Mudanças entre as edições de "Bairro Santa Terezinha"

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* Álisson Sousa Castro<ref>Este artigo foi elaborado com informações fornecidas por Bolivar Cervi, Nilce Benvenutti Dallago, Aurelino de Souza, Raul Amorim, Aurelino de Souza e Ifigenia Contesini Vinotti</ref>, Historiador.
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#REDIRECT [[Santa Terezinha]]
 
 
O bairro Santa Terezinha é o bairro mais populoso de Brusque, contando com 10.081 moradores, segundo o Censo de 2010<ref>Populacional: Sta Terezinha é o maior bairro com 10.081 habitantes. <b>Rádio Cidade AM</b>. Disponível em: <http://www.radiocidadeam.com.br/web/noticia.php?cod_noticia=16305>. Acesso em: 05 junho 2012.</ref>.
 
 
 
==Primórdios==
 
 
 
===Nos tempos da Colônia===
 
Segundo relato transcrito pelo pesquisador Oswaldo Rodrigues Cabral<ref>CABRAL, Oswaldo Rodrigues. Brusque: Subsídios para a história de uma colônia nos tempos do Império. SAB: Brusque, 1958. p. 259</ref> "à margem direita [do Itajaí-Mirim], de ambos os lados do Ribeirão Limeira [...] está por ora só ocupado por 7 famílias colonas em sete lotes medidos pelo agrimensor da Colônia, e êstes sete lotes limitam com ambas as margens do ribeirão Limeira".
 
 
 
Sendo este um dos primeiros apontamentos de habitação fixa na região do Bairro Santa Terezinha, é importante ressaltar que a comunicação com Brusque se fazia por rio. Em relatório comentado por Cabral<ref>Ibid, p. 110</ref>, Schneeburg discorre sobre a necessidade de abertura da estrada ligando a Colônia Itajahy-Brusque à Vila de Itajahy: "No seu Relatório de 24 de outubro [...] o Barão fazia referências ao Tenente João Ricardo Pinto, que se achava incumbido da abertura da picada sôbre o qual seria construida a futura estrada, o que motivou não ter o Diretor tomado qualquer iniciativa no mesmo sentido".
 
 
 
Percebendo a demora, Schneeburg encaminhou ao Presidente da Província (Governador do Estado, na época), um abaixo-assinado, subscrito por 182 colonos, onde solicitou a abertura da estrada ligando Brusque a Itajaí<ref>SCHNEEBURG, Maxilian von, 1864 apud CABRAL, 1958. p. 112-113</ref>.
 
 
 
No fim de 1865, Frederico Heeren havia feito um levantamento topográfico da estrada da barranca do rio, no centro de Brusque, até a praia da Vila de Itajaí. Mas, a estrada só fora concluída durante a administração de Betim Paes Leme<ref>Ibid, p. 113-114.</ref>, por volta de 1875. Com acesso por terra, logo a localidade ganharia nova denominação.
 
 
 
===Estrada Itajaí===
 
 
 
Uma das primeiras denominações da localidade foi "Limeira", nome atribuído por levar-se em conta o Rio Limeira como ponto referencial na região. O nome "Limeira" parmaneceu por algum tempo, sendo também citado por alguns documentos até a década de 1940<ref>Anno Domini MCMXL. In: ADAMI, Saulo. Histórias e lendas da Cidade Schneeburg. Itajaí: S&T Editores, 2009. p.282. Autor desconhecido. Nota: este documento foi recuperado por Bolivar Cervi quando da demolição da Igreja em 2003.</ref>
 
 
 
Após as conclusões das obras da estrada que ligava Brusque à vizinha cidade de Itajaí, a denominação aos poucos fora alterada para "Estrada Itajaí". Muito embora ainda fosse denominada Limeira, a nova forma especificava a localidade com o traçado desta via, evitando assim a confusão por parte dos Correios quanto à entrega de correspondências nas proximidades da atual localidade de Limeira.<ref>Informação colhida com moradores.</ref><ref>O Rebate, Brusque, 4 de novembro de 1939. Disponível na Casa de Brusque.</ref><ref>Correio Brusquense, Brusque, 8 de junho de 1940. Disponível na Casa de Brusque.</ref>.
 
