Mudanças entre as edições de "Entrevista Sebastião Neri Hermes - Luiz Gianesini"

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O entrevistado da semana, Sebastião Neri Hermes, filho dos saudosos Pedro Firmino Hermes e Julieta Zanchett; natural de Abdom Batista,Campos Novos, aos 20/01/55. Cônjuge Nelci Raittz (in memoriam); três filhos: Gabriel, Rafael, Michelangelo Samuel. Chefe Operacional junto à Fundação Municipal de Esportes. Torce para: Grêmio Portalegrense
 
O entrevistado da semana, Sebastião Neri Hermes, filho dos saudosos Pedro Firmino Hermes e Julieta Zanchett; natural de Abdom Batista,Campos Novos, aos 20/01/55. Cônjuge Nelci Raittz (in memoriam); três filhos: Gabriel, Rafael, Michelangelo Samuel. Chefe Operacional junto à Fundação Municipal de Esportes. Torce para: Grêmio Portalegrense
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Tenho pouca lembranças pois não existia televisão, sem influencias, lembro que uma manhã quando acordei fui na cozinha papai e mamãe tomando chimarrão ao redor do fogão, me abraçou perguntando se eu queria ser padre, respondi que sim, ele retrucou: “tá bom...”, eu sai feliz da vida, fui no terreiro trepei na mecheira rezava e cantava... isso passou...
 
Tenho pouca lembranças pois não existia televisão, sem influencias, lembro que uma manhã quando acordei fui na cozinha papai e mamãe tomando chimarrão ao redor do fogão, me abraçou perguntando se eu queria ser padre, respondi que sim, ele retrucou: “tá bom...”, eu sai feliz da vida, fui no terreiro trepei na mecheira rezava e cantava... isso passou...
  
'''Como foi sua Juventude? O que você mais gostava de fazer para se divertir?'''
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Muito simples, poucas opções: Jogar bola, dançar, baile e matines, festas de igreja...
 
Muito simples, poucas opções: Jogar bola, dançar, baile e matines, festas de igreja...
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Tinha facilidade na matemática e encontrava dificuldade no Português.
 
Tinha facilidade na matemática e encontrava dificuldade no Português.
  
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Futebol, correr, pular, jogar bolinha de gude, caçar passarinho com estilingue (popular funda), e pescar.
 
Futebol, correr, pular, jogar bolinha de gude, caçar passarinho com estilingue (popular funda), e pescar.

Edição das 13h08min de 1 de fevereiro de 2013

Nosso entrevistado Sebastião Neri Hermes, com os filhos.

SEBASTIÃO NERI HERMES

O entrevistado da semana, Sebastião Neri Hermes, filho dos saudosos Pedro Firmino Hermes e Julieta Zanchett; natural de Abdom Batista,Campos Novos, aos 20/01/55. Cônjuge Nelci Raittz (in memoriam); três filhos: Gabriel, Rafael, Michelangelo Samuel. Chefe Operacional junto à Fundação Municipal de Esportes. Torce para: Grêmio Portalegrense

Quais são as lembranças que você tem da sua infância ?

Os brinquedos inventados por nós mesmos, jogar bola … estudar e rezar com luz de vela e de lampião à querosene, buscar o boi de canga no potreiro; no forte frio de inverno caminhando á pé no chão sobre a geada e no orvalho, muitas vezes o boi estava deitado no meio do mato, quado levantava nós esquentávamos os pés no esterco, pois estavam congelados... não tínhamos calçado; quando lavrava a terra para plantar o trigo, a terra era quentinha, ir trabalhar para os vizinhos, montado no cavalo, que puxava a carpideira na lipa das plantas (maquina da época...) trabalhava de graça....e ressalte-se, a partir dos 7 anos.

Você tem amigos da infância ainda?

Muitos, a maioria primos do sitio.

O que sente falta da infância?

A Liberdade,”inocência era um mundo sem maldade,uma vida simples do interior ….

Quando você era criança queria ser adulto?

Sim, queria ser igual ao meu Pai

Em que sonhava ser quando era pequeno?

