Entrevista Maurino Casagrande - Luiz Gianesini

De Sala Virtual Brusque
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Carlinhos Burigo, Jairzinho ( furacão da copa) e Cazão, nosso entrevistado.

MAURINO CASAGRANDE, popular Cazão: Filho de Ivo Casagrande e Alice Pacheco Casagrande; nascido em Brusque aos 27.01.56, vive em união estável com Rosana Heil; cinco filhos: Rodrigo, Andreize, Filipe, Mateus e Ivo Casagrande Neto. Diretor Administrativo e Financeiro da Fundação Municipal de Esportes. Torce para o Brusque, Palmeiras e Vasco da Gama.

Nosso entrevistado Maurino Casagrande, popular Cazão

Antes do Brusque torcias para o tricolor ou para o mais querido da Pedro Werner?

Antes eu era Paysanduano até embaixo d’água.

Como surgiu o apelido de Cazão?

Foi já na infância, os amigos começaram a chamar de Cazão e ficou até hoje.

Como conheceste a Rosana?

Conheci a Rosana em um bingo do Bruscão, na Sociedade Caça e Tiro Araújo Brusque, mas naquela oportunidade, não tivemos a oportunidade de conversar, depois, mais tarde, nas noites de Brusque começamos a sair juntos e já fazem 12 anos que juntamos os trapos.

O que sonhavas ser quando criança?

Nasci no Maluche e vivi uns quatro anos na rua da Sociedade Beneficente, depois minha família mudou-se para a rua Nova Trento, onde vivi até aos 40 anos de idade e, naquela época de criança, qualquer lugar era bom para jogar uma bolinha, mas o meu sonho era ser motorista de caminhão.

Pessoas que te influenciaram?

Moram ainda na rua Nova Trento, alguns membros da família Sartori, que era uma família grande e tinha um genro da família que tinha um caminhão alfa-romeo; quando ele manobrava e estacionava eu achava aquilo o máximo, talvez essa influência que tive.

Primeiro/a professor/a?

Minha primeira professora foi Salete da Silva

Grandes professores?

Rocy da Luz (in memoriam), Benta Vanolli (in memoriam) e Dona Ivani ( Padre Lux)

Fale sobre sua atuação no esporte

Na juventude sempre joguei futebol. Atuei – em quase todas as equipes amadoras de Brusque – Cedrense, Floresta, Santa Luzia, Sete de Setembro (Zantão), São Paulo, Carlos Renaux, Brilhante, Boa Parada. Participei de inúmeros campeonatos na S.E. Bandeirante.Joquei por uns dez anos no veterano do Brusque e estou há 17 anos na Diretoria do Brusque F.C, aonde tive a satisfação de presidi-lo e 2002.

Em que posição atuavas?

Iniciei como zagueiro central e, no fina de carreira passei a atuar como centroavante.

Grandes dirigentes?

Zunino (Avai), Prisco Paraíso (Figueirense), Gerard Nelson Appel (Paysandu), João Paulo Carlos Renaux).

Grandes treinadores?

A nível nacional: Muricy Ramalho, Felipão, Tele Santana (in memoriam), Vanderlei Luxemburgo e a nível local: Ernani Bela Cruz (Floresta) e Tekinha – o alfaiate (São Paulo-Rua Azambuja)

Grandes nomes no esporte em geral?

Zurico no basquetebol, Ricardo Vianna Hoffmann (dirigente do Brusque), Danilo Rezini e o Boing no bolão –bola 16.

Grandes árbitros?

Oscar Roberto Godói e Arnaldo Cézar Coelho

O maior atleta que viste atuar?

Jairzinho, furacão da Copa de 70. Registre-se que tive oportunidade de atuar contra ele, no futebol soçaite, no Rio de Janeiro.

Grandes atletas que viste atuar?

A nível nacional e internacional: Edson Arantes do Nascimento, popular Pelé, Ademir da Guia, Messi, Kaka, Neyma; a nível local: Ziza, Toninho Sestren, Ayone, Beto Casagrande entre outros.

Qual a melhor partida que assististe, indo ao campo ?

Foi a final do Catarinense entre Avai e Chapecoense em Florianópolis.

Teria lugar para o C. A. Carlos Renaux e para o C.E. Paysandu?

O futebol profissional, hoje, ficou muito caro. Para montar uma estrutura com alojamento, alimentação, documentação de atletas, viagens, arbitragens, cozinheiras, plantel, comissão técnica e outros, no mínimo importa num montante de cinqüenta mil reais mensais. Agora, vejam minha opinião, deveria sim haver uma união saudável entre as diretorias, aí sim. Um faz o social, o outro, a base e o outro o profissional. Com certeza, seríamos fortes para poder pensar num campeonato brasileiro, já que o nosso Prefeito Paulo Roberto Eccel está certo de que vai sair a Vila Olímpica.]

O que está faltando para o Brusque deslanchar?

O Brusque precisa de uma gestão que pense em estruturar o clube financeiramente. Vejo nós ganharmos títulos, vejo nós cairmos para a segunda divisão e isso acontece porque, um ano tem patrocínio e outro ano não tem. Isso ocorre porque quem patrocina são quase sempre as mesmas empresas, às vezes, nem é foco delas, mas patrocinam para ajudar. O time da cidade, o Brusque, necessita de uma receita mensal garantida para termos futebol durante o ano inteiro. Então, no meu ponto de vista, precisamos motivar o torcedor, que é nosso patrimônio maior, e ressalte-se é uma torcida apaixonada e, então, como fonte de renda, fazer uma carteira de uns dois a três mil sócios-torcedores para poder, pelo menos, manter o clube em evidência e tocando as categorias de base, que hoje é essencial para um time profissional

Uma palhinha sobre a vida profissional

Quando pequeno, entre nove a dez anos de idade, vendia picolé, laranja, abacaxi, nas casas para auxiliar meu pai, depois comecei a bater tapete; aos catorze anos fui registrado na Tapeçaria do Beto Rosin; aos dezesseis, ingressei na Fábrica de Tecidos Carlos Renaux, como carregador de espulas; aos dezoito fui servir à Pátria, no 23 BI, Blumenau, lá, como premiação, fiz um curso de torneiro e retornei, após terminar o compromisso com o exército, retornei à Renaux. Nessa oportunidade, já na função de torneiro. Trabalhei em duas oportunidades na Renaux, fui para a Buettner, Fundição Hércules. Em 1984, fundamos a Metalúrgica Wilke (quando fui sócio), permanecendo até 1993; depois entrei em sociedade com meu irmão no ramo de comércio. Em 1997, entrei no Brusque F.C. – na época com o Ricardo Vianna Hoffmann – onde estou até hoje. Atualmente, também, ocupo uma Diretoria da Fundação Municipal de Brusque

Referências

  • Entrevista publicada no Jornal Em Foco em 15 de março de 2013.