Entrevista João Baron - Luiz Gianesini

De Sala Virtual Brusque
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JOÃO BARON: Filho dos saudosos Luiz Baron e Thereza Kohler Baron, natural de Brusque, hoje Guabiruba, nascido aos 21.09.40. São em nove irmãos: José Vicente, Francisco, Matilde, João, Alois (in memoriam), Bernardo (in memoriam), Adelina Maria (in memoriam), Nelson (in memoriam –faleceu com um ano e meio de idade) e Antônio (in memoriam – faleceu com, aproximadamente, três anos de idade). Cônjuge: Ilona Schweigert Baron, nascida aos 08.09.43 e casados em 05.09.72. Três filhas: Miriam Terezinha, Marina (casada com Márcio Hulber, o casal tem uma filha: Mariane Thais). Foi Vereador; Presidiu o Legislativo Guabirubense, Vice-Prefeito e Prefeito.

Como surgiu João Baron, Político?

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Na época trabalhava na Cia Schlosser e era com freqüência convidado a sair como candidato, até que resolvi participar.

Uma palhinha da vida profissional?

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Até aos catorze anos trabalhei na lavoura com meus pais, quando então ingressei na Iresa, permanecendo por – aproximadamente – 5 anos; em seguida, fui para a Cia Schlosser, permanecendo por 4 anos, depois para a São José – com Wadislau Schmidt – também , ao redor de 4 anos e, ao mesmo tempo, era vereador. Com a eleição para Vice-Prefeito, fiquei só no cargo político; na sequência fui eleito Prefeito e, em 89/92, fui novamente vereador.

Lembra de quantos votos recebeu em cada eleição?

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Sim, para vereador em 77/83, recebi 258 votos, na de Vice-Prefeito, foram 1504 votos e para Prefeito, recebi 1093 votos e 364, na eleição de vereador de 89//92.

De quem recebeu e a quem entregou as chaves da Prefeitura?

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Recebi do Ivo Fischer, do qual fui vice, e entreguei ao Guido Antônio Kormann/Valério Luiz Maffezzolli.

Como foi sua eleição para Prefeito?

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Disputei com Ladislau Schmidt e com Ednaldo Elias de Souza (MDB)

Que obras ressaltaria da Administração João Baron/Guido Antônio Kormann?

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Bom, lembro de algumas: a construção do Hospital, da Prefeitura, a aquisição de dois caminhões, uma máquina e uma ambulância, abertura e retificação de ruas, terminamos a ligação com Brusque – rua Brusque – com paralelepípedos, a construção da Escola Carlos Maffezzolli (Professor Carlos Maffezzolli é citado no livro ‘ Clube Atlético Carlos Renaux –ex Sport Club Brusquense, edição comemorativa, 1960, p.18, escrito pelo Eloy D. Koch e Antônio Heil) e a reforma de outras escolas.

Quem governou o Estado, quando chefiou o Poder Executivo Guabirubense?

Dois anos o Konder Reis e quatro anos o Jorge Bornhausen.

Qual foi o relacionamento com o Poder Legislativo Guabirubense?

Tanto com o Governo estadual, como com o Legislativo Guabirubense tive um relacionamento muito bom. A maioria da Câmara era da Arena, partido do qual estava filiado.

Considerando Guabiruba, um município de pequeno porte, como conseguia os recursos para administrar?

Nunca tive problemas. Sempre tive auxílio estadual e federal. Fui seis vezes à Brasília. O Nelson Morro sempre deu toda atenção a minha administração. Inclusive, quando recebi verbas do Ministro Jair Soares para o Hospital.

Fez seu sucessor?

Sim, meu vice, o Guido Antônio Kormann foi eleito Prefeito.

Fatos marcantes?

Tive alguns fatos que considero importante: Quando Prefeito tive muita contribuição da comunidade guabirubense; o nascimento de minhas três filhas e da netinha; ter encontrado a Ilona, minha esposa e uma grande companheira; a inauguração do hospital , construído naquela gestão. Naquele dia o Governador Henrique Córdova, em seu discurso, emocionou todos os presentes; a inauguração da Prefeitura, também construída na gestão 77/83, oportunidade em que se fizeram presentes: Ivo Silveira , o saudoso Alexandre Merico, Nelson Morro e tantos outros grandes homens públicos e ter presidido o Legislativo Guabirubense.

Algum antecedente político?

Não. Apenas, posteriormente (legislatura 93/96 e 97/00), meu irmão José Vicente ocupou duas vezes a cadeira do Legislativo Guabirubense.

Qual a diferença entre o vereador de 70/73 e o de 89/92, além de na segunda legislatura ter presídio a Câmara?

Na legislatura 70/73, não recebemos nada pelo exercício do mandato; na de 89/92, recebíamos e também, presidi o Legislativo Guabirubense.

O Brasil tem acerto?

Acho que tão cedo não. Já perdi a fé e a esperança. Veja o Lula, tinha tudo para dar certo: foi pobre, operário, durante duas décadas condenou o que se vinha fazendo e está na mesma trilha, tanto que recebeu apoio da maioria dos brasileiros e veja! Acredito que pelo andar da carruagem daqui a uns três a quatro anos a coisa irá ficar tão ruim... mas tão ruim!

Pensa em retornar politicamente?

Não mais.

O que faz João Baron, hoje?

Estou aposentado há uns 12 anos, cultivo algumas verduras, cuido de uns animais e gosto de passear.

Referências

  • A Voz de Brusque. Matéria publicada em 23 de janeiro de 2004.