Clube Atlético Carlos Renaux

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Carlos Renaux
Nome Clube Atlético Carlos Renaux
Alcunhas Tricolor, Vovô
Mascote Vovô
Fundação Predefinição:Dni
Estádio Augusto Bauer
Capacidade 6.000
Localização Brusque, SC
Presidente 22x20px José Carlos Loos
Treinador 22x20px
Material esportivo Loostex
Competição
(Futebol)
Licenciado
Predefinição:EquipamentoFutebol Predefinição:EquipamentoFutebol
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O Clube Atlético Carlos Renaux, conhecido apenas por Carlos Renaux, é um clube de futebol da cidade de Brusque, em Santa Catarina. Suas cores oficiais são azul, vermelho e branco.

História

Fundado em 14 de setembro de 1913, por Arthur Olinger (ex-jogador do Novo Hamburgo) e Guilherme Diegoli. Foi presidido inicialmente por Guilherme Fernandes. Sua primeira partida foi disputada contra o Tijuquense (empate em 0 a 0) em 22 de agosto de 1914. O primeiro gol surgiu na vitória de 1 a 0 sobre o Itajaí FC, marcado por Willie Rish. O último jogo oficial na primeira divisão catarinense foi disputado em 3 de agosto de 1984, contra o Figueirense, terminando com um empate por 1 a 1.

Arthur Olinger trabalhava num curtume em Novo Hamburgo (RS) e Guilherme Diegoli construía vagões em Paranaguá (PR). Entretanto, ambos decidiram retornar a Brusque. Na bagagem de Olinger, havia uma bola de futebol. Realizaram uma partida contra o Caça e Tiro Araújo Brusque. Após o jogo se organizaram. Assim surge o primeiro clube profissional de futebol de Santa Catarina, daí o slogan "Vovô do Futebol Catarinense". Fundado com o nome de Sport Club Brusquense (com as mesmas cores - vermelho, azul e branco). Alterou a denominação para Clube Atlético Carlos Renaux, em 19 de março de 1944, devido ao decreto-lei Federal vedando oficializar qualquer clube esportivo com denominação relacionada a país, estado, municípios e regiões.

Até 1931, o Carlos Renaux alugava o campo da Sociedade Esportiva Bandeirante para mandar seus jogos, pois não possuia estádio próprio.

O estádio Augusto Bauer, pertencente ao Carlos Renaux, foi inaugurado em 7 de junho de 1931 em amistoso contra o Marcílio Dias (0x1). Entre 1950 e 1960, foram construídos arquibancadas, aterro, ampliado o campo, alambrado e sistema de refletores. Foi o primeiro time catarinense a possuir alambrado e iluminação em seu estádio próprio.

O clube dedicou-se também a grandes eventos sociais, bailes, teatros, festas juninas, tricolor-mini-copa, além de vôlei, basquete, bolão, bocha e atletismo.

Um momento marcante para o Carlos Renaux foi a presença de Teixeirinha, maior jogador de futebol da história de Santa Catarina, que vestiu a camisa do time por diversos anos.

Em 1950, o Carlos Renaux conquistou seu primeiro título estadual de profissionais.

Em 13 de janeiro de 1953, o Vovô convidou o Flamengo para um amistoso, para as festividades de inauguração de sua arquibancada social. A partida terminou em 3 a 0 para o Flamengo (gols de Esquerdinha, aos 37' - com um pênalti inexistente; Gringo, aos 39' e Hélio, aos 43' do segundo tempo).

Ainda em 1953, o Renaux conquistou seu segundo título estadual, sendo este ano de forma invícta.

No dia 22/01/54, um acontecimento marcou a história do Renaux. A vitória sobre a seleção gaúcha de futebol. A própria Federação Catarinense de Futebol, reconhece oficialmente que esta partida foi a principal conquista de um time catarinense em todos os tempos, juntamente com a conquista da Copa do Brasil pelo Criciúma, em 1991. O Carlos Renaux foi o time convidado pela FCF para ir a Porto Alegre para representar Santa Catarina. Toda a imprensa noticiava uma vitória fácil do time gaúcho, mas o Renaux, venceu a partida por 2x1, gols de Julinho e Otávio. Este jogo causou uma imensa repercussão a nível jornalístico em todo país.

