Entrevista Max Tertuliano Fischer - Luiz Gianesini

De Sala Virtual Brusque
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Max Tertuliano Fischer.

O entrevistado da semana é o Servidor Público Municipal e Consultor de Empresas (MABBIN Consultoria e Assessoria Empresarial, Max Tertuliano Fischer, nascido em Brusque/SC aos 15 de janeiro de 1979, filho de Norival Fischer e Arlete Fischer, com a qual tem duas filhas, Isadora (sete anos) e Bárbara (quatro anos)

Quais são as memórias dos tempos de criança?

Tínhamos liberdade de correr e brincar nas ruas do bairro que morávamos, além de um contato maior com a natureza, quando tínhamos uma área nativa maior, que hoje encontramos inúmeras construções impostas nestes locais.

Sonho de criança?

Ser juiz de direito e/ou Professor Universitário.

Como foi sua juventude? O que você mais gostava de fazer para se divertir?

Minha juventude ocorreu boa parte em Brusque, e com seu crescimento veio junto um pouco da insegurança que temos hoje, procurando aproveitar o tempo com família, amigos e momentos de leitura e estudos. Neste período ocorriam muitos bailes show que íamos a sociedades, clubes e casas noturna em nossa região, como Sociedade Beneficente, Bandeirante, Santos Dumont. Também incluímos os bares do Duda Belli, Beira Rio e Sete de Ouro, sempre encontrando gente de bem de boas conversas e causos.

Quais eventos mundiais tiveram o maior impacto em sua vida durante a sua infância e juventude?

Ver a inflação controlada no Brasil, a popularização da Internet e a globalização do mercado mundial.

Pessoas que influenciaram?

Meus pais e meus irmãos sempre te envolvem desde o berço, e um pouco de cada das pessoas que passam em nossa vida, seja pelos professores, amigos e colegas de trabalho que acatamos algo em nossa bagagem.

Como era a escola quando você era criança?

Tinha mais disciplina, e respeitávamos a voz dos professores, hoje vimos às crianças com mais direitos do que deveres.

Quais eram suas melhores e piores matérias?

Nos anos iniciais tinha mais atenção àquelas que criaram meu senso crítico, como história, geografia, moral e cívica, além dos cálculos de matemática, evitando sempre química.

De que atividades escolares e esportes você participava?

Sempre gostei de estudar e ainda não parei, me envolvia mais na parte de liderança de classes, núcleos e comissões. Esporte sempre busquei os de raciocínio, o que alguns chamariam de mesa, como dominó, cartas e xadrez.

Qual a sua formação acadêmica e profissional?

Sou Bacharel em Administração de Empresas, além dos Técnicos em Administração, PPCP e Enfermagem. Atualmente estou aguardando nova turma de MBA pela Fundação Getúlio Vargas (curso não concluído).

Histórico escolar?

Primeiro Grau na Escola Básica Municipal Lions Companheiro Oscar Maluche, concluído em 1993, onde tive a primeira professora Janice que leciona atualmente no Honório Miranda, e destaco neste período os Mestres Tereza Clara Riffel, Regina Machado, Osnita “Tita” Kuneski, Rogério Santos Pedroso, Maria Luiza Ghislandi, Elfrida Germer. Segundo Grau Técnico em Administração de Empresas no Colégio Cenecista Honório Miranda, concluído em 1996, destacando os Mestres Mário Roberto Mafra, Maria Aparecida Morelli Belli, Marcos Benhardt, Ari Cesar Zanon. Terceiro Grau no Centro Universitário de Brusque – UNIFEBE, sendo Bacharel em Administração de Empresas, concluído em 2007, destacando os Mestres Günter Lother Perschy (atual reitor), João Batista Adami, João Alexandre Colombi Filho, Ivanir Schroeder, Rosemari Glatz, Rolf Dieter Pantzier, Ademar Kohler.

Fale um pouco de sua trajetória profissional e da sua história de vida?

Iniciei minha vida profissional numa pequena empresa familiar, junto de meus pais e irmãos.

Sempre querendo mais e novos desafios tive a oportunidade de me envolver com áreas de vendas e relacionamentos, onde comercializei inúmeros produtos e serviços em empresas produtoras e de prestação de serviços de nossa região.

Logo veio oportunidade de trabalhar com vendas em Florianópolis, onde atuei por aproximadamente três anos com varejo de alimentos.

A saudade de casa e dos amigos apertou e fui convocado a iniciar minhas funções na Prefeitura de Brusque, junto a Secretaria de Saúde por ter sido aprovado em concurso público anos antes, por aproximadamente seis anos.

Novos desafios foram oportunizados e me desvinculei por quatro anos por Licença sem Vencimentos. Retornei a iniciativa privada na área de vendas pelo nosso país, por Supervisor, Gerente e Diretor de Empresas nas áreas Têxteis e de Alimentos. Iniciei minhas funções com Consultoria um pouco antes de reingressar na Secretaria de Saúde em 2010, podendo assim conciliar tais funções diariamente até a presente.

