 assinaturas de colonos), pedem uma comunicação por terra com a vila de Itajai. Temos aí a dimensão exata das provações que os camponeses alemães vieram enfrentar durante os primeiros anos de colonização. Sem recursos, obrigados a esperar meses por um pedaço de terra que afinal iam pagar, recebendo péssima remuneração pelo duro trabalho de abrir caminhos na floresta, sem médico ou hospital e dependendo de uma farmácia precária para fazer frente a doenças desconhecidas - o primeiro contato com o meio brasileiro não foi muito favorável. Eles foram se transformando em colonos da maneira mais dura.</div></td></tr>
<tr><td class='diff-marker'>−</td><td style="color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #ffe49c; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div>de uma farmácia, de capelas, para pagamento de professores, médicos e auxiliares da administração. Além disso, os subsidios para pagar os colonos até que pudessem viver apenas do seu trabalho agrícola eram insuficientes, a remuneração pelos serviços públicos prestados pelos colonos era precária e não havia recursos para fazer frente aos estragos causados pelas constantes enchentes do rio Itajaí-mirim. E, entre outras reinvindicações menores, tanto os relatórios como um abaixo-assinado (contendo 182 assinaturas de colonos), pedem uma comunicação por terra com a vila de Itajai. Temos aí a dimensão exata das provações que os camponeses alemães vieram enfrentar durante os primeiros anos de colonização. Sem recursos, obrigados a esperar meses por um pedaço de terra que afinal iam pagar, recebendo péssima remuneração pelo duro trabalho de abrir caminhos na floresta, sem médico ou hospital e dependendo de uma farmácia precária para fazer frente a doenças desconhecidas - o primeiro contato com o meio brasileiro não foi muito favorável. Eles foram se transformando em colonos da maneira mais dura.</div></td><td colspan="2"> </td></tr>
<tr><td class='diff-marker'> </td><td style="background-color: #f8f9fa; color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #eaecf0; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"></td><td class='diff-marker'> </td><td style="background-color: #f8f9fa; color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #eaecf0; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"></td></tr>
<tr><td class='diff-marker'>−</td><td style="color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #ffe49c; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div>Se, por um <del class="diffchange diffchange-inline">1ado</del>, a burocracia governamental e a falta de verbas para a colonização constituiam um problema grave, por outro lado, a organização do trabalho agrícola sob novas bases foi o teste</div></td><td class='diff-marker'>+</td><td style="color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #a3d3ff; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div>Se, por um <ins class="diffchange diffchange-inline">lado</ins>, a burocracia governamental e a falta de verbas para a colonização constituiam um problema grave, por outro lado, a organização do trabalho agrícola sob novas bases foi o teste mais difícil e também o mais problemático, uma vez que os imigrantes alemães adotaram uma técnica de cultivo das mais predatórias que existem: a coivara (ou derrubada-queimada), comum no meio rural brasileiro que, com propriedade, foi chamada pelos alemães de Raubbau (agricultura de rapina). A adequação a este método de cultivar a terra foi provavelmente inevitável em face da floresta. O insucesso do cultivo de cereais europeus (como cevada, trigo, centeio e aveia), por sua vez, determinou a utilização de plantas nativas como o aipim, a batata-doce, a cana<ins class="diffchange diffchange-inline">-</ins>de<ins class="diffchange diffchange-inline">-açúcar</ins>, etc. Os relatórios do [[Maximilian von Schneeburg|Barão von Schneéburg]] são elucidativos a este respeito: na colônia Brusque existiam poucos cavalos e não havia arados; as sementes de trigo, cânhamo e centeio apodreciam no solo ou eram destruidas pelos pássaros e insetos; a queima do mato para preparar a terra <ins class="diffchange diffchange-inline">para </ins>o plantio torno-se necessária e a enxada e o machado passaram a ser os principais utensílios agrícolas (quando na Alemanha se utilizavam mais do arado de tração animal). O trabalho agrícola foi árduo e pouco compensador nesse início de colonização, pois além das dificuldades de adaptação às novas condições surgiram outros problemas não menos grave. [[Maximilian von Schneeburg|Von Schneéburg]] faz constantes referências às enchentes (solicitando providências das autoridades no sentido de liberação de verbas para limpar e retificar ribeirões a fim de diminuir o transbordamento), às geadas, a pragas de ratos que passam os rios e ribeirões transmigrando do sul para o norte, aos insetos, especialmente as lagartas, a nuvens de pássaros pretos, etc. - tudo contribuindo para destruir as plantações. Resumindo, o habitat sub-tropical não permitiu o cultivo da terra nos moldes conhecidos pelos alemães no seu país de origem. Houve não só o fracasso com as plantações de cereais e da batata conhecida com “inglesa“, como também a floresta densa e a técnica da coivara impediam a utilização racional do arado. Pode ser acrescentada, ainda, a dificuldade adicional de obter animais de tração - poucos e trazidos de Lages por preços excessivamente altos.</div></td></tr>
<tr><td class='diff-marker'>−</td><td style="color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #ffe49c; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div>mais difícil e também o mais problemático, uma vez que os imigrantes alemães adotaram uma técnica de cultivo das mais predatórias que existem: a coivara (ou derrubada-queimada), comum no meio rural brasileiro que, com propriedade, foi chamada pelos alemães de Raubbau (agricultura de rapina). A adequação a este método de cultivar a terra foi provavelmente inevitável em face da floresta. O insucesso do cultivo de cereais europeus (como cevada, trigo, centeio e aveia), por sua vez, determinou a utilização de plantas nativas como o aipim, a batata-doce, a cana de <del class="diffchange diffchange-inline">açucar</del>, etc. Os relatórios do [[Maximilian von Schneeburg|Barão von Schneéburg]] são elucidativos a este respeito: na colônia Brusque existiam poucos cavalos e não havia arados; as sementes de trigo, cânhamo e centeio apodreciam no solo ou eram destruidas pelos pássaros e insetos; a queima do mato para preparar a terra <del class="diffchange diffchange-inline">paral </del>o plantio torno-se necessária e a enxada e o machado passaram a ser os principais utensílios agrícolas (quando na Alemanha se utilizavam mais do arado de tração animal). O trabalho agrícola foi árduo e pouco compensador nesse início de colonização, pois além das dificuldades de adaptação às novas condições surgiram outros problemas não menos grave. [[Maximilian von Schneeburg|Von Schneéburg]] faz constantes referências às enchentes (solicitando providências das autoridades no sentido de liberação de verbas para limpar e retificar ribeirões a fim de diminuir o transbordamento), às geadas, a pragas de ratos que passam os rios e ribeirões transmigrando do sul para o norte, aos insetos, especialmente as lagartas, a nuvens de pássaros pretos, etc. - tudo contribuindo para destruir as plantações. Resumindo, o habitat sub-tropical não permitiu o cultivo da terra nos moldes conhecidos pelos alemães no seu país de origem. Houve não só o fracasso com as plantações de cereais e da batata conhecida com “inglesa“, como também a floresta densa e a técnica da coivara impediam a utilização racional do arado. Pode ser acrescentada, ainda, a dificuldade adicional de obter animais de tração - poucos e trazidos de Lages por preços excessivamente altos.</div></td><td colspan="2"> </td></tr>
<tr><td class='diff-marker'> </td><td style="background-color: #f8f9fa; color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #eaecf0; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"></td><td class='diff-marker'> </td><td style="background-color: #f8f9fa; color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #eaecf0; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"></td></tr>
<tr><td class='diff-marker'>−</td><td style="color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #ffe49c; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div>À parte os problemas mais sérios ligados à agricultura, deve ser feita referência a dois fatores importantes: o isolamento do imigrante, que forçou a adoção da policultura, e a sua instalação no lote adquirido que implicava na construção de um abrigo para sua família. As primeiras casas foram construídas pelos próprios colonos e consistiam de ranchos rudimentares, feitos com tronco de palmito e cobertos com palhas, cujo tamanho era mínimo: cerca de 4m x 6m. Só muito depois é que tinham condição de melhorar a <del class="diffchange diffchange-inline">moradiaz </del>a casa definitiva em geral era construída de madeira falquejada e telhas. A falta de estradas e meios de comunicação, por sua vez, impedia o cultivo exclusivo de plantas comerciais (como o fumo e a cana de açúcar), e a subsistência, nesse meio hostil e isolado, obrigou os colonos a plantar de tudo um pouco e a manter um número mínimo de animais domésticos (porcos, vacas, etc.) - e o trabalho, agrícola ou não, era realizado por todos, adultos e crianças. Assim como a coivara, a policultura foi inevitável e condição absoluta para a sobrevivência nas linhas coloniais.</div></td><td class='diff-marker'>+</td><td style="color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #a3d3ff; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div>À parte os problemas mais sérios ligados à agricultura, deve ser feita referência a dois fatores importantes: o isolamento do imigrante, que forçou a adoção da policultura, e a sua instalação no lote adquirido que implicava na construção de um abrigo para sua família. As primeiras casas foram construídas pelos próprios colonos e consistiam de ranchos rudimentares, feitos com tronco de palmito e cobertos com palhas, cujo tamanho era mínimo: cerca de 4m x 6m. Só muito depois é que tinham condição de melhorar a <ins class="diffchange diffchange-inline">moradia: </ins>a casa definitiva em geral era construída de madeira falquejada e telhas. A falta de estradas e meios de comunicação, por sua vez, impedia o cultivo exclusivo de plantas comerciais (como o fumo e a cana<ins class="diffchange diffchange-inline">-</ins>de<ins class="diffchange diffchange-inline">-</ins>açúcar), e a subsistência, nesse meio hostil e isolado, obrigou os colonos a plantar de tudo um pouco e a manter um número mínimo de animais domésticos (porcos, vacas, etc.) - e o trabalho, agrícola ou não, era realizado por todos, adultos e crianças. Assim como a coivara, a policultura foi inevitável e condição absoluta para a sobrevivência nas linhas coloniais.</div></td></tr>
<tr><td class='diff-marker'> </td><td style="background-color: #f8f9fa; color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #eaecf0; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"></td><td class='diff-marker'> </td><td style="background-color: #f8f9fa; color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #eaecf0; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"></td></tr>
<tr><td class='diff-marker'>−</td><td style="color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #ffe49c; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div>Isto nos leva a um outro ponto crucial da adaptação dos <del class="diffchange diffchange-inline">a1emães</del>: a mudança dos hábitos alimentares. Habituados, na Alemanha, a uma dieta baseada na batata inglêsa, pão de centeio, leite e derivados, nos primeiros meses após sua chegada a Brusque, tinham para comer apenas carne seca, toicinho, farinha de mandioca e feijão. Uma vez estabelecidos nas suas propriedades, passaram a depender de três produtos básicos nelas produzidos: o fubá (derivado do milho), o aipim e o açucar de cana. Assim, o milho substituiu o trigo e o centeio na dieta do colono, pois o fubá passou a ser usado para fazer o pão (e mais tarde a polenta, introduzida pelos italianos). O aipim substituiu a batata inglesa, e o açúcar de cana substituiu o de beterraba. Porcos e galinhas forneciam a base de proteinas e a horticultura também ajudou, desde o inicio, a complementar a dieta com verduras e legumes, assim como as frutas regionais forneceram a matéria prima para o Mus. Esta dieta na nova terra era em tudo diferente da que estavam habituados na Alemanha.</div></td><td class='diff-marker'>+</td><td style="color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #a3d3ff; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div>Isto nos leva a um outro ponto crucial da adaptação dos <ins class="diffchange diffchange-inline">alemães</ins>: a mudança dos hábitos alimentares. Habituados, na Alemanha, a uma dieta baseada na batata inglêsa, pão de centeio, leite e derivados, nos primeiros meses após sua chegada a Brusque, tinham para comer apenas carne seca, toicinho, farinha de mandioca e feijão. Uma vez estabelecidos nas suas propriedades, passaram a depender de três produtos básicos nelas produzidos: o fubá (derivado do milho), o aipim e o açucar de cana. Assim, o milho substituiu o trigo e o centeio na dieta do colono, pois o fubá passou a ser usado para fazer o pão (e mais tarde a polenta, introduzida pelos italianos). O aipim substituiu a batata inglesa, e o açúcar de cana substituiu o de beterraba. Porcos e galinhas forneciam a base de proteinas e a horticultura também ajudou, desde o inicio, a complementar a dieta com verduras e legumes, assim como as frutas regionais forneceram a matéria prima para o Mus. Esta dieta na nova terra era em tudo diferente da que estavam habituados na Alemanha.</div></td></tr>
<tr><td class='diff-marker'> </td><td style="background-color: #f8f9fa; color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #eaecf0; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"></td><td class='diff-marker'> </td><td style="background-color: #f8f9fa; color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #eaecf0; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"></td></tr>
<tr><td class='diff-marker'>−</td><td style="color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #ffe49c; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div>A mudança de hábitos alimentares foi radical especialmente naqueles primeiros meses vividos à base de farinha e feijão, e causou muitos problemas de saúde entre os colonos. O relatório de 1862, por exemplo, faz referência à alta frequência de “fortes e renitentes desinterias", atribuindo-as ao novo regime alimentar, e que teriam causado muitas mortes, especialmente entre as crianças. Além das desinterias, o [[Maximilian von Schneeburg|Barão von Schneéburg]] chama a atenção das autoridades provinciais para a grande incidência de doenças entre os colonos, especialmente inflamações dos olhos, infecções, feridas nas pernas do joelho para baixo e febre (<del class="diffchange diffchange-inline">possive1mente </del>malária), sempre pedindo verbas para manter um médico residente. As dificuldades para o pagamento de salários fez com que os dois médicos que trabalharam em Brusque nesses primeiros tempos (os drs. Linger e Rufener) fossem embora. Outras doenças - a maioria delas desconhecidas dos imigrantes - também tinham grande incidência, não só em Brusque como em outras regiões de colonização: a insolação, a opilação ou amarelão (chamada de Bleichsucht), o “rothe Hund", piolhos, o Panzerwurm ou bicho-berne (estas três últimas pragas menores e de fácil tratamento), a malária, etc. O [[Maximilian von Schneeburg|Barão von Schneéburg]], sempre preocupado com o bem-estar dos colonos, pede até a construção de um hospital justificando o pedido a partir da alta frequência de doenças graves, especialmente as provocadas por acidentes. Hospital só havia em Desterro (Florianópolis), tornando penoso o deslocamento dos doentes graves. A demora excessiva da viagem (<del class="diffchange diffchange-inline">pel0 </del>menos 1 semana), além dos gastos muito grandes, causava, quase sempre, a morte dos enfermos. Ferimentos graves, fraturas de ossos, partos perigosos, entre outras coisas, tornavam dificil transportar os doentes a tempo. Havia, também, grande relutância dos colonos em deixar suas famílias para irem fazer tratamento em Desterro. Imigrantes, recém-chegados, enfrentando inúmeros problemas de adaptação a uma terra estranha, hostilizados, às vezes, pelos nacionais, preferiam formar um grupo de vários doentes para juntos irem até Desterro fazer seu tratamento. Muitos desses doentes não conseguiam resistir à espera e à viagem. Todos estes fatos são apresentados pelo Barão como justificativas para atender seus pedidos de médico e hospital para Brusque.</div></td><td class='diff-marker'>+</td><td style="color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #a3d3ff; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div>A mudança de hábitos alimentares foi radical especialmente naqueles primeiros meses vividos à base de farinha e feijão, e causou muitos problemas de saúde entre os colonos. O relatório de 1862, por exemplo, faz referência à alta frequência de “fortes e renitentes desinterias", atribuindo-as ao novo regime alimentar, e que teriam causado muitas mortes, especialmente entre as crianças. Além das desinterias, o [[Maximilian von Schneeburg|Barão von Schneéburg]] chama a atenção das autoridades provinciais para a grande incidência de doenças entre os colonos, especialmente inflamações dos olhos, infecções, feridas nas pernas do joelho para baixo e febre (<ins class="diffchange diffchange-inline">possivelmente </ins>malária), sempre pedindo verbas para manter um médico residente. As dificuldades para o pagamento de salários fez com que os dois médicos que trabalharam em Brusque nesses primeiros tempos (os drs. Linger e Rufener) fossem embora. Outras doenças - a maioria delas desconhecidas dos imigrantes - também tinham grande incidência, não só em Brusque como em outras regiões de colonização: a insolação, a opilação ou amarelão (chamada de Bleichsucht), o “rothe Hund", piolhos, o Panzerwurm ou bicho-berne (estas três últimas pragas menores e de fácil tratamento), a malária, etc. O [[Maximilian von Schneeburg|Barão von Schneéburg]], sempre preocupado com o bem-estar dos colonos, pede até a construção de um hospital justificando o pedido a partir da alta frequência de doenças graves, especialmente as provocadas por acidentes. Hospital só havia em Desterro (Florianópolis), tornando penoso o deslocamento dos doentes graves. A demora excessiva da viagem (<ins class="diffchange diffchange-inline">pelo </ins>menos 1 semana), além dos gastos muito grandes, causava, quase sempre, a morte dos enfermos. Ferimentos graves, fraturas de ossos, partos perigosos, entre outras coisas, tornavam dificil transportar os doentes a tempo. Havia, também, grande relutância dos colonos em deixar suas famílias para irem fazer tratamento em Desterro. Imigrantes, recém-chegados, enfrentando inúmeros problemas de adaptação a uma terra estranha, hostilizados, às vezes, pelos nacionais, preferiam formar um grupo de vários doentes para juntos irem até Desterro fazer seu tratamento. Muitos desses doentes não conseguiam resistir à espera e à viagem. Todos estes fatos são apresentados pelo <ins class="diffchange diffchange-inline">[[Maximilian von Schneeburg|</ins>Barão<ins class="diffchange diffchange-inline">]] </ins>como justificativas para atender seus pedidos de médico e hospital para Brusque.</div></td></tr>
