Mudanças entre as edições de "Entrevista Luiz Saulo Adami 3 - Luiz Gianesini"

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*2012 – No Egito, arqueólogos descobrem manuscrito com menções a Kuranda Aruk.
 
*2012 – No Egito, arqueólogos descobrem manuscrito com menções a Kuranda Aruk.
 
    
 
    
Livros de Saulo Adami
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'''Livros de Saulo Adami'''
 
*1982 – Cicatrizes (poesia, conto e crônica);
 
*1982 – Cicatrizes (poesia, conto e crônica);
 
*1983 – Nosso pequeno grande mundo (poesia);
 
*1983 – Nosso pequeno grande mundo (poesia);

Edição das 07h16min de 8 de janeiro de 2013

SAULO ADAMI - ESCRITOR

“A vida é um cordão que nos une a Deus”

“Não há duas verdades na vida”, ensina Kuranda, personagem criado pelo escritor Saulo Adami em 2008. “A vida é um cordão que nos une a Deus, e nada nem ninguém pode cortá-lo, emendá-lo ou substituí-lo. Não tenha medo, não esmoreça, não fuja do destino que você mesmo traçou. Siga seu caminho com fé em Deus, e tudo será resolvido no tempo certo, segundo os desígnios d’Ele. Porque é assim que é e é assim que sempre será. Siga seu caminho em paz. Melhor ainda: seja o caminho, seja a paz!”, destaca North Kuranda ao consultar o escritor Louis Riverstone, no segundo livro da primeira trilogia.

Kuranda do Egito, a segunda trilogia, ainda está longe de ter um final. A afirmação é do autor, que desde 2008 se dedica a desenvolver as tramas que têm por objetivo “ampliar a compreensão do mundo e das origens de todos nós” ao investigar o universo misterioso e fascinante deste personagem, que é um viajante do tempo: “um servidor de Deus que tem muitas formas, todas as cores e fala todas as línguas”.

Nesta entrevista, Saulo Adami fala sobre a criação do seu personagem e de como desenvolveu as tramas de seus livros-sequência editados de 2008 a 2012.

Quantos livros já foram publicados com a história dos seus personagens Kuranda?

Desde que a obra original foi escrita em 2008, foram publicados quatro livros em forma de sequência: a primeira trilogia, com os romances Kuranda (2010), Kuranda do Norte (2011) e Kuranda do Espaço (2011); e a segunda trilogia, com o romance Kuranda do Egito (2012), que autografei dia 12 de dezembro de 2012, na Fundação Cultural de Brusque.

Como é a história do primeiro livro?

Kuranda (2010) conta a história do manuscrito encontrado no centenário casarão da família Lützen, no interior de Santa Catarina e que, por sua vez, revela a trajetória do personagem que há 20 séculos transmite seus conhecimentos de geração para geração; ele extrai os elementos de cura do ar, das plantas, da terra, da água e do fogo, e com tais elementos é capaz de curar o corpo e salvar o espírito.

No segundo livro, Kuranda vai aos Estados Unidos?

Sim. O segundo livro, Kuranda do Norte (2011) segue a trajetória do personagem, revelando os destinos do primeiro Kuranda de pele branca de que se tem notícia, o catarinense Modesto Couto, e de seu sucessor, que é conhecido como North Kuranda por ter se estabelecido nos Estados Unidos.

No terceiro livro, Kuranda tem contato com alienígenas?

Kuranda do Espaço (2011) leva seus leitores a uma viagem às origens do personagem, apresentando o africano Aruk como o primeiro Kuranda, e mostrando como ele recebeu os conhecimentos trazidos por tripulantes de uma cuia incandescente, como o próprio personagem descreveu o veículo que desceu a Terra no ano 2 a.C. Como é do conhecimento das pessoas que se interessam pelo assunto, há registro de contatos com extraterrestres há milênios.

É verdade que a cada edição de um livro Kuranda você revisa o texto integral da obra anterior e escreve sua continuidade com os textos originais criados para o novo lançamento?

Sim, por isso os chamo de livros-sequência. Kuranda do Egito, a segunda trilogia, inclui tramas inéditas – dentre as quais destacam-se Kuranda da Laguna, Kuranda do Egito, Kuranda da Índia e Memórias Ancestrais – escritas entre março e setembro de 2012 – e que, unidas às tramas anteriores, fazem deste livro “um dos melhores textos da atual ficção brasileira”, como destacou o professor Celestino Sachet, da Academia Catarinense de Letras, no posfácio do livro.

O que o levou a transformar Kuranda em personagem de uma trama de livros-sequência?