Nos anos de 1955 e 1978, o Carlos Renaux disputaria outros três amistosos ocntra os outros três clubes grandes da cidade do Rio de Janeiro (Fluminense, Botafogo e Vasco da Gama).

Em 1982, o Carlos Renaux realizou um amistoso contra a seleção de Masters do Uruguai. O Resultado foi de 4 a 1 para o Vovô.

A 4 de agosto de 1984, abateu-se uma grande enchente sobre a cidade de Brusque, causando danos imensos ao patrimônio do Renaux, obrigado a paralisar suas atividades por um período de tempo. Retornou em 1985 e 1986, apenas nas categorias de base.

Em outubro de 1987, o Carlos Renaux licenciou-se das atividades desportivas, e participou da "fusão" que originou o Brusque FC. Durante o período a que se integrou a esta associação, como também fez o Paysandú, manteve CGC, estatutos em vigor, retirou-se da parte esportiva, emprestando seu estádio para jogos do clube fundado em 1987. O Carlos Renaux sempre existiu durante este período, apenas não tinha representatividade. O mesmo aconteceu com o Paysandú.

Em agosto de 1996, foi realizado um jogo entre veteranos do Carlos Renaux e do Paysandú. Partida realizada no estádio Augusto Bauer, que terminou num empate em 2 a 2. O público estimado foi mais de 4.500 pessoas. Este jogo foi um dos grandes responsáveis pelo acendimento da chama nos corações de todos os atleticanos e paysanduanos, pelo retorno do bom futebol e das tradições. Ao final da partida, o público não deixava o estádio após o apito final (coisa rara no futebol), devido a tamanha emoção.

Em 1997, dez anos depois, era grande o apelo de torcedores para o retorno do Vovô, sonho de Leopoldo Bauer. Dois mil adesivos com o distintivo do clube foram confeccionados e tiveram saída instantânea entre os atleticanos. O próximo passo foi um encontro informal em 18 de março de 1997, na Sociedade Esportiva Bandeirante. Treze pessoas compareceram. Uma semana depois, novo encontro, o número de presentes duplica. Sete dias após, um terceiro encontro e o número triplica. Eis que em 8 de abril, também no Bandeirante, é aprovada a formalização de uma Comissão Provisória para representar o clube e tentar evitar o desejo do Brusque FC em vender o estádio (que já havia ido a leilão) que não pertencia ao mesmo, mas sim ao Carlos Renaux, conforme comprovam as escrituras e demais documentos.

Após gestões mal-sucedidas, acúmulo de dívidas e depredação dos patrimônios (chegando ao ponto de os refletores e cadeiras cativas serem penhoradas para pagamento de dívidas do Brusque FC), ameaças de penhora do estádio, para pagamento de rifas não-entregues e até mesmo um ex-dirigente do Brusque, que tinha a intenção de vender os dois patrimônios para a especulação imobiliária, os dois clubes entraram com pedido de dissolução da "fusão" em 1997. O Brusque FC entrou na justiça, alegando que os patrimônios pertenciam a eles, mas perdeu em todas as instâncias, tendo que devolver os patrimônios aos seus verdadeiros donos.

A comissão foi legalizada, registrada em cartório e já realizou em 1997, a confecção de adesivos e camisas oficiais do Vovô, além de desfilar em 4 de agosto, aniversário da cidade, promover grande festa no restaurante da Mini-Fazenda Colcci, homenagenado os 84 anos de existência.

A comissão foi composta por José Carlos Loos, Antônio Abelardo Bado, Aníbal Schulemberg, Abraão de Souza e Silva, Augusto César Diegolli, Rogério Luís Wippel, Leonardo Loos, Klaus Peter Loos, Nilo Debrassi, Roberto Kormann e Jair Boetnner. Mais de 30 adeptos se integraram a comissão, entre eles, Nildo Teixeira de Mello, o Teixeirinha, maior craque de futebol catarinense, residente atualmente em Balneário Camboriú, mas totalmente engajado no processo de reorganização.