<tr><td class='diff-marker'> </td><td style="background-color: #f8f9fa; color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #eaecf0; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"></td><td class='diff-marker'> </td><td style="background-color: #f8f9fa; color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #eaecf0; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"></td></tr>
<tr><td class='diff-marker'>−</td><td style="color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #ffe49c; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div>Estes são apenas alguns dos aspectos mais dramáticos do início da colonização de Brusque, testemunhados nos relatórios que mencionamos. Para a maioria dos imigrantes, a prática se encarregou de</div></td><td class='diff-marker'>+</td><td style="color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #a3d3ff; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div>Estes são apenas alguns dos aspectos mais dramáticos do início da colonização de Brusque, testemunhados nos relatórios que mencionamos. Para a maioria dos imigrantes, a prática se encarregou de destruir a imagem da romântica Schlaraffenleben<ins class="diffchange diffchange-inline"><ref>"Vida de leite e mel" (terra da fartura infinita ou país da cocanha.</ref> </ins>descrita na propaganda oficial. A adaptação foi difícil e a colonização só teve êxito graças ao trabalho árduo e desgastante dos colonos e não exclusivamente por causa da natureza exuberante e da boa qualidade das terras.</div></td></tr>
<tr><td class='diff-marker'>−</td><td style="color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #ffe49c; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div>destruir a imagem da romântica Schlaraffenleben descrita na propaganda oficial. A adaptação foi difícil e a colonização só teve êxito graças ao trabalho árduo e desgastante dos colonos e não exclusivamente por causa da natureza exuberante e da boa qualidade das terras.</div></td><td colspan="2"> </td></tr>
<tr><td class='diff-marker'> </td><td style="background-color: #f8f9fa; color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #eaecf0; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"></td><td class='diff-marker'> </td><td style="background-color: #f8f9fa; color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #eaecf0; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"></td></tr>
<tr><td class='diff-marker'> </td><td style="background-color: #f8f9fa; color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #eaecf0; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div>*Publicado originalmente na [[Revista Notícias de Vicente Só - número 006|Revista Notícias de Vicente Só n. 06]] páginas 38 a 42. Acervo da [[Sociedade Amigos de Brusque|Casa de Brusque]]</div></td><td class='diff-marker'> </td><td style="background-color: #f8f9fa; color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #eaecf0; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div>*Publicado originalmente na [[Revista Notícias de Vicente Só - número 006|Revista Notícias de Vicente Só n. 06]] páginas 38 a 42. Acervo da [[Sociedade Amigos de Brusque|Casa de Brusque]]</div></td></tr>
</table>Alicashttps://enciclopedia.brusque.sc.gov.br/index.php?title=Giralda_Seyferth_-_De_Bauer_a_Colono&diff=14628&oldid=prevAlicas em 12h20min de 13 de março de 20202020-03-13T12:20:57Z<p></p>
<table class="diff diff-contentalign-left diff-editfont-monospace" data-mw="interface">
<col class="diff-marker" />
<col class="diff-content" />
<col class="diff-marker" />
<col class="diff-content" />
<tr class="diff-title" lang="pt-BR">
<td colspan="2" style="background-color: #fff; color: #202122; text-align: center;">← Edição anterior</td>
<td colspan="2" style="background-color: #fff; color: #202122; text-align: center;">Edição das 12h20min de 13 de março de 2020</td>
</tr><tr><td colspan="2" class="diff-lineno" id="mw-diff-left-l2" >Linha 2:</td>
<td colspan="2" class="diff-lineno">Linha 2:</td></tr>
<tr><td class='diff-marker'> </td><td style="background-color: #f8f9fa; color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #eaecf0; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"></td><td class='diff-marker'> </td><td style="background-color: #f8f9fa; color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #eaecf0; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"></td></tr>
<tr><td class='diff-marker'> </td><td style="background-color: #f8f9fa; color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #eaecf0; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div>Os imigrantes alemães que chegaram ao vale do Itajai-mirim a partir de meados do século passado para, como colonos, povoarem esta região, precisaram se adaptar às novas condições impostas por um meio ambiente inteiramente diferente do seu país de origem. Estes imigrantes, na sua grande maioria, eram camponeses, o que significava que continuariam no Brasil a realizar o mesmo tipo de atividade que haviam exercido na Alemanha o cultivo da terra. Não puderam, contudo, utilizar aqui os seus métodos tradicionais de cultivo, nem os cereais que habitualmente plantavam na sua terra natal, ou mesmo sua alimentação cotidiana. enfim, precisaram modificar profundamente o seu modo de vida. As circunstâncias que transformaram o camponês (Bauer) alemão em colono foram diversas, e muitas as dificuldades enfrentadas na sua adaptação a uma região despovoada, de clima sub-tropical e ainda coberta de floresta virgem. Pelo menos quatro aspectos devem ser apontados como os mais significativos:</div></td><td class='diff-marker'> </td><td style="background-color: #f8f9fa; color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #eaecf0; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div>Os imigrantes alemães que chegaram ao vale do Itajai-mirim a partir de meados do século passado para, como colonos, povoarem esta região, precisaram se adaptar às novas condições impostas por um meio ambiente inteiramente diferente do seu país de origem. Estes imigrantes, na sua grande maioria, eram camponeses, o que significava que continuariam no Brasil a realizar o mesmo tipo de atividade que haviam exercido na Alemanha o cultivo da terra. Não puderam, contudo, utilizar aqui os seus métodos tradicionais de cultivo, nem os cereais que habitualmente plantavam na sua terra natal, ou mesmo sua alimentação cotidiana. enfim, precisaram modificar profundamente o seu modo de vida. As circunstâncias que transformaram o camponês (Bauer) alemão em colono foram diversas, e muitas as dificuldades enfrentadas na sua adaptação a uma região despovoada, de clima sub-tropical e ainda coberta de floresta virgem. Pelo menos quatro aspectos devem ser apontados como os mais significativos:</div></td></tr>
<tr><td class='diff-marker'>−</td><td style="color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #ffe49c; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div>1) os problemas gerados pela desorganização do sistema de colonização; 2) a adaptação aos novos métodos de cultivar a terra; 3) a adaptação a um novo tipo de alimentação e 4) os problemas provocados pelas doenças, algumas delas desconhecidas pelos imigrantes. Os relatórios dos diretores da antiga colônia Brusque - especialmente os do [[Barão von Scneéburg]], prolixos e minuciosos - além de alguns depoimentos prestados por velhos colonos, são as melhores fontes de informação acerca do assunto aqui abordado.</div></td><td class='diff-marker'>+</td><td style="color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #a3d3ff; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div>1) os problemas gerados pela desorganização do sistema de colonização; 2) a adaptação aos novos métodos de cultivar a terra; 3) a adaptação a um novo tipo de alimentação e 4) os problemas provocados pelas doenças, algumas delas desconhecidas pelos imigrantes. Os relatórios dos diretores da antiga colônia Brusque - especialmente os do [[<ins class="diffchange diffchange-inline">Maximilian von Schneeburg|</ins>Barão von Scneéburg]], prolixos e minuciosos - além de alguns depoimentos prestados por velhos colonos, são as melhores fontes de informação acerca do assunto aqui abordado.</div></td></tr>
<tr><td class='diff-marker'> </td><td style="background-color: #f8f9fa; color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #eaecf0; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"></td><td class='diff-marker'> </td><td style="background-color: #f8f9fa; color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #eaecf0; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"></td></tr>
<tr><td class='diff-marker'> </td><td style="background-color: #f8f9fa; color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #eaecf0; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div>O primeiro aspecto está diretamente ligado à administração da colônia: Brusque era uma colônia oficial, portanto subordinada ao governo provincial de Santa Catarina. Os problemas mais sérios que os imigrantes recém estabe1ecidos enfrentaram, dependiam de soluções que não podiam ser dadas pela administração local e cuja responsabilidade cabia a uma politica de colonização improvisada e com falta de verbas crônica. Sob este prisma, os sucessivos relatórios dos diretores são significativos especialmente nas partes em que solicitam providências para solucionar as dificuldades. Eis algumas delas, enfrentadas em conjunto pelos imigrantes e a administração:</div></td><td class='diff-marker'> </td><td style="background-color: #f8f9fa; color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #eaecf0; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div>O primeiro aspecto está diretamente ligado à administração da colônia: Brusque era uma colônia oficial, portanto subordinada ao governo provincial de Santa Catarina. Os problemas mais sérios que os imigrantes recém estabe1ecidos enfrentaram, dependiam de soluções que não podiam ser dadas pela administração local e cuja responsabilidade cabia a uma politica de colonização improvisada e com falta de verbas crônica. Sob este prisma, os sucessivos relatórios dos diretores são significativos especialmente nas partes em que solicitam providências para solucionar as dificuldades. Eis algumas delas, enfrentadas em conjunto pelos imigrantes e a administração:</div></td></tr>
<tr><td colspan="2" class="diff-lineno" id="mw-diff-left-l12" >Linha 12:</td>
<td colspan="2" class="diff-lineno">Linha 12:</td></tr>
<tr><td class='diff-marker'> </td><td style="background-color: #f8f9fa; color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #eaecf0; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"></td><td class='diff-marker'> </td><td style="background-color: #f8f9fa; color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #eaecf0; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"></td></tr>
<tr><td class='diff-marker'> </td><td style="background-color: #f8f9fa; color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #eaecf0; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div>Se, por um 1ado, a burocracia governamental e a falta de verbas para a colonização constituiam um problema grave, por outro lado, a organização do trabalho agrícola sob novas bases foi o teste</div></td><td class='diff-marker'> </td><td style="background-color: #f8f9fa; color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #eaecf0; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div>Se, por um 1ado, a burocracia governamental e a falta de verbas para a colonização constituiam um problema grave, por outro lado, a organização do trabalho agrícola sob novas bases foi o teste</div></td></tr>
<tr><td class='diff-marker'>−</td><td style="color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #ffe49c; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div>mais difícil e também o mais problemático, uma vez que os imigrantes alemães adotaram uma técnica de cultivo das mais predatórias que existem: a coivara (ou derrubada-queimada), comum no meio rural brasileiro que, com propriedade, foi chamada pelos alemães de Raubbau (agricultura de rapina). A adequação a este método de cultivar a terra foi provavelmente inevitável em face da floresta. O insucesso do cultivo de cereais europeus (como cevada, trigo, centeio e aveia), por sua vez, determinou a utilização de plantas nativas como o aipim, a batata-doce, a cana de açucar, etc. Os relatórios do Barão von Schneéburg são elucidativos a este respeito: na colônia Brusque existiam poucos cavalos e não havia arados; as sementes de trigo, cânhamo e centeio apodreciam no solo ou eram destruidas pelos pássaros e insetos; a queima do mato para preparar a terra paral o plantio torno-se necessária e a enxada e o machado passaram a ser os principais utensílios agrícolas (quando na Alemanha se utilizavam mais do arado de tração animal). O trabalho agrícola foi árduo e pouco compensador nesse início de colonização, pois além das dificuldades de adaptação às novas condições surgiram outros problemas não menos grave. Von Schneéburg faz constantes referências às enchentes (solicitando providências das autoridades no sentido de liberação de verbas para limpar e retificar ribeirões a fim de diminuir o transbordamento), às geadas, a pragas de ratos que passam os rios e ribeirões transmigrando do sul para o norte, aos insetos, especialmente as lagartas, a nuvens de pássaros pretos, etc. - tudo contribuindo para destruir as plantações. Resumindo, o habitat sub-tropical não permitiu o cultivo da terra nos moldes conhecidos pelos alemães no seu país de origem. Houve não só o fracasso com as plantações de cereais e da batata conhecida com “inglesa“, como também a floresta densa e a técnica da coivara impediam a utilização racional do arado. Pode ser acrescentada, ainda, a dificuldade adicional de obter animais de tração - poucos e trazidos de Lages por preços excessivamente altos.</div></td><td class='diff-marker'>+</td><td style="color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #a3d3ff; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div>mais difícil e também o mais problemático, uma vez que os imigrantes alemães adotaram uma técnica de cultivo das mais predatórias que existem: a coivara (ou derrubada-queimada), comum no meio rural brasileiro que, com propriedade, foi chamada pelos alemães de Raubbau (agricultura de rapina). A adequação a este método de cultivar a terra foi provavelmente inevitável em face da floresta. O insucesso do cultivo de cereais europeus (como cevada, trigo, centeio e aveia), por sua vez, determinou a utilização de plantas nativas como o aipim, a batata-doce, a cana de açucar, etc. Os relatórios do <ins class="diffchange diffchange-inline">[[Maximilian von Schneeburg|</ins>Barão von Schneéburg<ins class="diffchange diffchange-inline">]] </ins>são elucidativos a este respeito: na colônia Brusque existiam poucos cavalos e não havia arados; as sementes de trigo, cânhamo e centeio apodreciam no solo ou eram destruidas pelos pássaros e insetos; a queima do mato para preparar a terra paral o plantio torno-se necessária e a enxada e o machado passaram a ser os principais utensílios agrícolas (quando na Alemanha se utilizavam mais do arado de tração animal). O trabalho agrícola foi árduo e pouco compensador nesse início de colonização, pois além das dificuldades de adaptação às novas condições surgiram outros problemas não menos grave. <ins class="diffchange diffchange-inline">[[Maximilian von Schneeburg|</ins>Von Schneéburg<ins class="diffchange diffchange-inline">]] </ins>faz constantes referências às enchentes (solicitando providências das autoridades no sentido de liberação de verbas para limpar e retificar ribeirões a fim de diminuir o transbordamento), às geadas, a pragas de ratos que passam os rios e ribeirões transmigrando do sul para o norte, aos insetos, especialmente as lagartas, a nuvens de pássaros pretos, etc. - tudo contribuindo para destruir as plantações. Resumindo, o habitat sub-tropical não permitiu o cultivo da terra nos moldes conhecidos pelos alemães no seu país de origem. Houve não só o fracasso com as plantações de cereais e da batata conhecida com “inglesa“, como também a floresta densa e a técnica da coivara impediam a utilização racional do arado. Pode ser acrescentada, ainda, a dificuldade adicional de obter animais de tração - poucos e trazidos de Lages por preços excessivamente altos.</div></td></tr>
