Entrevista Francisco Assis dos Santos - Luiz Gianesini

De Sala Virtual Brusque
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FRANCISCO ASSIS DOS SANTOS, popular Chico: Filho de Luz Gonzaga dos Santos e Isaura Freire de Mendonça. Natural de Mossoró, Rio Grane do Norte em 27 de março de 1935, segundo o Chico, um dia quente. São em 9 irmãos: José Mendonça, o Déquinha (in memoriam), José dos Santos, Antônio, Margarida, Simão, Lúcia, Anunciação, Carlos e Francisco Assis, o Chico. Cônjuge: Olga Machado dos Santos, casados aos 08.06.68. Torce pelo C.A. Carlos Renaux, Santos e Flamengo

Os irmãos seguiram a prática do futebol?

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Só foram para o futebol: o Déquinha e eu.

E o apelido Chico?

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O apelido Chico é comum para os que têm o nome de Francisco.

Em que equipes atuou?

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Fluminense, Bangu e Ferroviário, todos de Mossoró/RN. Em 52, o Déquinha viu eu jogar lá em Mossoró e me levou para o Mengo. Em 53, fui para os aspirantes, sagrando bi campeão carioca de aspirantes em 55/56, tendo atuado duas partidas na equipe principal do Mengo. O jogo 1452, realizado em 27.03.55, o mengo aplicou e 4 x 1 no Fonseca, Niterói/RJ, um amistoso estadual , no Estádio Caio Martins, tendo Apitado o jogo, o juiz Amilcar Ferreira. O Flamengo atuou com Garcia, Tomires, Pavão, Servílio, Luiz Roberto, e Jadir, Baba, Duca, Henrique, Dida, depois Chico e Zagalo, depois Esquerdinha. Os gols foram anotados por Jorge para o Fonseca, e Dida, Duca e dois de Babá para o Mengo. E o jogo 1530, transcorrido em 08.07.56, em que o Flamengo venceu por 6 x 1, a equipe do Serrano, também num amistoso estadual, em Petrópolis/RJ , tendo o Flamengo atuado com Ari, Joubert e Jorge David, Servílio, Luiz Roberto e Nilton Copolillo, Joel, Duca, Babá, Henrique e Chico. Os gols foram anotados por Cosme para o Serrano, e dois de Henrique, dois de Duca, Chico e Babá para o Flamengo. Em 57, fui para o Londrina, tendo sagrado campeão do Norte do Paraná. Em 59, fui para o Coritiba, ajudando a equipe a levantar o tetra, do sul do Paraná e o Bi estadual do Paraná; de 64 a 67, Guarani de Blumenau, joguei com o Nilo e Celso Boing, Di Bork, e com o Euclides Bianchini; em 67, vim para o C A Carlos Renaux, permanecendo até 1970, tendo sob a presidência - no CACR – Ivo Mário Visconti, treinado a equipe por três meses.


Além de campeonatos regionais disputou outros campeonatos?

Disputei duas taça Brasil: numa delas fomos eliminados pelo Palmeiras: 2 x 0, 3 x 1 e 4 x 2. Na outra, em 1960, eliminamos o Paula Ramos 1 x 1 e 5 x 1 e com o Grêmio perdemos no ‘ cara ou coroa’ ; 1 x 1 , 3 x 3 e 0 x 0, na prorrogação.

Muitos títulos?

Em 16 anos, 9 títulos: 55/56 bi campeão de aspirantes – campeonato carioca; em 57, pelo Londrina, campeão do norte do Paraná; de 59 a 62, tetra campeão pelo Coritiba, zona sul do Paraná; em 59 e 60, fomos bi estadual no Paraná, também pelo Coritiba.

O que é vestir a camisa do Mengo?

É um orgulho indescritível ... pra gente; é uma glória poder fazer parte da trajetória do time mais querido do Brasil.

Falando em Mengo, como surgiu o clube?

Reza a lenda que o Flamengo é filho do Fluminense. O Flamengo é um pouco mais antigo. Nasceu como clube de Remo em 17, simbolicamente dia 15 de novembro de 1895. Foi um desentendimento entre 9 jogadores e a direção do Flu que determinou a criação do Departamento de Sports Terrestres do Mengo.

A que atribui-se a maior torcida do Brasil?

Aos primeiros títulos, conquistados em 1914 e 1915. A José Bastos Padilha, que presidiu o Clube entre 1933 a 37, abrindo as portas aos jogadores negros: Domingos da Guia e Leônidas da Silva; ao atacante Zizinho, que com sua genialidade manteve viva, ao longo dos anos 40, a chama acessa por Padilha; ao rolo compressor , time que ganhou o tri em 55; a Zico, o maior jogador da história rubro-negra, que colecionou títulos no período 78 a 83.

Fatos marcantes?

Ter anotado o gol da vitória do Coritiba contra o Ferroviário e, levantando o Título; ter marcado um gol na vitória contra o Serrano, com a camisa titular do Mengo; uma das melhores partidas que disputei foi contra o Corinthians, que era na época campeão paulista. Vinha de 33 partidas invictas. Perdíamos o primeiro tempo por 2 x 1. Logo no início do segundo tempo empatei. Resultado: vencemos por 4 x 3.

Para encerrar?

Paixão. O combustível da vitória e meu clube de coração é o mengo.

Referências

  • A Voz de Brusque. Entrevista publicada em 14 de março de 2003.