Entrevista Bruno Moritz Neto - Luiz Gianesini

De Sala Virtual Brusque
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O entrevistado da semana é o músico especialista em instrumentos de teclas com ênfase no acordeão, Bruno Moritz Neto, nascido em Brusque, aos 20 de novembro de 1982, filho de Bruno Júnior e de Maria Cristina Bianchini Moritz, casado com Izabel Krieger Moritz. Torce para o Brusque Futebol Clube.

Bruno com o acordeão.

Quais são as lembranças que você tem da sua infância?

Gostava muito de ouvir os LP’s que colocavam enquanto eu brincava, depois que comecei a tocar escutava as músicas para tirar de ouvido .

Sonho de criança?

Ser o melhor acordeonista de minha geração.

Como foi sua juventude? O que mais gostava de fazer para se divertir?

Durante minha juventude passei por diversas cidades em busca de conhecimento musical: Itajaí, Joinville, Mogi das Cruzes em São Paulo e depois São Paulo mesmo, quando em Brusque saia com os amigos da Turma do MNF para fazer muitas festas.

Quais eventos mundiais tiveram o maior impacto em sua vida durante a sua infância e juventude?

Não lembro de algum evento único, acho que a mudança que o mundo deu do momento em que nasci até os dias de hoje pode ser considerado o maior impacto, eu nasci numa das últimas gerações que ouvia vinil e usava máquina de escrever, hoje num aparelho menor que uma caixa de fósforo cabem mais de 20 mil músicas e você manda e recebe textos ele livros via WI FI, pensando nisso dá um pouco de medo do que vai vir por aí.

Pessoas que influenciaram?

Meus pais, e meus avós, minha família num geral, na música tive e ainda tenho uma grande influência do mestre Sivuca que foi um divisor de águas na questão do acordeon no Brasil e no mundo.

Como era a escola quando você era criança? Quais eram as suas melhores e piores matérias? De que atividades escolares e esportes você participava?

Frequentei o Colégio São Luiz desde a primeira série do ensino fundamental até a primeira série do ensino médio foram 9 anos de convivência quase que basicamente com a mesma turma, éramos muito unidos. Na época existia a Maratona Cultural que misturava cultura e conhecimento em diversas provas que valiam pontos - era o maior evento do colégio e nossa sala ganhou algumas vezes essa maratona. Bom sempre tive facilidade para línguas, ia muito bem em português, inglês, literatura, geografia e história, nas matérias de cálculo é que eu ficava devendo sempre, o que vem a provar que música e matemática podem até ter a ver alguma coisa, mas que não são interdependentes.

Formação escolar?

Minha vida escolar foi: Jardim de infância Divina Providência; Colégio São Luiz da primeira série do ensino fundamental ao primeiro ano do ensino médio; no Positivo Joinville, a segunda e terceira série do ensino médio; primeiro ano preparatório para o vestibular de música com aulas de regência, piano e composição com o Maestro Antônio Freire Mármora em Mogi das Cruzes/SP; Universidade Livre de Música, Piano Erudito Nível Superior em São Paulo/SP; Universidade de São Paulo, composição e Regência e Universidade do Vale do Itajaí – Curso de Licenciatura em Música

Primeira professora?

Minha alfabetizadora foi a Dona Martha da primeira série B, do colégio São Luiz. Ela era um amor de pessoa com uma paciência e amor pelo ensino, infelizmente anos depois veio a falecer de câncer, minha primeira educadora musical foi a Professora Antonieta Kraus -e eu tinha 5 anos - também uma grande educadora.

Grandes Professores?

Têm muitos, alguns pelo ensino, outros pela ética profissional. Posso citar alguns como o seu Valentim Beber que além de lecionar história e geografia, com extrema competência, era comprometido com a Fanfarra do Colégio São Luiz; esse é um exemplo de professor que vai além da sala de aula, outro exemplo de professor de piano que eu tive na ULM – a ULM era a antiga Universidade Livre de Música, hoje em dia se chama Centro de Educação Musical Tom Jobim – Chamado Mario Casalli, ele além de aperfeiçoar minha técnica me ensinou a não tocar somente com a mão ou a cabeça mas colocar o coraçãol em cada música , mas enfim todos os professores pelos quais passei deixaram marcas profundas e eternas.

Grandes músicos?

Hoje em dia Santa Catarina está repleta de ótimos musicista; eu trabalho com vários deles, um bom exemplo para mim é o Felipe Coelho que além de ser ótimo musicista é um grande compositor; além dele destacaria o Raul Misturada que é um recifense emprestado para Santa Catarina e que é um dos compositores mais geniais e inventivos que eu conheço, mas enfim a lista é imensa

Como surgiu a música em sua vida?

Com naturalidade na infância, sem nenhuma obrigação, fui conhecendo tudo aos poucos, como um bebe que aprende a caminhar.

Bruno com os pais durante colação de grau na Univali.

Grandes participações que fez?

Já fiz muitos shows e festivais, em nível regional, estadual, nacional e mundial ; em cada um deles aprendi um pouco mais com os colegas de profissão; conheci ótimos músicos, ótimas pessoas que viraram excelentes amigos; a última grande excursão foi à China onde me apresentei com meu trio –Felipe Coelho (violão), Didi Maçaneiro (percussão) e eu (Acordeon)

Alguma música em especial gosta de tocar?

Gosto de tocar sempre a última que estou estudando por que geralmente é a que mais exige de mim.

Além do acordeão, que instrumento toca?

Além do acordeão toco vários instrumentos de teclado, além de arranhar um pouquinho os de corda e percussão.

Cada vez mais difundido suas apresentações?

Tem poucos Estados do Brasil onde não passei, cada vez estamos indo mais longe com nosso trabalho, destaque para as apresentações fora do Brasil: na Itália, Alemanha, Suiça, Áustria, Nova Zelândia e China

Referências

  • Jornal Em Foco. Edição de 1º de novembro de 2011.