<tr><td class='diff-marker'> </td><td style="background-color: #f8f9fa; color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #eaecf0; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"></td><td class='diff-marker'> </td><td style="background-color: #f8f9fa; color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #eaecf0; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"></td></tr>
<tr><td class='diff-marker'> </td><td style="background-color: #f8f9fa; color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #eaecf0; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div>À parte os problemas mais sérios ligados à agricultura, deve ser feita referência a dois fatores importantes: o isolamento do imigrante, que forçou a adoção da policultura, e a sua instalação no lote adquirido que implicava na construção de um abrigo para sua família. As primeiras casas foram construídas pelos próprios colonos e consistiam de ranchos rudimentares, feitos com tronco de palmito e cobertos com palhas, cujo tamanho era mínimo: cerca de 4m x 6m. Só muito depois é que tinham condição de melhorar a moradiaz a casa definitiva em geral era construída de madeira falquejada e telhas. A falta de estradas e meios de comunicação, por sua vez, impedia o cultivo exclusivo de plantas comerciais (como o fumo e a cana de açúcar), e a subsistência, nesse meio hostil e isolado, obrigou os colonos a plantar de tudo um pouco e a manter um número mínimo de animais domésticos (porcos, vacas, etc.) - e o trabalho, agrícola ou não, era realizado por todos, adultos e crianças. Assim como a coivara, a policultura foi inevitável e condição absoluta para a sobrevivência nas linhas coloniais.</div></td><td class='diff-marker'> </td><td style="background-color: #f8f9fa; color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #eaecf0; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div>À parte os problemas mais sérios ligados à agricultura, deve ser feita referência a dois fatores importantes: o isolamento do imigrante, que forçou a adoção da policultura, e a sua instalação no lote adquirido que implicava na construção de um abrigo para sua família. As primeiras casas foram construídas pelos próprios colonos e consistiam de ranchos rudimentares, feitos com tronco de palmito e cobertos com palhas, cujo tamanho era mínimo: cerca de 4m x 6m. Só muito depois é que tinham condição de melhorar a moradiaz a casa definitiva em geral era construída de madeira falquejada e telhas. A falta de estradas e meios de comunicação, por sua vez, impedia o cultivo exclusivo de plantas comerciais (como o fumo e a cana de açúcar), e a subsistência, nesse meio hostil e isolado, obrigou os colonos a plantar de tudo um pouco e a manter um número mínimo de animais domésticos (porcos, vacas, etc.) - e o trabalho, agrícola ou não, era realizado por todos, adultos e crianças. Assim como a coivara, a policultura foi inevitável e condição absoluta para a sobrevivência nas linhas coloniais.</div></td></tr>
<tr><td colspan="2" class="diff-lineno" id="mw-diff-left-l18" >Linha 18:</td>
<td colspan="2" class="diff-lineno">Linha 18:</td></tr>
<tr><td class='diff-marker'> </td><td style="background-color: #f8f9fa; color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #eaecf0; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div>Isto nos leva a um outro ponto crucial da adaptação dos a1emães: a mudança dos hábitos alimentares. Habituados, na Alemanha, a uma dieta baseada na batata inglêsa, pão de centeio, leite e derivados, nos primeiros meses após sua chegada a Brusque, tinham para comer apenas carne seca, toicinho, farinha de mandioca e feijão. Uma vez estabelecidos nas suas propriedades, passaram a depender de três produtos básicos nelas produzidos: o fubá (derivado do milho), o aipim e o açucar de cana. Assim, o milho substituiu o trigo e o centeio na dieta do colono, pois o fubá passou a ser usado para fazer o pão (e mais tarde a polenta, introduzida pelos italianos). O aipim substituiu a batata inglesa, e o açúcar de cana substituiu o de beterraba. Porcos e galinhas forneciam a base de proteinas e a horticultura também ajudou, desde o inicio, a complementar a dieta com verduras e legumes, assim como as frutas regionais forneceram a matéria prima para o Mus. Esta dieta na nova terra era em tudo diferente da que estavam habituados na Alemanha.</div></td><td class='diff-marker'> </td><td style="background-color: #f8f9fa; color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #eaecf0; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div>Isto nos leva a um outro ponto crucial da adaptação dos a1emães: a mudança dos hábitos alimentares. Habituados, na Alemanha, a uma dieta baseada na batata inglêsa, pão de centeio, leite e derivados, nos primeiros meses após sua chegada a Brusque, tinham para comer apenas carne seca, toicinho, farinha de mandioca e feijão. Uma vez estabelecidos nas suas propriedades, passaram a depender de três produtos básicos nelas produzidos: o fubá (derivado do milho), o aipim e o açucar de cana. Assim, o milho substituiu o trigo e o centeio na dieta do colono, pois o fubá passou a ser usado para fazer o pão (e mais tarde a polenta, introduzida pelos italianos). O aipim substituiu a batata inglesa, e o açúcar de cana substituiu o de beterraba. Porcos e galinhas forneciam a base de proteinas e a horticultura também ajudou, desde o inicio, a complementar a dieta com verduras e legumes, assim como as frutas regionais forneceram a matéria prima para o Mus. Esta dieta na nova terra era em tudo diferente da que estavam habituados na Alemanha.</div></td></tr>
<tr><td class='diff-marker'> </td><td style="background-color: #f8f9fa; color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #eaecf0; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"></td><td class='diff-marker'> </td><td style="background-color: #f8f9fa; color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #eaecf0; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"></td></tr>
<tr><td class='diff-marker'>−</td><td style="color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #ffe49c; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div>A mudança de hábitos alimentares foi radical especialmente naqueles primeiros meses vividos à base de farinha e feijão, e causou muitos problemas de saúde entre os colonos. O relatório de 1862, por exemplo, faz referência à alta frequência de “fortes e renitentes desinterias", atribuindo-as ao novo regime alimentar, e que teriam causado muitas mortes, especialmente entre as crianças. Além das desinterias, o Barão von Schneéburg chama a atenção das autoridades provinciais para a grande incidência de doenças entre os colonos, especialmente inflamações dos olhos, infecções, feridas nas pernas do joelho para baixo e febre (possive1mente malária), sempre pedindo verbas para manter um médico residente. As dificuldades para o pagamento de salários fez com que os dois médicos que trabalharam em Brusque nesses primeiros tempos (os drs. Linger e Rufener) fossem embora. Outras doenças - a maioria delas desconhecidas dos imigrantes - também tinham grande incidência, não só em Brusque como em outras regiões de colonização: a insolação, a opilação ou amarelão (chamada de Bleichsucht), o “rothe Hund", piolhos, o Panzerwurm ou bicho-berne (estas três últimas pragas menores e de fácil tratamento), a malária, etc. O Barão von Schneéburg, sempre preocupado com o bem-estar dos colonos, pede até a construção de um hospital justificando o pedido a partir da alta frequência de doenças graves, especialmente as provocadas por acidentes. Hospital só havia em Desterro (Florianópolis), tornando penoso o deslocamento dos doentes graves. A demora excessiva da viagem (pel0 menos 1 semana), além dos gastos muito grandes, causava, quase sempre, a morte dos enfermos. Ferimentos graves, fraturas de ossos, partos perigosos, entre outras coisas, tornavam dificil transportar os doentes a tempo. Havia, também, grande relutância dos colonos em deixar suas famílias para irem fazer tratamento em Desterro. Imigrantes, recém-chegados, enfrentando inúmeros problemas de adaptação a uma terra estranha, hostilizados, às vezes, pelos nacionais, preferiam formar um grupo de vários doentes para juntos irem até Desterro fazer seu tratamento. Muitos desses doentes não conseguiam resistir à espera e à viagem. Todos estes fatos são apresentados pelo Barão como justificativas para atender seus pedidos de médico e hospital para Brusque.</div></td><td class='diff-marker'>+</td><td style="color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #a3d3ff; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div>A mudança de hábitos alimentares foi radical especialmente naqueles primeiros meses vividos à base de farinha e feijão, e causou muitos problemas de saúde entre os colonos. O relatório de 1862, por exemplo, faz referência à alta frequência de “fortes e renitentes desinterias", atribuindo-as ao novo regime alimentar, e que teriam causado muitas mortes, especialmente entre as crianças. Além das desinterias, o <ins class="diffchange diffchange-inline">[[Maximilian von Schneeburg|</ins>Barão von Schneéburg<ins class="diffchange diffchange-inline">]] </ins>chama a atenção das autoridades provinciais para a grande incidência de doenças entre os colonos, especialmente inflamações dos olhos, infecções, feridas nas pernas do joelho para baixo e febre (possive1mente malária), sempre pedindo verbas para manter um médico residente. As dificuldades para o pagamento de salários fez com que os dois médicos que trabalharam em Brusque nesses primeiros tempos (os drs. Linger e Rufener) fossem embora. Outras doenças - a maioria delas desconhecidas dos imigrantes - também tinham grande incidência, não só em Brusque como em outras regiões de colonização: a insolação, a opilação ou amarelão (chamada de Bleichsucht), o “rothe Hund", piolhos, o Panzerwurm ou bicho-berne (estas três últimas pragas menores e de fácil tratamento), a malária, etc. O <ins class="diffchange diffchange-inline">[[Maximilian von Schneeburg|</ins>Barão von Schneéburg<ins class="diffchange diffchange-inline">]]</ins>, sempre preocupado com o bem-estar dos colonos, pede até a construção de um hospital justificando o pedido a partir da alta frequência de doenças graves, especialmente as provocadas por acidentes. Hospital só havia em Desterro (Florianópolis), tornando penoso o deslocamento dos doentes graves. A demora excessiva da viagem (pel0 menos 1 semana), além dos gastos muito grandes, causava, quase sempre, a morte dos enfermos. Ferimentos graves, fraturas de ossos, partos perigosos, entre outras coisas, tornavam dificil transportar os doentes a tempo. Havia, também, grande relutância dos colonos em deixar suas famílias para irem fazer tratamento em Desterro. Imigrantes, recém-chegados, enfrentando inúmeros problemas de adaptação a uma terra estranha, hostilizados, às vezes, pelos nacionais, preferiam formar um grupo de vários doentes para juntos irem até Desterro fazer seu tratamento. Muitos desses doentes não conseguiam resistir à espera e à viagem. Todos estes fatos são apresentados pelo Barão como justificativas para atender seus pedidos de médico e hospital para Brusque.</div></td></tr>
<tr><td class='diff-marker'> </td><td style="background-color: #f8f9fa; color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #eaecf0; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"></td><td class='diff-marker'> </td><td style="background-color: #f8f9fa; color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #eaecf0; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"></td></tr>
<tr><td class='diff-marker'> </td><td style="background-color: #f8f9fa; color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #eaecf0; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div>Estes são apenas alguns dos aspectos mais dramáticos do início da colonização de Brusque, testemunhados nos relatórios que mencionamos. Para a maioria dos imigrantes, a prática se encarregou de</div></td><td class='diff-marker'> </td><td style="background-color: #f8f9fa; color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #eaecf0; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div>Estes são apenas alguns dos aspectos mais dramáticos do início da colonização de Brusque, testemunhados nos relatórios que mencionamos. Para a maioria dos imigrantes, a prática se encarregou de</div></td></tr>
<tr><td class='diff-marker'>−</td><td style="color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #ffe49c; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div>destruir a imagem da romântica Schlaraffenleben descrita na propaganda oficial. A adaptação foi <del class="diffchange diffchange-inline">dificil </del>e a colonização só teve êxito graças ao trabalho árduo e desgastante dos colonos e não exclusivamente por causa da natureza exuberante e da boa qualidade das terras.</div></td><td class='diff-marker'>+</td><td style="color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #a3d3ff; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div>destruir a imagem da romântica Schlaraffenleben descrita na propaganda oficial. A adaptação foi <ins class="diffchange diffchange-inline">difícil </ins>e a colonização só teve êxito graças ao trabalho árduo e desgastante dos colonos e não exclusivamente por causa da natureza exuberante e da boa qualidade das terras.</div></td></tr>
<tr><td class='diff-marker'> </td><td style="background-color: #f8f9fa; color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #eaecf0; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"></td><td class='diff-marker'> </td><td style="background-color: #f8f9fa; color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #eaecf0; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"></td></tr>
<tr><td class='diff-marker'> </td><td style="background-color: #f8f9fa; color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #eaecf0; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div>*Publicado originalmente na [[Revista Notícias de Vicente Só - número 006|Revista Notícias de Vicente Só n. 06]] páginas 38 a 42. Acervo da [[Sociedade Amigos de Brusque|Casa de Brusque]]</div></td><td class='diff-marker'> </td><td style="background-color: #f8f9fa; color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #eaecf0; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div>*Publicado originalmente na [[Revista Notícias de Vicente Só - número 006|Revista Notícias de Vicente Só n. 06]] páginas 38 a 42. Acervo da [[Sociedade Amigos de Brusque|Casa de Brusque]]</div></td></tr>
</table>Alicashttps://enciclopedia.brusque.sc.gov.br/index.php?title=Giralda_Seyferth_-_De_Bauer_a_Colono&diff=14627&oldid=prevAlicas em 12h19min de 13 de março de 20202020-03-13T12:19:49Z<p></p>
<table class="diff diff-contentalign-left diff-editfont-monospace" data-mw="interface">
<col class="diff-marker" />
<col class="diff-content" />
<col class="diff-marker" />
<col class="diff-content" />
<tr class="diff-title" lang="pt-BR">
<td colspan="2" style="background-color: #fff; color: #202122; text-align: center;">← Edição anterior</td>
<td colspan="2" style="background-color: #fff; color: #202122; text-align: center;">Edição das 12h19min de 13 de março de 2020</td>
</tr><tr><td colspan="2" class="diff-lineno" id="mw-diff-left-l1" >Linha 1:</td>
<td colspan="2" class="diff-lineno">Linha 1:</td></tr>
<tr><td class='diff-marker'>−</td><td style="color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #ffe49c; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div><del style="font-weight: bold; text-decoration: none;">*EM PROCESSO DE DIGITALIZAÇÃO</del></div></td><td colspan="2"> </td></tr>
<tr><td class='diff-marker'>−</td><td style="color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #ffe49c; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div><del style="font-weight: bold; text-decoration: none;"></del></div></td><td colspan="2"> </td></tr>
<tr><td class='diff-marker'> </td><td style="background-color: #f8f9fa; color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #eaecf0; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div>*Giralda Seyferth</div></td><td class='diff-marker'> </td><td style="background-color: #f8f9fa; color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #eaecf0; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div>*Giralda Seyferth</div></td></tr>
<tr><td class='diff-marker'> </td><td style="background-color: #f8f9fa; color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #eaecf0; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"></td><td class='diff-marker'> </td><td style="background-color: #f8f9fa; color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #eaecf0; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"></td></tr>
</table>Alicashttps://enciclopedia.brusque.sc.gov.br/index.php?title=Giralda_Seyferth_-_De_Bauer_a_Colono&diff=14626&oldid=prevAlicas em 12h19min de 13 de março de 20202020-03-13T12:19:40Z<p></p>
<table class="diff diff-contentalign-left diff-editfont-monospace" data-mw="interface">
<col class="diff-marker" />
<col class="diff-content" />
<col class="diff-marker" />
<col class="diff-content" />
<tr class="diff-title" lang="pt-BR">
<td colspan="2" style="background-color: #fff; color: #202122; text-align: center;">← Edição anterior</td>
<td colspan="2" style="background-color: #fff; color: #202122; text-align: center;">Edição das 12h19min de 13 de março de 2020</td>
</tr><tr><td colspan="2" class="diff-lineno" id="mw-diff-left-l20" >Linha 20:</td>
<td colspan="2" class="diff-lineno">Linha 20:</td></tr>