Tenho pouca lembranças pois não existia televisão, sem influencias, lembro que uma manhã quando acordei fui na cozinha papai e mamãe tomando chimarrão ao redor do fogão, me abraçou perguntando se eu queria ser padre, respondi que sim, ele retrucou: “tá bom...”, eu sai feliz da vida, fui no terreiro trepei na mecheira rezava e cantava... isso passou...

Neri no último desfile da Fenarreco (2012).

Como foi sua Juventude? O que você mais gostava de fazer para se divertir?

Muito simples, poucas opções: Jogar bola, dançar, baile e matines, festas de igreja...

Quais eventos mundiais tiveram o maior impacto em sua vida durante a infância e juventude?

A copa do mundo de 70, acompanhava só pelo radio a bateria, ainda ecoa em meus ouvidos a narração da radio Gaucha ...Jairzinho, passa para Pelé … eu tinha 15 anos, estava num torneio de futebol na capela de N. Sª do Rosário, em Anita Garibaldi SC; eu jogava no time de adulto – no ”canarinho dos Hermes”, uma radio enorme ao lado do campo com todo volume, uma emoção total...eu jogava de zagueiro batia com as duas....

Pessoas que influenciaram?

Recebi influências de meus Padrinhos e o do Padre Ary Long e no tempo de Padre, o Pe. Vilson Groh.

Quais escolas frequentou?

Frequentei a Escola Isolada São José em Abdon Batista, só até a quarta série do Primário. Não tive oportunidade de continuar os estudos, como tiveram os demais meus irmãos; desde cedo tive que ir trabalhar na roça; só conseguir retornar aos bancos escolares depois dos 22 anos; nos idos de 1975, fiz um curso de torneiro mecânico no Senai, em Lages. Depois estudei a quinta série no Colégio São Judas Tadeu, também em Lages, todavia, não me sentindo bem no meio das crianças e para não desistir me aconselharam a fazer o supletivo.

Seguiu o conselho?

Sim, então procurei o Colégio Diocesano, fiz o primeiro e o segundo grau, tendo concluído em junho de 1981. Nessa oportunidade, recebi convite para ir no Seminário para me preparar junto aos seminaristas para o vestibular já com a intenção de ser Padre; o Bispo Dom Honorato Piazera me fez esse convite

Aceitou o convite?

Deixei a mecânica para trabalhar de Sacristão com o Padre Ary; fiz o vestibular na área de estudos sociais, na Febe, em Brusque; iniciando em fevereiro de 1982, no Seminário Sefisc, na Nova Brasília.

Algum fato marcante nessa época?

Com o estudo do supletivo cheguei na faculdade com muitas dificuldades, no segundo ano, numa prova final de lógica, o Padre Professor Canísio mandou me retirar, pois na minha carteia ele viu um rascunho, semelhante a uma “cola”, constituindo numa grande injustiça.

Por quê?

Tinha passado a noite estudando para a prova, não havia razão para ir com “cola” submeter-me a prova; vim para casa com uma decisão queria ser Padre, mas não iria voltar para essa faculdade; peguei na biblioteca, o livro das confissões de Santo Augustinho e por dois dias trancando no quarto li e meditei, sai a mil e fui falar com o Reitor Professor Orlando Maria Murphy da minha ideia de ir estudar teologia em Florianópolis, ele gostou da minha intenção e disse que iria falar com o Bispo. Convocou todos os Bispos do Regional e debateram sobre as vocações adultas que podiam fazer licenciatura – isso é em dois anos em vez de três, aprovaram e oficializaram; têm muitos colegas que foram beneficiados diante disso, só que eu até hoje não oficializei a minha faculdade, minha intenção primeira em voltar a Brusque em 2008, também para isso, ideia que ainda permanece viva.

Como era a escola quando cursou o Primário?

Muito simples, minha prima era professora – Terezinha Hermes – e as aulas eram lecionadas na casa do pai da professora. No frio do inverno, estudávamos ao redor do fogo de chão; gostava de no caminho da escola ir à pé, no chão, quebrando gelos das poças d'água que congelavam com a geada que pareciam vidro; no recreio jogava bola de borracha, que ficava as marcas nos pés, tenho até hoje, o dedinho destroncado, que incomoda até no calçado - que para não apanhar não contei para os meus pais que machuquei

Quais eram suas piores e melhores matérias?

