Entrevista Gilmar Vilamoski - Luiz Gianesini

De Sala Virtual Brusque
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Nosso entrevistado o Engenheiro Civil e Secretário de Obras e Serviços Públicos Gilmar Vilamoski.

O entrevistado da Semana é o Engenheiro Civil e Secretário de Obras e Serviços Públicos do Município de Brusque, Gilmar Vilamoski, filho de Nereu Vilamoski e Vitória Zavodini Vilamoski; nascido em Ribeirão Bonito, no interior do município de Nova Trento, aos 11.06.65; casado com Wiliane Greice Willrich Vilamoski, com a qual tem um filho: Giordan Alberto ( com 11 anos). Torce para o Brusque e pelo tricolor das laranjeiras (Fluminense)

Quais são as lembranças que você tem da sua infância?

Do trabalho desde cedo, das brincadeiras com os amigos, do futebol, pescaria, quilica, cabana, carriola, pé na lata e demais brincadeiras de criança

Sonho de criança?

Gilmar com a esposa Wiliane Greice e o filho: Giordan Alberto.

Ser jogador de futebol

Como foi sua juventude? O que você mais gostava de fazer para se divertir?

Aos treze anos fui treinar no infantil do Clube Atlético Carlos Renaux, vinha de bicicleta da Santa Terezinha até o centro para treinar.. Na minha infância e juventude meu principal lazer foi em torno do futebol, no infantil, juvenil e profissional do Carlos Renaux. Aos dezessete anos, quando comecei a frequentar as tardes dançantes frequentava o antigo salão Itaipava em Itajaí. Bailes no Beneficente e Santos Dumont ao som do Quarta Redenção, Banda SA

Quais eventos mundiais tiveram o maior impacto em sua vida durante a sua infância e juventude?

Um evento mundial, que acabou acontecendo no Brasil, foi o primeiro Rock`n Rio, em 1984. Sonhava em assistir aos shows, era e sou apaixonado por música, mas não tive condições, e assistia os shows pela televisão. Por isso não devemos perder a oportunidade de fazer o que gostamos, dentro das nossas possibilidades, pois ano passado, quando aconteceu novamente o show no Brasil, teria condições de ir, mas não tinha mas a mesma empolgação.

Pessoas que influenciaram ?

Meu pai, foi a pessoa que mais me influenciou, nasceu e cresceu em Nova Trento como lavrador, veio morar em Brusque e trabalhar como carpinteiro e depois, por conta da falência da empresa na qual trabalhava, se tornou empreiteiro de mão de obra. Como ele prestava serviço, um de seus clientes era o falecido empresário Orlando Luiz Zanon, que frequentava a nossa casa para tratar de negócios, era uma pessoa,muito inteligente, culta, educada e um visionário, nunca tive a oportunidade de falar isso a ele,mas com certeza me influenciou, pois o admirava como pessoa e empresário. Outras duas pessoas que me influenciaram profissionalmente foram a falecida engenheira Juscélia Coelho Ludvig e o arquiteto Rubens Aviz, que me deram a oportunidade de estagiar, prestar serviços a eles e posteriormente acabei me tornando sócio deles. Sou eternamente grato a oportunidade.

Como era a escola quando você era criança? Quais eram suas melhores e piores matérias? De que atividades escolares e esportes você participava?

Estudei na antiga Escola Básica Santa Terezinha, no bairro Santa Terezinha, onde hoje são as instalações da Polícia Militar, depois fiz o antigo segundo grau no Colégio Consul Carlos Renaux, trabalhava de sapateiro na antiga Industria de Calçados Lemus na Santa Terezinha, das 5:00 as 13:30 hs, para poder pagar o colégio que era particular, e na época não existia segundo grau público. Sempre fui bom em Matemática, Português e Ciencias em geral.Atividades esportivas, só tinha olhos para o futebol, apesar de brincar de volei e praticar alguma coisa de atletismo

Primeira professor ?