<tr><td class='diff-marker'> </td><td style="background-color: #f8f9fa; color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #eaecf0; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div>Isto nos leva a um outro ponto crucial da adaptação dos a1emães: a mudança dos hábitos alimentares. Habituados, na Alemanha, a uma dieta baseada na batata inglêsa, pão de centeio, leite e derivados, nos primeiros meses após sua chegada a Brusque, tinham para comer apenas carne seca, toicinho, farinha de mandioca e feijão. Uma vez estabelecidos nas suas propriedades, passaram a depender de três produtos básicos nelas produzidos: o fubá (derivado do milho), o aipim e o açucar de cana. Assim, o milho substituiu o trigo e o centeio na dieta do colono, pois o fubá passou a ser usado para fazer o pão (e mais tarde a polenta, introduzida pelos italianos). O aipim substituiu a batata inglesa, e o açúcar de cana substituiu o de beterraba. Porcos e galinhas forneciam a base de proteinas e a horticultura também ajudou, desde o inicio, a complementar a dieta com verduras e legumes, assim como as frutas regionais forneceram a matéria prima para o Mus. Esta dieta na nova terra era em tudo diferente da que estavam habituados na Alemanha.</div></td><td class='diff-marker'> </td><td style="background-color: #f8f9fa; color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #eaecf0; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div>Isto nos leva a um outro ponto crucial da adaptação dos a1emães: a mudança dos hábitos alimentares. Habituados, na Alemanha, a uma dieta baseada na batata inglêsa, pão de centeio, leite e derivados, nos primeiros meses após sua chegada a Brusque, tinham para comer apenas carne seca, toicinho, farinha de mandioca e feijão. Uma vez estabelecidos nas suas propriedades, passaram a depender de três produtos básicos nelas produzidos: o fubá (derivado do milho), o aipim e o açucar de cana. Assim, o milho substituiu o trigo e o centeio na dieta do colono, pois o fubá passou a ser usado para fazer o pão (e mais tarde a polenta, introduzida pelos italianos). O aipim substituiu a batata inglesa, e o açúcar de cana substituiu o de beterraba. Porcos e galinhas forneciam a base de proteinas e a horticultura também ajudou, desde o inicio, a complementar a dieta com verduras e legumes, assim como as frutas regionais forneceram a matéria prima para o Mus. Esta dieta na nova terra era em tudo diferente da que estavam habituados na Alemanha.</div></td></tr>
<tr><td class='diff-marker'> </td><td style="background-color: #f8f9fa; color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #eaecf0; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"></td><td class='diff-marker'> </td><td style="background-color: #f8f9fa; color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #eaecf0; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"></td></tr>
<tr><td class='diff-marker'>−</td><td style="color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #ffe49c; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div>A mudança de hábitos alimentares foi <del class="diffchange diffchange-inline">radicaL </del>especialmente</div></td><td class='diff-marker'>+</td><td style="color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #a3d3ff; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div>A mudança de hábitos alimentares foi <ins class="diffchange diffchange-inline">radical </ins>especialmente naqueles <ins class="diffchange diffchange-inline">primeiros </ins>meses vividos à base de farinha <ins class="diffchange diffchange-inline">e </ins>feijão, e causou muitos problemas de saúde entre <ins class="diffchange diffchange-inline">os </ins>colonos. <ins class="diffchange diffchange-inline">O </ins>relatório de 1862, por exemplo, faz referência à alta frequência de “fortes e renitentes <ins class="diffchange diffchange-inline">desinterias</ins>", atribuindo-as ao novo regime alimentar, e que teriam <ins class="diffchange diffchange-inline">causado </ins>muitas mortes, especialmente entre as crianças. Além das <ins class="diffchange diffchange-inline">desinterias</ins>, <ins class="diffchange diffchange-inline">o </ins>Barão von Schneéburg chama a atenção das autoridades <ins class="diffchange diffchange-inline">provinciais para a grande incidência de doenças entre os colonos, especialmente inflamações dos olhos, infecções, feridas nas pernas do joelho para baixo e febre (possive1mente malária), sempre pedindo verbas para manter um médico residente. As dificuldades para o pagamento de salários fez com que os dois médicos que trabalharam em Brusque nesses primeiros tempos (os drs. Linger e Rufener) fossem embora. Outras doenças </ins>- a <ins class="diffchange diffchange-inline">maioria delas desconhecidas dos imigrantes - também tinham </ins>grande incidência<ins class="diffchange diffchange-inline">, não só em Brusque como em outras regiões de colonização: a insolação, a opilação ou amarelão (chamada de Bleichsucht), o “rothe Hund", piolhos, o Panzerwurm ou bicho-berne (estas três últimas pragas menores e de fácil tratamento), a malária, etc. O Barão von Schneéburg, sempre preocupado com o bem-estar dos colonos, pede até a construção de um hospital justificando o pedido a partir da alta frequência </ins>de doenças <ins class="diffchange diffchange-inline">graves, especialmente as provocadas por acidentes. Hospital só havia em Desterro (Florianópolis), tornando penoso o deslocamento dos doentes graves. A demora excessiva da viagem (pel0 menos 1 semana), além dos gastos muito grandes, causava, quase sempre, a morte dos enfermos. Ferimentos graves, fraturas de ossos, partos perigosos, </ins>entre <ins class="diffchange diffchange-inline">outras coisas, tornavam dificil transportar </ins>os <ins class="diffchange diffchange-inline">doentes a tempo. Havia, também, grande relutância dos </ins>colonos <ins class="diffchange diffchange-inline">em deixar suas famílias para irem fazer tratamento em Desterro. Imigrantes, recém-chegados, enfrentando inúmeros problemas de adaptação a uma terra estranha, hostilizados, às vezes, pelos nacionais</ins>, <ins class="diffchange diffchange-inline">preferiam formar um grupo de vários doentes para juntos irem até Desterro fazer seu tratamento. Muitos desses doentes não conseguiam resistir à espera e à viagem. Todos estes fatos são apresentados pelo Barão como justificativas para atender seus pedidos de médico e hospital para Brusque.</ins></div></td></tr>
<tr><td class='diff-marker'>−</td><td style="color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #ffe49c; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div>naqueles <del class="diffchange diffchange-inline">primeirosx </del>meses vividos à base de farinha <del class="diffchange diffchange-inline">ew </del>feijão ,e causou</div></td><td colspan="2"> </td></tr>
<tr><td class='diff-marker'>−</td><td style="color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #ffe49c; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div>muitos problemas de saúde entre <del class="diffchange diffchange-inline">osl </del>colonos. <del class="diffchange diffchange-inline">O› </del>relatório de 1862, por</div></td><td colspan="2"> </td></tr>
<tr><td class='diff-marker'>−</td><td style="color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #ffe49c; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div>exemplo, faz referência à alta frequência de “fortes e renitentes <del class="diffchange diffchange-inline">desin-</del></div></td><td colspan="2"> </td></tr>
<tr><td class='diff-marker'>−</td><td style="color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #ffe49c; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div><del class="diffchange diffchange-inline">terias</del>", atribuindo-as ao novo regime alimentar, e que teriam <del class="diffchange diffchange-inline">causa~</del></div></td><td colspan="2"> </td></tr>
<tr><td class='diff-marker'>−</td><td style="color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #ffe49c; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div><del class="diffchange diffchange-inline">do </del>muitas mortes, especialmente entre as crianças. Além das <del class="diffchange diffchange-inline">desin-</del></div></td><td colspan="2"> </td></tr>
<tr><td class='diff-marker'>−</td><td style="color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #ffe49c; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div><del class="diffchange diffchange-inline">terias</del>, <del class="diffchange diffchange-inline">0 </del>Barão von Schneéburg chama a atenção das autoridades <del class="diffchange diffchange-inline">pro</del>-</div></td><td colspan="2"> </td></tr>
<tr><td class='diff-marker'>−</td><td style="color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #ffe49c; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div><del class="diffchange diffchange-inline">vinciais para </del>a grande incidência de doenças entre os colonos, <del class="diffchange diffchange-inline">espea</del></div></td><td colspan="2"> </td></tr>
<tr><td class='diff-marker'> </td><td style="background-color: #f8f9fa; color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #eaecf0; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"></td><td class='diff-marker'> </td><td style="background-color: #f8f9fa; color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #eaecf0; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"></td></tr>
<tr><td class='diff-marker'>−</td><td style="color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #ffe49c; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div><del class="diffchange diffchange-inline">› cialmente inflamações dos olhosx, infecções, feridas nas pernas do %</del></div></td><td class='diff-marker'>+</td><td style="color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #a3d3ff; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div>Estes são apenas alguns dos aspectos mais dramáticos do <ins class="diffchange diffchange-inline">início </ins>da colonização de <ins class="diffchange diffchange-inline">Brusque</ins>, testemunhados nos relatórios que <ins class="diffchange diffchange-inline">mencionamos</ins>. Para a maioria dos imigrantes, a prática se encarregou de</div></td></tr>
<tr><td class='diff-marker'>−</td><td style="color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #ffe49c; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div><del class="diffchange diffchange-inline">, joelho para baixo e febre (possive1mente malária), sempre pedindo w</del></div></td><td class='diff-marker'>+</td><td style="color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #a3d3ff; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div>destruir a imagem da romântica Schlaraffenleben descrita na <ins class="diffchange diffchange-inline">propaganda oficial. </ins>A <ins class="diffchange diffchange-inline">adaptação </ins>foi dificil e a colonização só teve êxito graças ao trabalho árduo e desgastante dos colonos e não <ins class="diffchange diffchange-inline">exclusivamente </ins>por causa da natureza exuberante e da boa qualidade das terras.</div></td></tr>
<tr><td class='diff-marker'>−</td><td style="color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #ffe49c; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div><del class="diffchange diffchange-inline">verbas para manter um médico residente. As dificuldades para o pa- \</del></div></td><td colspan="2"> </td></tr>
<tr><td class='diff-marker'>−</td><td style="color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #ffe49c; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div><del class="diffchange diffchange-inline">gamento de salários fez com que os dois médicos que trabalharam em \</del></div></td><td colspan="2"> </td></tr>
<tr><td class='diff-marker'>−</td><td style="color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #ffe49c; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div><del class="diffchange diffchange-inline">Brusque nesses primeiros tempos (os drs. Linger e Rufener) fossem W</del></div></td><td colspan="2"> </td></tr>
<tr><td class='diff-marker'>−</td><td style="color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #ffe49c; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div><del class="diffchange diffchange-inline">embora. Outras doenças - a maioria delas desconhecidas dos imL</del></div></td><td colspan="2"> </td></tr>
<tr><td class='diff-marker'>−</td><td style="color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #ffe49c; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div><del class="diffchange diffchange-inline">grantes -- também tinham grande incidência, não só em Brusque co~</del></div></td><td colspan="2"> </td></tr>
<tr><td class='diff-marker'>−</td><td style="color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #ffe49c; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div><del class="diffchange diffchange-inline">_ .- 41 _ 1</del></div></td><td colspan="2"> </td></tr>
<tr><td class='diff-marker'>−</td><td style="color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #ffe49c; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div><del class="diffchange diffchange-inline">I</del></div></td><td colspan="2"> </td></tr>
<tr><td class='diff-marker'>−</td><td style="color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #ffe49c; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div> </div></td><td colspan="2"> </td></tr>
<tr><td class='diff-marker'>−</td><td style="color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #ffe49c; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div><del class="diffchange diffchange-inline">mo em outras regiões de colonizaçãoz a insolação, a opilação ou amaw .</del></div></td><td colspan="2"> </td></tr>
<tr><td class='diff-marker'>−</td><td style="color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #ffe49c; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div><del class="diffchange diffchange-inline">relão (chamada de Bleichsucht), o “rothe Hund", piolhos, o Panzerb</del></div></td><td colspan="2"> </td></tr>
<tr><td class='diff-marker'>−</td><td style="color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #ffe49c; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div><del class="diffchange diffchange-inline">Wurm ou bicho-berne (estlas três últimas pragas menores e de fácil ,</del></div></td><td colspan="2"> </td></tr>
<tr><td class='diff-marker'>−</td><td style="color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #ffe49c; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div><del class="diffchange diffchange-inline">tratamento), a malária, etc. 0 Barão von Schneéburg, sempre preocu--</del></div></td><td colspan="2"> </td></tr>
<tr><td class='diff-marker'>−</td><td style="color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #ffe49c; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div><del class="diffchange diffchange-inline">pado com o bem-estar dos colonos, pede até a construção de um hos_</del></div></td><td colspan="2"> </td></tr>
<tr><td class='diff-marker'>−</td><td style="color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #ffe49c; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div><del class="diffchange diffchange-inline">pitaL justificando 0 pedido a. partir da alta frequência de doenças</del></div></td><td colspan="2"> </td></tr>
<tr><td class='diff-marker'>−</td><td style="color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #ffe49c; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div><del class="diffchange diffchange-inline">graves, especialmente as provocadas por acidentes. Hospital só havia</del></div></td><td colspan="2"> </td></tr>
<tr><td class='diff-marker'>−</td><td style="color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #ffe49c; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div><del class="diffchange diffchange-inline">em Desterro (Florianópolis), tornando penoso o deslocamento dos</del></div></td><td colspan="2"> </td></tr>
<tr><td class='diff-marker'>−</td><td style="color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #ffe49c; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div><del class="diffchange diffchange-inline">doentes graves. A demora excessiva da viagem (pe10 menos 1 semaz</del></div></td><td colspan="2"> </td></tr>
<tr><td class='diff-marker'>−</td><td style="color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #ffe49c; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div><del class="diffchange diffchange-inline">na), além dos gastos muito grandes, causava, quase sempre, a morte</del></div></td><td colspan="2"> </td></tr>
<tr><td class='diff-marker'>−</td><td style="color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #ffe49c; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div><del class="diffchange diffchange-inline">dos enfermos. Ferimentos graves, fraturas de ossos, partos perigosos,</del></div></td><td colspan="2"> </td></tr>
<tr><td class='diff-marker'>−</td><td style="color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #ffe49c; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div><del class="diffchange diffchange-inline">entre Outras coisas, tornavam dificil transportar os doentes a tempa</del></div></td><td colspan="2"> </td></tr>
<tr><td class='diff-marker'>−</td><td style="color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #ffe49c; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div><del class="diffchange diffchange-inline">Havia, também, grande relutância dos colonos em deixar suas fami-</del></div></td><td colspan="2"> </td></tr>
<tr><td class='diff-marker'>−</td><td style="color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #ffe49c; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div><del class="diffchange diffchange-inline">lias para irem fazer tratamento em Desterro. Imigrantes, re›cém-che-</del></div></td><td colspan="2"> </td></tr>
<tr><td class='diff-marker'>−</td><td style="color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #ffe49c; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div><del class="diffchange diffchange-inline">gados, enfrentando inúmeros problemas de adaptação a uma terra</del></div></td><td colspan="2"> </td></tr>
<tr><td class='diff-marker'>−</td><td style="color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #ffe49c; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div><del class="diffchange diffchange-inline">estranha, hos-tiliza›dos, às Vezes, pelos nacionais, preferiam formar</del></div></td><td colspan="2"> </td></tr>
<tr><td class='diff-marker'>−</td><td style="color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #ffe49c; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div><del class="diffchange diffchange-inline">um grupo de vários doenwtesw para juntos irem até Desterro fazer seu</del></div></td><td colspan="2"> </td></tr>