Tinha facilidade na matemática e encontrava dificuldade no Português.

Neri.

Atividades de que mais gostava?

Futebol, correr, pular, jogar bolinha de gude, caçar passarinho com estilingue (popular funda), e pescar.

Como surgiu a religiosidade em sua história de vida?

Já comentei, mas o ambiente familiar, pai muito religioso...

Quanto tempo permaneceu como Padre?

Durante 13 anos. Sendo os dois primeiros anos em Lages, na popular Igreja Nossa Senhora das Graças e depois, onze anos em Campo Belo do Sul

Qual a parábola que você mais gostou de ilustrar nas homílias?

Todas na verdade são fantásticas, mas a que mais me identifico é a do semeador, por ser filho de agricultor por 20 anos nessa lida - o mistério muito grande e profundo... sempre me inquieto: Jesus, faz você ser terra, semente, semeador...

Um homília, para ser cativante deve ser preparada?

Com certeza, muitas vezes ficava tempo meditando, preparando – sermão – me empolgava... não fui mal... virava moralismo. Não tinha espaço para o “Espírito Santo”, fazia, por escrito, na prática saia outra coisa, ouvia comentários... puxa o Padre hoje estava inspirado, eu gostava muito, ver gestos, sinais, pequenos detalhes... fazia ligações... questionava …

Algum aprimoramento bíblico, enquanto sacerdote?

Fiz o curso do CEBI – releitura da Bíblia nos 4 anos de férias - 40 dias, janeiro/fevereiro, e 20 dias em julho, isso me ajudou muito, já era Padre por dois anos, estuda o texto, o contexto e atualizava... assim foi a releitura de toda Bíblia e fazendo relatório....

Já motivou alguma campanha?

Certa feita, motivei uma campanha de alimentos para a próxima missa; um “menino de rua”, apareceu na casa paroquial, antes de eu ir para a Igreja celebrar: 100 gramas de farinha de milho para a campanha; fiz dele um coroinha, pelo milagre do seu engajamento, sacudiu o povo com seu gesto – que pecado dois anos depois faleceu atropelado! contudo, comoveu-nos!

Qual o maior desafio que enfrentou?

Em assumir quando o convite era sumir. Minha decisão foi deixar o trabalho para Igreja instituição, o juramento que fiz e seguir a missão, quando fui ordenado Padre, ou seja, de defender a vida, que é a causa de Jesus Cristo, pois o celibato não é maior do que o sacramento, o celibato é uma lei da Igreja e isso se perde, também, outro desafio foi de colocar em prática a missão que eu escolhi ao ser ordenado Padre: de fazer o bem diante de uma sociedade injusta, sem ética; antes, durante e depois de ser Padre, sacramento permanece para sempre, meu desejo ainda é ser Padre...

Algum motivo especial para abandonar a batina?

Romance amoroso por seis anos, a mulher trabalhava na casa paroquial, nossa convivência era mais do que irmãos, isso virou amor definitivo...

Aconteceu antes de largar a batina? Como enfrentou a situação?

Sim aconteceu antes quando ainda era Sacerdote. Enfrentei a situação de frente e com isso o pessoal que ficou, inicialmente, contra, depois, aprovou eu ter assumido a paternidade e oficializar a união com Nelci. Esse ato resultou no nascimento dos gêmeos: Gabriel e Rafael.

Houve alguma injustiça?

Tive algumas injustiças mas foi quando era vereador.

Vereador?

Sim, na legislatura 2004/08, em Campo Belo do Sul.

Fato marcante da passagem pela Câmara de Vereadores?