 
 
Com o tempo a forma "Rua Itajaí" passou a predominar, o que ocorrera até meados da década de 1930, quando a referência passou a ser a capela de Santa Teresinha<ref>Informação colhida com os moradores.</ref>. Mas, foi somente em 19 de junho de 1964 que o Prefeito [[Cyro Gevaerd]] sancionou uma lei que autorizava o Poder Executivo Municipal a denominar o "Bairro Santa Teresinha" o trecho compreendido entre o Boeiro Niebuhr até o final do perímetro urbano, no final da rua Santos Dumont e ruas adjacentes<ref>Brusque, Lei Nº 139 de 19/06/1964. Ressalta-se que na época não existia a Rodovia Antônio Heil e o perímetro urbano alcançava o Rio Limeira. Não encontramos ato normativo do Executivo Municipal em forma de decreto denominando o bairro.</ref>.
 
 
 
Apesar da lei que autorizava a denominação ter sido sancionada, passaram-se mais de 30 anos e em 12 de maio de 1995, o bairro ganha sua atual denominação, grafada com a letra "z". Isto ocorre quando o Prefeito Danilo Moritz sanciona uma nova lei, onde fica denominado o bairro "Santa Terezinha"<ref>Brusque, Lei Nº 1.999 de 12/05/1995.</ref>, delimitando também sua nova área. No ano seguinte, o Prefeito Danilo Moritz sanciona a lei<ref>Brusque. Lei Nº 2.086, de 19/06/1996</ref> que altera os limites do bairro, ampliando-o até a divisa com Itajaí.
 
 
 
==Religião e identidade==
 
 
 
===Chácara e Capela São Roque===
 
Muito embora tenha-se criado uma escola na Estrada Itajaí em fevereiro de 1930<ref>O Progresso, Brusque, 13 de fevereiro de 1930.</ref>, fora somente em 1932 que a Professora Augusta Dutra de Souza deu início ao referido educandário<ref>O Progresso, Brusque, 13 de janeiro de 1932.</ref>. Este acontecimento, somado à aquisição da Chácara do Hospital de Azambuja<ref>DALLAGO, Nilce Benvenutti. Informações coletadas no livro tombo da Igreja de Santa Teresinha.</ref>, deram impulso ao povoamento na região. Sobre a aquisição, a jornalista Carina Machado comenta que
 
 
 
{{cquote|''Em meados de 1931, por decisão da Mitra Metropolitana de Florianópolis, padre Guilherme Klein, de Azambuja, compra de Leopoldo Fischer um lote de terras na Estrada de Itajaí. Ali, havia a casa da família, que é reformada e alongada para alojar as Irmãs da Divina Providência, que passam a administrar a Fazenda dos Padres, popularmente conhecida como Chácara.<ref>MACHADO, Carina. Chuva de Rosas: a história da Igreja de Santa Teresinha. In: ADAMI, Saulo. Histórias e lendas da Cidade Schneeburg. Itajaí: S&T Editores, 2009. p.285-286.</ref>''}}
 
 
 
Nesta chácara havia um casarão que se dividia em três partes: dormitório, sala de refeições e sala de reuniões<ref>Informação fornecida pelo Sr. Quico Souza, no dia 14/06/2012 em conversa com o autor.</ref>. Fora havia um pasto que abrigava os animais. Porém, o empreendimento não funcionara a contento, até porque
 
 
 
{{cquote|''Devido à inexperiência das Irmãs com o trato de animais e cultivo de hortaliças, a Mitra traz Francisco Kestring e família, de Braço do Norte, Santa Catarina, para tomar conta da criação de gado leiteiro e das plantações que mantêm o Hospital e o Hospício de Azambuja. Algum tempo depois, as Irmãs deixam a Chácara e mudam-se para Florianópolis, deixando, como presente para a comunidade, as imagens de São José e de Santa Terezinha", MACHADO (2009, p. 286)<ref>Ibid.</ref>''}}
 
 
 
Ainda, segundo Machado, "com a ausência das Irmãs, muitos cômodos do casarão ficam vagos". Isto bastou para que o cômodo que servia à sala de reuniões abrigasse a imagem de Santa Teresinha, que havia sido deixada, juntamente com a Imagem de São José, na sala de refeições, quando da partida das Irmãs<ref>Informação fornecida pelo Sr. Quico Souza, no dia 14/06/2012 em conversa com o autor.</ref>.
 