<tr><td class='diff-marker'>−</td><td style="color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #ffe49c; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div><del class="diffchange diffchange-inline">tratamento. Muitos desses doentes não conseguiam resistir à espera</del></div></td><td colspan="2"> </td></tr>
<tr><td class='diff-marker'>−</td><td style="color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #ffe49c; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div><del class="diffchange diffchange-inline">e à Viagem. Todos estes fatos são apresentados pelo Barão como jus-'</del></div></td><td colspan="2"> </td></tr>
<tr><td class='diff-marker'>−</td><td style="color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #ffe49c; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div><del class="diffchange diffchange-inline">tificativas para atender seus pedidos de médico e hospital para Brus_</del></div></td><td colspan="2"> </td></tr>
<tr><td class='diff-marker'>−</td><td style="color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #ffe49c; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div><del class="diffchange diffchange-inline">que.</del></div></td><td colspan="2"> </td></tr>
<tr><td class='diff-marker'>−</td><td style="color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #ffe49c; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div> </div></td><td colspan="2"> </td></tr>
<tr><td class='diff-marker'>−</td><td style="color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #ffe49c; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div><del class="diffchange diffchange-inline">W </del>Estes são apenas alguns dos aspectos mais dramáticos do <del class="diffchange diffchange-inline">ini~</del></div></td><td colspan="2"> </td></tr>
<tr><td class='diff-marker'>−</td><td style="color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #ffe49c; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div><del class="diffchange diffchange-inline">cio </del>da colonização de <del class="diffchange diffchange-inline">BrUSque</del>, testemunhados nos relatórios que <del class="diffchange diffchange-inline">men-</del></div></td><td colspan="2"> </td></tr>
<tr><td class='diff-marker'>−</td><td style="color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #ffe49c; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div><del class="diffchange diffchange-inline">cionamos</del>. Para a maioria dos imigrantes, a prática se encarregou de</div></td><td colspan="2"> </td></tr>
<tr><td class='diff-marker'>−</td><td style="color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #ffe49c; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div>destruir a imagem da romântica Schlaraffenleben descrita na <del class="diffchange diffchange-inline">propa-</del></div></td><td colspan="2"> </td></tr>
<tr><td class='diff-marker'>−</td><td style="color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #ffe49c; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div><del class="diffchange diffchange-inline">ganda oficiaL </del>A <del class="diffchange diffchange-inline">adaptaçãow </del>foi dificil e a colonização só teve êxito</div></td><td colspan="2"> </td></tr>
<tr><td class='diff-marker'>−</td><td style="color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #ffe49c; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div>graças ao trabalho árduo e desgastante dos colonos e não <del class="diffchange diffchange-inline">exclusiva-</del></div></td><td colspan="2"> </td></tr>
<tr><td class='diff-marker'>−</td><td style="color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #ffe49c; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div><del class="diffchange diffchange-inline">mente </del>por causa da natureza exuberante e da boa qualidade das terras.</div></td><td colspan="2"> </td></tr>
<tr><td class='diff-marker'> </td><td style="background-color: #f8f9fa; color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #eaecf0; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"></td><td class='diff-marker'> </td><td style="background-color: #f8f9fa; color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #eaecf0; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"></td></tr>
<tr><td class='diff-marker'> </td><td style="background-color: #f8f9fa; color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #eaecf0; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div>*Publicado originalmente na [[Revista Notícias de Vicente Só - número 006|Revista Notícias de Vicente Só n. 06]] páginas 38 a 42. Acervo da [[Sociedade Amigos de Brusque|Casa de Brusque]]</div></td><td class='diff-marker'> </td><td style="background-color: #f8f9fa; color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #eaecf0; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div>*Publicado originalmente na [[Revista Notícias de Vicente Só - número 006|Revista Notícias de Vicente Só n. 06]] páginas 38 a 42. Acervo da [[Sociedade Amigos de Brusque|Casa de Brusque]]</div></td></tr>
</table>Alicashttps://enciclopedia.brusque.sc.gov.br/index.php?title=Giralda_Seyferth_-_De_Bauer_a_Colono&diff=14624&oldid=prevAlicas em 20h43min de 10 de março de 20202020-03-10T20:43:22Z<p></p>
<table class="diff diff-contentalign-left diff-editfont-monospace" data-mw="interface">
<col class="diff-marker" />
<col class="diff-content" />
<col class="diff-marker" />
<col class="diff-content" />
<tr class="diff-title" lang="pt-BR">
<td colspan="2" style="background-color: #fff; color: #202122; text-align: center;">← Edição anterior</td>
<td colspan="2" style="background-color: #fff; color: #202122; text-align: center;">Edição das 20h43min de 10 de março de 2020</td>
</tr><tr><td colspan="2" class="diff-lineno" id="mw-diff-left-l15" >Linha 15:</td>
<td colspan="2" class="diff-lineno">Linha 15:</td></tr>
<tr><td class='diff-marker'> </td><td style="background-color: #f8f9fa; color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #eaecf0; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div>Se, por um 1ado, a burocracia governamental e a falta de verbas para a colonização constituiam um problema grave, por outro lado, a organização do trabalho agrícola sob novas bases foi o teste</div></td><td class='diff-marker'> </td><td style="background-color: #f8f9fa; color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #eaecf0; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div>Se, por um 1ado, a burocracia governamental e a falta de verbas para a colonização constituiam um problema grave, por outro lado, a organização do trabalho agrícola sob novas bases foi o teste</div></td></tr>
<tr><td class='diff-marker'> </td><td style="background-color: #f8f9fa; color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #eaecf0; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div>mais difícil e também o mais problemático, uma vez que os imigrantes alemães adotaram uma técnica de cultivo das mais predatórias que existem: a coivara (ou derrubada-queimada), comum no meio rural brasileiro que, com propriedade, foi chamada pelos alemães de Raubbau (agricultura de rapina). A adequação a este método de cultivar a terra foi provavelmente inevitável em face da floresta. O insucesso do cultivo de cereais europeus (como cevada, trigo, centeio e aveia), por sua vez, determinou a utilização de plantas nativas como o aipim, a batata-doce, a cana de açucar, etc. Os relatórios do Barão von Schneéburg são elucidativos a este respeito: na colônia Brusque existiam poucos cavalos e não havia arados; as sementes de trigo, cânhamo e centeio apodreciam no solo ou eram destruidas pelos pássaros e insetos; a queima do mato para preparar a terra paral o plantio torno-se necessária e a enxada e o machado passaram a ser os principais utensílios agrícolas (quando na Alemanha se utilizavam mais do arado de tração animal). O trabalho agrícola foi árduo e pouco compensador nesse início de colonização, pois além das dificuldades de adaptação às novas condições surgiram outros problemas não menos grave. Von Schneéburg faz constantes referências às enchentes (solicitando providências das autoridades no sentido de liberação de verbas para limpar e retificar ribeirões a fim de diminuir o transbordamento), às geadas, a pragas de ratos que passam os rios e ribeirões transmigrando do sul para o norte, aos insetos, especialmente as lagartas, a nuvens de pássaros pretos, etc. - tudo contribuindo para destruir as plantações. Resumindo, o habitat sub-tropical não permitiu o cultivo da terra nos moldes conhecidos pelos alemães no seu país de origem. Houve não só o fracasso com as plantações de cereais e da batata conhecida com “inglesa“, como também a floresta densa e a técnica da coivara impediam a utilização racional do arado. Pode ser acrescentada, ainda, a dificuldade adicional de obter animais de tração - poucos e trazidos de Lages por preços excessivamente altos.</div></td><td class='diff-marker'> </td><td style="background-color: #f8f9fa; color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #eaecf0; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div>mais difícil e também o mais problemático, uma vez que os imigrantes alemães adotaram uma técnica de cultivo das mais predatórias que existem: a coivara (ou derrubada-queimada), comum no meio rural brasileiro que, com propriedade, foi chamada pelos alemães de Raubbau (agricultura de rapina). A adequação a este método de cultivar a terra foi provavelmente inevitável em face da floresta. O insucesso do cultivo de cereais europeus (como cevada, trigo, centeio e aveia), por sua vez, determinou a utilização de plantas nativas como o aipim, a batata-doce, a cana de açucar, etc. Os relatórios do Barão von Schneéburg são elucidativos a este respeito: na colônia Brusque existiam poucos cavalos e não havia arados; as sementes de trigo, cânhamo e centeio apodreciam no solo ou eram destruidas pelos pássaros e insetos; a queima do mato para preparar a terra paral o plantio torno-se necessária e a enxada e o machado passaram a ser os principais utensílios agrícolas (quando na Alemanha se utilizavam mais do arado de tração animal). O trabalho agrícola foi árduo e pouco compensador nesse início de colonização, pois além das dificuldades de adaptação às novas condições surgiram outros problemas não menos grave. Von Schneéburg faz constantes referências às enchentes (solicitando providências das autoridades no sentido de liberação de verbas para limpar e retificar ribeirões a fim de diminuir o transbordamento), às geadas, a pragas de ratos que passam os rios e ribeirões transmigrando do sul para o norte, aos insetos, especialmente as lagartas, a nuvens de pássaros pretos, etc. - tudo contribuindo para destruir as plantações. Resumindo, o habitat sub-tropical não permitiu o cultivo da terra nos moldes conhecidos pelos alemães no seu país de origem. Houve não só o fracasso com as plantações de cereais e da batata conhecida com “inglesa“, como também a floresta densa e a técnica da coivara impediam a utilização racional do arado. Pode ser acrescentada, ainda, a dificuldade adicional de obter animais de tração - poucos e trazidos de Lages por preços excessivamente altos.</div></td></tr>
<tr><td colspan="2"> </td><td class='diff-marker'>+</td><td style="color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #a3d3ff; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div><ins style="font-weight: bold; text-decoration: none;"></ins></div></td></tr>
<tr><td colspan="2"> </td><td class='diff-marker'>+</td><td style="color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #a3d3ff; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div><ins style="font-weight: bold; text-decoration: none;">À parte os problemas mais sérios ligados à agricultura, deve ser feita referência a dois fatores importantes: o isolamento do imigrante, que forçou a adoção da policultura, e a sua instalação no lote adquirido que implicava na construção de um abrigo para sua família. As primeiras casas foram construídas pelos próprios colonos e consistiam de ranchos rudimentares, feitos com tronco de palmito e cobertos com palhas, cujo tamanho era mínimo: cerca de 4m x 6m. Só muito depois é que tinham condição de melhorar a moradiaz a casa definitiva em geral era construída de madeira falquejada e telhas. A falta de estradas e meios de comunicação, por sua vez, impedia o cultivo exclusivo de plantas comerciais (como o fumo e a cana de açúcar), e a subsistência, nesse meio hostil e isolado, obrigou os colonos a plantar de tudo um pouco e a manter um número mínimo de animais domésticos (porcos, vacas, etc.) - e o trabalho, agrícola ou não, era realizado por todos, adultos e crianças. Assim como a coivara, a policultura foi inevitável e condição absoluta para a sobrevivência nas linhas coloniais.</ins></div></td></tr>
<tr><td colspan="2"> </td><td class='diff-marker'>+</td><td style="color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #a3d3ff; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div><ins style="font-weight: bold; text-decoration: none;"></ins></div></td></tr>
<tr><td colspan="2"> </td><td class='diff-marker'>+</td><td style="color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #a3d3ff; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div><ins style="font-weight: bold; text-decoration: none;">Isto nos leva a um outro ponto crucial da adaptação dos a1emães: a mudança dos hábitos alimentares. Habituados, na Alemanha, a uma dieta baseada na batata inglêsa, pão de centeio, leite e derivados, nos primeiros meses após sua chegada a Brusque, tinham para comer apenas carne seca, toicinho, farinha de mandioca e feijão. Uma vez estabelecidos nas suas propriedades, passaram a depender de três produtos básicos nelas produzidos: o fubá (derivado do milho), o aipim e o açucar de cana. Assim, o milho substituiu o trigo e o centeio na dieta do colono, pois o fubá passou a ser usado para fazer o pão (e mais tarde a polenta, introduzida pelos italianos). O aipim substituiu a batata inglesa, e o açúcar de cana substituiu o de beterraba. Porcos e galinhas forneciam a base de proteinas e a horticultura também ajudou, desde o inicio, a complementar a dieta com verduras e legumes, assim como as frutas regionais forneceram a matéria prima para o Mus. Esta dieta na nova terra era em tudo diferente da que estavam habituados na Alemanha.</ins></div></td></tr>
<tr><td colspan="2"> </td><td class='diff-marker'>+</td><td style="color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #a3d3ff; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div><ins style="font-weight: bold; text-decoration: none;"></ins></div></td></tr>
<tr><td colspan="2"> </td><td class='diff-marker'>+</td><td style="color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #a3d3ff; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div><ins style="font-weight: bold; text-decoration: none;">A mudança de hábitos alimentares foi radicaL especialmente</ins></div></td></tr>
<tr><td colspan="2"> </td><td class='diff-marker'>+</td><td style="color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #a3d3ff; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div><ins style="font-weight: bold; text-decoration: none;">naqueles primeirosx meses vividos à base de farinha ew feijão ,e causou</ins></div></td></tr>
<tr><td colspan="2"> </td><td class='diff-marker'>+</td><td style="color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #a3d3ff; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div><ins style="font-weight: bold; text-decoration: none;">muitos problemas de saúde entre osl colonos. O› relatório de 1862, por</ins></div></td></tr>
<tr><td colspan="2"> </td><td class='diff-marker'>+</td><td style="color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #a3d3ff; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div><ins style="font-weight: bold; text-decoration: none;">exemplo, faz referência à alta frequência de “fortes e renitentes desin-</ins></div></td></tr>
<tr><td colspan="2"> </td><td class='diff-marker'>+</td><td style="color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #a3d3ff; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div><ins style="font-weight: bold; text-decoration: none;">terias", atribuindo-as ao novo regime alimentar, e que teriam causa~</ins></div></td></tr>
<tr><td colspan="2"> </td><td class='diff-marker'>+</td><td style="color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #a3d3ff; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div><ins style="font-weight: bold; text-decoration: none;">do muitas mortes, especialmente entre as crianças. Além das desin-</ins></div></td></tr>
<tr><td colspan="2"> </td><td class='diff-marker'>+</td><td style="color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #a3d3ff; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div><ins style="font-weight: bold; text-decoration: none;">terias, 0 Barão von Schneéburg chama a atenção das autoridades pro-</ins></div></td></tr>
<tr><td colspan="2"> </td><td class='diff-marker'>+</td><td style="color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #a3d3ff; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div><ins style="font-weight: bold; text-decoration: none;">vinciais para a grande incidência de doenças entre os colonos, espea</ins></div></td></tr>
<tr><td colspan="2"> </td><td class='diff-marker'>+</td><td style="color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #a3d3ff; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div><ins style="font-weight: bold; text-decoration: none;"></ins></div></td></tr>
<tr><td colspan="2"> </td><td class='diff-marker'>+</td><td style="color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #a3d3ff; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div><ins style="font-weight: bold; text-decoration: none;">› cialmente inflamações dos olhosx, infecções, feridas nas pernas do %</ins></div></td></tr>