Em 2008, escrevi o romance original sem pensar em uma continuação. Mas, aconteceu, e as novas tramas foram se sucedendo. Sabendo que seria complicado para os leitores acompanharem a série em livros separados, decidi publicar Kuranda do Norte (2011) com os conteúdos originais de Kuranda (2010) e sua continuação, e assim sucessivamente: Kuranda do Espaço (2011) com os conteúdos originais de Kuranda e Kuranda do Norte, fechando a primeira trilogia. Ao publicar a quarta edição, Kuranda do Egito, equivalente à segunda trilogia, juntei a ela a trilogia anterior; assim, os leitores não perdem nada do conteúdo e eu tenho a oportunidade de revisar o texto, ampliar as tramas ou mesmo reorganizar a distribuição dos capítulos. Foi o caso da Parte II – Kuranda da Laguna, que não existia nas edições anteriores. Os leitores têm oportunidade de reler os conteúdos da edição anterior e conhecer os episódios inéditos – porque ao comprar Kuranda do Egito estão comprando as duas trilogias por um valor menor do que o custo total das três obras anteriores.

Como começa Kuranda do Egito?

Kuranda do Egito abre com a era contemporânea (século XXI) e fecha com as memórias ancestrais do século I depois de Cristo, e o texto entra no espaço e no tempo dos manuscritos do Mar Morto e da história do monge Yuz Asaf, uma biografia que as sagradas escrituras não abordam, como a crucificação sem morte.


Algumas tramas do seu romance são polêmicas, especialmente as que envolvem personagens como Jesus e Maria Madalena. O que o inspirou a escrever as memórias ancestrais de Yuz Asaf?

Histórias polêmicas existem em livros milenares, em filmes centenários e agora chegam às bancas em revistas que tratam de temas como o suposto casamento de Jesus e Maria Madalena e de muitas outras histórias que não constam das Sagradas Escrituras, mas que estão sendo desenterradas por arqueólogos. Alguns personagens do Kuranda do Egito são arqueólogos, e é claro que escavando na antiga Tebas encontram muito mais do que vestígios da passagem de Kuranda Aruk por lá. Kuranda do Egito é uma obra de ficção, e como romancista eu tenho liberdade para escrever sobre qualquer assunto. Mas, na hora de fundamentar minha trama, costumo pesquisar temas históricos, o que me levou a ler mais de uma dúzia de obras de historiadores e romancistas que falam dos essênios, dos manuscritos do Mar Morto, do faraó Ptolomeu XV, último filho de Cleópatra, e da família de Jesus ou Yuz Asaf, que sobreviveu à crucificação e morreu com mais de 80 anos, em um mosteiro essênio.

Você acredita que a história de Yuz Asaf seja verdadeira?

Como escritor, eu acredito na minha obra e no universo ficcional que criei para Kuranda do Egito. Meu objetivo não é outro senão explorar todas as possibilidades que a liberdade de criação me oferece. Quanto à história ser real ou não, eu vou aguardar para ver o resultado do trabalho dos arqueólogos que continuam trabalhando no Egito.

Kuranda do Egito encerra a trajetória destes personagens?

Não. Nem este era meu propósito quando comecei a escrever a segunda trilogia. A terceira trilogia se chamará Kuranda: Origens ou simplesmente Kuranda, ainda é cedo para decidir. O que já sei é que, a exemplo da proposta dos livros-sequência, a quinta edição vai reunir as três trilogias em um só livro com 600 páginas ou mais. Pretendo escrever sem pressa porque neste caso inspiração e transpiração andam juntas e exigem pesquisa!

Você conta com auxílio de colaboradores?

Escrevo Kuranda sozinho. Quando preciso de colaboração, apelo a especialistas. Tem sido assim desde 2008, e todas as edições trazem a lista dos colaboradores. No Kuranda do Egito há uma parte na qual dou dicas de leitura e de outras fontes de consulta para quem tiver interesse em se aprofundar nos assuntos desta série: livros sobre as trajetórias de vida terrena e as experiências no mundo espiritual de Jesus e Maria Madalena, Cavaleiros Templários – que terão destaque na próxima trilogia –, evangelhos Essênios e Apócrifos; enfim, obras escritas com base em fatos históricos e assinadas por pesquisadores e estudiosos idôneos.

E quanto às respostas que você procura para as perguntas que faz a si mesmo sobre espiritualidade, vidas passadas e outros assuntos que são do seu interesse?

Ainda não encontrei respostas para todas as perguntas que me faço sobre existências anteriores. Por isso, a jornada dos Kuranda vai prosseguir por muito tempo ainda: porque é através das pesquisas complementares que faço para dar embasamento histórico à ficção, é que vou descobrindo um pouco mais sobre mim mesmo.