Para que serve uma consultoria?

Consultor adentra a uma empresa para verificar, auditar e apontar eventuais deslizes de sua administração seja por falta de profissional, experiência dos envolvidos e/ou dúvidas na condução de seus negócios e apontar propostas e sugestões para que a equipe seja instigada a resolvê-los.

Qual o perfil profissional de um consultor?

Conhecimento Técnico e Experiência, Integridade, Discrição e Confidencialidade e Confiança acima de tudo, além do carisma para interagir com a equipe atuante internamente.

Quais as principais áreas de atuação da sua profissão?

Meu foco está na Área Comercial e Administrativa num todo. O processo de vendas pode ter interferência em todos os setores da empresa, podendo ocorrer eventual deslize de um destes e comprometer o relacionamento com seus parceiros comerciais.

Qual é a importância do Capital Humano nas empresas?

Primordial para o sucesso de toda empresa, sendo seus colaboradores o maior bem que esta poderia ter. Toda empresa que valoriza os seus colaboradores conforme sua atuação, o manterá motivado sempre para o bom desempenho de suas funções. Maior êxito tem aquelas que adotam a meritocracia para promoções de cargos e salários de seus colaboradores, seja nas empresas privadas, quanto públicas.

Como vê a questão da formação de mão de obra no mercado?

Em nossa região e muitas outras de nosso país, existem concentração em alguns setores e carência em outros. A maior carência de profissionais em nossa região ocorre principalmente nas áreas de produção e outras de supervisão e coordenação. Com a queda e reduções de muitas empresas em velhos países, vimos muitos profissionais conceituados iniciarem funções em nosso país, seja como gerente e diretores de grandes empresas se estabelecendo por aqui, e outras funções como pilotos de aviões.

Como vê a questão trabalhista no Brasil?

Além da tributária, nossa legislação trabalhista onera demais os custos da empresas quando da manutenção de seus colaboradores, consequentemente o preço final de nossos produtos encarecem podendo dificultar a concorrência com países vizinhos e outros mais longínquos. Vejo com bons olhos as empresas que apostam na remuneração e promoção de cargos pelo bom rendimento de seus colaboradores, provendo méritos àqueles que realmente se comprometem com a causa assumida.

O empregado ingressa na empresa já pensando no seguro desemprego?

Não posso acreditar que um funcionário adentra a uma empresa pensando em sua saída, isso mostra total descomprometimento. Mas, existem casos conhecidos de pessoas que forjam “acordo” com a empresa para serem demitidos. Pelo período do benefício, atuam na informalidade. Não podemos fechar os olhos, e sim denunciar tais atos.

Os programas assistenciais do governo são prejudiciais e acomodam as pessoas na procura de emprego. Como vê esta questão? Sim, nossa Constituição é muito assistencialista, mas isso se deve a reparar as discrepâncias de nossas classes sociais e regiões desprovidas de desenvolvimento rápido como outros. Defendo que deveria existir uma maior contra partida dos assistidos e outros que se beneficiam de programas governamentais e sociais, inclusive os estudantes públicos, devendo estes atuar de forma voluntária empreendidos a ajudar as funções públicas e ONGs como um todo. E também na vinculação educacional de seus descendentes, seja, se estão sendo amparados por algum financiamento público, que se utilize de suas forças para ajudarem na melhoria e crescimento de Nossa Nação.

Algo que você apostou e não deu certo?

Tudo o que assumi, fiz com afinco e dedicação, e nada realizado faria diferente, pois não devemos nos arrepender do que fizemos, mas sim do que poderíamos ter feito.

O que faria se estivesse no inicio da carreira e não teve coragem de fazer?

Talvez um estágio ou trainee numa empresa de nosso estado, como também depois do nascimento de minha primeira filha, desisti por inteiro de uma especialização no velho mundo.

O que você aplica dos grandes educadores, das aprendizagens que teve, no seu dia a dia?

Erros e acertos fazem parte de nosso dia a dia, mas que hoje temos maturidade e experiência para trilhar pelo caminho e/ou resultado correto, por mais estreito que seja.

Esses eventos é que devem ser gravados, pois os erros também o serão, mas estarão sempre em nosso arquivo morto para não haver repetições.

O importante é sempre impor e conduzir bons exemplos, principalmente com minhas filhas e pessoas que amo, pois é frustrante ver pessoas de nosso afeto cometer erros banais e fúteis.

Quais as maiores decepções e alegrias que teve?

Decepções ocorreram por alguns mestres e professores que nos espelhamos e vimos que a realidade da postura é diferente de seus discursos, por isso o cuidado nos bons exemplos e atitudes.

As maiores alegrias foram perceber que me criei num ambiente familiar e de boa educação e cultura de meus pais, além do nascimento de minhas filhas, também, hoje sei onde se encontra o Amor de minha Vida.

Referências

  • Jornal Em Foco. Edição de 24 de abril de 2012.