Entrevista Ivo Fischer - Luiz Gianesini

De Sala Virtual Brusque
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Ivo e Tereza.

IVO FISCHER: Filho de José e Ana Wippel Fishcer, natural de Guabiruba, na época Brusque, nascido aos 25.06.28. São em oito irmãos: Bruno, Odílio, Alfredo, Ivo, Erno, Leonida, Natália e Valéria.]

Cônjuge: Tereza Schumacker Fischer, nascida aos 20.03.34, casados aos 10.10.53. Cinco filhos: José Ademar, Roberto, Maria Lindaura, Leonardo e Ilton; treze netos: Chateaubrian, Charles, Joanathan, Jéssica, Jean Carlos, Jenifer, Ivo Fischer Neto, Michel, Maicon, Douglas, Sâmia, Henrique e Maria Lúcia. Vereador na terceira legislatura. Presidiu o Legislativo por dois anos e, Prefeito na gestão 01.01.73 a 31.01.77.

Ivo Fischer com Konder Reis e Marcos Büchler.

Uma palhinha da descendência

José Ademar era casado com Mara da Graça Feller, filhos: Chateaubrian e Charles; Roberto casou com Stela Maris Macarini, filhos: Jonathan, Jéssica, Jean Carlos e Jenifer; Maria Lindaura, com José Paulo Alves, filhos, Ivo neto, Michel e Maicon (Lindaura viuvou e vivia com Márcio Antônio Scheid) ; Leonardo com Sandra Maria da Silva, filhos: Douglas e Sâmia; Ilton Oscar casou com Leonides Lúcia Melani, filhos: Henrique e Maria Lúcia. E o neto Charles casou recentemente com Kênia Martins.

Ivo Fischer com César Moritz, Sérgio J. Colombi e Júlio Vill (Vidal Ramos).

Vida profissional?

Como meus pais era agricultores, trabalhei na lavoura até os 12 anos – eles tinham engenho de farina e tafona – moer milho, depois, trabalhei como alfaiate até obter o benefício previdenciário, idos de 77/78.

A família: Leonardo, Ilton Oscar, Roberto, Jonathan, Ivo Fischer Neto, Michel, Chateaubriand, Charles, Stela Maris, Graça, Sandra, Lúcia, Maria Lúcia, Tereza e Ivo, Gabriela, Lindaura, Márcio (in memoriam), Douglas, Sâmla, Henrique, Jenifer, Jéssica, Jean Carlos e Maicon.

Como ingressou na política?

Participava – como ainda gosto – de festas de Igrejas , era alfaiate, tinha um Opel Catete, 39, levava e trazia pessoal à farmácia e médicos, enfim, sempre em atividades. Resultado, fui convidado pelos políticos antigos - da extinta ARENA – e acabei aceitando o convite para concorrer a uma cadeira no Legislativo, tendo obtido 300 votos. Registre-se, que o vereador não recebia nada do Erário.

Trezentos votos redondos?

Sim, trezentos votos redondos.

Algum antecedente político?

Alguns: o tio Henrique Dirschnabel, foi o primeiro Prefeito – nomeado ; o primo-irmão, Arsênio Wippel, foi candidato à Prefeito, tendo disputado com o Carlos Boos e com Aniberto Kohler; o sobrinho Ademir Fischer foi vereador na nona legislatura, e por parte da Tereza, Geroldo Schumacker – primo dela – foi duas vezes vereador.

Como foi a eleição para Prefeito?

Após um sorteio pelo partido disputei com Paulo Kohler e obtive 1504 votos, enquanto o Paulo recebeu – se não falha a memória – em torno de 900 votos.

Seu vice foi quem?

João Baron.

Participou de algum Seminário, Congresso de Prefeitos?

Sim, tenho aqui dois diplomas: Seminário para Prefeito, realizado pelo IBAM, de 06 a 08 de dezembro de 1972 e o Primeiro Congresso de Prefeitos de Santa Catarina, de 05 a 08 de março de 1974.

Principais obras realizadas na sua gestão?

O calçamento desde o Hospital até a divisa com Brusque; abertura da rua de Lajeado Baixo ao Rio Branco e de Guabiruba Sul ao Aimoré. Energia elétrica de Guabiruba Sul até a Planície Alta e de Lajeado Baixo até Lajeado Alto. O terreno da Praça central, da Prefeitura e da Telesc. A rua José Fischer – é a rua que dá acesso a rua São Pedro, que leva o nome de seu pai, José Fischer – e abri as curvaturas e abaixei.

Como é ser Prefeito num município do porte de Guabiruba?

É difícil devido os recursos financeiros. Inclusive, o início foi mais duro, porquanto, ao assumir pegamos uma enchente que, além de deixar grandes estragos, derrubou todas as pontes.

Como era constituído o Legislativo? Presidentes? Relacionamento? Quem governava o Estado? Prefeito de Brusque e Botuverá?

A Câmara era integrada por : Érico Vicentini, Anselmo Boos, Paulo Kohler, Silvério Régis, João Baron, Edelberto Erthal e eu. A presidência da Câmara foi ocupada nos dois primeiros anos por mim e no último ano, pelo Edelberto Erthan. Mantive bom relacionamento com a Câmara. O governador era Colombo Machado Sales. O prefeito de Brusque, era César Moritz e de Botuverá, Sérgio J. Colombi.

Fatos marcantes?

Na enchente que mencionei acima, teve um fato que marcou muito: O General Vieira Lima - na época com 81 anos, veio de Blumenau até aqui e não viu uma ponte, haja vista, as águas terem carregado tudo. Guabiruba não tinha veículos de comunicação e sem recursos para reconstruir-se. O General conversou – juntamente comigo, com os moradores das redondezas, quanto as pontes levadas pelas águas, conseguindo com eles, que refizessem as pontes, e marcasse os gastos – sem explorar – que depois ele mandaria o dinheiro em parcelas (O General mandou o dinheiro? Mandou em parcelas e pagamos todos os agricultores que reconstruíram as pontes.); O bom relacionamento que tive com os Prefeitos: César Moritz, Sérgio J. Colomni e Júlio Vill e com o governador Colombo Machado Sales. O fato de o Calim Renaux se oferecer para intermediar minha administração com o Governo Estadual; O casamento com Tereza e o nascimento de meus filhos e netos; O falecimento do Márcio, companheiro da filha, Lindarua, também marcou muito

Fez seu sucessor?

Sim, apoiei o João Baron e foi eleito, tendo me sucedido na Prefeitur.

Não pensa em retornar à política?

Não, apesar de ser convidado, diversas vezes, não aceito mais. Também estou com 75 anos!

Nenhum filho seguiu seus passos políticos?

O Roberto concorreu na última eleição. Não conseguiu eleger-se.

Uma mensagem aos políticos?

Eu diria para que os políticos procurassem fazer uma administração com respeito e honestidade.

O Brasil tem acerto?

Eu acredito que sim, a esperança é a última que morre.

Referências

  • Jornal A Voz de Brusque. Entrevista publicada em 12 de dezembro de 2003.