Entrevista Harry Kormann - Luiz Gianesini

De Sala Virtual Brusque
Ir para navegaçãoIr para pesquisar
Harry Kormann.jpg

HARRY KORMANN: Filho de Theodoro Kormann e Maria Josefina Kirschner Kormann; natural de Guabiruba, antes Brusque, nascido aos 19.06.2..., ; cônjuge: Renata Schumacher Kormann, casados aos 24.04.52; são em seis irmãos: Valéria (in memoriam), Valtrudes, Bruno, Alício, Elfrida (in memoriam) e Harry. Cinco filhos: Orides, Heinz, Valdir, Haroldo e Ademar. Doze netos. Torce para o Paysandu, São Paulo e Flamengo.

Uma palhinha da descendência

Orides casou-se com Angelika, filhos: Eloise, Elisiane e Elisa; Heinz, com Vera Lamin, filhos: Harly, Helf e Halidon; Valdir com Marli Maffezzolli, filhos: Harry Luiz e Henrique; Haroldo com Metika Yamada (Mônica), filhos; Richard, Lizbet e Crist; Ademar com Cléia Debatin, filho: Thiago André.

Como foi sua infância e juventude?

Minha infância foi muito bonita, auxiliava os pais na roça, acompanhava-os nos fretes do carro de mola, no transporte de féculas e porcos por carroça até Blumenau; na juventude, transportava os noivos com o carro de mola para o casamento e nos idos de 1941, ingressei na Têxtil Renaux –Iresa, também jogava futebol e bocha no Guabirubense.

Como conheceu a Renata?

Morávamos há uns dois quilômetros de distância encontrava-nos nas domingueiras, acabamos namorando ... e depois casamos.

Como eram os enlaces matrimoniais, naqueles tempos?

Naquele tempo, primeiro se casava na Igreja, para depois casar no civil; o cartório do Germano Schaefer ficava aberto até ao meio dia de sábados; o escrivão era o Guilherme Kormann.

Vida profissional?

Trabalhei na roça, em fretes, como tecelão e posteriormente no Restaurante, sendo que na Iresa, foi no período de 1941 a 1973, trabalhando como tecelão em teares Jacquard.

Grandes nomes?

Entre outros, destacaria: Carlos Boos, Ladislau Schmidt, Mário Olinger, Pilolo, Dr Carlos Moritz, Ciro Marcial Roza, Carlos Cid Renaux, Ingo Arlindo Renaux, João Batista Martins, Toni Handchen, Padre Pedro, Padre Chico, Arthur Wippel (Professor no centro), Professor Carlos Maffezzolli – Professor na rua São Pedro, Professora Otília Mayer Schlindwein (Professora em Guabiruba Sul)

Carlos Boos?

Carlos Boos, filho do primeiro professor em Guabiruba, João Boos; Carlos foi um grande nome para Guabiruba, vereador em Brusque, candidato a Prefeito em Brusque, trabalhou para a criação do Município de Guabiruba e foi o primeiro Prefeito eleito de Guabiruba.

João Batista Martins?

É ele deu o voto minerava, para que Guabiruba se transformasse em Município!

Vida política?

Iniciei na política com Carlos Boos, transportava eleitores com carro de mola; acompanhei todos os pleitos eleitorais no município, tendo Henrique Dirschnabel sido o Prefeito provisório, Carlos Boos, o primeiro Prefeito eleito; Ladislau Schmidt, Ivo Fischer, Guido Antônio Kormann, tendo como vice, João Baron; João Baron e o vice, Valério Luiz Maffezzolli, em seguida, Valério Luiz Maffezzolli com o vice, Egon Schweigert, aí entrou me filho Orides Kormann, com o vice, Dr Luiz Moser, seguido pelo Dr Luiz Moser e o vice, Ivan Tridapalli, popular Vavá e, depois, o Guido Antônio Kormann com o vice, Valério Gums e, novamente, meu filho Orides com o vice, Cesário Martins.

Uma campanha inesquecível?

Foi a eleição de Ladislau Schmidt, feita no pedal de bicicleta. Veículos não existiam, naquela memorável campanha.

Uma campanha que surpreendeu?

Foi sem dúvida a eleição do Ivo Fischer, que sendo um alfaiate, venceu o empresário Paulo Kohler. Acredito que foi devido a popularidade maior de Ivo Fischer.

Teve uma campanha que não presenciou?

Foi a que o Valério Luiz Maffezzolli venceu o Orides, eu estava no Mato Grosso. Aniberto Kohler que deveria ter saído como candidato desistiu e o Orides concorreu no sacrifício para o partido, eu não queria que ele fosse, mas valeu como experiência.

O Sr é Kormann e o Restaurante é Schumacher – Como foi e como funciona?

O Restaurante iniciou, nos idos de 58/59 – nos primeiros JASCs já existia o Restaurante – com Osvaldo Schumacher, que atendia somente sob encomenda. Em maio de 1973, adquiri o Restaurante e mantive o nome, introduzimos o marreco e hoje, com exceção de Haroldo, que chefia a Casan, todos trabalham juntos, inclusive os netos.

Algum segredo para o Restaurante persistir por tantos anos?

Acredito que é o bom tratamento aos fregueses.

Como era a vida em Guabiruba antigamente?

Bom, os meios de transporte eram a carroça e o carro de mola. O Padre Germando Brandt para celebrar as missas vinha de Brusque montado em um burro. O casamento de ouro, poucos chegam lá, não era como hoje, que o casal vai à Igreja para a celebração da data, naquela época, era levado o Padre na casa do casal, e lá dava a benção. O cara tinha apendicite, diziam cólica, falecia ... estourava o pâncreas, falecia... tifo, uma espécie de febre, levávamos por meio de carro de mola ao Dr Romata, com quem Dr Carlos Moritz muito aprendeu. Registre-se, foi-se muita gente, com essas doenças, só dos Schumacher foram 4 a 5 pessoas.

O Brasil tem acerto?

Tem, é só colocar políticos mais honestos e acabar com essa maledita corrupção, que o melhor país do mundo irá deslanchar.

Referências

  • Matéria publicada em A VOZ DE BRUSQUE, em 01 de abril de 2006.