Mudanças entre as edições de "Ayres Gevaerd: "Cinematographo" - Crônica"

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Willy Stracker instalou o seu cinema no ano da inauguração da luz elétrica em Brusque, iniciativa de [[João Bauer]]. Denominou-o de 'Cinema Moderno' e funcionou no salão do "Hotel Zum Deutscher Kaiser", propriedade de Guilherme F. Krieger, o popular e muito lembrado "Schoner Wilhelm". Os jornais Brusquer Zeitung e a Gazeta Brusquense anunciavam o programa em suas edições semanais, além da distribuição de Programa - Convite, pela cidade. Em março, por exemplo, exibiu o filme "Unglûckliche Liebe" em 5 partes e em junho, "Faust".
 
Willy Stracker instalou o seu cinema no ano da inauguração da luz elétrica em Brusque, iniciativa de [[João Bauer]]. Denominou-o de 'Cinema Moderno' e funcionou no salão do "Hotel Zum Deutscher Kaiser", propriedade de Guilherme F. Krieger, o popular e muito lembrado "Schoner Wilhelm". Os jornais Brusquer Zeitung e a Gazeta Brusquense anunciavam o programa em suas edições semanais, além da distribuição de Programa - Convite, pela cidade. Em março, por exemplo, exibiu o filme "Unglûckliche Liebe" em 5 partes e em junho, "Faust".
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Rodolfo Krieger adquiriu de Willy Stracker o "Cinema Moderno", que conheci funcionando no grande salão de festas do referido hotel, prédio reformado, local dos bailes promovidos pelo C. E. Paysandú nos primeiros anos de sua fundação.
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Por volta de 1924/25 João Schaefer, por sua vez, comprou o cinema, transportando-o para o salão de seu Hotel, com a denominação de "Cine Esperança".
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Carlos Gracher serie seu novo proprietário, quando arrendou da família João Schaefer o prédio para dar continuidade ao tradicional Hotel. Anos depois, quando "seu Carlos" instalou seu próprio hotel, trouxe consigo o velho cinema. O cinema sonoro ensaiava nesse tempo os primeiros passos com a denominação de Vitaphone, sons gravados em disco, girando combinado com a imagem do filme. O aperfeiçoamento, entretanto, veio logo, com o Movietone, som e imagem no próprio celulóide.
  
  

Edição das 17h26min de 30 de maio de 2019

"Cinematographo"

  • Ayres Gevaerd

Nota - jornal Novidades - Itajaí, 16 de julho de 1908 - do Correspondente de Brusque: "Com uma Casa regular, deu dois espectaculos o cinematographo CILMER. A pouca claridade das vistas obriga-nos a advertir ao seu empresario sr. Julianelli de procurar meios de melhorar esse defeito do aparelho".

A leitura desta nota despertou-me recordações há muito adormecidas. Quando menino, conheci o sr. Julianelli. Aparecia em Brusque com seu cinematógrapho movido a bateria elétrica, e sua camioneta, realizando sessões ao ar livre e nos salões das sociedades.

Guardo um velho programa do "Pavilhão Recreativo da Empreza Julianelli" anunciando exibição da grandiosa fita sacra "Nascimento. Vida, Paixão e Morte de N. S. Jesus Cristo", artisticamente colorida, a mais completa, etc. No programa outras fitas, de menor metragem.

Mesmo depois do aparecimento do cinema em Brusque, iniciativa de Willy Stracker, por volta de 1913, as visitas do sr. Julianelli eram freqüentes, tornando-se personagem muito simpática e popular. Faleceu há poucos anos, em Blumenau, em avançada idade.

Em outra crônica lembrei aspectos técnicos, programas e dificuldades financeiras do cinema mudo em nossa cidade. Outros lembro agora, tentando voltar a um passado que a cada dia mais e mais se distancia.

Willy Stracker instalou o seu cinema no ano da inauguração da luz elétrica em Brusque, iniciativa de João Bauer. Denominou-o de 'Cinema Moderno' e funcionou no salão do "Hotel Zum Deutscher Kaiser", propriedade de Guilherme F. Krieger, o popular e muito lembrado "Schoner Wilhelm". Os jornais Brusquer Zeitung e a Gazeta Brusquense anunciavam o programa em suas edições semanais, além da distribuição de Programa - Convite, pela cidade. Em março, por exemplo, exibiu o filme "Unglûckliche Liebe" em 5 partes e em junho, "Faust".

Rodolfo Krieger adquiriu de Willy Stracker o "Cinema Moderno", que conheci funcionando no grande salão de festas do referido hotel, prédio reformado, local dos bailes promovidos pelo C. E. Paysandú nos primeiros anos de sua fundação.

Por volta de 1924/25 João Schaefer, por sua vez, comprou o cinema, transportando-o para o salão de seu Hotel, com a denominação de "Cine Esperança".

Carlos Gracher serie seu novo proprietário, quando arrendou da família João Schaefer o prédio para dar continuidade ao tradicional Hotel. Anos depois, quando "seu Carlos" instalou seu próprio hotel, trouxe consigo o velho cinema. O cinema sonoro ensaiava nesse tempo os primeiros passos com a denominação de Vitaphone, sons gravados em disco, girando combinado com a imagem do filme. O aperfeiçoamento, entretanto, veio logo, com o Movietone, som e imagem no próprio celulóide.


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