Entrevista Maria Salete Uller - Luiz Gianesini

De Sala Virtual Brusque
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Léca.

MARIA SALETE ULLER, popular Léca: Filha de Orlando e Maria Matias Uller; natural de Brusque, nascida aos 11.05.64, solteira; são em nove irmãos: Vilmar, Osnildo, Ademir, Ivo, Arlindo, Orlando Filho, Carlito, Aparecida de Cássia e Maria Salete. Assistente Social. Integra o Conselho Municipal de Educação; Voluntária na Rede Feminina de combate ao Câncer e faz trabalhos voluntários com várias entidades de Brusque e região. Atualmente fazendo Pós em Gestão Organizacional.

Um resumo da vida profissional

Entre César Souza e Denise.

Aos 10 anos iniciei no Supermercado, para ajudar meu pai e minha mãe que estavam doentes, depois passei para balconista em lojas. No governo Amim, com a primeira Dama estadual – a Angela - iniciei no Pró-Criança, na gestão do Bonatelli; o Pró-Criança passou a ser municipal e vim para cá. Na gestão do Ciro/Heraldo submeti ao certame público, na área educativa, obtendo aprovação.

Quais as atribuições na Secretaria da Cidadania e Assistência Social?

Campanha do Milinha.

Sou voluntária. Sempre que a primeira Dama pede auxílio estou pronta para atendê-la.

Como foi a campanha para vereadora? Quantos votos obteve? Em quantos pleitos eleitorais disputou uma vaga na Casa Legislativa?

Segurando Marina, netinha do Ciro (Filha de Victor Hugo e Monique).

Por volta de 1983, participei da primeira disputa por uma vaga no legislativo; fiz campanha de bicicleta, registre-se fui a segunda mulher a tentar uma cadeira na Casa Legislativa, obtendo 70 votos. Em 1988, já melhor preparada, todavia aconteceu a transferência de votos em virtude da confusão Néca e Léca, ficando com apenas 58 votos. Com certeza foi utilizado meu nome para a outra candidata. Motivada por tal acontecimento jamais serei candidata a vereadora. Somente serei candidata a Vice ou a Prefeita.

O que é necessário para uma boa campanha política?

Com o Governador Luiz Henrique da Silveira.

Organização, atitude, seriedade com o eleitor e conhecimento do círculo que você está inserido, evitando ser usado para beneficiar terceiros, alheios ao contexto.

Trabalhou para a campanha do Milinha? O que faltou para Elegê-lo?

Com Zilda Arns.

Sim, trabalhei como apoio na estrutura da campanha de vereador do Danilo Rezini com sucesso, quando ultrapassou os 900 votos; trabalhei como Coordenadora Política na campanha da Paulina, quando dobrou a votação em relação aos pleitos anteriores – ambos na terceira legislatura – e, no penúltimo certame trabalhei para o Milinha. O que faltou para Elegê-lo? Foi na votação dentro de Itajaí, quando fomos surpreendidos pelo efeito PT-Lula, com o descarrego dos votos em Volnei Morastoni. Saliente-se fora de Itajaí as perspectivas e a previsão de votos foram atingidas.

Como surgiu a idéia para manter uma coluna em “A Tribuna”?

Sempre gostei de escrever... de expressar o que sinto... não consigo ficar omissa... tenho que repassar o que sinto. Escrevia alguns tópicos sobre o cotidiano, no plano pessoal e coletivo, e mostrei alguns deles ao Holmes Brasil e ele gostou e estamos semanalmente escrevendo.

Holmes Brasil?

Considero um pai e amigo.

Como busca a inspiração para os artigos semanais?

Os fatos acontecem rapidamente, cidade politizada... desenvolvimento... não faltando assunto para escrever... a todo momento surgem fatos que necessitam ser debatidos ... implicando em uma esteira de conteúdos a disposição da criatividade.

Alem do artigo “ Que governo queremos?”. Quais os artigos tiveram maior repercussão?