 
 
Foi nesta sala de reuniões que fora organizada a primeira capela de Santa Teresinha, que recebeu sua benção em 6 de março de 1932<ref>O Rebate, Brusque, 4 de março de 1932</ref>.
 
 
 
 
 
construindo-se a Capela de Santa Teresinha, da qual era devoto Dom Jaime de Barros Câmara, na época Reitor do Seminário de Azambuja. Padre Peters ficou responsável por assistir os religiosos da localidade, que nas proximidades da chácara ainda não contava com algum morador.
 
 
 
Moradores contam que a Capela de São Roque foi erguida após a peste bovina castigar o gado das fazendas da região, sendo São Roque considerado o protetor do gado contra doenças contagiosas. Eram, portanto, duas devoções: uma a São Roque, por parte dos criadores de bovinos e outra a Santa Teresinha, por conta da devoção de Dom Jaime de Barros Câmara<ref>Segundo informações coletadas com os moradores, a imagem de São Roque foi transferida para a Igreja de Arraial dos Cunha, no vizinho município de Itajaí.</ref>.
 
 
 
 
 
Passaram-se alguns anos, tendo os fiéis, em meados de 1939, organizado uma festa com a finalidade de angariar recursos para a construção da Igreja dedicada à Santa Teresinha. Quanto ao São Roque, transcrevemos as recordações da professora Maria Caresia Besel (2004 apud ADAMI, 2004) que tratam da mudança de localização da mesma<ref>BESEL, , Maria Caresia. Capela São Roque. 2004. apud ADAMI, Luiz Saulo. História Secreta do Arrayal dos Cunhas. Itajaí: S&T, 2004. Entrevista concedida ao autor.</ref>:
 
{{cquote|''Por que a fazenda tinha gado e porque São Roque é protetor dos animais e os livra os animais da peste [...] Como no terreno [de Santa Terezinha,] que foi vendido havia uma capelinha, as primeiras janelas e o altar que conhecemos no Arraial dos Cunhas vieram tudo de lá.''}}
 
 
 
===A Santa de Lisieux===
 
[[Ficheiro:Santa Teresinha do Menino Jesus-01.jpg|thumb|left|150 px|Nova Igreja de Santa Teresinha em construção<br>Fonte <http://e-monsite.com>.]]Marie Françoise Thérèse Martin, conhecida por Teresa do Menino Jesus e da Sagrada Face, Teresa de Lisieux, Santa Teresa do Menino Jesus ou Santa Teresinha. Tendo nascido na cidade francesa de Alençon em 2 de janeiro de 1873, sendo filha do casal também beatificado Louis Martin e Zélie Guérin.
 
 
 
[[Ficheiro:teresinha_menina_vida_santa.jpg|thumb|left|150 px|Mosaico com fotos da Santa<br>Fonte: <http://teresinha.com>]]A prematura morte da sua mãe, quando tinha apenas quatro anos fez com que ela se apegasse a sua irmã Pauline, que elegeu para sua "segunda mãe". A repentina entrada dessa irmã no Carmelo, fez a jovem Thérèse, adoecer. Curada pela ‘Virgem do Sorriso’, imagem da Imaculada Conceição por quem seus pais tinham afeição, tomou uma forte resolução de entrar para o Carmelo. Quase ao completar quatorze anos, no Natal de 1886, Teresa passa por uma experiência que chamou de "Noite da minha conversão". Ao voltar da missa e procurar seus presentes, percebe que seu pai se aborrece por ela apresentar comportamento infantil. A menina decide então a renunciar a infância e toma o acontecido como um sinal inspirador de força e coragem para o porvir <ref>Paróquia Santa Teresinha. Disponível em <http://www.psantateresinha.org.br/detalhe_00500.php?cod_select=26&cod_002=7>, acesso em 12/06/2006.</ref>.
 