Dona Erna Rau

Grandes professores?

Sr. Raul Amorim, foi diretor, mas sempre um professor para mim Dona Dirce Verena Rau, excelente professora de português primeiro grau Santa Terezinha, Dona Sueli Pantaleão, magistral professora de português primeiro grau Santa Terezinha, Sr. Leni Gomes professor de português segundo grau no Cônsul, Dona Classi, professora de matemática no segundo grau no Cônsul, exigente porém ótima professora

Fale um pouco de sua trajetória profissional e da sua história de vida?

Aos sete anos comecei a encher lançadeira, para confecção em tear manual de tapetes, e tive como primeiro patrão o Sr. Valério Gallassini e sua esposa dona Alice. Aos 14 anos quando comecei a fazer o segundo grau no Colégio Cônsul, passei a trabalhar das 5:00 as 13:30 hs, como sapateiro, para poder pagar o Colégio que era particular. Quando prestei o vestibular e passei para engenharia na FURB em Blumenau, com 17anos,jogava futebol e fazia parte da equipe profissional do Carlos Renaux, ganhava uma ajuda de custo para manutenção. Com a enchente de 1984 e destruição do Estádio Augusto Bauer e praticamente toda cidade, percebi que deveria me dedicar exclusivamente a faculdade de engenharia civil. Como o curso era particular e caríssimo para nossas condições, passar a dar aula como professor contratado como ACT, no primeiro ano de implantação do Colégio Santa Terezinha. Lecionei no Colégio Feliciano Pires também como ACT, e alguns cursinhos pré vestibular, sempre na disciplina Matemática, apesar de amar Física. Também para poder pagar a faculdade, prestava serviço de desenhista para profissionais engenheiros, vendia livros, fazia trabalho para terceiros para complementar a renda.

A participação na Câmara Júnior de Brusque, nos idos de 1988 foi proveitosa?

Muito proveitosa, lembro até hoje, do dia em que teria que falar em público, o tema plano diretor, tinha 20 minutos. Resumi em temas, começo meio e fim, como manda a técnica. Fiquei tão nervoso que em cinco minutos conclui. Mas foi uma experiência maravilhosa

Como recebeu o convite para ser Secretário de Obras na Administração Paulo Roberto Eccel/Farinha?

Havia recebido o convite para fazer parte do governo anteriormente, como estava gerenciando o projeto de expansão da rede de lojas HAVAN, declinei do convite. Final de dezembro com meu desligamento da HAVAN e problemas de saude do colega Tonho Maluche, o vice prefeito Farinha, em nome do PP, Partido Progressistav me convidou, depois de muita reflexão resolvi aceitar, este que imaginava e está se confirmando, como o maior desafio profissional da minha vida.

Quais as obras de destaque que o Município tem planejado para executar?

O Planejamento da Secretária de Obras para esse ano, é de 229 obras, além da limpeza e manutenções diárias que são de nossa responsabilidade. Dessas 229, temos quase 50 obras concluídas e estamos com mais de 40 obras em andamento. Dividimos nossos serviços por áreas que seguem:

1-TAPETE PRETO NOS CORREDORES - Pavimentação asfáltica em ruas de grande movimentação de veículos e ônibus.

2-OP - (Orçamento Participativo) - Obras definidas pelo orçamento participativo

3-PAI - (Programa de Ações e Investimentos) - Compromissos assumidos pelo governo

4-PAVIMENTAÇÃO POR ADESÃO- Pavimentação com a participação financeirados moradores

5-PAC - Obras de microdrenagem por onde passam as obra do PAC, que somente executama macro drenagem.