Entre outros: Depressão - doença da alma, Preservativo e Igreja Católica, Agiotas de Jesus Cristo, Segurança Pública e Prostituição, A importância da solidariedade.

Grandes nomes na imprensa escrita de Brusque?

Vilson Santos (in memoriam), Walter Oliveira, (pela sabedoria e pragmatismo), Danilo Moritz (pela sua formação e sabedoria política), Maria Lydia dos Santos Carturani, Laércio Knihs, entre outros.

Grandes brusquenses?

Os saudosos: José Celso Bonatelli (seriedade) e Carlos Cid Renaux (arquiteto político) e, mais Pilolo, Chico Wehmuth, Hylário Zen (seriedade), Ciro Marcial Roza (idealizador) e Dagomar A. Carneiro (ponderador).

Tem lido a Coluna Dez? O que você acha da Coluna? Vale a pena continuar?

Sim, vale a pena, o resgate da história das pessoas que fizeram e que fazem. Como não valorizar o seu ente passado, no sentido de construir um futuro com parâmetros positivos? O resgate abre o caminho... hoje... passou ...passou...não pode ser assim.

As colunas coloridas estão tendo mais apelo? Ou as colunas bem feitas, apesar de em preto e branco, encontram seu público?

Para aquele cidadão que tem uma visão de obter o conhecimento e uma boa leitura, não é o colorido que fará a diferença. O impacto é o conteúdo, não tanto o colorido, o que vale mais é saber transmitir o que o leitor gosta de ler.

Para os jornais serem mais independentes, não dependerem tanto de verbas governamentais, o que poderia ser sugerido?

Os jornais têm que manterem até um certo ponto a imparcialidade... o povo não é mais bobo, hoje já distingue os fatos... a mídia está infectada por uma certa promiscuidade... um acobertamento, justamente por ausência de imparcialidade. Deve prevalecer a imparcialidade doa a quem doer.

O Brasil tem acerto?

O Brasil tem acerto se realmente os três poderes constituídos – ressalte-se, neste momento caótico, que estamos vivendo – tiverem atitude de fazer a limpeza necessária, que o povo tanto espera e que não tem mais como esconder, a roubalheira é demasiada e se isso não acontecer, num futuro próximo poderemos deparar com uma surpresa: perder até o estado democrático.

Nelson Jobim, Edson Vidigal, Presidentes do STF e STJ, respectivamente, não estão decidindo muito politicamente? Já há saudades do Maurício Correa e do Costa Leite?

O Poder Judiciário há de cumprir seu importante papel, com imparcialidade e destemido... somos cidadãos com direitos de providências a serem decidida e executadas, esperando-se, mormente, deste maior Poder que faça com que, em todas as instâncias, a legislação seja cumprida, sem benevolência e sem jogo de interesses.

Sua paixão no trabalho?

Sou voluntária, fazer o bem ao próximo e estar sempre disponível. Isso é gratificante e a cada dia, quando consigo auxiliar as pessoas, fico mais comprometida e responsável com elas.

Pretensões políticas?

Para as próximas eleições – a nível municipal e estadual – só darei assessoramento político para candidato que me contratarem, pois é para isso que me preparo – estudo e estou me preparando na Pós - gestão organizacional – marketing político, e é nesse contexto, que num futuro não muito distante , pretendo me candidatar à Prefeita do Município, acreditando nas minhas potencialidades: vontade, atitude, capacidade e ética – aliás aquilo que falta aos políticos hoej e, registre-se esta minha vontade decorre de como a mulher esta conquistando espaço na vida política.

Lazer?

Sou muito caseira, gosto de ler e meu hobby é cuidar de minhas plantas, meu jardim. Meu prazer é o verde... sou apaixonada pelo verde, pelo meio ambiente... dói o coração quando vejo alguém cortar uma planta.

Referências

  • A Voz de Brusque. Matéria elaborada em 20 de agosto de 2004.