 
 
Seis meses depois, Teresa decide que quer entrar para o Carmelo (Ordem das Carmelitas Descalças). Como a pouca idade a impede, é levada por familiares, em novembro de 1887, para uma audiência com o Papa, em Roma, para pedir a exceção, a chorar, ao Papa Leão XIII, contra a vontade do então Bispo de Lisieux. Em Abril do ano seguinte é finalmente aceita. Concedida a autorização ingressou em 9 de Abril de 1888 e tomou o nome de Thérèse de l'Enfant Jesus<ref>Paróquia Santa Teresinha. Disponível em <http://www.psantateresinha.org.br/detalhe_00500.php?cod_select=26&cod_002=7>, acesso em 12/06/2006.</ref>.
 
 
 
Logo após seu falecimento em Lisieux no dia 30 de setembro de 1897<ref>Catholique.fr. Disponível em <http://www.therese-de-lisieux.catholique.fr/Las-grandes-fechas-de-su-vida-y-de-su-glorificacion.html>, acesso em 12/06/2012.</ref>, sua irmã Pauline assume o compromisso de publicar sua biografia tendo compilado os três relatos autobiográficos deixados pela irmã em um volume de 474 páginas, lançando-os um ano após a sua morte com o título de “História de uma Alma”<ref>Manuscritos autobiográficos disponíveis em <http://teresinha.com/default.asp?pag=p000096>.</ref>. Várias edições foram lançadas anualmente, inclusive ganhando tradução para vários idiomas, o que contribuiu para o rápido conhecimento a respeito da vida e obra de Teresa<ref>Paróquia Santa Teresinha do Menino Jesus da Santa Face. Disponível em <http://teresinha.com/default.asp?pag=p000096>, acesso em 12/06/2006.</ref>.
 
 
 
Com a difusão de seus relatos chegam correspondências dirigidas ao Carmelo de Lisieux. As romarias e visitas ao túmulo foram-se somando e notícias de graças alcançadas não tardam a chegar. Em 26 de maio de 1908 cura-se diante do túmulo a menina cega Reine Fauquet, de quatro anos<ref>Catholique.fr. Disponível em <http://www.therese-de-lisieux.catholique.fr/Las-grandes-fechas-de-su-vida-y-de-su-glorificacion.html>, acesso em 12/06/2012.</ref>.
 
 
 
Sob a responsabilidade de Mons. Lemonnier, bispo de Bayeux, inicia em 1910 o processo de canonização, que fora iniciado pelo Pe. Prévost 4 anos antes. Em 1921 o papa Benedito XV firma o decreto de heroicidade das virtudades e em 29 de abril de 1923 ocorre a beatificação da irmã Teresinha do Menino Jesus e da Santa Face pelo Papa Pio XI, ocorrendo também o traslado de seus restos mortais do cemitério de Lisieux ao Carmelo <ref>Catholique.fr. Disponível em <http://www.therese-de-lisieux.catholique.fr/Las-grandes-fechas-de-su-vida-y-de-su-glorificacion.html>, acesso em 12/06/2012.</ref>.
 
 
 
Finalmente, no dia 17 de maio de 1925, o papa Pio XI canoniza Teresinha {{cquote|''diante de cinqüenta mil pessoas dentro da Basílica de São Pedro e diante de mais de quinhentas mil pessoas reunidas na Praça de São Pedro, em Roma [...] A cerimônia contou com a presença de 33 cardeais e 250 bispos do mundo inteiro. Dois anos depois o mesmo Pio XI proclama Santa Teresinha “padroeira principal das missões”, pondo-a em pé de igualdade com o grande missionário São Francisco Xavier <ref>Paróquia Santa Teresinha do Menino Jesus, de Campo Grande (RJ). Disponível em <http://www.pstmj.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=46&Itemid=2>, acesso em 12/06/2006.</ref>.''}}
 
 
 
Em Brusque, o jornal [[O Progresso]] noticia um milagre de Santa Teresinha em sua edição de 14 de dezembro de 1929, o que deve ter contribuído para a difusão de sua história entre os fiéis, que dentre eles contava com Dom Jaime de Barros Câmara <ref>DALLAGO, Ibid. p.1</ref>. Vale ressaltar que somente dois anos depois desta notícia é que apareceriam as imagens da Santa na localidade.
 