<tr><td colspan="2"> </td><td class='diff-marker'>+</td><td style="color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #a3d3ff; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div><ins style="font-weight: bold; text-decoration: none;">, joelho para baixo e febre (possive1mente malária), sempre pedindo w</ins></div></td></tr>
<tr><td colspan="2"> </td><td class='diff-marker'>+</td><td style="color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #a3d3ff; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div><ins style="font-weight: bold; text-decoration: none;">verbas para manter um médico residente. As dificuldades para o pa- \</ins></div></td></tr>
<tr><td colspan="2"> </td><td class='diff-marker'>+</td><td style="color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #a3d3ff; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div><ins style="font-weight: bold; text-decoration: none;">gamento de salários fez com que os dois médicos que trabalharam em \</ins></div></td></tr>
<tr><td colspan="2"> </td><td class='diff-marker'>+</td><td style="color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #a3d3ff; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div><ins style="font-weight: bold; text-decoration: none;">Brusque nesses primeiros tempos (os drs. Linger e Rufener) fossem W</ins></div></td></tr>
<tr><td colspan="2"> </td><td class='diff-marker'>+</td><td style="color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #a3d3ff; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div><ins style="font-weight: bold; text-decoration: none;">embora. Outras doenças - a maioria delas desconhecidas dos imL</ins></div></td></tr>
<tr><td colspan="2"> </td><td class='diff-marker'>+</td><td style="color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #a3d3ff; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div><ins style="font-weight: bold; text-decoration: none;">grantes -- também tinham grande incidência, não só em Brusque co~</ins></div></td></tr>
<tr><td colspan="2"> </td><td class='diff-marker'>+</td><td style="color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #a3d3ff; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div><ins style="font-weight: bold; text-decoration: none;">_ .- 41 _ 1</ins></div></td></tr>
<tr><td colspan="2"> </td><td class='diff-marker'>+</td><td style="color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #a3d3ff; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div><ins style="font-weight: bold; text-decoration: none;">I</ins></div></td></tr>
<tr><td colspan="2"> </td><td class='diff-marker'>+</td><td style="color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #a3d3ff; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div><ins style="font-weight: bold; text-decoration: none;"></ins></div></td></tr>
<tr><td colspan="2"> </td><td class='diff-marker'>+</td><td style="color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #a3d3ff; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div><ins style="font-weight: bold; text-decoration: none;">mo em outras regiões de colonizaçãoz a insolação, a opilação ou amaw .</ins></div></td></tr>
<tr><td colspan="2"> </td><td class='diff-marker'>+</td><td style="color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #a3d3ff; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div><ins style="font-weight: bold; text-decoration: none;">relão (chamada de Bleichsucht), o “rothe Hund", piolhos, o Panzerb</ins></div></td></tr>
<tr><td colspan="2"> </td><td class='diff-marker'>+</td><td style="color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #a3d3ff; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div><ins style="font-weight: bold; text-decoration: none;">Wurm ou bicho-berne (estlas três últimas pragas menores e de fácil ,</ins></div></td></tr>
<tr><td colspan="2"> </td><td class='diff-marker'>+</td><td style="color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #a3d3ff; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div><ins style="font-weight: bold; text-decoration: none;">tratamento), a malária, etc. 0 Barão von Schneéburg, sempre preocu--</ins></div></td></tr>
<tr><td colspan="2"> </td><td class='diff-marker'>+</td><td style="color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #a3d3ff; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div><ins style="font-weight: bold; text-decoration: none;">pado com o bem-estar dos colonos, pede até a construção de um hos_</ins></div></td></tr>
<tr><td colspan="2"> </td><td class='diff-marker'>+</td><td style="color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #a3d3ff; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div><ins style="font-weight: bold; text-decoration: none;">pitaL justificando 0 pedido a. partir da alta frequência de doenças</ins></div></td></tr>
<tr><td colspan="2"> </td><td class='diff-marker'>+</td><td style="color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #a3d3ff; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div><ins style="font-weight: bold; text-decoration: none;">graves, especialmente as provocadas por acidentes. Hospital só havia</ins></div></td></tr>
<tr><td colspan="2"> </td><td class='diff-marker'>+</td><td style="color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #a3d3ff; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div><ins style="font-weight: bold; text-decoration: none;">em Desterro (Florianópolis), tornando penoso o deslocamento dos</ins></div></td></tr>
<tr><td colspan="2"> </td><td class='diff-marker'>+</td><td style="color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #a3d3ff; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div><ins style="font-weight: bold; text-decoration: none;">doentes graves. A demora excessiva da viagem (pe10 menos 1 semaz</ins></div></td></tr>
<tr><td colspan="2"> </td><td class='diff-marker'>+</td><td style="color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #a3d3ff; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div><ins style="font-weight: bold; text-decoration: none;">na), além dos gastos muito grandes, causava, quase sempre, a morte</ins></div></td></tr>
<tr><td colspan="2"> </td><td class='diff-marker'>+</td><td style="color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #a3d3ff; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div><ins style="font-weight: bold; text-decoration: none;">dos enfermos. Ferimentos graves, fraturas de ossos, partos perigosos,</ins></div></td></tr>
<tr><td colspan="2"> </td><td class='diff-marker'>+</td><td style="color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #a3d3ff; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div><ins style="font-weight: bold; text-decoration: none;">entre Outras coisas, tornavam dificil transportar os doentes a tempa</ins></div></td></tr>
<tr><td colspan="2"> </td><td class='diff-marker'>+</td><td style="color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #a3d3ff; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div><ins style="font-weight: bold; text-decoration: none;">Havia, também, grande relutância dos colonos em deixar suas fami-</ins></div></td></tr>
<tr><td colspan="2"> </td><td class='diff-marker'>+</td><td style="color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #a3d3ff; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div><ins style="font-weight: bold; text-decoration: none;">lias para irem fazer tratamento em Desterro. Imigrantes, re›cém-che-</ins></div></td></tr>
<tr><td colspan="2"> </td><td class='diff-marker'>+</td><td style="color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #a3d3ff; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div><ins style="font-weight: bold; text-decoration: none;">gados, enfrentando inúmeros problemas de adaptação a uma terra</ins></div></td></tr>
<tr><td colspan="2"> </td><td class='diff-marker'>+</td><td style="color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #a3d3ff; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div><ins style="font-weight: bold; text-decoration: none;">estranha, hos-tiliza›dos, às Vezes, pelos nacionais, preferiam formar</ins></div></td></tr>
<tr><td colspan="2"> </td><td class='diff-marker'>+</td><td style="color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #a3d3ff; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div><ins style="font-weight: bold; text-decoration: none;">um grupo de vários doenwtesw para juntos irem até Desterro fazer seu</ins></div></td></tr>
<tr><td colspan="2"> </td><td class='diff-marker'>+</td><td style="color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #a3d3ff; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div><ins style="font-weight: bold; text-decoration: none;">tratamento. Muitos desses doentes não conseguiam resistir à espera</ins></div></td></tr>
<tr><td colspan="2"> </td><td class='diff-marker'>+</td><td style="color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #a3d3ff; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div><ins style="font-weight: bold; text-decoration: none;">e à Viagem. Todos estes fatos são apresentados pelo Barão como jus-'</ins></div></td></tr>
<tr><td colspan="2"> </td><td class='diff-marker'>+</td><td style="color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #a3d3ff; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div><ins style="font-weight: bold; text-decoration: none;">tificativas para atender seus pedidos de médico e hospital para Brus_</ins></div></td></tr>
<tr><td colspan="2"> </td><td class='diff-marker'>+</td><td style="color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #a3d3ff; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div><ins style="font-weight: bold; text-decoration: none;">que.</ins></div></td></tr>
<tr><td colspan="2"> </td><td class='diff-marker'>+</td><td style="color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #a3d3ff; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div><ins style="font-weight: bold; text-decoration: none;"></ins></div></td></tr>
<tr><td colspan="2"> </td><td class='diff-marker'>+</td><td style="color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #a3d3ff; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div><ins style="font-weight: bold; text-decoration: none;">W Estes são apenas alguns dos aspectos mais dramáticos do ini~</ins></div></td></tr>
<tr><td colspan="2"> </td><td class='diff-marker'>+</td><td style="color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #a3d3ff; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div><ins style="font-weight: bold; text-decoration: none;">cio da colonização de BrUSque, testemunhados nos relatórios que men-</ins></div></td></tr>
<tr><td colspan="2"> </td><td class='diff-marker'>+</td><td style="color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #a3d3ff; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div><ins style="font-weight: bold; text-decoration: none;">cionamos. Para a maioria dos imigrantes, a prática se encarregou de</ins></div></td></tr>
<tr><td colspan="2"> </td><td class='diff-marker'>+</td><td style="color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #a3d3ff; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div><ins style="font-weight: bold; text-decoration: none;">destruir a imagem da romântica Schlaraffenleben descrita na propa-</ins></div></td></tr>
<tr><td colspan="2"> </td><td class='diff-marker'>+</td><td style="color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #a3d3ff; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div><ins style="font-weight: bold; text-decoration: none;">ganda oficiaL A adaptaçãow foi dificil e a colonização só teve êxito</ins></div></td></tr>
<tr><td colspan="2"> </td><td class='diff-marker'>+</td><td style="color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #a3d3ff; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div><ins style="font-weight: bold; text-decoration: none;">graças ao trabalho árduo e desgastante dos colonos e não exclusiva-</ins></div></td></tr>
<tr><td colspan="2"> </td><td class='diff-marker'>+</td><td style="color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #a3d3ff; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div><ins style="font-weight: bold; text-decoration: none;">mente por causa da natureza exuberante e da boa qualidade das terras.</ins></div></td></tr>
<tr><td class='diff-marker'> </td><td style="background-color: #f8f9fa; color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #eaecf0; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"></td><td class='diff-marker'> </td><td style="background-color: #f8f9fa; color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #eaecf0; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"></td></tr>
<tr><td class='diff-marker'> </td><td style="background-color: #f8f9fa; color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #eaecf0; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div>*Publicado originalmente na [[Revista Notícias de Vicente Só - número 006|Revista Notícias de Vicente Só n. 06]] páginas 38 a 42. Acervo da [[Sociedade Amigos de Brusque|Casa de Brusque]]</div></td><td class='diff-marker'> </td><td style="background-color: #f8f9fa; color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #eaecf0; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div>*Publicado originalmente na [[Revista Notícias de Vicente Só - número 006|Revista Notícias de Vicente Só n. 06]] páginas 38 a 42. Acervo da [[Sociedade Amigos de Brusque|Casa de Brusque]]</div></td></tr>
</table>Alicashttps://enciclopedia.brusque.sc.gov.br/index.php?title=Giralda_Seyferth_-_De_Bauer_a_Colono&diff=14623&oldid=prevAlicas em 19h49min de 10 de março de 20202020-03-10T19:49:04Z<p></p>
<a href="https://enciclopedia.brusque.sc.gov.br/index.php?title=Giralda_Seyferth_-_De_Bauer_a_Colono&diff=14623&oldid=14438">Mostrar alterações</a>Alicashttps://enciclopedia.brusque.sc.gov.br/index.php?title=Giralda_Seyferth_-_De_Bauer_a_Colono&diff=14438&oldid=prevAlicas em 20h04min de 2 de março de 20202020-03-02T20:04:54Z<p></p>
<table class="diff diff-contentalign-left diff-editfont-monospace" data-mw="interface">
<col class="diff-marker" />
<col class="diff-content" />
<col class="diff-marker" />
<col class="diff-content" />
<tr class="diff-title" lang="pt-BR">
<td colspan="2" style="background-color: #fff; color: #202122; text-align: center;">← Edição anterior</td>
<td colspan="2" style="background-color: #fff; color: #202122; text-align: center;">Edição das 20h04min de 2 de março de 2020</td>
</tr><tr><td colspan="2" class="diff-lineno" id="mw-diff-left-l1" >Linha 1:</td>
<td colspan="2" class="diff-lineno">Linha 1:</td></tr>
<tr><td colspan="2"> </td><td class='diff-marker'>+</td><td style="color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #a3d3ff; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div><ins style="font-weight: bold; text-decoration: none;">*EM PROCESSO DE DIGITALIZAÇÃO</ins></div></td></tr>
<tr><td colspan="2"> </td><td class='diff-marker'>+</td><td style="color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #a3d3ff; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div><ins style="font-weight: bold; text-decoration: none;"></ins></div></td></tr>
<tr><td class='diff-marker'> </td><td style="background-color: #f8f9fa; color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #eaecf0; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div>*Giralda Seyferth</div></td><td class='diff-marker'> </td><td style="background-color: #f8f9fa; color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #eaecf0; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div>*Giralda Seyferth</div></td></tr>
<tr><td class='diff-marker'> </td><td style="background-color: #f8f9fa; color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #eaecf0; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"></td><td class='diff-marker'> </td><td style="background-color: #f8f9fa; color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #eaecf0; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"></td></tr>
</table>Alicashttps://enciclopedia.brusque.sc.gov.br/index.php?title=Giralda_Seyferth_-_De_Bauer_a_Colono&diff=14437&oldid=prevAlicas em 20h04min de 2 de março de 20202020-03-02T20:04:37Z<p></p>
<table class="diff diff-contentalign-left diff-editfont-monospace" data-mw="interface">
<col class="diff-marker" />
<col class="diff-content" />
<col class="diff-marker" />
<col class="diff-content" />
<tr class="diff-title" lang="pt-BR">
<td colspan="2" style="background-color: #fff; color: #202122; text-align: center;">← Edição anterior</td>
<td colspan="2" style="background-color: #fff; color: #202122; text-align: center;">Edição das 20h04min de 2 de março de 2020</td>
</tr><tr><td colspan="2" class="diff-lineno" id="mw-diff-left-l117" >Linha 117:</td>
<td colspan="2" class="diff-lineno">Linha 117:</td></tr>
<tr><td class='diff-marker'> </td><td style="background-color: #f8f9fa; color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #eaecf0; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div>_ 40 _</div></td><td class='diff-marker'> </td><td style="background-color: #f8f9fa; color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #eaecf0; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div>_ 40 _</div></td></tr>
<tr><td class='diff-marker'> </td><td style="background-color: #f8f9fa; color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #eaecf0; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"></td><td class='diff-marker'> </td><td style="background-color: #f8f9fa; color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #eaecf0; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"></td></tr>
<tr><td colspan="2"> </td><td class='diff-marker'>+</td><td style="color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #a3d3ff; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div><ins style="font-weight: bold; text-decoration: none;"></ins></div></td></tr>
<tr><td colspan="2"> </td><td class='diff-marker'>+</td><td style="color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #a3d3ff; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div><ins style="font-weight: bold; text-decoration: none;">ser feita referência a dois fatores importantesz o isolamento do imi-]</ins></div></td></tr>