6-MANUTENÇÃO - Manutenção geral e limpeza da cidade, desobstrução de valas, roçação,capinação entre outras atividades

7-OBRAS PARA OUTRAS SECRETARIAS- Apoio para as demais secretarias em mudanças,reformas, eventos, transportes entre outras atividades

8-BRITADOR- Gerenciamento do britador municipal

9-USINA DE ASFALTO- Gerenciamento da Usina

10-HORTO FLORESTAL- Gerenciamento do Horto

As obras em destaque são a continuidade da Beira Rio no trecho do Maluche e Santa Terezinha, e o programa Tapete Preto, que é a pavimentação asfáltica das diversas ruas de Brusque

Quais os pontos que trazem mais reclamações para a Secretaria de Obras?

As maiores reclamações são por conta de problemas de drenagem da cidade. Brusque cresceu muito rapidamente e de uma forma desordenada, e nossa infra estrutura nesse sentido é precária.

Algo que você apostou e não deu certo?

Sou e sempre fui um sonhador. Comecei meu primeiro negócio, incorporando em Balneário Camboriú em 1989, em sociedade com o arquiteto Rubens Aviz, depois tive sociedade com o contador Fábio Schaadt, também incorporando, construi em Brusque, Balneário Camboriú, Itapema, Jaraguá do Sul. Aqui em Brusque construí em parceria, Choperia, Clube de Boliche, Posto de Gasolina, Marcenaria. Em todos os negócios fiz com prazer, e em determinados momentos não tiveram continuidade. Não me arrependo de ter feito nenhum e da mesma forma não me arrependo de tê-los vendido, alugado ou repassado. Pois no momento em que fiz ou vendi, aluguei achava que era o melhor, acho que todos deram certo

O que faria se estivesse no inicio da carreira e não teve coragem de fazer?

talvez o único resquício de frustação na minha vida, tenha sido quanto ao futebol. Com 16 anos estreei como titular na equipe profissional do Carlos Renaux, em um jogo contra o Figueirense no Orlando Scarpelli, na abertura do campeonato de 1982. Em 1983 fui convidado pelo então treinador do Avaí, Emilson Peçanha, que foi auxiliar técnico do Tele Santana na Copa do Mundo de 1986, a jogar no time de Florianópolis. Era maio daquele ano, como estava no primeiro semestre da faculdade, meu pai me aconselhou a esperar acabar o primeiro semestre para depois ir. Nesse interim, quando em julho pretendia ir, Emílson Peçanha foi demitido e perdi a oportunidade. Fica aquele sentimento amargo de se arrepender daquilo que deixou de fazer.

O que você aplica dos grandes educadores, das aprendizagens que teve, no seu dia a dia?

Respeito as pessoas, tratamento igual a todos, independente da condição.

Quais as maiores decepções e alegrias que teve?

O que mais recordo são as alegrias, e guardo-as vivas até hoje na memória. Entrega diploma do primeiro grau pelo professor Isaías Valle na Santa Terezinha, Formatura e baile do segundo grau no Cônsul e pegando carona na volta do baile com o João Luiz Coelho,colega de formatura. Minha vizinha me levando de ônibus de linha para fazer a matrícula da faculdade em Blumenau, pois minha mãe e eu não sabíamos ir sozinho. As noites "perdidas" estudando Pontes, Concreto, Resistência dos Materiais, com o Evaldo Schwartz, Luiz Carlos Hoschprung, Valter Besser, Rogério Santos, Dunha Otávio Strazer, Pedro Micheluzzi, Homero Khuel. As viagens e jogos no juvenil do Carlos Renaux, com o time, as vitórias, os choros das derrotas, os vários gol vários gols perdidos, os inúmeros gols marcados. Os jogos no time do Comercial de São João Batista, no Cedrense no Guarani, no Santos Dumont, na Bilu. Do seu Mário Vinotti e do seu Estel Vinotti, do Nilo Debrassi, do Manoel do Carmo Inocente, do seu Egon Borchadt … gente que convivi no futebol. Dos árbitros que xinguei dos zagueiros que apanhei.

Referências

  • Jornal Em Foco. 2013.