 
 
===Igreja de Santa Teresinha===
 
O lançamento da pedra fundamental da antiga Igreja de Santa Teresinha ocorreu às 9h da manhã do dia 9 de junho de 1940<ref>Correio Brusquense, Brusque, 8 de junho de 1940. Disponível na Casa de Brusque.</ref>, tendo sua inauguração ocorrido no dia 16 de março de 1941<ref>O Rebate, Brusque, 15 de março de 1941. Disponível na Casa de Brusque.</ref>.
 
 
 
[[Ficheiro:AP_Ifigenia Contesini Vinotti 026.jpg|thumb|left|150 px|Antiga Igreja de Santa Teresinha<br>Fonte: [[Sala Brusque|FCB/Fundo Ifigenia Contesini Vinotti]]]]A Igreja fora ampliada em 1951<ref>O Rebate, Brusque, 10 de março de 1951.</ref> com a construção de duas torres e ampliação nas laterais.
 
 
 
{{cquote|''O Padre Jorge Gelatti disse que a demolição era necessária, diante da falta de espaço para os fiéis durante a celebração das missas, bem como para as atividades funcionais [...] custo da reforma seria de R$ 300 mil, enquanto que a construção de uma nova vai custar R$ 500 mil [...]a estrutura estava podre, havendo perigo para os frequentadores da Igreja. Eu não iria expor os fiéis a este perigo, tanto que saímos daqui em dezembro por causa dos riscos''}}
 
 
 
Na ocasião da demolição, o morador Bolivar Cervi encontrou dois documentos relativos à construção da Igreja, do início da década de 1940 dentro da "cápsula do tempo", que segundo o morador, foram colocadas por seu pai no interior das paredes da Igreja. No primeiro documento, que inicia com "Anno Domini MCMXL" (Ano do Senhor de 1940), conta-se que era erguida uma Igreja em honra de Santa Terezinha (escrito com "z"), sendo o documento subscrito por Bernardo Peters, Germano Schaefer, João G. Kormann, Ernesto Cervi, Giacomo Cadore e Vicente Schmitz. O segundo documento contém assinatura de vários membros da comunidade que auxiliaram nos trabalhos.
 
 
 
===A nova Igreja Santa Teresinha===
 
[[Ficheiro:AP_Ifigenia Contesini Vinotti 047.jpg|thumb|left|150 px|Nova Igreja de Santa Teresinha em construção<br>Fonte: [[Sala Brusque|FCB/Fundo Ifigenia Contesini Vinotti]]]]A nova Igreja foi inaugurada em 2008.
 
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==Educação==
 
 
 
No início da década de 1930 foram criadas três escolas isoladas em Brusque nas localidades de "Lageado Grande, Pedras Grandes e Limeira (na estrada de Itajahy)"<ref>O Progresso, Brusque, 13 de fevereiro de 1930. Disponível na Casa de Brusque.</ref> Para a escola da Isolada Estrada Itajahy fora nomeada a professora Augusta Dutra de Souza no início de 1932<ref>O Progresso, Brusque, 13 de janeiro de 1932.</ref>. A Professsora Augusta Dutra de Souza já havia atuado em outros municípios, atuando em Brusque há pelo menos dois anos na escola do Cedro Baixo.
 
 
 
Sobre a escola iniciada por Augusta Dutra de Souza na Estrada Itajahy, transcrevemos abaixo uma descrição:
 
 
 
{{cquote|''A escolinha era bem modesta e desaparelhada de recursos e técnicas pedagógicas. As aulas eram discursivas e os conteúdos copiados do quadro de giz para a lousa de pedra que os alunos utilizavam para registrar os apontamentos, com um lápis também de pedra. As lições tinham que ser decoradas e posteriormente apagadas para o reaproveitamento do rudimentar caderno. Prevalecia uma forma de educação agressiva e punitiva, inclusive com castigos e uso da palmatória, como exigência para os alunos mentalizarem as lições.<ref>ACON'AD. Staack: Raízes e Memórias. ACON'AD, Brusque, 2003. p. 50</ref>''}}
 
 
 
Segundo os moradores<ref>Informação coletada com os moradores em 2012.</ref> esta escola localizava-se nas proximidades do atual Supermercado Amigo, próximo á Igreja Luterana de Santa Terezinha. Na década de 1940, após a transferência da professora Augusta, a escola passou para o outro lado da rua, denominando-se Escola Henriqueta Medeiros até a década de 1950, quando foi instituída no prédio Dom Joaquim o Grupo Escolar Santa Teresinha, que localizava-se próximo à atual capela mortuária, atrás do posto de saúde do bairro.
 