<tr><td colspan="2"> </td><td class='diff-marker'>+</td><td style="color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #a3d3ff; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div><ins style="font-weight: bold; text-decoration: none;">grante, que forçou a adoção da policultura, e a sua instalação no lo~ F</ins></div></td></tr>
<tr><td colspan="2"> </td><td class='diff-marker'>+</td><td style="color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #a3d3ff; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div><ins style="font-weight: bold; text-decoration: none;">te adquiridq que implícava na construção de um abrigo para sua fa_</ins></div></td></tr>
<tr><td colspan="2"> </td><td class='diff-marker'>+</td><td style="color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #a3d3ff; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div><ins style="font-weight: bold; text-decoration: none;">Í mília. As primeiras casas foram construídas pelos próprios colonos e</ins></div></td></tr>
<tr><td colspan="2"> </td><td class='diff-marker'>+</td><td style="color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #a3d3ff; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div><ins style="font-weight: bold; text-decoration: none;">Í consistiam de ranchos rudimentares, feitos com tronco de palmíbo e í</ins></div></td></tr>
<tr><td colspan="2"> </td><td class='diff-marker'>+</td><td style="color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #a3d3ff; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div><ins style="font-weight: bold; text-decoration: none;">cobertos com palhas, cujo tamanho era mínimoz cerca de 4m X 6m. W</ins></div></td></tr>
<tr><td colspan="2"> </td><td class='diff-marker'>+</td><td style="color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #a3d3ff; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div><ins style="font-weight: bold; text-decoration: none;">Sà muito depois é que tinham condição de melhorar a moradiaz a ca- :</ins></div></td></tr>
<tr><td colspan="2"> </td><td class='diff-marker'>+</td><td style="color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #a3d3ff; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div><ins style="font-weight: bold; text-decoration: none;">sa definítiva em geral era construída de madeira falquejada e telhas. 1</ins></div></td></tr>
<tr><td colspan="2"> </td><td class='diff-marker'>+</td><td style="color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #a3d3ff; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div><ins style="font-weight: bold; text-decoration: none;">A falta de estradas e meios de comunicação, por sua vez, impedia ox ¡</ins></div></td></tr>
<tr><td colspan="2"> </td><td class='diff-marker'>+</td><td style="color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #a3d3ff; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div><ins style="font-weight: bold; text-decoration: none;">Lv cultivo exclusivo de plantas comerciajs (como o fumo e a cana de .</ins></div></td></tr>
<tr><td colspan="2"> </td><td class='diff-marker'>+</td><td style="color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #a3d3ff; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div><ins style="font-weight: bold; text-decoration: none;">açucar), e a subsistência, nesse meio hostil e ísolado, obrigou ols co- I</ins></div></td></tr>
<tr><td colspan="2"> </td><td class='diff-marker'>+</td><td style="color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #a3d3ff; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div><ins style="font-weight: bold; text-decoration: none;">lonos a plantar de tudo um pouco e a manter um número mínimo de f</ins></div></td></tr>
<tr><td colspan="2"> </td><td class='diff-marker'>+</td><td style="color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #a3d3ff; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div><ins style="font-weight: bold; text-decoration: none;">animais domésticos (porcos, vacas, etc.) - e o trabalho, agrícola ou t</ins></div></td></tr>
<tr><td colspan="2"> </td><td class='diff-marker'>+</td><td style="color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #a3d3ff; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div><ins style="font-weight: bold; text-decoration: none;">não, era realizado por todos, adultos e crianças. Assim como a coi- 1</ins></div></td></tr>
<tr><td colspan="2"> </td><td class='diff-marker'>+</td><td style="color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #a3d3ff; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div><ins style="font-weight: bold; text-decoration: none;">vara, a policultura foi inevitável e condição absoluta para a sobrevh ;</ins></div></td></tr>
<tr><td colspan="2"> </td><td class='diff-marker'>+</td><td style="color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #a3d3ff; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div><ins style="font-weight: bold; text-decoration: none;">vência nas linhas coloniais. r</ins></div></td></tr>
<tr><td colspan="2"> </td><td class='diff-marker'>+</td><td style="color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #a3d3ff; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div><ins style="font-weight: bold; text-decoration: none;"></ins></div></td></tr>
<tr><td colspan="2"> </td><td class='diff-marker'>+</td><td style="color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #a3d3ff; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div><ins style="font-weight: bold; text-decoration: none;">Isto nos leva a um outro ponto crucial da adaptação dos a1e-,'</ins></div></td></tr>
<tr><td colspan="2"> </td><td class='diff-marker'>+</td><td style="color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #a3d3ff; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div><ins style="font-weight: bold; text-decoration: none;">mães: a mudança dos hábitos alimentares. Habituados, na Alemanha, E</ins></div></td></tr>
<tr><td colspan="2"> </td><td class='diff-marker'>+</td><td style="color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #a3d3ff; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div><ins style="font-weight: bold; text-decoration: none;">a uma dieta baseada na batata inglaêsa, pão de centei0, leite e deriva4 !</ins></div></td></tr>
<tr><td colspan="2"> </td><td class='diff-marker'>+</td><td style="color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #a3d3ff; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div><ins style="font-weight: bold; text-decoration: none;">dos, nos primeiros meses após sua chegada a Brusque, tinham para I</ins></div></td></tr>
<tr><td colspan="2"> </td><td class='diff-marker'>+</td><td style="color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #a3d3ff; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div><ins style="font-weight: bold; text-decoration: none;">comer apenas carne seca, toicínho, farinha de mandioca e feijão.</ins></div></td></tr>
<tr><td colspan="2"> </td><td class='diff-marker'>+</td><td style="color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #a3d3ff; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div><ins style="font-weight: bold; text-decoration: none;">Uma vez estabelecídos nas suas propriedades, passaram a depender</ins></div></td></tr>
<tr><td colspan="2"> </td><td class='diff-marker'>+</td><td style="color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #a3d3ff; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div><ins style="font-weight: bold; text-decoration: none;">de três produtos básicos nelas produzidosz o fubá (derivado do milho), ê</ins></div></td></tr>
<tr><td colspan="2"> </td><td class='diff-marker'>+</td><td style="color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #a3d3ff; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div><ins style="font-weight: bold; text-decoration: none;">o aipim e o açucar de cana. Assim, o milho substituíu o trigo e o 2</ins></div></td></tr>
<tr><td colspan="2"> </td><td class='diff-marker'>+</td><td style="color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #a3d3ff; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div><ins style="font-weight: bold; text-decoration: none;">centeio na dieta do colono, pois o fubá passou a ser usado para fazer 1</ins></div></td></tr>
<tr><td colspan="2"> </td><td class='diff-marker'>+</td><td style="color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #a3d3ff; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div><ins style="font-weight: bold; text-decoration: none;">o pão (e mais tarde a polenta, intfroduzida pelos italianos). 0 aipim |</ins></div></td></tr>
<tr><td colspan="2"> </td><td class='diff-marker'>+</td><td style="color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #a3d3ff; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div><ins style="font-weight: bold; text-decoration: none;">substituiu a batata inglesa, e o açucar de cana substituiu o de beter- i</ins></div></td></tr>
<tr><td colspan="2"> </td><td class='diff-marker'>+</td><td style="color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #a3d3ff; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div><ins style="font-weight: bold; text-decoration: none;">raba. Porlcos e galirnhas forneciam a base de proteínas e a horticu1-</ins></div></td></tr>
<tr><td colspan="2"> </td><td class='diff-marker'>+</td><td style="color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #a3d3ff; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div><ins style="font-weight: bold; text-decoration: none;">tura também ajudou, desde o inicio, a complementar a xdieta com Ver-'¡ l</ins></div></td></tr>
<tr><td colspan="2"> </td><td class='diff-marker'>+</td><td style="color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #a3d3ff; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div><ins style="font-weight: bold; text-decoration: none;">duras e legumes, assím como as frutas regionais forneceram a maté~ '</ins></div></td></tr>
<tr><td colspan="2"> </td><td class='diff-marker'>+</td><td style="color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #a3d3ff; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div><ins style="font-weight: bold; text-decoration: none;">ria prima para o Mus. Esta díeta na nova terra era em tudo diferente</ins></div></td></tr>
<tr><td colspan="2"> </td><td class='diff-marker'>+</td><td style="color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #a3d3ff; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div><ins style="font-weight: bold; text-decoration: none;">da que estavam habítuados na Alemanha.</ins></div></td></tr>
<tr><td colspan="2"> </td><td class='diff-marker'>+</td><td style="color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #a3d3ff; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div><ins style="font-weight: bold; text-decoration: none;"></ins></div></td></tr>
<tr><td colspan="2"> </td><td class='diff-marker'>+</td><td style="color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #a3d3ff; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div><ins style="font-weight: bold; text-decoration: none;">A mudança de hábitos alimentares foi radicaL especialmente</ins></div></td></tr>
<tr><td colspan="2"> </td><td class='diff-marker'>+</td><td style="color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #a3d3ff; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div><ins style="font-weight: bold; text-decoration: none;">naqueles primeirosx meses vividos à base de farinha ew feijão ,e causou</ins></div></td></tr>
<tr><td colspan="2"> </td><td class='diff-marker'>+</td><td style="color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #a3d3ff; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div><ins style="font-weight: bold; text-decoration: none;">muitos problemas de saúde entre osl colonos. O› relatório de 1862, por</ins></div></td></tr>
<tr><td colspan="2"> </td><td class='diff-marker'>+</td><td style="color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #a3d3ff; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div><ins style="font-weight: bold; text-decoration: none;">exemplo, faz referência à alta frequência de “fortes e renítentes desin-</ins></div></td></tr>
<tr><td colspan="2"> </td><td class='diff-marker'>+</td><td style="color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #a3d3ff; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div><ins style="font-weight: bold; text-decoration: none;">terias", atribuíndo-as ao novo regime alimentar, e que teriam causa~</ins></div></td></tr>
<tr><td colspan="2"> </td><td class='diff-marker'>+</td><td style="color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #a3d3ff; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div><ins style="font-weight: bold; text-decoration: none;">do muitas mortes, especialmente entre as crianças. Além das desin-</ins></div></td></tr>
<tr><td colspan="2"> </td><td class='diff-marker'>+</td><td style="color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #a3d3ff; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div><ins style="font-weight: bold; text-decoration: none;">terías, 0 Barão von Schneéburg chama a atenção das autoridades pro-</ins></div></td></tr>
<tr><td colspan="2"> </td><td class='diff-marker'>+</td><td style="color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #a3d3ff; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div><ins style="font-weight: bold; text-decoration: none;">vínciais para a grande incidência de doenças entre os colonos, espea</ins></div></td></tr>
<tr><td colspan="2"> </td><td class='diff-marker'>+</td><td style="color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #a3d3ff; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div><ins style="font-weight: bold; text-decoration: none;"></ins></div></td></tr>
<tr><td colspan="2"> </td><td class='diff-marker'>+</td><td style="color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #a3d3ff; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div><ins style="font-weight: bold; text-decoration: none;">› cíalmente inflamações dos olhosx, infecções, feridas nas pernas do %</ins></div></td></tr>
<tr><td colspan="2"> </td><td class='diff-marker'>+</td><td style="color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #a3d3ff; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div><ins style="font-weight: bold; text-decoration: none;">, joelho para baixo e febre (possíve1mente malária), sempre pedíndo w</ins></div></td></tr>
<tr><td colspan="2"> </td><td class='diff-marker'>+</td><td style="color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #a3d3ff; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div><ins style="font-weight: bold; text-decoration: none;">verbas para manter um médico residente. As dificuldades para o pa- \</ins></div></td></tr>
<tr><td colspan="2"> </td><td class='diff-marker'>+</td><td style="color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #a3d3ff; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div><ins style="font-weight: bold; text-decoration: none;">gamento de salários fez com que os dois médicos que trabalharam em \</ins></div></td></tr>
<tr><td colspan="2"> </td><td class='diff-marker'>+</td><td style="color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #a3d3ff; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div><ins style="font-weight: bold; text-decoration: none;">Brusque nesses primeiros tempos (os drs. Linger e Rufener) fossem W</ins></div></td></tr>
<tr><td colspan="2"> </td><td class='diff-marker'>+</td><td style="color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #a3d3ff; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div><ins style="font-weight: bold; text-decoration: none;">embora. Outras doenças - a maioria delas desconhecídas dos ímL</ins></div></td></tr>
<tr><td colspan="2"> </td><td class='diff-marker'>+</td><td style="color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #a3d3ff; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div><ins style="font-weight: bold; text-decoration: none;">grantes -- também tinham grande incidência, não só em Brusque co~</ins></div></td></tr>
<tr><td colspan="2"> </td><td class='diff-marker'>+</td><td style="color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #a3d3ff; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div><ins style="font-weight: bold; text-decoration: none;">_ .- 41 _ 1</ins></div></td></tr>
<tr><td colspan="2"> </td><td class='diff-marker'>+</td><td style="color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #a3d3ff; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div><ins style="font-weight: bold; text-decoration: none;">I</ins></div></td></tr>
<tr><td colspan="2"> </td><td class='diff-marker'>+</td><td style="color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #a3d3ff; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div><ins style="font-weight: bold; text-decoration: none;"></ins></div></td></tr>
<tr><td colspan="2"> </td><td class='diff-marker'>+</td><td style="color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #a3d3ff; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div><ins style="font-weight: bold; text-decoration: none;">mo em outras regiões de colonizaçãoz a insolação, a opilação ou amaw .</ins></div></td></tr>
<tr><td colspan="2"> </td><td class='diff-marker'>+</td><td style="color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #a3d3ff; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div><ins style="font-weight: bold; text-decoration: none;">relão (chamada de Bleichsucht), o “rothe Hund", piolhos, o Panzerb</ins></div></td></tr>
<tr><td colspan="2"> </td><td class='diff-marker'>+</td><td style="color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #a3d3ff; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div><ins style="font-weight: bold; text-decoration: none;">Wurm ou bicho-berne (estlas três últimas pragas menores e de fácíl ,</ins></div></td></tr>