Em 3 de fevereiro de 1998, em Assembléia Geral, realizada nas dependências do centro esportivo Roland Renaux (Iresa), os novos dirigentes foram eleitos e empossados, reconstituindo definitivamente o clube. Diretoria Executiva: Antônio Abelardo Bado (Presidente), José Carlos Loos (Vice), Rogério L. Wippel (Diretor Administrativo), Roberto Kormann (Tesoureiro), Aderbal Schaefer (Orador). Comissão de Futebol: Robero Luis Pereira, Valdir Belz, Anselmo Boos e Arno Mosimann. Comissão Social: Nair Gracher, Célis Terezinha Muller, Maria do Carmo Muller e Licir Wippel Bologmini. Conselho Deliberativo: Leonardo Loos (Presidente), Aníbal Schulemburg (Vice), Klaus Peter Loos (Secretário). Conselheiros: Nildo Teixeira de Mello, Onildo Muller, João Paulo, James Crews, Gilberto Rau, Nélson José Penk, Vinícius José Bado, Augusto César Diegoli, Paulino Marcelino Coelho, Ivo Barni, Edilberto da Silva, Juliano Belli, Alessandro Simas, Israel Duarte, Márcio Muller, Ivan Evaristo e Rafael Walendowsky. Para ser o presidente de Honra, foi aclamado por unanimidade o ex-craque Teixeirinha.

Em 2003, após vários anos perdidos com a briga judicial, Carlos Renaux e Paysandu puderam reaver legalmente seus patrimônios e iniciar suas reestruturações. Patrimônios que voltaram totalmente depredados, com até mesmo interruptores de luz e maçanetas das portas desaparecidas. Diversos troféus e documentos foram jogados fora e desapareceram.

Em 2003, o Carlos Renaux não alugou o estádio ao Brusque FC, devido aos longos anos perdidos em brigas judiciais e processos infundados, por parte do Brusque FC.

No ano seguinte, 2004, os dois clubes chegaram num acordo e o Carlos Renaux passou a alugar o seu estádio para o Brusque FC poder continuar as suas atividades, já que este não possui patrimônio próprio.

Retornou às competições oficiais da Federação Catarinense de Futebol em 2004, na divisão especial (B1). Participou novamente em 2005. Licenciando-se logo após o campeonato.

Em 2006, um "empresário" português, Carlos Andrade, conseguiu iludir a diretoria do clube, prometendo uma gestão profissional. Fez um contrato longo e deixou dívidas enormes. O próprio desapareceu e ninguém sabe seu paradeiro. Até mesmo o nome do clube foi mudado para "Sport Clube Brusquense" (primeiro nome do clube na sua fundação). Este empresário, sublocou o estádio Augusto Bauer ao Brusque FC por 5 anos, com direito total de uso do estádio. Até a secretaria do Brusque FC voltou para o Augusto Bauer. Contrato este que termina em 31/12/2011.

A diretoria do Carlos Renaux, então, conseguiu reduzir este contrato na justiça, pagou dívidas e espera apenas o fim do atual contrato com o Brusque FC para poder reativar suas categorias de base e prosseguir com sua reestruturação. Isto é, ter novamente seu patrimônio devolvido.

Em 9 de dezembro de 2009, tomou posse a atual diretoria, composta por: Presidente: José Carlos Loos Vice-Presidente: Nelson Klabunde Secretário: Ivo de Souza Segundo-Secretário: Sidnei Martins da Silva Tesoureiro: Vilimar Fischer Segundo-Tesoureiro: Silvio Gianesini Conselho Deliberativo: Presidente: Roberto Kormann Vice-Presidente: Antônio Ferreira Ramos Secretário: Rogério Wippel Membros Efetivos: Ricardo Klabunde Neto e Klaus Peter Loos

No contrato vigente, somente o Brusque FC pode usar o estádio Augusto Bauer. A partir de 2012, a situação vai ser outra. O Brusque poderá continuar jogando no AB, pagando aluguel, mas terá que sair do estádio após o término de suas partidas, não tendo mais nenhuma relação com o mesmo.

