Entrevista Ivo Araldi - Luiz Gianesini

De Sala Virtual Brusque
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IVO ARALDI, popular Araldinho (da dupla Araldo e Araldinho): Filho de Primo Araldi e Josefina Gianesini Araldi; natural de Pedras Grandes, hoje Botuverá, nascido aos 17.06.41; cônjuge: Letícia Salse Araldi, casados aos 05.03.62. Seis filhos: Maria Izabel (casada com Valentim Montibeller), Luiz, casado com Luiza Cardoso, Josefina, casada com Vilmar Kohler, Ana, casada com Pedro Coelho, Celina e Sônia; seis netos: Gustavo, Ivan e Leticélia (Maria Izabel Valentim), Suzana ( Josefina e Vilmar), Felipe (Ana e Pedro) e Vítor (Luiz e Luzia).

Como foi o início de sua vida profissional?

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Iniciamos as atividades na lavoura juntamente com o pai, depois com os sogros: Domingos e Izabel Salse, sendo que em 62, fui para Francisco Alves/PR, continuando na mesma atividade até 1970, quando retornei à Brusque. Salientando-se que sempre ligadinho na música.

Como surgiu a gravação em disco de vinil?

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Luciano e Caiobá, num determinado show, ouviram cantarmos e informou a gravadora Tiarajá, de Porto Alegre, culminando na nossa procura para gravar um disco. Conseguimos a viagem de ida com o Badão e com o saudoso José Celso Bonatelli a vinda, e fomos gravar doze músicas, com um mil cópias. Depois, em Florianópolis mais um disco, também com doze músicas e também com mil cópias.

Como surgiu nas veias essa musicalidade?

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Desde criança – lá pelos 10 anos de idade, escutávamos eu e o Araldo, duplas como Tonico e Tinoco, Raul Torres e Florenço, Luizinho e Limeira, Caim e Abel e cantávamos.

Como funciona a dupla: Araldo e Araldinho?

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Araldo faz a segunda voz e toca violão e eu, a primeira voz e toco acordeão.

Vocês foram para Francisco Alves/PR, em 62, até aquela data participaram de algum Programa Radiofônico?

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Sim, em 59, por insistência de um tal de Manéquinha, um que está sempre ali pelo Shopping Gracher, junto a nosso pai, fomos cantar na Rádio Araguaia, no Programa ”A voz do sertão”, cujo apresentador era Camargo Filho.

Como foi o começo?

Vendi o caminhão que tinha para cantar na rádio. Por três anos e pouco cantamos eu e o Araldo, com o Amauri no acordeão, no Programa “Rancho do Bépi”, às terças e quintas das 17 as 17,30 horas.

Quanto a música italiana?

Em 1982, recebemos do juiz Victório Ledra, um livro com músicas italianas, ai a coisa deslanchou, escutávamos as músicas e cantávamos, não demorando e lá estávamos no Programa “Rancho do Bépi”, permanecendo até os idos de 83.

E o CD?

Depois de uns três anos resolvemos gravar o CD com vinte músicas, todas em italiano, com música de os Mirins de Porto Alegre, a saber: O melhor de Araldo e Araldinho: Hai sai partiti/ El castel de Mirabel/ Zigo Zigo/ La Rizolina/ La Verdinela/La bandera de tricolore/ La Didjota/ Viva la nostra America/ Le fio lete dela citta/ Fuche Nero/ Marieta tu sei bela/ La milanesa/ Chia fato/ Ribomba de Cagnon/ A moda do Bepi/ La si vol maridare/ La Trivilina/Me compare Giaconeto/Um caso sério e Se losto el porta Bira.

Teve algum fato curioso em sua trajetória?

Olha lembro bem de dois fatos curiosos: Um belo dia, a família Costa, escutando rádio, ao ouvir o programa que estava sendo levado ao ar pelas ondas da Araguaia, desligaram o rádio e foram para fora de casa ver se passava o programa no ar... olha foi uma das coisas mais comentadas na época, tanto que hoje em dia ainda muitos lembram do episódio. O outro fato curioso: um certo dia , nossa família estava reunida escutando rádio, estávamos em doze ouvindo certo programa,, quando em determinado momento, o apresentador diz: “caro ouviente...” meu pai rebateu: “como se atreve dizer vinte se somos em doze?”, olha ninguém tinha coragem de rir do pai, MS foi um tal de se segurar...

Referências

  • Matéria publicada em A VOZ DE BRUSQUE, em 15 de junho de 2002.