Entrevista Valdir da Silva Lima - Luiz Gianesini

De Sala Virtual Brusque
Ir para navegaçãoIr para pesquisar
Valdir da Silva Lima1.jpg

VALDIR DA SILVA LIMA, popular Léo da Viola: Filho de Vanderlei da Silva Lima e Sebastiana Vieira Lima; natural de Juiz de Fora/MG, nascido aos 15.03.55. Cônjuge: Benedita Aparecida Lima, uma filha: Eliani, que espera o nascimento de Gustavo para final de julho.

Quando e como surgiu a musicalidade?

Valdir da Silva Lima2.jpg

Aos 9 anos via o mano Arquimedes - mais conhecido como Pretinho, compositor de músicas raízes – cantar e, aos 10 anos eu já cantava e apresentava meia hora de Programa diário -Hora Sertaneja – na Rádio PRB3 de Juiz de Fora.

O grande pulo?

Valdir da Silva Lima3.jpg

Aos 17 anos fomos para São Paulo, tendo me apresentado nos Programas: Carlos Aguiar, na TV Gazeta, Almoço com as Estrelas –Airton e Lolita, na TV Tupi, Hebe Camargo, na TV Bandeirantes, Viola, minha viola, Enezita Barroso, na TV Cultura. Em 1980, participamos da MPB, na TV Globo com a música “Que terreiro é esse?”, em que puxei o solo da música, juntamente com a Orquestra da Globo –participamos: Tony Lima e Marcelino –Léo Lima e, Pena Branca e Xavantino. Na época, surgiram: Osvaldo Montenegro, Diana Pequene e Renato Teixeira. Aqui, vale ressaltar, a amizade que firmei com Cadum Moliterno. Aí veio o primeiro contrato, com a duração de dois anos, com a TV Record, no Canta Viola de Geraldo Meirelles – veja foto- oportunidade em que, também, se apresentavam: Liu e Léo, Tonico e Tinoco, Irmãs Galvãs, Tião Carreiro e Pardinho e da geração atual: Chitãozinho e Xororó.

Como surgiu o ‘marcelito” e, agora o “Léo da Viola”?

Valdir da Silva Lima4.jpg

Na primeira gravação era a Dupla Toninho e Marcelo, com o surgimento do trio: Mauro, Marcelo e Peganine, surge o apelido de Marcelito. Mais tarde, com a vinda para Brusque, João Miranda, em 94, na campanha do Ciro, designo-me como o Léo da Viola, assim acabei adotando os dois apelidos.

Primeiro trabalho musical?

Valdir da Silva Lima5.jpg

Foi em disco de vinil: Canta Viola, dupla Tony Lima e Marcelito. O carro-chefe do trabalho foram as músicas: “Faixa Preta” e “Festa no Cemitério”. Ritmo encontrado nesse trabalho: Pagode, Cururu, Cateretê, Rasqueado e Moda da Viola. Na sequência, veio um disco misto: “ Fé Sertaneja” – gravadora Rodeio Warner; músicas destaques: “Romaria” e “Duas mães”. Seguindo, veio o segundo disco em vinil: “Eu e o Sabiá” – os pagodeiros do Brasil, cuja música carro-chefe foi “ Moço Pacato”. Posteriormente, foi gravado com Tonico e Tinoco – Orquestra da Viola, a qual eu puxava. Seguindo, veio outro disco só da orquestra, na qual, fui o solista principal e ainda, outro lançamento : homenagem ao compositor Fusco Neto, com o trabalho “Viva e Deixe Viver”, também, no ritmo de Pagode.

Nunca pensou em introduzir músicas românticas?

Sim, no trabalho com outro parceiro, João Carreiro – e Marcelito, ou seja, Léo da Viola, na mesma linha de ritmo, todavia com a introdução de três a quatro músicas românticas. Foi nesse trabalho que conheci “Nhô Chico”, autor de caboclo na cidade. O pai de Donizete – ganhou o Festival no México com a música Galopeira. Craveiro e Cravinho, César e Paulinho, Daniel e o saudoso João Paulo.

As apresentações são em dupla ou solo? Quem faz a primeira e a segunda voz?

As apresentações são tanto em dupla, como em solo. A primeira voz é do Tony Lima, a segunda é minha. Mas, faço também a primeira voz.

Como ocorreram as gravações? Teve apoio?

O primeiro disco foi contribuição de Pretinho. Ele arcou com todas as despesas da gravação. Todos os outros lançamentos resultaram de contratos com gravadoras.

Como surgiu o primeiro CD?

O primeiro e o segundo disco de vinil constitui o primeiro CD, em dupla com Tony Lima.

Já pensou em lançar o segundo CD? Que ritmos predominam nas músicas do segundinho?

Está com a matriz pronta, faltando apenas a prensagem, as músicas seguem o ritmo: valsa, rasqueado, pagode, rancheira, chula, vanerão, polca e xote. O título é Solos de Viola. As músicas são todas em homenagem a alguma cidade brasileira, tais como: Porto Alegre, São Paulo, Novo Horizonte/SP, Mato Grosso, Piracicaba, Guabiruba, Juiz de Fora – minha terra natal – esta música está pegando como menino dos olhos de Minas e, como não poderia faltar: Brusque.

O que lembra com carinho de sua vida artística?

Nos idos de 90, no Festival de Barreto, recebi o Prêmio Recital da Viola, como o terceiro violeiro do país – junto com Gedeon da Viola.

Shows?

Acompanhando Tonico e Tinoco, junto com o Chitãozinho e Xororó, Renato Teixeira, Enezita Barroso , Liu e Léo

Cinema?

Atuei em dois filmes: uma participação especial na trilha sonora do filme: “As Pipas”, e atuei como ator no filme: “Motorista do fuscão preto”, até contribui, decisivamente, na escolha do nome do filme.

Estúdios?

Mais de 100 gravações em disco de vinil – sempre na viola e no violão base.

Alguma revista de renome nacional ou jornal comentou sobre alguma de suas apresentações?

A Revista Moda e Viola, no artigo intitulado Canta Viola: Geraldo Meirelles apresentou uma grandiosa festa sertaneja, com Saracura, Liu e Léu, Duo Guarujá,Tony Lima e Marcelito, popular Léo da Viola, Os Gladiadores e outros grandes astros, todos delirantemente aplaudidos pelo público, que lotava, por completo, o ginásio

Referências

  • Matéria publicada em "A VOZ DE BRUSQUE" aos 04 de agosto de 2002.