A partir desta data, o Carlos Renaux irá reestruturar totalmente o clube, criando suas categorias de base, como o Paysandu já faz hoje, pois sempre teve a liberdade de utilizar seu patrimônio como bem entendesse. Estas categorias irão proporcionar atividades esportivas e sociais para centenas de crianças e podendo até mesmo revelar jogadores para o Brusque F.C.

Em 2010, a diretoria conseguiu recursos junto ao governo do estado e realizou diversas melhorias no estádio. Reformou também todo o alambrado, a pedido da FCF (senão o Brusque não poderia jogar em 2010) e fez isto 100% com recursos próprios. Um segundo projeto encontra-se protocolado junto ao governo estadual. Este projeto visa trocar o gramado, reformar toda a cobertura da arquibancada, instalar para-ráios, melhorar a drenagem pluvial do campo e outras reformas.

No dia 8 de agosto de 2010, disputou duas partidas contra seu eterno rival, o Clube Esportivo Paysandu, no estádio Cônsul Carlos Renaux (estádio do Paysandu). Partidas estas nas categorias juvenil e veteranos. Sendo este evento, uma promoção conjunta dos dois clubes e da Prefeitura Municipal de Brusque, fazendo parte do calendário oficial das comemorações dos 150 anos de Brusque. A preliminar (juvenis) terminou em 5x1 para o Paysandu (o Carlos Renaux foi representado pelo Clube Santos Dumont, clube amador de Brusque). Na partida principal, empate em 1x1, dois gols de pênaltis. O jogo foi apitado pelo popular árbitro "Margarida", dando um show à parte para o público. Ficou definido que o confronto passa a ser anual entre os dois times.

Em 2011, o Carlos Renaux voltou a disputar o campeonato municipal de futebol amador, mas com um time formado às pressas e não vem obtendo bons resultados.

O escritor Saulo Adami está com a missão de escrever o livro do centenário, a ser lançado em 2012 (um ano antes do Centenário). Inclusive com o inédito trabalho de levantar a estatística dos clássicos entre Renaux e Paysandu.

Entre os projetos para o Centenário do Carlos Renaux em 2013, a diretoria pretende trazer os veteranos do Flamengo (incluindo ZICO) para uma partida com veteranos do Renaux e Paysandu.

A partir de 2012, o clube irá reativar o seu restaurante e pensar inclusive em outras modalidades esportivas, como faz o Paysandu, que possui Ciclismo, Bolão, etc.

O Jornalista brusquense Victor Fernando Pereira realizou um documentário sobre o Carlos Renaux. O vídeo pode ser visto no YouTube. Procure pela palavra chave "Carlos Renaux".

A Diretoria do Carlos Renaux recebeu camisas e adesivos do clube, que estão a venda na Secretaria (segundo andar) e também no bazar que fica ao lado da bilheteria do estádio.

No dia 07/08/11, mais um amistoso entre os veteranos do Carlos Renaux e do Paysandu foi realizado, evento que fez parte do calendário oficial da "Semana de Brusque". O jogo terminou em 0x0. Foi realizado no estádio Cônsul Carlos Renaux (Paysandu) e contou com apoio da Prefeitura Municipal de Brusque. Em 2012, o clássico será realizado no Estádio Augusto Bauer.

No dia 02/12/11, o projeto de reformas no estádio foi aprovado no conselho de desenvolvimento regional do Estado. São R$ 377.000,00 para reformas já citadas anteriormente. Agora é aguardar se o dinheiro será liberado ou não.

No dia 07/12/12, foi realizado um cocktail comemorativo de 98 anos de idade do Clube. Evento que contou com muitos torcedores, sócios, ex-dirigentes, ex-jogadores e imprensa. Entre os participantes estavam os ex-jogadores TEIXEIRINHA, LICO, VALDIR APPEL, BADINHO e PILOLO.

Atualmente o Carlos Renaux está em fase de negociação com a nova diretoria do Brusque FC para um possível novo contrato de uso do Augusto Bauer pelo Brusque FC, mas desta vez apenas para jogos.

Predefinição:Campeonato catarinense de futebol

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