Entrevista Darcy Pruner - Luiz Gianesini
DARCY PRUNER: Filho de Arnoldo e Zulmira Olinger Pruner, natural de Brusque, nascido aos 14.07.38; casado com Maria de Lourdes Dell’ Antônia – filha de Ana Carolina; era casado com Iria S. Pruner, com a qual teve 4 filhos: Vítor, Luci, Vlademir e Sabrina. Tem 5 netos.
O senhor sempre esteve ligado aos esportes?
Estive ligado por mais de 30 anos ao esporte.
Foi Presidente do mais querido? Lembra o período?
Fui presidente do mais querido em 78/79 e79/80, quando licencie-me por motivo de saúde, tendo passado a presidência à Antônio Maluche Neto, retornando depois, novamente, como Presidente.
Lembra de que recebeu a presidência e a quem passou o bastão?
Recebia presidência de Dorval Vieira e entreguei a Antônio Maluche Neto.
Dos companheiros de Diretoria destacaria alguém?
Lembro bem que tive forte auxílio de Ademar V. Knihs, Bruno Wagner, Bruno Silva e Marcilio Sabino. Registre-se que Ademar V. Knihs, faleceu afogado no mar, aos 32 anos.
O nome da rua em frente a empresa –Tecelagem Santo Antônio - tem a ver com o Ademar V. Knihs da Diretoria?
Sim, Ademar V. Knihs foi um dos maiores paysanduanos que existiu, em homenagem póstuma leva o nome da rua em frente à fábrica, pelo qual trabalhei junto à Câmara para que fosse dado o nome do Ademar àquela via pública.
O senhor acredita que foi útil ao Paysandu?
Acredito que quem mais fez, quem mais cuidou do Patrimônio da Pedro Werner fui eu, quando assumi a Presidência foi com o intuito de organizar o Clube e consegui: Cobrir a arquibancada, construir a arquibancada do bolão, a iluminação do Estádio Cônsul Carlos Renaux. Fiz inúmeras viagens ao Rio de Janeiro, buscando jogadores para o Clube.
Que iniciativas o senhor tomou com vistas a obter recursos financeiros?
Bingo às terças e sextas. Não tinha o Santos Dumont, Abresc, Cedrense, Guarani, os esportistas dessas localidades deslocavam-se ao Clube, principalmente às sextas, para participar do Bingo e, olha que eu pagava 9 jogadores mais as despesas do Bingo, tudo com essas promoções.
A nível estadual o que o senhor apontaria: a) Diretoria com os pés no chão ou b) Diretoria aventureira?
Um exemplo de administração responsável é a diretoria do América de Joinville, o Caxias resultou de um grupo de dirigentes que não obtiveram sucesso junto ao Joinville... veja no Jornal de hoje – 10.01.02 – já estão tentando terceirizar o futebol.
O senhor considera viável a atual luta efetivada pela diretoria do Paysandu?
Apesar de elogiar as iniciativas na área esportiva, acredito que não será nada fácil. Veja, no período que presidi o Clube, tínhamos quase uma centena de empresas que contribuíam, mensalmente, hoje, quantas contribuem com o Brusque? Umas 13. Havia um fanatismo. Hoje, a juventude está noutra. Do pessoal que deu tudo de si, hoje, com quem você pensa em contar? Um Urbano Kistemacher, um Gerhard Appel ? Será muito difícil, para não dizer impossível.
O que o senhor citaria como iniciativa para retomarmos o sucesso no futebol?
Inicialmente a volta das ligas. O ponto de partida é organizar um calendário.
Referências
- Jornal A Voz de Brusque. Entrevista publicada em janeiro de 2002.