<tr><td colspan="2"> </td><td class='diff-marker'>+</td><td style="color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #a3d3ff; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div><ins style="font-weight: bold; text-decoration: none;">tratamento), a malária, etc. 0 Barão von Schneéburg, sempre preocu--</ins></div></td></tr>
<tr><td colspan="2"> </td><td class='diff-marker'>+</td><td style="color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #a3d3ff; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div><ins style="font-weight: bold; text-decoration: none;">pado com o bem-estar dos colonos, pede até a construção de um hos_</ins></div></td></tr>
<tr><td colspan="2"> </td><td class='diff-marker'>+</td><td style="color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #a3d3ff; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div><ins style="font-weight: bold; text-decoration: none;">pítaL justificando 0 pedido a. partir da alta frequência de doenças</ins></div></td></tr>
<tr><td colspan="2"> </td><td class='diff-marker'>+</td><td style="color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #a3d3ff; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div><ins style="font-weight: bold; text-decoration: none;">graves, especialmente as provocadas por acidentes. Hospital só havia</ins></div></td></tr>
<tr><td colspan="2"> </td><td class='diff-marker'>+</td><td style="color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #a3d3ff; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div><ins style="font-weight: bold; text-decoration: none;">em Desterro (Florianópolis), tornando penoso o deslocamento dos</ins></div></td></tr>
<tr><td colspan="2"> </td><td class='diff-marker'>+</td><td style="color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #a3d3ff; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div><ins style="font-weight: bold; text-decoration: none;">doentes graves. A demora excessíva da víagem (pe10 menos 1 semaz</ins></div></td></tr>
<tr><td colspan="2"> </td><td class='diff-marker'>+</td><td style="color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #a3d3ff; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div><ins style="font-weight: bold; text-decoration: none;">na), além dos gastos muito grandes, causava, quase sempre, a morte</ins></div></td></tr>
<tr><td colspan="2"> </td><td class='diff-marker'>+</td><td style="color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #a3d3ff; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div><ins style="font-weight: bold; text-decoration: none;">dos enfermos. Ferimentos graves, fraturas de ossos, partos perigosos,</ins></div></td></tr>
<tr><td colspan="2"> </td><td class='diff-marker'>+</td><td style="color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #a3d3ff; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div><ins style="font-weight: bold; text-decoration: none;">entre Outras coisas, tornavam difícil transportar os doentes a tempa</ins></div></td></tr>
<tr><td colspan="2"> </td><td class='diff-marker'>+</td><td style="color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #a3d3ff; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div><ins style="font-weight: bold; text-decoration: none;">Havia, também, grande relutância dos colonos em deixar suas famí-</ins></div></td></tr>
<tr><td colspan="2"> </td><td class='diff-marker'>+</td><td style="color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #a3d3ff; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div><ins style="font-weight: bold; text-decoration: none;">lias para irem fazer tratamento em Desterro. Imigrantes, re›cém-che-</ins></div></td></tr>
<tr><td colspan="2"> </td><td class='diff-marker'>+</td><td style="color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #a3d3ff; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div><ins style="font-weight: bold; text-decoration: none;">gados, enfrentando inúmeros problemas de adaptação a uma terra</ins></div></td></tr>
<tr><td colspan="2"> </td><td class='diff-marker'>+</td><td style="color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #a3d3ff; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div><ins style="font-weight: bold; text-decoration: none;">estranha, hos-tiliza›dos, às Vezes, pelos nacionais, preferiam formar</ins></div></td></tr>
<tr><td colspan="2"> </td><td class='diff-marker'>+</td><td style="color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #a3d3ff; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div><ins style="font-weight: bold; text-decoration: none;">um grupo de vários doenwtesw para juntos irem até Desterro fazer seu</ins></div></td></tr>
<tr><td colspan="2"> </td><td class='diff-marker'>+</td><td style="color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #a3d3ff; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div><ins style="font-weight: bold; text-decoration: none;">tratamento. Muítos desses doentes não conseguiam resístir à espera</ins></div></td></tr>
<tr><td colspan="2"> </td><td class='diff-marker'>+</td><td style="color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #a3d3ff; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div><ins style="font-weight: bold; text-decoration: none;">e à Viagem. Todos estes fatos são apresentados pelo Barão como jus-'</ins></div></td></tr>
<tr><td colspan="2"> </td><td class='diff-marker'>+</td><td style="color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #a3d3ff; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div><ins style="font-weight: bold; text-decoration: none;">tifícativas para atender seus pedidos de médico e hospital para Brus_</ins></div></td></tr>
<tr><td colspan="2"> </td><td class='diff-marker'>+</td><td style="color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #a3d3ff; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div><ins style="font-weight: bold; text-decoration: none;">que.</ins></div></td></tr>
<tr><td colspan="2"> </td><td class='diff-marker'>+</td><td style="color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #a3d3ff; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div><ins style="font-weight: bold; text-decoration: none;"></ins></div></td></tr>
<tr><td colspan="2"> </td><td class='diff-marker'>+</td><td style="color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #a3d3ff; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div><ins style="font-weight: bold; text-decoration: none;">W Estes são apenas alguns dos aspectos mais dramáticos do iní~</ins></div></td></tr>
<tr><td colspan="2"> </td><td class='diff-marker'>+</td><td style="color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #a3d3ff; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div><ins style="font-weight: bold; text-decoration: none;">cio da colonização de BrUSque, testemunhados nos relatórios que men-</ins></div></td></tr>
<tr><td colspan="2"> </td><td class='diff-marker'>+</td><td style="color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #a3d3ff; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div><ins style="font-weight: bold; text-decoration: none;">cionamos. Para a maioria dos imigrantes, a prática se encarregou de</ins></div></td></tr>
<tr><td colspan="2"> </td><td class='diff-marker'>+</td><td style="color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #a3d3ff; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div><ins style="font-weight: bold; text-decoration: none;">destruir a imagem da romântica Schlaraffenleben descrita na propa-</ins></div></td></tr>
<tr><td colspan="2"> </td><td class='diff-marker'>+</td><td style="color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #a3d3ff; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div><ins style="font-weight: bold; text-decoration: none;">ganda oficiaL A adaptaçãow foi difícil e a colonização só teve êxito</ins></div></td></tr>
<tr><td colspan="2"> </td><td class='diff-marker'>+</td><td style="color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #a3d3ff; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div><ins style="font-weight: bold; text-decoration: none;">graças ao trabalho árduo e desgastante dos colonos e não exclusiva-</ins></div></td></tr>
<tr><td colspan="2"> </td><td class='diff-marker'>+</td><td style="color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #a3d3ff; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div><ins style="font-weight: bold; text-decoration: none;">mente por causa da natureza exuberante e da boa qualidade das terras.</ins></div></td></tr>
<tr><td class='diff-marker'> </td><td style="background-color: #f8f9fa; color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #eaecf0; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"></td><td class='diff-marker'> </td><td style="background-color: #f8f9fa; color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #eaecf0; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"></td></tr>
<tr><td class='diff-marker'> </td><td style="background-color: #f8f9fa; color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #eaecf0; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div>*Publicado originalmente na [[Revista Notícias de Vicente Só - número 006|Revista Notícias de Vicente Só n. 06]] páginas 38 a 42. Acervo da [[Sociedade Amigos de Brusque|Casa de Brusque]]</div></td><td class='diff-marker'> </td><td style="background-color: #f8f9fa; color: #202122; font-size: 88%; border-style: solid; border-width: 1px 1px 1px 4px; border-radius: 0.33em; border-color: #eaecf0; vertical-align: top; white-space: pre-wrap;"><div>*Publicado originalmente na [[Revista Notícias de Vicente Só - número 006|Revista Notícias de Vicente Só n. 06]] páginas 38 a 42. Acervo da [[Sociedade Amigos de Brusque|Casa de Brusque]]</div></td></tr>
</table>Alicashttps://enciclopedia.brusque.sc.gov.br/index.php?title=Giralda_Seyferth_-_De_Bauer_a_Colono&diff=14436&oldid=prevAlicas: Criou página com '*Giralda Seyferth Ê Os imígrantesx alemães que chegaram ao vale do Itajaí_miñm a partir de meados do século passado para, como colonos, povoarem es- ta região, precisaram…'2020-03-02T19:46:31Z<p>Criou página com '*Giralda Seyferth Ê Os imígrantesx alemães que chegaram ao vale do Itajaí_miñm a partir de meados do século passado para, como colonos, povoarem es- ta região, precisaram…'</p>
<p><b>Página nova</b></p><div>*Giralda Seyferth<br />
<br />
Ê Os imígrantesx alemães que chegaram ao vale do Itajaí_miñm a<br />
partir de meados do século passado para, como colonos, povoarem es-<br />
ta região, precisaram se adaptar às novas condições impostas por um<br />
\ meio ambiente inteiramente diferente do seu país de origem. Estes<br />
W imigrantes, na sua grande maioria, eram camponeses, o que significa_<br />
va que continuariam nc Brasil a realizar o mesmo tipo de atividade<br />
; que haviam exercido na Alemanhaz o cultivo da terra. Não puderam,<br />
contudo, utilízar aqui os seus métodos tradicionais de cultivo, nem<br />
; os cereais que habitualmente plantavam na sua terra natal, ou mes-<br />
._ 33 _<br />
<br />
mo sua alimentação cotidiana. enfim, precisaram modifícar profun-<br />
damente o seu modo de vída. As circunstâncias que transformaram 0<br />
camponês (Bauer) alemão em colono íoram díversas, e muitas as d'1- ;<br />
ficuldades enfrentadas na sua adaptação a uma regiào despovoada, 1<br />
de clima sub-tr0pica1 e aínda coberta de floresta virgem. Pelo me_ _ ¡<br />
nos quatro aspectos devem ser apontados como os mais significativosz ;<br />
1) os problemas gerados pela desorganização do sistema de colo- *<br />
nização; 2) a adaptação aos novos métodos de cultivar a terra; 3) a<br />
adaptação a um novo típo de alímentação e 4) os problemas prov0-<br />
cados pelas doenças, algumas delas desconhecidas pelos imígrantes. w<br />
Os relatázríos dos díretores da antiga colônia Brusque - especialmen-<br />
te os do Barão von Scneéburg, prolixos e minucíosos - alérn de a1-<br />
guns depoímentos prestados por velhos colonos, são as melhores fonrz \<br />
tes de informação acerca do assunto aqui abordado.<br />
<br />
0 primeiro aspecto está diretamente ligado à adminístração _<br />
da colôniaz Brusque era uma colônia oficia1, portanto subordínada ao<br />
governo províncial de Santa Catarína. Os problemas maís sérios que<br />
os imigrantes recém_›estabe1ecidos enfrentaram, dependiam de solu-<br />
ções que não podiam ser dadas pela administração local e cuja res-<br />
ponsabílídade cabia a uma polítíca de colonízação ímprovisada e com<br />
falta de verbas crônica. Sob ewexte prisma, os sucessivos relatórios dos<br />
diretores sãow significativos _ especialmente nas partes em que soli-<br />
citam providências para solucionar as dificuldades. Eis algumas delas,<br />
<br />
_ enfrentadas em conjunto pelos imigrantes e a administraçãoz<br />
__ A demarcação dos lotes não havia sido realizada adequada-<br />
mente e com antecedência. Muitos imigrantes tiveram de esperar pe-<br />
las suas terras durante muitos meses no galpão a eles destinado na<br />
sede da colônia. 0 Relatório de 1864, por exemplo, assinala as dificulJ<br />
dades na demarcação dos lotes e linhas coloniais dentro da floresta<br />
_ pela segunda vez _ já que os marcos deíxados pelo agrimensor na<br />
prímeira medição não foram maís encontrados. Isto, pelo menos, su-<br />
gere a existência de mais de uma demarcação de terras, possivelrnerL<br />
te motivada pela desorganização do serviç0. Ainda neste mesmo re-<br />
1atório, o diretor reclama do transporte dos pertences dos imigran- W<br />
tes até suas terrasz como a admínistração não tinha animaís de carga<br />
suficientes, os novos colonos fícavam muito tempo esperando ou de-<br />
pendíam de aproveitadores que alugavam animais a preços exorbi-<br />
tantes.<br />
<br />
Outros problemas, que parecem ter sido crônicos, são constan-. I<br />
temente assínaladosz a falta de recursos para abertura e conservação 1<br />
de picadas, pontes e caminhos colzoniais. para a ínstalação de escolasg [<br />
de uma farmácia, de capelas, para pagamento de professores, médi-<br />
cos e auxiliares da adminístração. Além disso, os subsídíos para pa_ \<br />
gar os colonos até que pudessem víver apenas do seu trabalho agríco-<br />
la eram insufícientes, a remuneração pelos serviços públicos presta- ]<br />
dos pelos colonos era precária e não havía recursos para fazer frente :<br />
aos estragos causados pelas constantes enchentes do río ItajaLmirím \<br />
<br />
- 39 -- \<br />
' \<br />
\<br />
E, entre outras reinvindicações menores, tanto os relatórios como um<br />
abaiX0-assínado (contendo 182 assinaturas dew colonos), pedem uma<br />
comunilcação por terra com a vila de Itajaí. Temos aí a dímensão<br />
exata das provações que os camponeses alemães víeram enfrentar du-<br />
rante os primeiros anos de colonização. Sem recursos, obrígados a es-<br />
perar meses por um pedaço de terra que afinal iam pagar, recebendo<br />
péssíma remuneração pelo duro trabalho de abrír camínhos na f10v.<br />
resta, sem myédico ou hospitaL e dependendo de uma farmácia. precá~<br />
ria para fazer frente a doenças desconhecídas - o primeíro contato<br />
com o meio brasileiro não foí muito favoráve1. Eiles foram se trans~<br />
formando em «colonos da maneira mais dura .<br />
<br />
Se, por um 1ado, a burocracia governamental e a falta de ver-<br />
bas para a colonízação co-nstituíam um problema grave, por outro<br />
1a.do, a organização do trabalho agrícola sob novas bases foí o teste<br />
mais difícíl e também o mais problemático, uma vez que os imígran-<br />
tes alemães adotaram uma técnica de cultivo das maís predatórias<br />
que existemz a coivara (ou derrubada-\queimada), comum no meio<br />
rural brasileiro que, com propüedade, foi chamada pelos alemães de<br />
Raubbau (agricultura de rapina). A adequação a este método de cu1-<br />
tivar a terra foi provavelmente ínevitável em face da floresta. O insu_<br />
cesso do cultivo de cereais europeus (como cevada, trígo, centeío e<br />
aveia>, por sua vez, determinou a utílização de plantas nativas como<br />
o aipim, a batata-doce, a cana de açucar, etc. Os relatórios do Barão<br />
von Schneéburg são elucêdativos a este respeitoz na colônía Brusque<br />
existiam poucos cavalos e nãohavía arados; as sementes de trígo,<br />
cânhamo e centeio apodreciam no solo ou eram destruidas pelos pás-<br />
<br />
w saros e insetos; a queima do mato çara preparar a terra paral o plam<br />
í tio tornouse necessária e a enxada e o machado passaram a ser os<br />
principais utensilios agrícoias (q1mnd›0 na Alemanha se utílzizavam<br />
w mais do arado de tração animal). O trabalho agricola foí árduo e<br />
pouco compensador nesse início de colonização, pois além das difi~<br />
culdades de adaptação às novas condíções surgiram outros problemas<br />
Ê não menos grave. Von Schneéburg faz constantes referências às en-<br />
Wl chentes (solicita.n-do ptovidências das autoridades no sentido de 1ibe-<br />
ração de verbas para limpar e retificar ribeírões a fim de diminuir o<br />
transbordamentoL às geadas, a pragas de ratos que passam os rios e<br />
ríbeírões transmigrando do sul para o norte, aos insetos, especíalmen-<br />
1 te as lagartas, a nuvens de pássaros pretos, etc. - tudo contribuín-<br />
do para destruir as plantações. Resumivndo, o habitat sub-tropica1 não<br />
1 permitiu o cultivo da terra nos moldes conhecidos pelos alemães no<br />
seu país de origem. Houve não só o fracasso com as plantações de cev<br />
reais e da batata conhecida com “ínglesa“, como também a floresvta<br />
'\ densa e a técnica da coivara impediam a utilízação racional do arad0.<br />
Pode ser acrescentada, ainda, a dificuldade adícíonal de obter animais<br />
de tração - poucos e trazidos de Lages por preçcs excessivamente<br />
altos.<br />
À parte os problemas maís séríos lígados à agricultura, deve<br />
_ 40 _<br />
<br />
<br />
*Publicado originalmente na [[Revista Notícias de Vicente Só - número 006|Revista Notícias de Vicente Só n. 06]] páginas 38 a 42. Acervo da [[Sociedade Amigos de Brusque|Casa de Brusque]]<br />
<br />
[[Ficheiro:Casa_de_Brusque.jpg|450 px|Casa de Brusque|Casa de Brusque]]<br />
[[Categoria:Notícias de Vicente Só|6]]</div>Alicas