Fato marcante e crucial: na região foi implantada muitas barragens, um movimento muito grande de reassentados no Município; o impacto das culturas foi inevitável... Minha própria família foi atingida um motivo maior para me envolver, os embates na Câmara de vereadores não tinham como ser evitados, era eu contra oito. Campo Belo do Sul, município com grande latifúndio, terras improdutivas, caíram nas mãos do Incra... com meu trabalho de Padre, por 11 anos ali (e tive por dois anos em Lages), conhecia de canto a canto, virei informante para o Incra, muito tranquilo fornecia as informações solicitadas.... só que sobrou pra mim... Numa decisão da Reforma Agraria, as terras do sogro do ex Prefeito, foram destinadas aos Sem Terra, em 13. 01.2008, os sem terra chegaram na região, tudo recaiu pra mim como “mandante” que era decisão minha, e não da sonegação.

E na sequência?

Eu dizia: “de quem é a culpa?” aonde sou culpado?, mas não teve como evitar...resultando em ameaças de morte para mim e para meu filhos, apedrejaram minha casa...não podia mais andar na rua tranquilo, olha foi um ano para jamais esquecer; ai me “mudei de novo, mas não mudo”.

Teve alguém que levantou a mão por você?

Um certo dia o empresario, Sr. Emílio, meu amigo – inclusive, o Emílio me financiou duas viagens para Congressos em Brasília - numa das visitas que fez em minha casa observou meu sofrimento, e disse-me:” Neri por que você não volta ser Padre?...na Politica, os políticos não tem ética”. Refleti e aceitei o conselho desse grande amigo; pensei em Brusque – isso foi em 02.12.08 - Voltei no Sefisc, deixei, meu currículo para o Paulo Roberto Eccel, que já estava eleito, conheci-o quando era Deputado, muitos de seus projetos levei .... Voltei de mudança dia 29.12.08, participei de todo inicio do mandato, me inscrevi no teste seletivo, e no dia 03.03.09, fui chamado e,destinado para atuar na área do esporte, creio que sou um dos mais gratos, ao companheiro Paulo, Prefeito, por tudo. Hoje olho para trás, me alegro por estar aqui, aonde sou valorizado, tenho liberdade de ser eu, sei que mais aprendi do que ensinei, assim vou levando a vida, criando educando meus filhos sempre com ajuda de muitos; por onde vivi e estive, sempre inquieto pela causa da Fé e Vida.... (Prometi; que Não ia mais me envolver com Religião – Pelítica – e Terra...).Hoje já estou super envolvido com o tripé novamente...o “chamado” e a “Missão” não me abandonam... Creio que como o Profeta Jonas, quando penso em estar tranquilo, e querer me acomodar, algo de conflito aparece. É assim que levo a VIDA.

A aplicação do Projeto da “missão de Padre na Política” em Campo Belo do Sul em comparação com Brusque?

Meu desejo como vereador era continuar a “missão de Padre na política”, lá em Campo Belo do Sul não foi possível, estava só, e aqui com o Prefeito Paulo e Farinha o projeto participativo do reino de Deus, defendendo a vida com justiça, combatendo as injustiças e a corrupção levando o cidadão a ser político e não analfabeto político, tenho campo para a semeadura. A política é arte de fazer... fazer e o político deve fazer e comandar sempre atento e prudente , pois o Judas sempre está presente.

Daria para separar o Neri jovem... Neri Padre...Neri Político?

Não da para separar... Neri jovem, Neri padre, Neri politico. Contudo sou um cara 100% desportista.

Já que falou em esportes, como foi sua participação esportiva?

Sempre liderei, um time, no tempo de estudo...era responsável, pelo time tempo mais forte e marcante foi em Floripa; no trabalho de Pastoral, no Morro do Horácio e penitenciaria meu trabalho de Fé e Vida foi através de um time de futebol, que conquistei, todas as famílias, no inicio fui proibido por umas mulheres da capela São João da Agronômica (Neri não vá no Moro do arrisca vida). Eu disse;mas é la que devo ir,conquistei junto com eles o campo do abrigo na beira mar (neste campo fui Ordenado Diácono no dia três de maio de 03.05.87

Como foi a subida ao morro?