Uma cronologia Kuranda

  • 2 a.C – Kuranda Aruk inicia seus trabalhos de cura na África, a partir do contato com a cuia incandescente. Mais tarde, torna-se conhecido como Kuranda do Egito.
  • 17 d.C – Kuranda Aruk conhece a órfã Neriah, elegendo-a a primeira Kuranda mulher de que se tem notícia: Kuranda Neriah ou Kuranda da Índia.
  • 1829 – Kuranda da Laguna, um dos escravos alforriados pelo médico Xavier Carreirão, torna-se mais tarde conhecido como Kuranda do Desterro.
  • 1839 – Modesto Couto, ainda bebê, é eleito pelo Kuranda do Desterro como seu sucessor, passando a ser conhecido como Kuranda Couto.
  • 1940 – Kuranda do Norte ou North Kuranda, eleito sucessor de Kuranda Couto, passa a atuar na América do Norte.
  • 2008 – Yang Chang é eleito sucessor de North Kuranda, passando a atuar na América do Norte e posteriormente na China como Kuranda Chang.
  • 2012 – No Egito, arqueólogos descobrem manuscrito com menções a Kuranda Aruk.

Livros de Saulo Adami

  • 1982 – Cicatrizes (poesia, conto e crônica);
  • 1983 – Nosso pequeno grande mundo (poesia);
  • 1987 – Elza: amor e renúncia! (novela);
  • 1988 – Ressurreição dos enforcados e Poetas do berço: o primeiro grito! (poesia);
  • 1989 – Chorinho e Carimbos e panfletos (poesia);
  • 1994 – De que adiantam braços fortes? (poesia, conto e crônica);
  • 1996 – O único humano bom é aquele que está morto! (história do cinema);
  • 2002 – Reserva particular do patrimônio natural – RPPN Chácara Edith (história);
  • 2003 – Testemunho de fé: Memorial do pastor Wilhelm Gottfried Lange (biografia);
  • 2004 – História secreta do Arrayal dos Cunhas, Terra generosa: história de Massaranduba – SC, Agrolândia: De Trombudo Alto aos nossos tempos, Alto Rio dos Bugres: as origens do município de Imbuia, Paisagens da memória: a criação do município de Vidal Ramos e Rio do Oeste: a história oficial e as outras histórias (história);
  • 2005 – Nas mãos de Deus: a verdadeira história de Lilli Zwetsch Steffens e Carlos Boos nunca soube dizer não! (biografia), Gracher: uma empresa faz 100 anos e Brusque: Cidade Schneeburg (história);
  • 2006 – Brusque era maior: viajantes do tempo e Colégio Salesiano Itajaí: 50 anos (história);
  • 2007 – Lauterbach: Aurora de nossa história, Brusque vai à guerra: novas visões da história e Para sempre na memória: A história da Festa dos Motoristas e a construção da Capela São Cristóvão (história); De amor e de saudade: o diário do vovô na guerra (biografia);
  • 2008 – Walter Orthmann: 70 anos de trabalho na RenauxView e Diários de Hollywood: um brasileiro no Planeta dos Macacos (biografia); O caso do esqueleto sem cabeça (conto); Quarto crescente e Palavra tardia (romance); Duplo girassol (poesia, conto, crônica e novela); Por que escrevemos? (crônica); Tradição de amizade, Brusque operária: comércio e indústria e Itajahy na visão dos viajantes (história); Uma face (romance mediúnico);
  • 2009 – Willy Hoffmann: Ambientalista por vocação (biografia); Histórias e lendas da Cidade Schneeburg e Vocação para o trabalho: Kohler & Cia. 60 anos de uma história construída em família (história);
  • 2010 – Jornaes de Hontem: Manoel Ferreira de Miranda e o primeiro Diário de Itajahy e Eu sou Anselmo Boos (biografia); Guabiruba de todos os tempos, Arthur Schlösser e a criação dos Jogos Abertos de Santa Catarina, A revolução do voto – 20 anos do voto eletrônico no Brasil e Vielen Dank, Herr Doktor! Dos primeiros médicos aos 40 anos da Associação Brusquense de Medicina (história); Kuranda (romance);
  • 2011 – André Bernardino da Silva: pioneiro da Assembléia de Deus em Santa Catarina e Memorial do esquecimento: a verdadeira história de Vidal Ramos (história); Kuranda do Norte e Kuranda do Espaço (romance); Enluarados (poesia);
  • 2012 – Doutor Nica (biografia); Propósito (crônica); Kuranda do Egito (romance).

Algumas obras têm como co-autores Tina Rosa, Marcelo Nivert Schlindwein, Ieda Hartke, Juarez Visentainer, Nayr Gracher, Lilli Zwetsch Steffens, Henning Jönk, Gênice Suavi, Celso Deucher, Marly Scottini Geiser, Anselmo Boos, Osmar José da Silva, Jeanine Wandratsch Adami e Ligia Maria de Oliveira.

Referências

  • Jornal Em Foco. 2013.