 
 
[[Ficheiro:FCB-Fundo Ifigenia Contesini Vinotti 031.jpg|thumb|left|150 px|Campo de futebol, Grupo Escola Santa Teresinha e Igreja Santa Teresinha.<br>Fonte: [[Sala Brusque|FCB/Fundo Ifigenia Contesini Vinotti]]]]Logo após a escola muda-se para o local onde encontra-se atualmente a Polícia Militar e depois para o prédio do CIP, permanecendo lá até os dias atuais, tendo sido inaugurado o prédio atual da Escola de Educação Básica Santa Terezinha em 17 de dezembro de 2010.
 
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==Infra-estrutura==
 
[[Ficheiro:O Município - Obras Publicas - Bairro Santa Terezinha - 24-06-1967-pg6-SAB.jpg|thumb|left|150 px|Obras da galeria no Ribeirão Moritz em 1967, entre os bairros Santa Terezinha e Santa Rita.<br>Fonte: [[O Município]], Brusque, 24 de junho de 1967, p. 6/[[Museu e Arquivo Histórico do Vale do Itajaí-Mirim|MAHVIM]]]]
 
Em campanha eleitoral, [[Antônio Heil]] havia prometido que iria calçar todo o traçado do caminho que ia do final da rua Barão do Rio Branco (entroncamento com a rua do Centenário), no Centro, até o final do bairro Santa Terezinha (Rio Limeira). A obra era enorme e sua finalização, para os padrões da época, gerava dúvidas, tendo deixado apreensivos até mesmo seus correligionários<ref>Jornal [[O Município]], nº 698, p. 1, de 8 de agosto de 1969. Acervo [[SAB]].</ref>.
 
 
 
No seu primeiro dia de trabalho de Antônio Heil como Prefeito, em 1º de fevereiro de 1966, iniciaram-se os trabalhos de calçamento que transformariam a paisagem dos bairros Santa Rita e Santa Terezinha. A ação previa ainda  obras de serviço de água, esgoto, luz e a construção de 4 mini-praças, sendo uma no atual bairro Santa Rita.
 
 
 
Em agosto de 1969 são finalizadas as obras de calçamento da via que ligava o Bairro Santa Terezinha ao Centro.
 
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==As praças==
 
{{Predefinição:Praça Pe. João da Cruz Stuepp}}<br>
 
{{Predefinição:Praça Marcelino Pereira}}<br>
 
{{Predefinição:Praça João Indaya Schaefer - João Bugre}}<br>
 
{{Predefinição:Praça Sady Ramos}}<br>
 
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==O processo de retificação do Itajaí-Mirim==
 
Após a enchente de 1961 iniciaram-se os trabalhos de retificação do Rio Itajaí-Mirim do Centro de Brusque até a Barra do Rio, em Itajaí. Neste processo a paisagem dos bairros Centro, Santa Rita e Santa Terezinha sofreram uma considerável mudança.
 
 
 
O antigo traçado do rio, em relação ao bairro saia das proximidades do atual traçado do Itajaí-Mirim, adentrando o bairro Santa Rita paralelo a rua Maria Raulino Coelho até chegar ao posto de combustíveis, defronte ao Supermercado O Barateiro, para então seguir paralelo à rua 7 de Setembro até o atual Ribeirão Moritz, de onde seguia para um local mais afastado da rua Santos Dumont <ref>Continuação da 7 de Setembro, no bairro Santa Terezinha</ref>. Mais a frente, o Itajaí-Mirim voltava a aproximar-se da rua Santos Dumont, nas proximidades da Indústria Bilu, seguindo paralelo a esta rua até passar a Igreja. O rio distanciava-se novamente do bairro nas proximidades da rótula defronte à Unifebe e aproximando-se próximo a atual rua Lm  Cinco.
 
 
 
{{Referências|Referências}}
 
[[Categoria:Bairros]]
 

Edição atual tal como às 16h19min de 22 de junho de 2012

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