Este ato foi pra evitar troca - perda desta área de lazer que era dita como nobre...é só olhar atualmente, o que é ao lado os prédios, que existe,no espaço oferecido em troca... dizia se aceitar sair daqui, vamos ficar sem nada... nestes morros, fizemos um trabalho de legalização do titulo da terra para 900 famílias ...na época do Governo Amim...(foi reservado um chão para Igreja e para o “Padre Neri” assim erá chamado), depois eu e mais três seminaristas de Joinville, no período de férias, construímos uma meia-água (mas no fim o meu Bispo não me liberou morar lá.... Logo depois, deixei com eles este espaço,e houvi um clamor na beira mar ...quando meditava caminhando sobre deixar o serviço no Morro, ouvi uma discussão,me aproximei, foi ali que o apelo de Deus, vai eu te envio... Iniciei um trabalho ali era 16 famílias, com muita briga...um hidrômetro de água para todos (imagine...) não tinha rua, nem iluminação... Enfim iniciei a pastoral ali, formamos associação, Capela... por fim já eram 32 famílias...Hoje existe a Vila Santa Rosa, é mais uma história... é só certificar junto os que hoje lá estão ainda.... Quem saiu dali foi para um lugar adquirido e oficial …

Procurou em algum momento rever sua fé?

Muitas vezes meditei, revendo minha caminhada Fé x Vida, que tudo isto era politica e da boa, como um apaixonado da Teologia da Libertação, companheiro do Padre Vilson Groh, meu Padrinho de Ordenação, que muitas vezes ter ouvido e participado de seminários com Leonado Boff e Clodoviu Boff, Carlos Drea, Frei Beto, Dom Hélder Câmara e tantos outros teólogos,Quando estudei uma carta de Papa Paulo VI que disse; “a forma mais direta de fazer “caridade” é na política”, dizia que na religião há uma boa intenção, mas é “fé” sem obras... Por isso, este meu jeito de ser e viver: defender a vida, estar aonde a vida for ameaçada, nesta linha foi meu trabalho de Padre, com o poder de padre imagine como eram minhas homilias..., atualizava,preparava sim as homilias mas: com Espírito da Bíblia, e os pés na realidade... Lembro de um dia, fui convidado pra celebrar Missa da posse. Eu disse:”só pode participar se for convidado quem não comprou voto e quem não vendeu”, Ele me disse: você tá loco, é disse; não é um crime? Tudo Bem...Só eu sei... o Final desta Celebração...atualizei as leitura...Meu Deus! Até eu me assustei da reação, isso que peguei leve: Reli as leituras e o Evangelho, para não dizerem que eram minhas palavras, mas não deu para evitar... esse mesmo Prefeito, em marco de 2000, me convidou para ser Diretor de esporte, por ser um “Padre atleta”. Organizei um time de futebol jogava, nos idos de 97 participamos da Liga Serrana no amador; em 98 fomos campeões resultando que foi a primeira vez que um time do interior- nos 50 anos de Liga - chega uma conquista inédita.

Você se arrependeu de alguma coisa que disse ou fez?

Não e sim...

Você tem algum ressentimento?

Às vezes, me veem em mente que ao tentar ajudar minha irmã depressiva ter feito alguma coisa que ela não aceitou; ela e eu sofremos muito pois ela tem um mundo de sentimentos e eu outro

Quais os medos que você teve?

De perder os pais e da guerra mundial, pois eram fatos muitos recentes e que os pais rezavam para Deus livrar.

Quais as maiores decepções e alegrias que teve?

Decepção foi perder a minha esposa após três anos (08.02.2003) de convivência; alegrias, foi o nascimento de meus três filhos: Gabriel, Rafael e Michelangelo Samuel.

Grande nomes no esporte, na política, na educação e na saúde?

No esporte, antigamente Rivelino e hoje, Marcelo Cavichiolo; na política, antes Lula, hoje, Paulo Roberto Eccel; na Educação, Paulo Freire; na saúde, minha mãe com seus remédios caseiros.

Quais os pontos positivos da Administração Paulo Roberto Eccel e Evandro de Farias?

Administração popular com total transparência, voltada para os mais necessitados que é a forma do PT governar.

Finalizando, se você fosse recomeçar, faria tudo novamente?

Creio que sim...

Referências

  • Jornal Em Foco. 2013.